30 de jun. de 2011

Derrame

Daí que hoje parece que só existe eu aqui. Trabalhei, trabalhei, trabalhei e trabalhei como nunca antes. Mentira, já tive dias muito piores. Mas acontece que eu estava tão desacostumado com isso, era sempre a mesma coisa. Aquela rotina de Blogger-Twitter-Facebook-Gtalk-Stumble Upon e afins, atualizando cada um, esperando alguma coisa sair da rotina. Hoje foi diferente. De manhã nem sinal de nada pra fazer, quando DO NADA, MEU DEUS DO CÉU, VAMOS ACABAR COM O VINÍCIUS E FAZÊ-LO AGONIZAR, DEIXÁ-LO SEM AR, MANDAR UM MONTE DE ARTE PARA ELE FAZER E VER SE ELE TOMA ALGUMA RUMO NESSA VIDA GORDA DELE!

Isso sem falar que a água do bebedouro acabou, ninguém se manifestou em pegar o telefone e mandar trazerem outro. E eu tô aqui sem nem conseguir mais olhar pra café, porque eu passei o dia todo com café.

Agora tô aqui, com dor nas costas, quase tendo um derrame. Essa é a minha vida.

26 de jun. de 2011

36º

Estou vivo. Você também está vivo, suponho eu. Coloque as mãos no seu coração, sinta as batidas. O meu está quase inaudível. Isso não basta. Estar vivo não depende apenas de um coração bombeando o sangue para todas as veias do corpo, nem de um cérebro trabalhando. Estar vivo depende do que habita na alma, na cabeça e nas atitudes. Já morri algumas vezes nessa vida, confesso. Pelas minhas contas, umas seis vezes. Sendo que duas delas foram realmente longas e duradouras. Mas como tudo na vida, a gente cansa de estar morto. Assim como a gente se cansa de viver.

Estou vivo.

E aí você simplesmente desencana da vida, em geral. Cansa dos sábados solitários, da ausencia das pessoas, da sobra de dívidas, dos problemas, do silêncio que te segue o dia todo, daquela cara fingida e pseudo sorridente que você usa e decide viver ignorando tudo isso. Quase como uma alienação forçada. Mas, ora, quem disse que a alienação é de todo ruim?

Viver. REVIV. Seria algo como "Revivi". E eu posso dizer que revivi. Eu já nasci algumas boas vezes. E não sei se essa é a minha última vida e nem sei se será duradoura. Talvez eu morra semana que vem e reviva somente no ano que vem. Ou não. Talvez eu nunca mais morra e me torne um ser imortal.

21 de jun. de 2011

22

Ontem eu fiz 22. Não teve nenhuma grande comemoração da minha parte. Sempre gosto de dizer que aniversário é um dia comum, um dia que você apenas fica um ano mais velho. E de fato, é. Fiquei feliz pelas mensagens de parabenização que recebi, e pelo carinho que me foi direcionado. Obrigado a todos.

Eu estava feliz. E eu ainda estou feliz. Atravessei o Viaduto do Chá, as 19h sozinho, com fones e ouvindo "I am the Walrus" dos Beatles e foi o momento mais mágico que vivi nos últimos tempos. Com direito a corinho de "uuuuuu" depois do verso "i am the eggman - uuuuuu".

Depois, cheguei em casa e a minha mãe tinha comprado um bolo de chocolate branco só pra mim, numa confeitaria chiquetê. Life is good. :)~

19 de jun. de 2011

Mau-me-quer

A rua estava toda escura, exceto por um farol de um automóvel se aproximando. O único som que se ouvia era o da respiração de duas pessoas. Um gato saltou de um muro e correu. O frio estava congelante e um clima tenso pairava pelo ar, tão tenso que podia ser visto a olho nu. Ela estava de partida. Tivera a chance de escolher entre um amor e as oportunidades de emprego, fama e riqueza em alguma metrópole. Era do tipo temerosa, mas ao mesmo tempo tentava parecer segura de si. Até que, por fim, o rapaz disse, cortando o silêncio absoluto:
- Não quero que vá, fique comigo?
- Já conversamos sobre isso, não é mesmo?
- ...
Abraçou-a, quase em lágrimas. A rua já completamente escura, o carro já tinha saído de cena.
- Eu acho que eu te amo de verdade, disse ele, agora em lágrimas.
- Eu sei, eu sei...Eu também acho que te amo, mas não posso simplesmente largar essas oportunidades. Nós ainda podemos ser amigos.
- Não quero ser seu amigo.
- E porque?
- Porque és a minha mulher, oras.
- Eu nunca fui de ninguém, não confunda as coisas.
- Vou sentir sua falta.
- Eu também.
- Posso te acompanhar até o areporto?
- Prefiro que não vá.
- Mas...
- Fique.

Uma hora e meia depois, ela estaria dentro de um avião com algum destino absurdo. Sem saber direito que direção tomaria. A oportunidade de emprego nunca existira. Foi usada apenas como fuga. Ela chorou o voo inteiro. O amava de verdade. Só estava com medo.

Fuga.

Não tinha medo de arriscar todo o seu conforto na terra natal, o seu emprego, a sua vida, mas tinha medo do amor.

Show do The Cribs em São Paulo

Ontem foi realizado o show do The Cribs aqui em São Paulo, mais especificamente, no Beco 203, na Augusta. Pra quem não conhece, The Cribs é uma banda inglesa de pós punk formada em meados de 2003. Estouraram algum tempo depois, quando lançaram o segunde CD e ganharam espaço na mídia e na NME, aquela revista hype inglesa (zzzzz).Enfim, vou postar um video pra quem não conhece e tem curiosidade:
Fui sozinho mesmo. Cheguei lá na porta do lugar por volta das 21:40. A casa iria abrir as 22h. Como bom fã, eu não queria correr o risco de encontrar uma fila gigantesca e pegar um lugar ruim. A minha surpresa foi quando cheguei lá e vi que a fila estava pequena. Em poucos minutos ela praticamente dobrou de tamanho e foi se formando um pequeno aglomerado. A casa atrasou pelo menos meia hora para abrir.

Eles entraram no palco, por volta de meia noite, eu consegui ficar bem de frente pro vocalista. Tipo, a meio metro de distância. Juro. O show foi bem enérgico e performático, como todo bom show de rock. Enfim, valeu a pena. Foi legal.

De quebra, ainda ganhei uma das baquetas do Ross Jarman (baterista da banda). Foi engraçado. No final do show, quando estavam se despedindo, o baterista praticamente entregou a baqueta na minha mão, enquanto eu panguava. Aí eu fiz aquela cara de "uau...ok" e guardei dentro da jaqueta.

16 de jun. de 2011

2008 em um dia

Hoje não fui trabalhar. Fiquei em casa o dia todo. Isso me fez lembrar lá de 2008, época que eu ainda nem trabalhava e podia viver o dia todo dentro de casa olhando o movimento da rua, deitado olhando pro teto ou assistindo Cátia Fonseca de tarde. Sentei um pouquinho na escadinha do quintal, e fiquei alguns minutinhos fazendo o papel de fofoqueira da rua e registrando cada movimento externo. Tinha me esquecido como isso era tão bom. Minha única preocupação na adolescencia, era tirar notas boas, já que meus pais sempre priorizaram a questão da boa educação e dos estudos, pela minha parte. Claro, eu nunca supri isso, porque estava mais preocupado em me divertir do que decorar números, palavras e outras coisas chatas e desnecessárias para a vida. Mas hoje me arrependo de não ter feito tudo direitinho. Não tenho tanta certeza se esse descaso com a escola me fez bem como ser humano. Mas enfim. Comecei falando de algo e terminei falando de outro.

13 de jun. de 2011

O pouco

Naquele momento eu estava tranquilo. Fingi um piripaque qualquer, algum surto emocional apenas para chamar a atenção toda para mim. Ego. Não queria nada, talvez nunca quisera. Só queria uma cama quentinha para me encostar, algo macio para repousar. Só isso. E continuei ali naquela mania louca de falar, falar, falar e falar sobre nada e sobre sentimentos que nunca existiram. Ninguém escutava. Às vezes, quando fazia sentido ou quando alguém se identificava, soltava algum comentário curto. Não que aquilo fizesse diferença, não, veja bem, eu só queria algo que fosse "meu". Algo que eu olhasse e dissesse: fruto do meu sentimento, pensamento e criação.

Não me foi entregue e jamais seria, se continuasse naquele ritmo lento-quase-parando.

O cheiro das flores cítricas inundou aquele ambiente. Eu ali com aquela cara enfiada naquele monitor, esperando sabe lá o que ou que sinal. Eles nunca existiram, obviamente. Eu estava louco.

