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7 de mar. de 2011

meio dia e quarenta

vou virar pedra novamente.

ah, se vou.

quem disse que eu preciso "sentir" alguma coisa sobre qualquer coisa?

6 de abr. de 2010

Tenho medo

Tenho medo. Muito medo de passar os anos e eu continuar sozinho, solteiro. Tenho medo de ser um daqueles velhos que moram em um apartamente grande demais para uma pessoa só, com apenas uma escova de dentes no banheiro, que são maníacos por ordem e consomem apenas laticínios desnatados e possuem gatos ou cachorros e investem muito dinheiro em carros esportivos ou discos antigos (que agora são atuais).

5 de abr. de 2010

Tédio

13:13. As pessoas são tão desinteressantes. Conheci algumas durante essa semana. Nada me chama a atenção. Nem beleza. Pessoas tão medíocres. Se são bonitas, não sabem escrever. Se são feias, são interessantes e com idéias legais. Sou um garoto que tento ficar somente com pessoas que considero bonitas. Por mais legal e inteligente que ela seja, ela ainda assim terá de ser bonita. Se não, não dá o elã. Fica aquela sensação de melancolia de que falta "alguma coisa". Não sou hipócrita de dizer que prefiro a beleza interior. Não prefiro não. Prefiro, na verdade um conjunto legal. Dentro e fora. Confesso que mesmo uma pessoa bonita, me broxa só de ver algum erro grotesco de português ou alguma idéia quadrada. Não suporto nada disso. Podem me julgar, podem me apedrejar e me queimar na fogueira. Não gosto de gente que acho feia e ponto.

Você pode até vir com a conversa: É, mas fulano(a) que você ficou era feio(a). Ok, pode até ser no SEU ponto de vista. E se eu estava com ele(a) é porque de certa forma, achei bonito(a).

E eu não tenho a mínima idéia do porquê eu escrevi isso aqui.

6 de mar. de 2010

Conversa de boteco e as Almas Espalhadas

Estava sentado na frente de um boteco com duas amigas, um cigarro pela metade na mão e um copo de martini na outra. Ouvi dizer que existem pedaços de almas espalhadas por aí, que juntas se completam. E isso explica a atração forte que sentimos por uma pessoa, aparentemente, nada a ver e sofremos tanto com a perda da mesma. Nunca acreditei muito nessas coisas, sempre fui muito cético, mas tem coisas que a ciência não explica e aí entra naquele campo chato do espiritualismo, vida pós-morte e essas coisas que ao mesmo tempo eu acho uma baboseira, eu acho que até pode fazer algum sentido. Refleti por horas sobre esse assunto e pude chegar à conclusão de que nunca encontrei um pedaço de alma. Os olhos, dizem que os olhos são as primeiras coisas que você repara em "pedaços de alma". Todos para mim parecem ter o mesmo par de olhos insonso, sem vida. Talvez nada disso exista, talvez tudo isso seja uma grande enganação de seitas que usaram isso para reunir cada vez mais adeptos, ou talvez tudo realmente faça sentido.

2 de mar. de 2010

Abolindo a cozinha

Todo mundo sabe que a minha mãe detesta serviços domésticos, cozinhar e essas coisas típicas de mãe. Todo mundo sabe que na minha casa nunca tem nada normal, tal como sal, açúcar, colher de pau, maionese e afins, mas que é facilmente encontrado um batedor para bolos especiais. Sim, minha família é estranha. E todo munda sabe que ninguém cozinha na minha casa, raramente tem comida feita. Certa vez chegamos ao absurdo de usar um mesmo gás por quase um ano (é sério) e um pacote de arroz durar seis meses. Não que ninguém goste de comida, o problema é que ninguém nunca se arrisca a tentar preparar alguma coisa. Exceto minha mãe que se contenta e sobrevive com coca zero, cigarro e sorvete de chocolate.

Eis que domingo a noite, eu estava no meu quarto desenhando e minha mãe entra lá. Toda agitada, falante. Aquilo sempre me irrita, ao que eu respondo monossilabicamente. No meio do falatório geral, um assunto me chamou a atenção. Estou proibido de cozinhar. Assim como todos naquela casa. Ela quer abolir aquela cozinha e, segundo ela, até os pratos e copos. Eu só disse uma coisa: Ai gente...Disse assim que uma cozinha requer muita manutenção em uma casa, muita mão de obra e dor de cabeça. Ela disse ter uma idéia, e eu pensei: lá vem. A "idéia" se consiste em sobrevivermos a base de marmitex, que ela vai comprar todos os dias. E disse que vamos comer direto da embalagem, para nem louça mais lavarmos naquela casa. E para beber, refrigerante. Direto da garrafa ou da lata. Ela me explicou umas contas doidas, que só faziam sentido na cabeça dela, e disse que é até mais barato viver assim. E disse que quando der vontade cada um compra aquilo que se quer comer (cada qual com o seu dinheiro) desde que já venha pronto. Nesse mesmo dia ela fez um strogonoff de frango e disse ser a ultima refeição caseira que aquela casa já viu.

