13 de mai. de 2011

O amor que você e eu procuramos, cadeiras e a sexta feira do capeta

Hoje foi uma sexta feira treze realmente do cão. Cheguei no trabalho e em quinze minutos me descarregaram, tipo, uma semana de serviço. Ok, como bom funcionário que tento ser, fiz tudo, mesmo que cansado. E muita paciência. Muita mesmo. Enfim, e como bom ser humano que sou também, me permiti algumas pausas para fumar e esticar as pernas. Numa dessas pausas, lá na rua, fumando meu cigarro e admirando a paisagem do centro de Sampa, me vem a seguinte questão: Porque a maior meta das pessoas é o amor? Porque os problemas das pessoas, quando desmembramos, sempre termina em amor? Amor realmente move o mundo? O que diabos é o amor? 

As pessoas chegaram num ponto critico (e eu me incluo nisso), de acreditarem "precisar" de alguém para preencher esses dias vazios, para preencher esse cliama sombrio que a cidade nos traz nos dias cinza, alguém que faça a diferença em meio à tantas pessoas que circulam à nossa volta todos os dias. Alguém pra quem ligar no fim de um dia caótico, onde o metrô quebra, a chuva cai sem parar, as pessoas se aglomeram e você recebendo milhares de emails e ligações de cobranças. Isso é o que a maioria dos humanos querem. Nesses tempos onde a solidão é tão grande, que você está acostumado a passar mais de 24h sem dar uma risada diferente, ou mesmo naqueles domingos solitários onde você sequer abre a boca para falar. Nesses tempos que você grita e ninguém te escuta. Essa é a diferença. Você quer alguém que te escute, alguém que te guie, alguém que te - arrisco dizer - entenda. E com certeza, esse alguém quer isso de você também. Ou de qualquer outra pessoa que faça o mesmo. Uma coisa que aprendi, nesses muitos anos de experiência, cof cof - é que você nunca será insubstituível, romanticamente e "amizademente", falando - talvez, familiarmente seja bem diferente. Tudo o que você proporciona a alguém, sempre terá um outro alguém que fará igual ou melhor. Nunca acredite se alguém disser "você é insubstituível". Claro, todos somos únicos como ser humano. Temos nossas peculiaridades, manias, comportamentos e etc. Mas não somos insubstituíveis. Por mais frio que isso pareça, é a realidade. Relacionamentos humanos, de qualquer espécie, tem prazo de validade. Uma hora a torneira quebra, o espelho cai no chão, a cadeira quebra a perna, e elas serão descartadas. E consequentemente, talvez, servirão para que outras pessoas a reciclem e utilize, no melhor dos casos. As vezes não. As vezes a cadeira ficará pra sempre num brechó, esperando por alguém que encontre algum charme ou utilidade nela. E é assim que funciona no nosso mundo. Somos cadeiras.

E eu perdi totalmente o fio da meada, porque li um tweet engraçado.

E é isso. Feliz sexta feira treze! :)

2 comentários:

LubaLuba disse...

Acho que devido a essa singularidade de cada um, somos insubstituíveis em parte. Obvio que como vc disse vai ter sempre alguem que pode fazer melhor, mas a questao é essa: você prefere ser amado no 'completo' que você já conhece e que te preenche ou prefere procurar e procurar podendo correr o risco de não encontrar?

The Sole Survivor disse...

eu tenho uma opinião sobre isso totalmente diferente, mas nem acho interessante compartilhar.

não importa mesmo.