Eu estou louco. E assim vivo a respirar, apenas, por aí. Mantendo a minha presença, ou não presença. A presença que se chama "pouco". A presença com traços de ausência. Eu mantive. Eu mantenho. Andando por aí, catando folhas de diferentes tamanhos e juntando-as para fomar um painel em forma de coração. OU juntando argila marrom para montar aquela casinha. Lembra da casinha? Lembra das estrelas coloridas?

Eu achei que tivesse esquecido, mas elas ainda estão frescas aqui na memória. A casinha verde com bolinhas amarelas. O brasil afundado e doentio, assim como o meu e o seu coração. O pouco, a vida, a subvida e o coração. Todos estão interligados. E eu sei exatamente em que ponto.

7 de jun. de 2011

O DIA

Ok. Depois da epifania de ontem, de achar que o mundo estava ao meu favor, de ignorar a solidão que me acomete nos ultimos dias, de me sentir até bonito e confiante, CLARO, que teria que vir um dia como hoje logo em sequência. Acordei atrasado pro trabalho (na verdade, eu acordei no horario, mas o friozinho me fez economizar energia para levantar na hora certa). O metrô estava aquele inferno de sempre, o sinal da internet do celular não estava funcionando (me distraio no metrô lendo tweets alheios e rindo alto). Cheguei tarde e o café do trampo já estava morno, tinha milhares de coisas para serem feitas e o outro garoto que me ajuda, já estava completamente ocupado com outro mundo de coisas, deixando grande parte das coisas para eu fazer. O isqueiro parou de funcionar, e claro, quando isso acontece você nunca encontra ninguém na rua fumando pra te fazer alguma caridade. Tive que almoçar um cup noodles ruim pra caramba, porque eu só tinha TRÊS REAIS. Tive que aguentar um menino do meu trabalho me irritando O DIA TODO, dizendo que uma menina feia amiga dele tá afim de mim. Começou a chover bem na hora de eu vir pra casa. Passei no banco pra ver se tinha caído o meu salário, e sim tinha caído a porcaria do salario, mas no mesmo intante o mesmo foi engolido pelo banco. Me deixando numa situação completamente desesperadora a ponto de eu querer vender meu corpo por dez reais em qualquer boca de lixo. Desistir dos meus planos de aniversário porque eu não vou ter grana nem pra tomar um café, me obrigado a não ir mais no show que eu queria e ficar em casa na internet me deprimindo. Não ter ninguém pra conversar sobre nada da minha vida, tendo que engolir tudo sozinho. Sendo que a única pessoa que foi compreensiva e gentil comigo, foi a ultima pessoa que imaginei que seria. Aliás, obrigado. Caso leia isso daqui. Você vai saber que é vocÊ. Estou me sentindo mal, porque minha mãe me emprestou dinheiro e eu prometi a mim mesmo que isso jamais aconteceria novamente e pra piorar tudo acabei de bater o joelho na quina da cama, abriu um buraco e tá sangrando.

E o meu quarto está com a luz queimada. O que falta? Cair uma bigorna na minha cabeça?

Ok. Vou engolir tudo sozinho e continuar.

5 de jun. de 2011

cinza

Os dias tem se arrastado lentamente. Por dentro milhares de coisas acontecem, pensamentos que se queimam sozinhos, outros que borbulham, transbordam, secam, congelam e qualquer coisa que possa ser considerada excessiva. Falo pouco. Observo bastante. Tudo continua sempre a mesma coisa. Tenho muitas coisas na cabeça, muitas palavras para serem ditas. Mas isso não importa. Nunca importou. Talvez nem pra mim. São só palavras.

Não tem ninguém.

A única coisa que posso fazer é escrever para algum ser invisível, sem forma, sem corpo, sem som.
E assim eu tento ficar bem. As coisas fingem que se amenizam. E eu finjo estar bem.

3 de jun. de 2011

Imagens que dizem por elas mesmas














E por fim...


tô na vibe imagens.

2 de jun. de 2011

Quando eu crescer...
















...quero essa riqueza na minha vida.

1 de jun. de 2011

...






















O Vital que tirou essa foto. No dia do aniversarinho da Mariana / Pri. Eu estava meio alegrinho de cerveja neste momento. Nem faz tanto tempo assim, vai...

Ele está em Nova York neste momento. Desfrutando dos prazeres deste mundo.
Saudade do Vital. Saudade de ser alegre.

Daí que hoje saí do trabalho e fui até o CCSP comprar meu ingresso pro show do fim de semana. Me deu loucurinha e comprei dois, talvez por alguma esperança idiota de achar que alguém iria comigo. Nem sei a quem eu queria enganar. Mas é um fato que um dos dois ingressos será inutilizado. No fim das contas, vou acabar indo sozinho mesmo.

:(

Preciso de amigos novos. Mandar curriculo com pretensão salarial para o e-mail que está no meu perfil.

Some things

28 de mai. de 2011

Calmaria

Momentinhos simples mas que fazem toda a diferença. Fazia muito tempo que não me sentia tão bem como ontem/hoje. Primeiro, porque ambos os dias tinham tudo para dar errado e no final das contas, deu tudo certo. O clima está frio, perfeito pra ficar em casa, mas eu tive que sair pra trabalhar. Inclusive hoje, sábado. Estou gordo, isso é motivo suficiente para me tirar o sono. E acordei de mau humor em ambos os dias. Mas estou curtindo trabalhar aqui no lugar novo. Tá um clima gostoso, me sinto mais sociável. Ontem fui chamado para ir a um bar pelo meu melhor amigo aqui do trabalho, queria muito ter ido, mas recusei por motivos maiores. Cheguei em casa e fiquei horas interagindo com a minha família, coisa que quase nunca consigo fazer tão "bem-sucedidamente". Comemos pizza juntos e foi tudo legal.

Acabei de me arriscar na cafeteira aqui do trampo, e posso dizer que fui muito bem sucedido na tarefa. Logo peguei meu canecão, enchi metade café quente, metade leite gelado. Aproveitei e comi umas torradinhas com manteiga que estavam moscando no refeitório.

Feliz.

Hoje quero comer waffle. E tem que ser o de lugar "x" no lugar "x". Waffle com doce de leite. NHAM.

E amanhã vou na Liberdade comer tempurá com a minha mãe. :)

Life is good (acho que eu tava realmente merecendo/precisando de momentos legais).

21 de mai. de 2011

Tango, café e cigarros

Um tango tocava e uma galera dançava no ritmo do som. Os carros passavam, muita gente passava e eu estava ali sentado sozinho. Bebia meu café, já morno de tanto resistir ao frio que fazia. Eu fumava um cigarro enquanto ouvia qualquer coisa no meu fone de ouvido. Alguns casais dançavam graciosamente, outros nem tanto. Um gordinho desajeitado, uma velha senhora com cara de rica e mais um tanto de pessoas curiosas se uniam naqueles passos, tentando se divertir, aprender a dança, passar o tempo, ou seja lá qual o motivo, todos estavam unidos ali. Eu tentava apenas passar o tempo, talvez descansar e me sentir um pouco melhor. Na verdade era um misto disso tudo. O café acabou e passei a usar o copo como cinzeiro.

Coloquei a mão no bolso da blusa e senti um plástico. Me lembrei que era o pacotinho de skittles - o arco íris de frutas - e mais precisamente, só as balinhas roxas. As menos gostosas. As rejeitadas. Comi, talvez pra sentir que ainda tenho jeito. Utilidade.

Estava um pouco deprimido. Oras, num sábado à noite, tudo planejado para que fosse um dia legal e eu ali sozinho, sentado, fumando e assistindo as pessoas se divertirem. 

Mas quem se importa? No fim tudo dá no mesmo. 

Tomei 3 comprimidos para dormir.

E é isso.

19 de mai. de 2011

Sayonara Summer

Minha rotina mudou bastante. Ok, nem tanto assim. Mas o suficiente para causar aquele estranhamento quando vamos iniciar alguma coisa nova. Primeiro, porque resolvi assumir uma postura diferente diante das coisas, situações e pessoas que estavam, de certa forma, me causando stress. Tem pessoas que me cansam, pelo simples fato de estarem lá paradas. É. Resolvi me afastar do que me faz mal, do que me faz sentir estranho ou qualquer coisa do tipo. Não sei se estou sendo bem sucedido. Não sei o que vai acontecer daqui pra frente, mas estou tentando.

A rotina no trabalho mudou bastante também. Primeiro, porque mudamos de lugar, estamos num lugar bem mais amplo, prático e bonito agora. O que ajuda bastante na execução do trabalho, já que antes eu ficava o dia todo encarando uma parede roxa e um monitor. Agora posso ver a rua e assistir televisão enquanto faço meu trabalho. Recebi a ordem de não entrar mais em redes sociais enquanto estou trabalhando, o que eu achei bem legal, já que tinha planejado isso independentemente disso. Estava muito viciado em internet e isso não me fez e nunca me fez bem. Por outro lado, eles não contavam com uma simples ferramenta que possuo: celular com acesso à internet. O que nem faz tanta diferença assim, já que a única coisa que faço questão é o gtalk, pra conversar com a mesma meia duzia de pessoas legais de sempre. 

