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21 de jan. de 2011

Café e cigarros

E como nos velhos tempos, eu me vi sentado naquela cadeira de madeira tão familiar, em meio a umas mesas molhadas, e algumas cadeiras em igual situação. Eu apoiava o pé numa cadeira à frente e de minutos em minutos bebericava do meu copo de café com leite gelado e sem açúcar - por favor. Dividíamos os cigarros e soltávamos alguma risada, ocasionalmente. E como nos velhos tempos, nós estaríamos ali, por horas e horas a falar sobre a vida, as pessoas, as nuvens, a grama, os bolinhos fritos, medos, alegrias e gracinhas, ou qualquer coisa que viesse à cabeça. Nessas situações o horário sempre pareceu um mero detalhe, algo secundário e eu nem tinha mais obrigações a cumprir e compromisso algum com alguém ou algo. Sempre fora assim. E o que estava adormecida, simplesmente acordou e voltou a ser como sempre foi. Há muito, eu não me sentia feliz como naquele momento.

17 de nov. de 2010

Olhe para mim

Olha, eu te prometo que tudo vai ficar bem, tá? Nós dois vamos sair dessa juntos. Um dia iremos rir dessa situação. Vamos desfilar por aí esbanjando tudo e qualquer coisa que seja apreciada pela sociedade. Nós podemos. Confesso, que agora, nesse exato momento não tenho esperança de nada e nem sei como tentar te colocar pra cima, porque infelizmente estamos na mesma situação e eu não consigo levantar nem a mim mesmo. Só quero que saiba que estamos juntos. Estou respirando o mesmo ar que você, e embora estejamos em lugares diferentes, você pode ouvir a minha voz e eu a sua. Vamos compartilhar essa dor? Assim fica mais fácil.

Prometo que ainda construirei uma bolha para te colocar dentro, onde ninguém vai fazer mal pra nós dois.

Tá?

2 de nov. de 2010

The good old days

Lembra daquele dia na casa da Fernanda? Do frango frito, vinho e croquete de farinha. Lembro de estar feliz naquela época. Lembro que brincávamos de ser um casal feliz. Lembro do saquinho com chocolates, lembro de ter ficado com a Nany e ter tirado a minha roupa, bêbado. Lembro de tantas coisas desse dia que eu nem gosto de pensar muito, porque eu sei que elas me deixam saudoso. Saudoso de um tempo, de situações e de sentimentos que não irão voltar. Sinto tanta falta dessas madrugadas alegres, do choro em conjunto, das alegrias, dos cigarros divididos, dos quilos de carboidratos, das garrafas de martini e jurupinga, das nossas manias, das nossas danças, da nossa libertinagem e dos nossos medos. Sinto falta de tudo isso, e mais do que isso, sinto falta de mim mesmo.

7 de jun. de 2010

Existencialismo

Desde cedo somos acostumados com o excesso. Usamos o material como uma válvula de escape e nos sentimos preenchido quando empunhamos o cartão de crédito ou o dinheiro que é fruto de nossos trabalhos. Não somos tão filhos da puta como aqueles que se aproveitam da grana que não os provém. Saímos pouco, mas nos vemos bastante. Não fazemos aquilo que a maioria faz. Estamos num patamar acima. Ou não. Prefiro pensar que sim. Alguns de nós tivemos a fase de tomar vinho chapinha e ficar bêbado na calçada, na porta da escola. Outros de nós não fizemos isso e esperamos crescer o suficiente para fazer. A maioria de nós não tem uma vida sexual ativa, o que diminui os riscos de DST, embora alguns de nós já tivemos suspeitas. Não bebemos bebidas alcóolicas, de modo que raramente ficamos bêbados. Comemos muito. Fumamos muito. Somos dessa forma, algumas vezes estamos felizes demais, outras vezes estamos tristes demais. Raramente as emoções são saudáveis. Pensamos muito. Talvez esse seja o motivo de nossa grande infelicidade e descontentamento com o mundo, as pessoas ao redor e as idéias que estas geram. Não choramos, não nos exaltamos e raramente explodimos. Somos seres pacíficos, de certa forma. Não nos envolvemos com coisas erradas e sempre pagamos as contas em dia. Pelo menos, tentamos. E quase sempre conseguimos. Aos fins de semana extravazamos a monotonia da semana. Gastamos muito dinheiro com comidas hipercalóricas em lanchonetes hiperglobalizadas e hiperfaturadas, e não nos importamos com as mulheres da china que doam sua vida inteira para limpar peixe, matar frangos e preparar as gulodices que tanto amamos. Pra falar a verdade, não nos importamos com muita coisa. Muitas vezes não nos importamos nem conosco mesmo. Somos tristes, mas ao mesmo tempo somos felizes por estarmos tristes. Tentamos nos destacar no meio dos medíocres e de certa forma conseguimos. E até arrisco dizer que conseguimos muito mais do que isso. Conseguimos fazer qualquer coisa. E isso já foi provado. Em alguns dias mal nos falamos e não nos vemos. Em outros dias declaramos nosso amor aos quatro ventos, e rimos disso porque achamos extremamente brega. De vez em nunca nos juntamos e sonhamos com alguma coisa, que lá no íntimo, sabemos que jamais irá acontecer. Mas no fundo adoramos nos amargurar com o que quer que seja. Em alguns momentos desejamos profundamente não sermos mais amargos, mas tudo o que fazemos é dizer um "é..." e acender um cigarro atrás do outro, tirando fotos de torres, ruas, pessoas, de mim, de comida ou qualquer coisa que achamos bonitos. Andamos em lugares inesperados, mantendo nossa postura inexpressiva e fazendo aquilo que desejamos. Em outros momentos não sentimos medo de nada. Somos as crianças corajosas para logo em seguida a bola murchar e nos sentirmos losers. Temos um gosto diferente. Gostamos de excentricidade, diversidade e das coisas que a sociedade rejeita. Somos dessa forma e por mais que digam e julguem que somos pobres crianças tristes, ainda assim continuaremos conseguindo grana para gastar em lugares elitistas e hiperfaturados. 