Talvez seja até uma boa idéia.

16 de dez. de 2009

Desligamento

Cheguei no trabalho e fitei a cadeira vazia por alguns instantes. Logo me veio aquele pensamento na cabeça, ela está atrasada. Mas me lembrei que ela não estava, de fato, atrasada. Ela simplesmente não ocuparia mais aquela cadeira. Eu teria de me acostumar com aquela cadeira vazia, ou talvez imaginar que ela será ocupada por outra pessoa, que não ela. As risadas de cliente não fazem mais sentido e nenhuma piada interna sobre qualquer coisa besta também já não fará mais tanto sentido. Foi embora. Foi convidada a se retirar desta empresa, desligada para sempre.

18 de set. de 2009

Carta do meu lado racional direcionada pro meu lado emocional. Não sei quem ganha.

Seu idiota. Você é um idiota. Você se permite gostar e sempre termina com essa cara de cu. Mas ao mesmo tempo você sabia que isso ia acontecer. Isso sempre acontece com você. Lembra todas aquelas pessoas que você já gostou antes? Então, pois é. Mas é engraçado você estar desse lado agora. Você que esteve tão acostumado a viver o outro lado.
Mereceu, seu idiota. Mas só digo uma coisa: Nem se abale. Você é mais do que isso e você sabe disso. Pronto. Agora está um pouco mais livre. Você pagou parte de sua dívida. Claro que isso foi só uma prestação, já que deve demais no mercado. Eu avisei que você não deveria ter se permitido gostar. Gostar é para os fracos. E você não quer ser fraco, quer? Que bom. Vejo que você não está triste. Pelo contrário, você está até mais feliz. Foque nas suas metas, seu gordo imbecil. Aproveite esse momento, não vejo você assim desde a época do seu TCC de design. Aproveita. Eu não te amo ainda, mas sei que quando eu começar a sentir alguma coisa especial por você, juntos iremos longe. Mais longe do que você imagina. Quero me aproximar mais de você.
Eu não faço idéia do que você vai fazer agora, mas eu te avisei para não depositar suas esperanças em uma pessoa. Muito me admira que você tenha feito isso, você nunca foi assim. Seu retardado, levanta esse traseiro gordo dessa porra de cadeira e vai correr atrás do que você quer, das suas metas e faça o que você achar que deve fazer e vê se não se ilude com mais ninguém, por mais bonitinho que possa ser.

Não queria ter soado tão cruel, não foi a minha intenção já você está fazendo tudo tão bonitinho pela primeira vez em anos. Até gostaria de te recompensar, mas não gosto tanto assim de você. Então foda-se. Mas você está uma gracinha hoje. Admito.

E o dia está lindo. Viva-o.

Com carinho, seu lado racional.

14 de set. de 2009

Querer é poder



As vezes percebemos o quão infantis e parados na vida somos. Esse fim de semana percebi isso de uma forma bem tranquila. Resolvi que irei mudar e traçar metas na minha vida. Não irei me acomodar na minha tristeza mais, apesar de ela ser mais fácil do que a felicidade. Vou começar a estudar livros de arte por conta própria e me lançar pro mundo. Foi como uma epifania, o mundo está aqui pra nós. E ele é o nosso limite, imagina, um MUNDO TODO pra gente e caralho! Nós podemos fazer qualquer coisa que quisermos*.

Tive uma das noites mais legais dos últimos tempos. É tão bom saber que podemos contar com alguém. :)

E eu estou tão, tão, tão TÃO feliz com tudo o que está acontecendo que eu adoraria congelar esse sentimento pra sempre.

ps: Talvez tenhamos sidos os pioneiros em "pique nique" as 4:00 na paulista.

ps2: *quem quer corre atrás.

Sem mais.

26 de ago. de 2009

Seu corpo lhe pertence

Não, você não pode se achar no direito de usar o corpo de alguém. O seu corpo te pertence e é só seu.