Agora tem pãezinhos, frios, café e leite na cozinha do trabalho. Pode parecer simples, mas não tinha antes. Ah, e agora tenho direito a cinco minutos a cada hora, para esticar as pernas e fumar. Está ótimo pra mim, considerando que não fumo de hora em hora.

Mudando de assunto, hoje fui no Shopping Light e entrei no banheiro. Ao entrar, me deparei com algumas frases curiosas riscadas na porta de madeira. Ao observar mais atentamente, percebi que era a minha letra. Lembrei que fui eu quem escrevi aquilo há uns dois anos atrás, num momento de loucura. Senti um pouco de vergonha de mim mesmo, confesso. 

Preciso dormir, já que não são mais permitidos atrasos no trabalho. Isso foi dito bem pra mim. Bom, nem me abalo. Logo logo essas regras caem no esquecimento e vira toda a aquela várzea que sempre foi.

13 de mai. de 2011

O amor que você e eu procuramos, cadeiras e a sexta feira do capeta

Hoje foi uma sexta feira treze realmente do cão. Cheguei no trabalho e em quinze minutos me descarregaram, tipo, uma semana de serviço. Ok, como bom funcionário que tento ser, fiz tudo, mesmo que cansado. E muita paciência. Muita mesmo. Enfim, e como bom ser humano que sou também, me permiti algumas pausas para fumar e esticar as pernas. Numa dessas pausas, lá na rua, fumando meu cigarro e admirando a paisagem do centro de Sampa, me vem a seguinte questão: Porque a maior meta das pessoas é o amor? Porque os problemas das pessoas, quando desmembramos, sempre termina em amor? Amor realmente move o mundo? O que diabos é o amor? 

As pessoas chegaram num ponto critico (e eu me incluo nisso), de acreditarem "precisar" de alguém para preencher esses dias vazios, para preencher esse cliama sombrio que a cidade nos traz nos dias cinza, alguém que faça a diferença em meio à tantas pessoas que circulam à nossa volta todos os dias. Alguém pra quem ligar no fim de um dia caótico, onde o metrô quebra, a chuva cai sem parar, as pessoas se aglomeram e você recebendo milhares de emails e ligações de cobranças. Isso é o que a maioria dos humanos querem. Nesses tempos onde a solidão é tão grande, que você está acostumado a passar mais de 24h sem dar uma risada diferente, ou mesmo naqueles domingos solitários onde você sequer abre a boca para falar. Nesses tempos que você grita e ninguém te escuta. Essa é a diferença. Você quer alguém que te escute, alguém que te guie, alguém que te - arrisco dizer - entenda. E com certeza, esse alguém quer isso de você também. Ou de qualquer outra pessoa que faça o mesmo. Uma coisa que aprendi, nesses muitos anos de experiência, cof cof - é que você nunca será insubstituível, romanticamente e "amizademente", falando - talvez, familiarmente seja bem diferente. Tudo o que você proporciona a alguém, sempre terá um outro alguém que fará igual ou melhor. Nunca acredite se alguém disser "você é insubstituível". Claro, todos somos únicos como ser humano. Temos nossas peculiaridades, manias, comportamentos e etc. Mas não somos insubstituíveis. Por mais frio que isso pareça, é a realidade. Relacionamentos humanos, de qualquer espécie, tem prazo de validade. Uma hora a torneira quebra, o espelho cai no chão, a cadeira quebra a perna, e elas serão descartadas. E consequentemente, talvez, servirão para que outras pessoas a reciclem e utilize, no melhor dos casos. As vezes não. As vezes a cadeira ficará pra sempre num brechó, esperando por alguém que encontre algum charme ou utilidade nela. E é assim que funciona no nosso mundo. Somos cadeiras.

E eu perdi totalmente o fio da meada, porque li um tweet engraçado.

E é isso. Feliz sexta feira treze! :)

10 de mai. de 2011

Talvez eu tenha aprendido

É um fato que eu ainda sou preso ao passado. Isso não escondo de ninguém. Ainda assisto desenhos antigos e me transporto pros meus 10 anos de idade, quando tudo era tranquilo. Ainda sinto falta das conversas com a minha família, de visitar parentes, de conversar com a minha irmã até de madrugada, dos meus cachorros da infância. E sinto falta de tempos não tão passados assim. Sinto falta de ter algum amigo pra conversar todo o tempo. Sinto falta dos fins de ano no litoral com a família reunida. Mas isso já passou. E não vai voltar. Eles se tornaram outros, e eu também me tornei outro. Estou mais recluso, velho e chato. Sinto falta de ter com quem sair nos fins de semana, sinto falta de poder contar com algum amigo. Estou sozinho.

O que tenho que fazer é me esforçar para ter novos momentos felizes e me desprender do passado.
É isso o que eu vou fazer.

6 de mai. de 2011

E agora

estou completamente sozinho.

5 de mai. de 2011

O não Show da Tulipa Ruiz e a experiência frescurística de um simples cupcake

Para os desinformados, exite uma cantora de São Paulo, chamada Tulipa Ruiz. Não conheço muito sobre ela ou sobre sua carreira, mas do pouco que ouvi posso, seguramente, afirmar que é boa e eu gosto. Ela é da mesma safra dessas novas cantoras tipo Céu, Tiê e afins, mas eu ainda acho que ela é a melhor, justamente por ter algum tipo de diferencial no seu timbre, banda e etc. Suas letras são simples, sinceras e pretenciosamente despretenciosa (é o que passa), mas isso não deixa de ser bom. Enfim, uma cantora muito bacana. Vou postar um video dela, pra quem não conhece:
Daí que ontem teve um show dela no Itaú Cultural, descobri por um acaso no twitter. E ainda era de graça. Claro, não deixei passar a oportunidade e logo escalei alguns amigos para me acompanharem. Combinei com o Vini, fomos até lá com uma hora de antecedência e ficamos abismados com a quantidade de pessoas na fila. Ouvi dizer ali, que tinha gente desde as cinco horas da tarde na fila. O show começaria as oito. Logo desanimei e percebi que não iria rolar. Continuei ali na fila por alguns minutos, por desencargo de consciência até desencanar de vez. Ficamos ali esperando o Juarez chegar até decidir o que fazer. Aí vem a segunda e mais interessante parte da história. Claro, comida. Sempre. Fomos os três até o Shopping Paulista com a ideia de comer Cupcakes. Aqueles bolinhos hypados e caros que vendem por aí. Confesso que sempre tive uma certa resistência a esses bolinhos, pois sempre tenho a impressão de que comida bonita e enfeitada demais, peca no sabor. Ficamos uns 10 minutos na frente da loja olhando e analisando cada sabor (aproximadamente uns 10 disponíveis) e com pesar, cheguei à conclusão de que o de coco com chocolate estava mais apetitoso, visualmente falando. Escolhi ele. Juarez também. Vini escolheu o de mação, que também estava com uma cara ótima. Peguei o bolinho na mão. Pesado. Não era tão leve quanto imaginei. Mas também não era grande. Maior parte da altura dele era devido à ENORME quantidade de cobertura. O bolinho em si é baixinho, tipo aqueles bolos que você assa e não cresce. Dei uma bicadinha na cobertura, e tinha gosto de brigadeiro em lata. Não que seja ruim, mas eu esperava mais. O bolinho em si é seco e esfarelento. Por fim, achei caro e nada de extraordinário, e fiquei com aquela impressão de que poderia ser feito em casa igualzinho, usando como base um bebezinho da panco. Mas nem reclamo, afinal que pagou o meu foi o Juarez. Hahaha! Saímos do stand com a sensação de que teria sido melhor comprar Frozen Yogurt.

Ok. Post sem nada de relevante. Só queria dividir a minha experiência de comer cupcake, o qual sempre fui resistente. :)

Ah, essa semana tá boa. Só pra deixá-los atualizados sobre o meu eu. Isso se alguém se interessa por isso. E no geral está tudo tranquilo, sem muitas novidades. E só pra constar, estou com umas ideias artísticas bem legais para colocar em prática à partir deste domingo, então, a quem interessar, provavelmente semana que vem terá bastante coisa legal no meu blog de ilustrações. E é isso. Bom, finalzinho de semana a todos. :)

1 de mai. de 2011

Querido Diário

Meu nome é Vinícius, não tenho sono. É segunda feira já, e dentro de 5 horas acordarei para trabalhar. Sono, cadê? Não veio. Tudo bem. Osama morreu e a galera tá comentando disso em peso. Preguiça, embora alguns comentários estejam bem engraçados. Ele não fazia diferença alguma na minha vida, assim como 97% das pessoas que eu conheço. Vou escrever aqui até eu ficar com sono, sobre qualquer coisa e qualquer assunto aleatório que vier na minha cabeça. Talvez eu conte da minha vida, talvez não. Tanto faz. O fato é que, estou sem sono porque dormi 3 vezes hoje. Ou ontem, melhor falando. 1- dormi no sábado as 3h da manhã, um fato muito comum de acontecer, já que é a única madrugada da semana que tenho para viver (acende um cigarro). Aí que eu acordei as 11h da manhã no domingo e fui dormir novamente as 14h (sim, fiquei só 3h acordado). De tarde inventei de ver filme (Student Service - ou algo do tipo - um filme francês sobre uma prostitutazinha) e não aguentei terminar, inclusive está aqui pausado ainda nos 43:56, e dormi novamente as 18h. Acordei as 20h com uma fome descomunal e sem saber quem eu era. Esse foi o meu domingo. Além de ter passado por todas as emoções possíveis. Eu quis matar, eu quis rir, eu quis morrer também. E até quase chorei pela Ella. Ella, você vive ainda? Tenho saudade. Um beijo. Tá, faz tempo que não escrevo nada não-depressivo aqui. Vamos lá. O que querem saber? Como tem andado os meus dias? Como foi minha semana? Jura que vocês se interessam pela minha vida? Então tá, vou contar. Primeiro, trabalhei muito. Muito mesmo. Me senti um chinês que fabrica tenis Nike. Literalmente. Pelo menos, consegui pagar meus bons drink por aí. Passei alguns dias subsistindo à base de trufas de prestígio, não que isso seja bom (não façam em casa), mas pelo menos deu uma diferenciada daquela coisa "prato do dia na central de sucos". Daí eu descobri que do lado do meu trabalho vende uma cocada gostosa. Mas não é cocada cocada. É cocada. Ponto. E é um real.

Não estou com sono ainda. Alguém me ajuda? Ok. Eu confesso. Gostaria muito de dormir acompanhado. Esse clima tá ótimo pra isso. Só pra dormir mesmo. E viva o segundo travesseiro! Ah, me disseram que eu sou fofo. O que é ser fofo? É ser gordo? bonitinho? legalzinho? Não gosto desses adjetivos. Gosto de cocada. A cocada de um real. É disso que eu tenho gostado. Daí que voltei a me tornar um amargurado-descrente-crente-freira-louca. As pessoas são chatas demais e não existe ninguém interessante. Tudo muito boooooring. Acho que vou dar um tempo nessa palhaçada geral e dar um unfollow real nas 500 pessoas que me seguem e twitar sozinho (rá rá). Ok, ainda não estou com sono. Quero um frappuccino de morango. E eu nem gosto muito de frappuccino. 

Estava aqui pensando, quando foi a ultima vez que chorei ou dei risada de verdade. Não lembro. Sou chato. Por isso que ninguém gosta de mim. Menino sem sal e sem açúcar. Apático. Vou te bater. Tô louco. Sorvete. Desenhei um sorvete "sensação" hoje. Morango com gotinhas de chocolate. Amanhã posto no Eat it! Ah, e desenhei a Karen O. Mas ficou feia. Aliás, não gostei de nada do que eu desenhei hoje. Falando nisso, lavei o meu banheiro hoje. Minha mãe tava brava por que tava muito sujo. E segundo ela, eu lavo um banheiro como ninguém. Encarei como elogio. E eu lavei como ninguém mesmo. Muito lindo meu banheiro. Ah, coloquei toda a minha roupa pra lavar também. Mas fui bem espertinho, tenho duas calças jeans (antes só tinha uma) e coloquei só uma pra lavar, porque eu sabia que não ia secar. Sou muito inteligente, viu? Aí, eu já tô com a camiseta que eu vou trabalhar amanhã, fica mais fácil, tô só de cueca na parte de baixo. Aí fica mais fácil, é só se enfiar na calça. Nem precisa trocar nada. Aprendi isso quando criança, quando morava com a minha vó. Que é muito da espertinha também. Vontade de tomar o sorvete que eu desenhei. Ah, e tô com vontade de fast food também. Alguém quer comer comigo essa semana? Obrigado.

Espero que amanhã tenha cocada na lojinha.

Nossa, ontem sonhei com o meu pai. Estávamos os dois na praia, tomando hi-fi e conversando sobre alguma coisa muito séria (mas eu não me lembro o que era). E ao mesmo tempo, tinha alguém assistindo a gente. Era um cara velho que sorria muito. Parecia que a cara dele tinha congelado aquele sosrriso doentio. Acordei muito assustado, porque era a mesma expressão do cara que se masturbou olhando pra mim no ônibus, na volta da escola quando eu tinha catorze anos (foi traumático, gente). Desde então fiquei assim. Sequelado. Louco. Mentira, mas foi muito desagradável. Tenho muito nojo de pedófilos, tanto quanto tenho nojo de gente com pelos na orelha e nas costas. Eca.

Sem sono ainda. sacosacosacosacosaco. Acende mais um cigarro.
Minhas costas estão doendo de tanto ficar deitado. O tempo que eu não fui Amélia hoje, eu passei deitado. Aliás, o tempo que estou em casa, estou deitado. Sempre. Esparramado obeso. Tão gostoso. Se eu pudesse, viveria deitado numa cama. Ah, um amigo disse que sonhou comigo esses dias, disse que eu precisava lutar contra aliens e ele acabou me trazendo pra casa. E a minha casa no sonho era um barraco de favela e a minha cama era feita de tijolos com um cobertor cobrindo tudo. Acho que passei umas duas horas rindo disso ontem. Aí ontem a gente foi comer pastel, foi legal. Um beijo e um abraço especial pra ele.

Ai, chega. Sem sono. Sem animo. Sem vida. Sem amor. Sem comida. Sem calor. Sem felicidade. Sem dignidade. Sem cabeça. Sem braço. Sem coração. Vinícius, cala a sua boca.

tá.

28 de abr. de 2011

27 de abr. de 2011

Mais essa

Surgiu uns boatos aqui no trabalho, desde ontem, que eu sou drogado. Ok, tudo bem que eu sou meio desajeitado, derrubo tudo à minha volta, tusso mais que uma vaca velha, raramente consigo concluir as minhas idéias decentemente, mas ok. Não sou drogado. E nunca fui.

Daí que eu venho trabalhar de mochila, e como estava frio quando saí de casa, trouxe minha camisa de flanela por precaução. Senti calor dentro do metrô e guardei a mesma, deixando a manga pra fora sem querer. E eu cheguei assim. Um menino viu e disse: Olha! o vini tá com a mochila cheia de roupa pra trocar por droga no Largo do Paissaundu. Fingi rir.

Tudo bem. Eu supero. Mas olha, é complicado ficar com fama de garoto problema quando você mal sai de casa á noite. Mas é isso aí. A vida é irônica mesmo. 

E eu acho engraçado. Resolvi não me importar mais :)

26 de abr. de 2011

Ok

estou bem.

verdade mesmo.

17 de abr. de 2011

E eu vi as estrelas

Minhas pernas doíam de tanto andar. Mas estava tudo bem. Estava cansado, mas estava bom. Sabe quando você se sente relaxado e sem problema algum? Eu deitei naquela grama, que pinicava meus braços. Mas estava tudo bem. O céu estava bonito, e o clima bem agradável. Dali eu podia ver grande parte da cidade, alguns prédios baixos, casinhas simples, casas ricas, prédios imensos e pessoinhas. Estava tudo bem. Logo algumas músicas começaram a dar o ar da graça e tudo aquilo contribuiu para que o clima ficasse ainda melhor. Algumas músicas com clima de praia, que me traziam conforto. Estava tudo bem. O céu escurecia a cada minuto que passava, e logo foi assumindo um tom de roxo escuro, ou alguma cor do tipo que eu nem sei nomear. Eu estava feliz. Ficar contando as estrelas e descobrindo sobre as constelações foi divertido. Secretamente, sempre tive esse desejo de deitar na grama e ficar observando as estrelas.

Um bloco foi colocado entre os espaços e não sobrou nada. E por mais que eu tente chutar esse bloco, ele só fará meu pé doer.

Uma pena.

7 de abr. de 2011

Aquela velha história

Todas as noites, como num ritual, ela se pintava com as mesmas cores, penteava o cabelo da mesma maneira, vestia as mesmas roupas padronizadas, a mesma bolsa de vinil e ia para as ruas. As ruas era a sua casa e onde ela se sentia alguma coisa. Sua casa era o santuário da solidão. O silêncio era tão grande, que podia ser palpável. Então, nas ruas ela encontrou o seu lar. Passou a vender seu corpo não por necessidade. E sim por amor. Ela acreditava que em alguma dessas alucinadas noites da cidade, alguém diria um "eu te amo". Ninguem nunca o fez.