Isso pode parecer papo de feminista chata, ou coisa de moralista. Mas eu tenho um triste motivo pra querer escrever sobre esse assunto tão delicado.
Essa semana pude ver de perto um caso que me fez pensar muito sobre o assunto. Se o corpo é meu, e eu não quero que outras pessoas usufruam, porque ainda assim vem alguém e usa-o como se fosse um objeto descartável? isso não entra na minha cabeça e nunca irá entrar. Isso pra mim é uma doença, um distúrbio. Uma pessoa com mente sadia não sentiria prazer com o sofrimento de outra pessoa completamente aleatória.
Onde já se viu uma garota ser obrigada a viver alerta o dia inteiro em relação aos garotos? Onde já se viu uma garota ser obrigada a andar escondida, com medo de possíveis ataques masculinos? Onde já se viu uma garota não ter nem o direito de ficar bonita e se arrumar, porque terceiros podem incomodá-la?
O seu corpo é seu. E você faz com ele o que QUER. E não o que querem que você faça com ele.

Acho que a pena de morte seria bem divertida nesses casos. Posso até ver minha navalha entrando na garganta de algum velho nojento aproveitador de garotas. Nojo dessa sociedade. Isso me faz sentir ainda mais repulsa pelos seres humanos.

Esse mundo está podre.

25 de jul. de 2009

Se um dia eu me suicidar

A carta está pronta (podem imprimir e entregar pra minha família, por favor?):


Já estive aqui antes. Nesse mesmo escuro, olhando para todos esses rostos aflitos. Me sinto estranho, como se todos estivessem me segurando,me dando apoio. Mas a realidade não é essa, eles apenas querem a minha melhor parte. O melhor pedaço da carne. O que eles não sabem é que eu não tenho um melhor pedaço. Eu estou podre, em decomposição. Sendo sustentado apenas por um pequeno nervo fraco. Ele está ameaçando quebrar, e assim fazer com que eu caia. Eu quero cair. Mas até esse dia eu quero esperar. Testar, observar e analisar cada limite. O limite sempre me foi um problema. Nunca gostei de limites e eu nunca soube progredir em relação a eles. Sempre fui fraco. Não tenho a mínima intenção de ser forte. Isso não é e nunca foi pra mim. Venho de uma linhagem imperfeita. Almas que se completam quando estão juntas, mas que não suportam o 'ficar junto'. Nunca estamos completos. Exceto naquele tempo...eu gostava daquele tempo. Éramos a família bonitinha de margarina. Eu gostava da vida. Não gosto mais, ela é muito insonsa. O mundo está apodrecido e escuro, e minha alma está seguindo o mesmo curso. Uma alma completamnete imperfeita, que eu queria com todas as minhas forças, por deus, assassinar. Como quem pega um caco de espelho e fere um coração. Eu ficaria ali, assistindo o sangue jorrar em jatos, brilhante, vermelho e vivo. Talvez eu me sentisse enojado com tanta tripa e órgão. Talvez eu sugasse aquele sangue todo, para me sentir um pouco mais vivo, mais forte.
Quero apenas me jogar no rio e me deixar levar pelo penhasco abaixo. A sensação de falha me causa dor. O desejo de fazer alguém feliz, de fazer alguém sorrir foi falho e isso me corrói, como o ácido estomacal cumprindo a sua função de transformar o alimento em uma massa nojenta. Eu me importo. Sempre me importei. Mas não quero mais. A única coisa, que eu talvez iria querer agora é sentar no chão e chorar. Eu poderia abraçar a minha mãe mais uma vez? Eu sentirei falta dela. Penso que ela tenha sido a única pessoa que me amou de verdade, mesmo eu sendo o que sou. As pessoas não costumam gostar muito de mim. Mas não tem problema, eu também não gosto de muitas pessoas. Queria poder vê-lo antes de sair daqui, queria dar um abraço de despedida ou quem sabe, apenas um aceno de cabeça. Só queria ser reconhecido.
Carrego no peito uma frustração. A de não de ter feito nada grandioso nessa vida. Eu não consegui ter a minha marca de camisetas e eu desisti dela, mesmo sabendo que conseguiria. Eu quis me destruir. Eu sempre quis isso. Sempre olhei com ódio aquele reflexo que me encarava no espelho. Ele não me agradava em nada. Nada. Sentia prazer me destruindo. Gostava de me curvar diante do deus branco, chorar e eliminar todo o sentimento ruim que estava lá, todo o conteúdo que me fazia sofrer, tudo aquilo que eu tanto desprezava. Eu sentia minhas pernas tremerem, mas eu não poderia cair. Isso nunca foi uma opção, eu tinha um segredinho e ele era divertido no começo. Um vício, um hábito e eu ficava ali parado, encarando a mim mesmo no espelho e experimentando sorrisos blasé, expressões apáticas e doentias. Sorria por dentro.
As dores constantes de cabeça e estômago sinalizando defeitos me eram a glória. A certeza de que algo ainda estava dando certo. Eu destruia o meu corpo e ele queria vida. Eu ria do corpo, ele não era forte o suficiente pra vencer a batalha. Patético.
Agora eu consegui, neste exato momento estarei indo embora. Vejo todos vocês continuando suas vidas e planejando compulsões em lanchonetes. Eu rio, viro as costas e subo cada vez mais alto. Longe daqui. Finalmente.