Era noite de natal e solidao batia a porta. Ela estava encostada num muro esperando algum possivel cliente. A rua estava deserta. Exceto por um mendigo do outro lado da praça. Ele contemplava as luzes e fumava algum cigarro barato. Ela se aproximou dele e perguntou se ele queria diversao. Ele respondeu rapidamente que nao poderia pagar. Ela olhou para as luzes enquanto pensava e por fim disse: hoje e por minha conta. Ele ficou incredulo e abriu um sorriso de poucos dentes.

No quarto do love hotel barato ela se preparava para a noite de natal com o mendigo. Ele estava deitado na cama. Ela se despiu completamente. Inclusive de seus adornos e maquiagem. Era a primeira vez que ela se apresentava dessa forma para um cliente. Ele dizia que ela era linda.

Na cama eles conversavam. Ela contou lhe sobre a infancia dificil e sobre a sua solidao. Ele ouvia atentamente e falava pouco. Por fim eles se abraçaram. Ela chorava.

Ele disse: eu te amo.
E naquele momento eles realmente se amavam. Um suprindo a solidao do outro. Ela continuava chorando enquanto estava por cima dele. Ele pressionava o pescoço fino dela sob suas enormes maos. Ela perdia o ar pouco a pouco. Ate que deu um ultimo suspiro e caiu de lado. Em seguida ele tirou do bolso da calça que estava no chao uma navalha e cortou a propria jugular e disse: vamos viver juntos para sempre.

[digitado freneticamente no meu horário de almoço pelo celular, por isso está cheio de erros de português, mas faz parte e eu estou cansado demais pra arrumar tudo].

31 de mar. de 2011

30 de mar. de 2011

Luz

Aquelas pessoas não quiseram ver a luz. Ninguém quis ver. Ele sabia que existia um coração iluminado ali, ele sabia que podia realizar grandes feitos. Mas eles não viram isso. E não quiseram ver. Apenas olharam e tamparam os olhos. A luz era forte demais para o escuro podre em que estavam acostumados a viver. Doía e ofuscava a vista. Ele não os criticava. Mas o coração, a alma e a luz era o que mais tinha de precioso.

Pouco importa.

25 de mar. de 2011

Então

De repente, eu me senti com treze anos de novo. Naquela escola nova, tentando ser aceito por aqueles alunos burguesinhos, ao mesmo tempo que fingia não me importar. Fingindo estar sozinho por opção. Chegando frustrado todos os dias da escola, porque ninguém tinha interagido comigo naquele período eterno de aulas. Sendo usado como chacota pelas costas. Sendo um diferente ali. Não era o meu lugar.

Ainda não estou no meu lugar. Eu acho.

Froot Loops

Ele costumava criar palavras, fazer joguinhos mentais, desenhar planetas coloridos que não existiam no universo, comia em pratos de animaizinhos, recortava pessoinhas de revistas e criava cenas, ele pintava móveis com guache, mordia seu lábio inferior quando estava nervoso, derrubava seu café da manhã sobre a mesa, corria pelo jardim com o cachorro enorme da família, comia cereias froot loop, chorava todas as noites, sonhava que um astronauta o salvaria desse planeta e o levaria para muito, muito, muito longe e ele voltaria num futuro distante, como se fosse outra pessoa. Ele costumava ser assim. 

Até que um dia, resolveu vender os seus sonhos. E vendeu por um preço muito baixo.

24 de mar. de 2011

meu nome é vinícius, hoje é quinta feira, o dia está ensolarado, meu humor está "tanto faz" e eu não tenho dinheiro na minha conta, mas almocei salada e estou feliz por isso.

Pronto. Contei minha vida toda no título e não me orgulho disso. Vamos ao que interessa. Hoje é quinta, como todo mundo deve saber (ou deveria) e está escrito no título. Estou aqui na frente do computador, recém voltado do meu horário de almoço e ouvindo o CD novo do The Kills que vazou na internet, chamado BLOOD PRESSURES e estou achando tudo muito lindo. Gosto de música com sujeiras e ruídos. Mas enfim, fim de semana tá chegando e eu tô com várias idéias, projetos, trabalhos, um momento muito eu. rs E listei algumas coisas mentalmente para preencher os dois dias que se chamam fim de semana (também conhecidos como sábado e domingo). As coisas são:
• Fazer alguma coisa com alguém que me chamar, do período das 15h ~ 22h (aproximadamente), vale panguar por aí, tomar café e fazer saliências (tô brincando).
• Tomar um belo banho e assistir algum filme, dentre os quais irei baixar, sendo eles: O ensaio sobre a cegueira, Johnny and June (sim, vou assistir de novo).
• Dormir
• Fazer uma senhora faxina no meu quarto e no meu banheiro, colocar roupa pra lavar.
• Deitar de novo e fazer uma maratona tensa de séries japonesas (doramas).
• Julgar e criticar uns CDs que eu baixei e ainda nãoe scutei.

Tudo isso enquanto emagreço. QUERO EMAGRECER DORMINDO.
Talvez domingo eu almoce na Liberdade.

E talvez eu desenhe também. Isso se sair algo decente.

O telefone daqui tá tocando de cinco em cinco minutos e isso nãoe stá me agradando. Vontade de pegar uma tesoura e cortar o fio.

22 de mar. de 2011

Praguejo praguejo praguejo pra sempre

Parabéns, Vinícius. Você estragou seu dia. Sua semana. Sua VIDA!

Horário de almoço. Eu não estava com fome, nem com vontade de comer nada. Saí daqui do computador, dizendo a mim mesmo "ah, vou comer só alguma coisinha leve, só para não passar mal, afinal EU NÃO ESTOU COM FOME". Quando percebi, estava sentado numa mesa de restaurante encarando um PRATO TENEBROSO! Nesse restaurante a comida vem em bandejinhas separadas, sendo que tudo junto rende uns dois pratos. Duas pessoas comem facilmente. Pois bem, comi tudo aquilo. Sozinho e em dez minutos. Na hora de pagar, SIMPLESMENTE ME LEMBREI que só estava com o cartão de crédito. Pois bem, fui lá e tentei passar o valor no crédito e a mocinha (conhecida já) me lembrou que o valor não dava, então tive a brilhante idéia de PEDIR MAIS UM SUCO pra completar o valor. Pedi um suco de goiaba, grande e COM AÇÚCAR. Merda pouca é bobagem. Além de gordo, continua gastando no crédito. VINÍCIUS, VOCÊ NÃO APRENDE! Daqui a pouco tô aí, devendo mais mil reais na praça. Com nome sujo de tanto restaurante que vai. Gordo nojento. Parecendo uma porca louca. Tô aqui exibindo um BELO PAR DE SEIOS FEMININOS!

Não bastando, ainda saí do restaurante e tive a idéia de comprar um "docinho", só pra cortar o salgado. Entrei na bomboniere da mocinha JÁ CONHECIDA e comprei uma barra de hersheys amargo (aquela grande) e comi, com cara de derrotado nos banquinhos de uma galeria aqui perto. TRISTE, TRISTE. Porém, sem perspectiva de parar de comer e gastar crédito. PORQUE É SÓ ISSO QUE EU SEI FAZER.

AFE. A única pergunta que não cala: VINÍCIUS, PORQUE FAZES ISSO?

Agora tô aqui na frente do computador com essa cara de Madalena arrependida.

A gaitinha

Ontem quando saí do trabalho, atravessei o Viaduto do Chá e me deparei com um senhor vendendo gaitas. Sim, gaitas de sopro (óbvio). Fazia um tempo que eu queria me divertir fazendo algum barulho, pensei em ukulele, pensei em banjo e violão. Mas todos são caros demais pro meu padrão atual e eu olhei pras gaitinhas. Perguntei quanto custava. O senhor me respondeu: 15 reais. Agradeci e já ia saindo, quando ele me disse que dez reais eu levava. Menti e disse que não tinha esse dinheiro. Ele falou sete. Falei que não tinha também. Ele perguntou quanto eu tinha, afinal. Eu respondi: Cinco. Mentira. Tinha mais, mas não queria comprar aquela gaita vagabunda com os dizeres MADE IN CHINA estampados em dourado por mais do que cinco reais. Ele disse que fazia por cinco. Não pensei duas vezes e comprei a tal da gaita. Só pra me divertir e fazer um barulhinho. Quem é músico de verdade, iria colocar milhares de defeitos na gaitinha, mas como eu não tenho pretensão de nada a não ser ficar lagado no meu quarto "tocando" aquilo, comprei. Abri na hora e saí caminhando e "tocando" aquilo. Não via a hora de chegar em casa e procurar umas cifras pra arrasar no Bob Dylan. E assim fiz, quando cheguei. Procurei na internet e passei umas duas horas tocando aquilo. Até a minha mãe entrou no quarto pra perguntar que diabo era aquilo. Mas ela gostou. Fiquei lá, largado na cama "tocando" Bob Dylan, dando UM SHOW DE MÚSICA. Mas aí minha cabeça começou a doer, senti tontura e minha respiração ficou estranha. Aí tive que parar. Fiquei triste. 

DESISTI DE UM SONHO.

Mentira, desisti nada. Ainda quero ter uma banda de folk. Eu "toco" gaita de cinco reais. Se alguém tiver interessado, favor me contatar. :) 

20 de mar. de 2011

Olá

Meu nome é Vinícius, tenho 21 anos e a partir de hoje ninguém mais conhecerá o meu interior. Estarei sempre bem e a vida será maravilhosa.

18 de mar. de 2011

De quando senti vontade de me abraçar

Sei lá, tive um momento meio hocus pocus hoje. Coisinha mágica. Já estava dando o dia como perdido e entregue nas mão de Deus. Saí do trabalho meio cabisbaixo, levemente irritado com a garoa que caía e a minha falta de guarda chuva naquele momento (e a falta de coragem de pagar dez reais em um guarda chuva que durará apenas o tempo do trajeto trabalho~casa), mas juntei coragem de onde nem tinha e fui. Precisava passar em um lugar e pagar umas contas. Coloquei uma blusa nas costas e fui caminhando. Coloquei o fone de ouvido e comecei a ouvir meus rocks estranhos (daqueles que eu gosto) e do nada começou essa música.
E eu fiquei feliz. Surgiu, sei lá de onde, um sorrisinho de canto na minha boca e eu olhei em volta e achei o cenário tão lindo. Os prédios com suas luzes acesas, aquele povo todo com guarda chuvas coloridos, os carros passando, as pessoas feias, as pessoas bonitas, os amantes, os não amantes, os pobres mendigos e tudo ficou ainda mais bonitinho. E a essa altura eu já estava radiante e andando devagarzinho pra degustar cada segundo daquele momento. Daí eu senti vontade de me abraçar, me achei bonitinho. Imaginei uma coisa meio autista, tipo eu me abraçando e me balançando sozinho. Quis me tratar como um bibelô fragilzinho e me proteger de todo o mal que existe no mundo. Mas o mal não estava ali naquela hora. Não existia nada de ruim. Sei lá, gosto quando bate essa brisinha de alegria, pra fazer eu me desarmar um pouco :)

Conversinhas

Joguei uma sujeirinha no menino "novo" que trabalhar aqui e falei: você pegou AIDS.

Ele: ah, mas ontem eu tomei AIDS em garrafa já...não vai adiantar.
Eu: E eu comi um pão com cancer da hora, esses dias...

Atitudes práticas pra minha vida ficar um pouco melhor

17 de mar. de 2011

onze e dezesseis

as vezes eu me sinto tão sozinho...de verdade. :(

GENTE LOUCA

Pra piorar tudo, ainda me veio um senhor aqui, com a barba batendo no peito, amarrada com um elástico no meio e ficou me encarando sorridente, por uns 15 minutos pelo menos, sem desviar o olhar.

Não faço idéia do que ele estava pensando. Só sei que tentei ignorar ao máximo.

NÃO TÁ FÁCIL. 
Alguém me dá carinho, conversa e comida? Só peço isso.

Queria chorar.

Shitty day

Bom dia. O que é que tem de bom?
***
Hoje, como previsto, acordei doente. Eu já imaginava que isso iria acontecer. Mas não podia me dar ao luxo de faltar no trabalho, para desncasar. Já que estamos com funcionários a menos aqui, e qualquer falta, já compromete tudo. E outra que eu preciso de dinheiro. E eu faltando, descontam um valor considerável no meu salário.
***
Cheguei aqui hoje pela manhã, no meu horário certinho e logo descarregaram um MONTE de coias para serem feitas nessa primeira parte do dia. Ok, ignorei completamente a minha dor e mal estar e encarei. Fiz algumas coisas erradas, porque terceiros me atrapalharam e fizeram eu me perder todinho. Era um serviço que exigia atenção, vieram se meter, me confundiram e eu errei. Simples.
***
Estou oficialmente falido. Hoje não tenho nem aquele um real que eu tinha ontem. Fui ali no alemão e pedi um café com leite e um croissant. Mandei pendurar. Ele deixou. Meio que por um milagre, meu corpo melhorou um pouquinho na hora, ao que suponho, parte do mal estar foi devido à falta de comida, já que meu estômago não via nada desde ontem na hora do almoço.
***
Pessoas estão notando a minha mudança e isso não tem me agradado. Hoje comentaram que estou mais calado do que o habitual e muito mais distraído. Fingi não saber do estavam falando. 
***
Um senhor meio doido, agarrou meu braço e me informou que sorrir faz bem. Eu mantive meu rosto inexpressivo e não disse nada. Não sorri de volta.
***
Estou cansado. Quero voltar a tomar meus remedinhos e eu não sei se aguento tanta coisa por mais tanto tempo. Não ando com motivação pra nada. Acho que estou precisando de ajuda. Mas eu só acho. Whatever, não irei pedir a ajuda de ninguém mesmo.
***
Esse foi o desabafo de um Vinícius desesperado. E ainda tem a segunda parte do dia. E amanhã. Ah, amanhã. Não quero amanhã. Odeio amanhãs.

16 de mar. de 2011

Não tá fácil

Essa semana não tem sido fácil. Tenho aguentado tanta coisa calado, sozinho e chegou uma hora que não deu mais, que foi ontem. Explodi internamente, e involuntariamente me fechei dentro de mim mesmo. Como sempre faço. Isso ocasionou desgastes no relacionamento familiar, ainda mais e consequentemente fez o meu trabalho não render nenhum pouco. Errei tanta coisa, que nem sei dizer quanto. Pra piorar, não tenho dinheiro pra nada (hoje ganhei um maço de cigarro da Joana e algumas horinhas de conversa, que me fez ficar menos triste) e estou devendo a vida nos bancos desse país, estou me sentindo mais sozinho a cada dia que passa. E sem motivação para muita coisa. Eu sabia que fingir felicidade não funciona. Porque você volta pior, quando cai em si.

E é isso.
Estou cansado.

ps: pra piorar, estou com inflamação na garganta e enxaqueca e nem posso faltar no trabalho para descansar, porque temos MUITA coisa a fazer e pouca gente para tal. E ainda estamos na quarta feira.

Qual é seu sonho?

Meu sonho é ter uma equipe responsável por montar uma mesa pra mim. Não é uma mesa qualquer. É uma mesa com todos os ingredientes de lanches que for possível. Presunto (magros, gordos, com capinha de gordura, sem e lights), queijos do mundo inteiro, hamburgueres de carne, frango e calabresa, molhos, cremes, patês, saladas, manteigas, ovos, bacons, MUITO BACON! anéis de cebola, batatas fritas e muita mostarda. Tudo isso à minha disposição, para montar os MAIS DELICIOSOS lanches do mundo, os quais eu mesmo comerei em uma saleta especial preparada para mim com apenas uma cama. Porque gordo que é gordo come DEITADO. Ah, e coca zero pra não engordar.

Eu ia escrever um post enorme de desabafo, mas não. Achei melhor escrever sobre comida. É muito mais importante.

15 de mar. de 2011

Ok

Só mais uma. O jeito é encarar. Fazer aquilo que querem que eu faça. Só irão me amar se eu for perfeito, mas como não sou perfeito, nunca serei amado. Essa é a verdade. Colocar a máscara de pedra e ir em frente. O seu coração e a sua luz não interessa, ninguém se importa com isso. Eles querem ver o que você faz, o que você é por fora, o cheiro que você tem, a cor que você tem.

Mas tanto faz. No fim dá no mesmo. Você continuará sem valor.

[dezesseis do três de dois mil e onze - zero hora e zero minuto]

14 de mar. de 2011

AY QUE HORROR

Tá. Daí que é segunda feira, aquela puta preguiça de trabalhar. Você veste qualquer roupa e vai. Chega no metrô apinhado de gente, vai meio apertado o caminho todo e dá o azar de parar bem atrás de um casal telemarketing, sim eles. E daí que você tá ali, batalhando pelos seus 20cm que lhe é de direito, afinal você pagou quase 3 reais pra andar naquela porcaria e o casalzinho telemarketing não para de se amassar perto de você, te empurrando a todo instante. Sua bunda está encostada na do macho telemarketing, o garanhão que come a loirinha do receptivo. A bunda encosta. A bunda desencosta. Num ritmo quase frenético. O metrô está lotado, provavelmente ninguém percebe. Mas você sabe...você sabe que eles estão praticando sexo no metrô.

Ai gente. É segunda-feira de manhã. O dia da derrota e a galera querendo praticar sexo no metrô. Acho chato...

13 de mar. de 2011

Já estou acostumado

As pessoas usam adjetivos como: você é divertido, moderno e até exótico eu já ouvi.

Ou seja, você é feio. Só não querem falar explicitamente.
Hahaha!