19 de jun. de 2009

Duas Décadas (Shit!)


Amanhã eu faço vinte anos. Não estou tão deprimido como todas as outras vésperas-de-aniversários por quais já passei. Vinte anos não é pouco tempo. Mas também não é muito.
Fico pensando que este dia era pra acontecer. Cada dia - penoso - que eu vivo é pra acontecer. Mesmo contra a minha vontade.
Sempre fui um menino inseguro ao extremo, sempre esperando a aprovação de outros. Em outras palavras, uma criança chata e as vezes grudenta.
Eu ainda sou todas essas coisas, o tempo não mudou-as. Mas eu aprendi a lidar com tudo isso. E me aceito desta forma. Pois essas coisas são "eu". Essas coisas são minhas e eu não sei viver sem elas. Me apoiei nisso por muito tempo. E já não sofro mais por isso. Não choro mais. Chorar é algo complicado na minha vida. Há um bom tempo eu não sei o que é chorar. Coisa que eu fazia quase todos os dias. Deve ser por isso, de tanto chorar na infância/adolescência todas as minhas lágrimas secaram. E com isso só me restou o meu orgulho bobo e a minha amargura.
Já desejei, muitas vezes (muitíssimas vezes) não estar mais neste mundo. Hoje em dia tanto faz. Não tenho anseios, não tenho metas, não tenho direção ou referência alguma para seguir. Tenho só as minhas vontades e os meus sentimentos. Desde pequeno, sempre sonhei alto, sempre tive anseios de ser alguém, de fazer e acontecer. Sempre quis ter alguma coisa minha. Alguma coisa que todos reconhececem. Hoje tanto faz. Tudo tanto faz - Tudo foda-se.
Vivo cada dia separadamente - como se fossem vidas independentes e desconhecidas. Não me preocupo com o amanhã. Tatuarei o meu corpo, furarei a minha carne sem me importar com alguma profissão. Não tenho meta de criar família alguma, não tenho mais sonhos de ser designer famoso. Não me restou nada. Só as minhas aflições - que sem elas não consigo ter base pra nada. A tristeza me faz eu me sentir mais vivo do que a alegria. Me sinto humano de verdade nessas horas.

Se sou triste?
Não.

Estou exatamente onde eu queria estar.

Amanhã beberei com os meus amigos, farei dancinhas absurdas, me jogarei na noite e serei feliz. Momentâneamente.
E no outro dia terei o mesmo tratamento que as outras pessoas.

14 de jun. de 2009

Comidas e complicações

Passei o fim de semana na casa em que nasci, na companhia da minha família paterna. Sinto falta dessa época, em que eu era feliz. Era uma criança gorda e feliz.

Assim que adentrei a casa eu ouvi minha vó dizer: Nossa, você deu uma engordada né, querido? huhuhu

E como eu tenho problemas bestas de ego, isso me fez mal. Na verdade a comida sempre foi um problema na minha família, sempre foi uma entidade misteriosa. Desde que eu me entendo por gente, quase todas as minhas lembranças estão de alguma forma relacionadas à comida. Desde as sopas, pães e doces que minha vó fazia, até as vezes em que fui obrigado a comer panelas de comida inteira, de tanto aporrinhar meu pai com coisas do tipo: quero comer e quero agora! - Você quer? então você vai ter!

Hora do almoço. Hora tensa. A comida é complicada demais.

De um lado meu pai comendo salada compulsivamente - se vangloriando por não ter comido nada ainda, estou de dieta ele declara.
Do outro lado vejo minha tia mordiscando um pedacinho minúsculo de bife, com o rosto tenso. Minha avó na ponta da mesa empurrando a comida de um lado pra outro, com cara de enjoada. E eu lá no meio...olhando para o prato e comendo rapidamente. Tentando evitar qualquer meio de contato com eles.