12 de mar. de 2011

Pequenas Lembranças

Manhã chuvosa de domingo. Café na padaria, alguns trocadinhos a menos. Claro, pelo porte da padaria, eu achei que fosse dar mais caro. Surpresa. Um maço de cigarro a mais. Me acompanhou até o metrô. Eu feliz da vida, com a mochilinha cheia de roupas. De volta para casa, quase tão bom quanto o dia anterior. Eu estava feliz. Eu era feliz.

Não faz sentindo algum, pra quem não sabe do que se trata. E ninguém sabe, certamente. Só eu. E talvez um outro alguém. Mas acho que não, então vamos considerar que só eu entendi. Entendi e fiquei feliz pela lembrança. Quase tão feliz por ela ter existido um dia. E por ter sido real. Dias difíceis. Tem sido dias complicados em que eu me arrasto e me prendo a qualquer lembrança boa do passado, só assim eu me sinto vivo, respirando, e arrisco dizer, bem.

Nada disso é real. É um espelho do que ficou pra trás. Não deveria me importar com nada disso. E acho que não me importo mesmo. Escrevo pela lembrança e pelo valor do que ficou pra trás.

E esse é mais um surto silencioso da madrugada. Acho que vou desenhar.

Vontade de comer alguma coisa com bastante queijo derretido.

A pseudo-morte do criador do Pokémon e a minha visão sobre a tragédia nas ilhas nipônicas

Quem acompanha este blog, sabe que eu não costumo comentar sobre o que está acontecendo no mundo.  O foco desse blog são os meus pensamentos, cotidiano e etc. Mas hoje gostaria de falar sobre a tragédia do Japão. Confesso que ontem de manhã, quando abri a página da internet, antes de ir para o trabalho, fiquei muito chateado com o que vi. Não sei se já falei aqui, em algum momento, mas sou amante da cultura japonesa. E sempre me simpatizei com tudo relacionado a eles. Por um lado, fiquei feliz ao saber que os danos e mortes não foram TÃO aterrorizantes, quanto teria sido em qualquer outra parte do mundo, já que o Japão é, indiscutivelmente, um país de primeiro mundo, com ótima organização e uma preparação própria para esse tipo de desastre natural, já que está localizado geograficamente, numa área instável. Sei que não tem nada que eu possa fazer para ajudar aquelas pessoas que perderam suas casas, lembranças, sofreram e morreram, mas quero deixar registrado aqui a minha tristeza diante disso. :(
E para piorar tudo, hoje vi no twitter alguns boatos de que o criador de Pokémon, teria morrido no Tsunami. Fiquei desesperado e quase saiu uma lagriminha de tristeza. Afinal, Satoshi Tajiri foi o grande criador do maior entretenimento da minha infância. Sim, eu fui um pokemaníaco total. Daí mais que depressa, digitei no google algumas palavras chaves, e vi que muitos sites informaram que sim, ele havia morrido. Ele e a criadora da Hello Kitty. Porém, logo em seguida achei uma nota dizendo que a Nintendo divulgou oficialmente, que nenhum membro de sua equipe sofrera algum acidente. Aí eu fiquei feliz de novo, porque prefiro acreditar no melhor (nesse caso).

Mas ainda fica a dúvida.










pika?

11 de mar. de 2011

Notinhas

Mais uma semana que se vai, cambada. Uma semana curta, diga-se de passagem. Dois domingos não é pra qualquer um não, beibe. Tô feliz por isso. Embora sem nada pra preencher o fim de semana.
***
Sou comprado com comida, não que eu me importe. Muito pelo contrário, gosto muito. Daí que ontem fui informado que ganharei um jantar japonês de presente, do @gutoagain. E hoje abri minha caixa de spam e vi que o @juarezforever me deu um cupom do Peixe Urbano valendo temakis. E o mesmo me disse que quando for mandado embora (ele quer muito isso), vai me dar de presente um lanche em alguma lanchonete legal e um afogatto.  É legal ter fama de comilão por aí. 
***
Oficialmente, fali hoje. Cinquenta e cinco centavos era a verba para o almoço. @ptorrecilha, caridosa que foi, me deu um pacote de torcida (sabor pizza) e um pé de moleque.
***
Declaro aqui, todo o meu sentimento ao povo japonês (que eu realmente amo de coração). E sinto muito pelo ocorrido, espero que ninguém que lê aqui tenha sofrido alguma coisa (sei que tem leitores assíduos do Japão aqui). Fiquei realmente muito triste com o que vi pela internet. Penso sempre nas crianças, nas pessoas de boa vontade, nos puros de alma (cafona, eu sei, mas é a realidade).
***
Tô desenvolvendo um material pra um cliente aqui. Um cliente chato e com bafo. O que fazer? Tô pensando seriamente em levar pro pessoal e atrasar o máximo que eu puder. Estou à ponto de voar no pescoço dele (peguei o tamanco e dei na moto dele).
***
Vontade de bolo de fubáfubáfubáfubá.
***
Deixa eu voltar a fazer figuração sem fala aqui. Tchau.

10 de mar. de 2011

colher de sopa

O cigarro queimava, fazendo aquele barulhinho típico, que ela tanto gostava. Gastava todas as suas noites olhando para a lua. Ela adorava observar a lua, ao mesmo tempo que ouvia Rolling Stones. Gostava da sensação de calmaria, que apoderava todas as suas noites, o momento em que chegava em casa, fechava-se do mundo externo, tirava suas roupas desconfortáveis, acendia o seu cigarro e ia contemplar a lua. Na cama, ela sempre pensava sobre o momento, o que estava acontecendo e o que se passava em seu coração. Ela acrediatava não possuir mais um, mas conseguiu se convencer de que eles estava ali. Machucado, vermelho, sangrento e queimando. Tudo bem, aquilo era cômodo, ela podia conviver com aquela dor. Pseudo se apaixonava por alguém, pelo menos uma vez por semana, quando podia, fazia com que se apaixonassem por ela também, ás vezes com muito sucesso e as vezes não. Gostava desse joguinho e tentava, com isso, encontrar alguém que olhasse para a luz dela. Que descansava lá dentro, meio escondida. Mas ninguém enxergava, porque ela escondia ao máximo. Escondia porque tinha medo. Medo de alguma coisa que ela nem sabia o que era. Mas a luz estava lá. Ela podia enxergar.

9 de mar. de 2011

Viver é fácil

Confesso, eu que complico a minha vida. O segredo é não se importar. O segredo é se divertir em cima do "não se importar".

Hoje por exemplo, me ligaram no telefone do serviço para cobrar dívidas. Concordei, assumi a dívida (alta). mantive meu pescoço lá no alto e não me importei. E ainda dei risada depois. 

Esses dias, uma amiga do trabalho perguntou se meu nome era sujo, do nada. Respondi, instintivamente, que não. Ela só olhou. Agora eu entendi. A vaca do banco deve ter ligado enquanto eu estava almoçando, e essa minha amiga provavelmente atendeu o telefone e ficou a par da situação. 

Mas e daí?
Um dia eu pago. Deixa eu me divertir e comprar sorvetes primeiro (muitos deles) :P

8 de mar. de 2011

Inside

- Posso te ver por dentro.
- Como assim? O que quer dizer com isso? 
- Posso saber o que está sentido. 
- Ah, é? E o que estou sentindo?
- Medo.
- Eu não tenho medo de nada.
- Não mesmo?
- Não. Você é um babaca que acha que pode saber tudo sobre todo mundo.
- De certa forma. Mas isso não anula o fato de eu saber o que está sentindo. E posso afirmar que é medo.
- Você só fala merda. Saia daqui.
- ...

Mas ela sabia. Ela sabia que a única coisa que habitava a sua cabeça, era o medo. O medo de ficar sozinha.


7 de mar. de 2011

meio dia e quarenta

vou virar pedra novamente.

ah, se vou.

quem disse que eu preciso "sentir" alguma coisa sobre qualquer coisa?

Industria

Seu vazio é uma merda. Você se sente um robozinho que a sociedade, a mídia e as autoridades controlam. Você acorda, vai trabalhar, faz a sua hora de almoço com o tempo cuidadosamente contado, volta a trabalhar, encontra uma pilha de coisas chatas para fazer e depois vai para a casa, num onibus ou metrô lotado de robôs que tiveram um dia exatamente como o seu. Tudo isso para que? Pra comprar um celular legal, uma roupa da moda, comer, sair, beber.. Pra que?

Preciso disso não. Papo de hippie? Talvez, viu...

5 de mar. de 2011

O rato morto

O rato morto 

O cachorro corria pela sala, exibindo um rato morto pendurado pelo rabo. Uma mulher estava encostada na parede olhando com repulsa para aquilo. Em tom de reprovação fez um gesto para o cachorro entender que ele deveria sair dali com aquela coisa. O cachorro olhou com ar de piedade e largou o cadáver do animal no tapete persa que decorava a sala pequena. A mulher olhou em volta, inutilmente a procura de alguém para ajudá-la naquela situação nojenta. Sozinha como era, impossível seria tal ação. Estava tão acostumada a ser assim, que ainda se admirava quando tinha reações incondizentes com a sua solidão. Na sua geladeira havia potinhos de coisas pequenas, pedaços de bolos solitários e em embalagens individuais, frios estragados e uma caixa de leite azedo. Olhou para o telefone e pensou em digitar o número dos bombeiros e implorar para que lhe tirassem aquela criatura de sua imaculada sala. Achou que seria ridicularizada por fazer isso.

Pensou em deixar o pequeno defunto ali na sala...sozinho. Pensou até em inutilizar aquela sala e talvez jogar uns jornais em cima do pobre defunto, afim de não precisar visualizar aquela cena nojenta.

Não havia nada a ser feito. Ela não tinha amizade com vizinhos, ela não tinha ninguém. Ela só tinha a sua solidão.

Sentou numa cadeira que estava aleatória na cozinha, cobriu o rosto com as duas mãos, como se tivesse tentando esconder uma fraqueza e chorou. Chorou não pelo fato de ter um rato morto na sua sala. Mas pelo fato de ser sozinha. Não tinha nada e nem ninguém, só um rato morto sobre o tapete persa de sua sala.

[post retirado do meu outro blog, escrito por mim no dia 01 de outubro de 2009]

Motivos de riso cotidiano

Dia desses, ao ver uma mulher vulgar no ônibus, me veio a questão: Porque mulheres não gostam de mulheres vulgares? Porque tanto ódio gratuito? Fiz essa mesma pergunta para a minha mãe, que respondeu que não é ódio. Geralmente, as mulheres se sentem ameaçadas por elas, ou sentem inveja ou mesmo por frustração. O que fez todo o sentido na minha cabeça, mas ainda assim continuo achando que a mente feminina é um grande mistério.

Daí que ontem, sexta feira à noite, pré carnaval, estava eu no mesmo ônibus, no mesmo horário. Derrotado, cansado, fatigado de um dia de trabalho ocioso (parece que cansa ainda mais) e vi a mesma mulher vulgar, no mesmo lugar. Ela sempre fica na frente do ônibus, antes da catraca. E como o ônibus estava cheio no fundo, resolvi ficar ali sentadinho na frente, naquele banco de cegos. E ali continuei, admirando a paisagem nublada e curtindo um som. A Vulgar (chamarei-a assim) tem aproxidamente uns 50 anos, alta, estava vestindo uma calça jeans apertadíssima (dava para ver suas partes genitais insinuadas sob o tecido, e não, ela não era travesti) e um body (é assim que se chamam aqueles "maiôs"?) idem apertadíssimo. Cabelos longuíssimos e lisíssimos, os quais ela fazia questão de ficar jogando sensualmente para todos os lados. Carregava duas bolsas. Ok. Conitnuei analisando a pessoa em questão. E reparei que atrás dela, tinha um cara que não parava de olhar pros peitos dela, gesto esse que ela já tinha percebido e ainda fazia questão de ficar empinando as peitacas, para dar uma "ressaltada" e facilitar a visão do pobre rapaz. Daí que num determinado momento da viagem, o ônibus fez uma curva fechada e ela se jogou de propósito em cima do rapaz. Que, muito solidário que era, rapidamente pegou as bolsas da mão da madame e segurou pra ela. Ela toda sorrisos, se ofereceu inteirinha pra ele com apenas um olhar. E eu ali sentado, ainda curtindo meu som, porém dando risada sozinho. E foi aí que os dois se puseram a conversar. Neste momento fiz questão de dar um mute no player, com aquele sorrisinho safado na cara. E aí os dois começaram a falar da vida. Ele confessou que sempre olhou pra ela, de longe e que ela era linda, e adorava mulheres altas como ela e etc. Ela toda sorrisos, jogando os cabelos sempre que tinha oportunidade. A partir daí foi uma sucessão de conversinhas bestas, as quais eu prestei atenção em todas. Sei da vida toda deles. Ela trabalha como recepcionista numa clínica lá em Moema. Ele é farmacêutico da Drogaria São Paulo lá da Saúde. Ela mora na Vila Císper e ele, perto do extra da Penha. Ele tem um metro e noventa e três e ela um e setenta e seis (a mesma altura que eu). Ela tinha apelido de girafa no colégio e ele jogava basquete. Ela gostava muito de comer pêssegos em calda (isso eu tô inventando). Tá, daí que chegou o ponto dele, se despediram e ela fez questão de empinar a bunda pra trás, afim de encostar nele. Ele pegou na cintura dela "pra ela não cair" e ele terminou com um: Da próxima vez não vou ficar só te olhando.

Então tá bom. Continuei dando risada por um tempo, até entrar uma senhora gorda, negra e loirona no ônibus. Gritando pra quem quisesse ouvir, que ela estava com dor de barriga e precisava sentar.

Ai gente. Sou normal.

4 de mar. de 2011

A festa da carne

Hoje um senhor me perguntou onde eu ia "pular carnaval". Prontamente, respondi que iria "pular" em casa. Ele perguntou se eu não gostava de carnaval e porque. Respondi que não, justamente por não gostar de sambar, de festas e etc. Ele me elogiou, me abençoou e disse para eu continuar assim. Pois carnaval nunca levou ninguém a lugar algum. :)

Aí ele me deu 1,50 de caixinha e foi embora.

Então tá bom.

3 de mar. de 2011

Pouco

Gosto desse tempo frio, sabe? Estava sentindo muita falta dele. Vocês não tem noção como a paisagem do Centro de São Paulo fica linda em dias assim. Gosto desse clima cinzento da cidade, e gosto ainda mais da falta de contraste dos prédios com o céu, ambos em tons escuros, cinza, concretos, imponentes. Gosto de sentar no banquinho da janela, do ônibus/metrô e ficar olhando as ruas vazias, ou com pessoas agasalhadas, carregando guarda chuvas com aquele olhar tenso no rosto. Gosto de ouvir folk nesse tempo. 

Tchau, tô indo tomar sorvete com o meu amigo Juarez. :)

vinte e três de junho de dois mil e dez [repostagem]

QUARTA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2010

Lost

Se eu tivesse alguma coisa de especial, nada disso seria assim. Não precisaria implorar por atenção, nunca mais. Não quero ser ignorado. Não quero mais ser o gordo do canto. Eu cansei disso. Queria um papel de destque, pelo menos uma vez nessa vida.

Eu não sei mais. Cada hora que passa, sinto falta de alguma coisa que ficou pra trás. O colo da minha mãe, nas horas certas. O cheiro do perfume da minha tia. A bandejinha que minha vó deixava no forninho todos os dias que tinha missa. Da visão das árvores e duas crianças correndo em volta de mim. Dos meninos que me batiam na perua escolar. Dos "Não" que eu ouvia constantemente em casa. Da mochilinha azul da risca que eu carregava pra cima e pra baixo. Do ano de 2000 quando olhei o céu atentamente e percebi o sentido da vida pela primeira vez, e quando passou cinco minutos eu já não acreditava mais nele. Dos legumes em conserva que a minha vó fazia para mim. Das canetas fluorescentes que meu pai roubava no escritório pra mim.

1 de mar. de 2011

Update [caos]

Tá. Primeiro eu acordei na hora que já era para eu estar no serviço. O metrô todo cagado, devido à chuva da madrugada. Chego uma hora atrasado no trabalho e logo me descarregam um CAMINHÃO de coisas para eu fazer, o que faz com que eu demore mais de uma hora para conseguir logar nas minhas coisas pessoais - sim, existe todo um ritual quando chegou ao trabalho, que se consiste em logar no: facebook, msn, gtalk, twitter, blogger e de vez em quando no tumblr. E dá-lhe criações e criações de impressos inúteis, daqueles que o povo olha, acha bonito e joga no lixo em seguida. Uma sucessão de clientes que insistem em reclamar do tom de verde que NÃO SAI no tom exato de folhas de manjericão fresco em temperatura de 20º. Isso me irrita, me deixa com dor de cabeça, ataca meu estômago e faz eu vomitar no banheiro do serviço, com todo mundo escutando as minhas tosses de ânsia. É máquina quebrando a todo instante, é ventilador fazendo tudo quanto é folha voar, é telefone tocando atrás de mim o tempo todo, é gente me chamando toda hora, é cobrança de coisas a todo momento! Argh! Resumindo: da hora que eu cheguei, até a hora em que saí daquela empresa, eu passei o tempo todo fazendo uns TRÊS serviços ao mesmo tempo, alternando somente o serviço em si. Hoje foi, sem dúvida alguma, o dia mais longo e cansativo dos meus trinta anos de estrada. Estou cansadérrimo e nada superou a satisfação que senti quando bateu SEIS E MEIA no reloginho do monitor.

Bom, pelo menos tá friozinho. Alguma coisa tinha que dar certo hoje.