24 de mai. de 2010

1,2,3... Atualizando

São cinco horas da tarde e eu estou esperando ansiosamente pelas seis e meia. Sabe quando você quer ir pra casa rapidinho, se jogr na cama e ficar todo embrulhado dentro de um edredon fumando e olhando para o teto, ouvindo uma música boa? Pois bem. Estou tão feliz hoje, mas diferente da maioria das vezes eu quero sossego. Mudando de assunto, só porque eu consegui configurar a internet wireless na minha casa, o meu PC resolve não ligar mais. Hoje quando chegar em casa, abrirei-o, pegharei um pincel e limparei tudo delicadamente. Se ainda assim não funcionar, eu jogo no lixo e compro outro. Mentira, nem compro. Mas eu vou ficar muito chateado se der errado. Ah!

Sábado realizei minha fantasia orgística alimentar, que me tentava a pelo menos duas semanas. Se alguém quiser, eu deixo a receita no fim do post. Mas de qualquuer forma, o fim de semana foi legal. Levei minha irmã pra passear. Sei que isso é importante pra ela. E é pra mim também. Já que sinto falta dela e tal. Espero que ela esteja bem agora. Me dói ver ela chorando ao sae despedir de mim no metrô. Segundo ela, vai voltar pra casa ainda este ano. Só está esperando acabar o ano letivo, porque a escola já está paga. Bem, espero que ela tome a decisão certa.

No mais, anda tudo na mesma. Só escrevi isso para atualizar mesmo.
Vou ficando por aqui.

Abaixo segue a minha receitinha marota.
Vá até o Mc Donald's mais próximo e compre:

Um chicken Americano, ele será a base do lanche, já que vem mais "incrementado". Compre também dois chicken mc junior. Tire todas as partes de cima dos pães (reserve só um para colocar no topo do sanduíche). Descarte o que sobrar (no meu caso, eu comi o que sobrou, puro mesmo). Vá colocando um a um, encima do outro. No fim você terá algo parecido com isso.




E mais no fim ainda, sua cara vai ficar assim:

29 de abr. de 2010

Cleptomania e mente ociosas

Vivíamos duros e ociosos. Mais do que qualquer coisa no mundo. Estudávamos juntos e raramente fazíamos alguma coisa que prestasse. A minha vida, particularmente, se resumia a ir à escola, ficar sentado fazendo cara de conteúdo ou desenhando mangás eróticos nas carteiras, ou passando bilhetinhos pela aula e dependendo do professor, conversava alto na sala de aula e ria alto também. Chegava em casa e lia meus mangás, ou assistia pornografia na internet, ou comia várias coisas ao mesmo tempo ou então dormia. Era sempre a mesma coisa. Precisávamos de emoções novas. Descobrimos isso no dia em que decidimos roubar. Roubávamos qualquer coisa que desse bobeira, independente do valor que essa coisa tivesse. Tudo começou (lembro-me exatamente da ocasião) num almoço na escola (levávamos comida, porque estudávamos em outra escola de tarde) e a Aline é diabética, o que a obrigava a tomar insulina todos os dias. E como não é comum uma pessoa se picando no meio do pátio da escola, íamos até a cozinha das faxineiras e ficávamos lá sentados, assistindo ela se picando. Gostávamos quando ela enfiava a agulha na barriga e deixava ela pendurada. Era quase uma sessão de sadomasoquismo. Mas enfim...ela guardava a insulina na geladeira. Nesse dia ela pediu para eu pegar pra ela. Obedeci e quando abri a geladeira vi um pacote de leite em pó moscando, pela metade e estava louco para comer um doce. Sem hesitar, peguei o pacote (estávamos sozinhos na cozinha) e guardei embaixo da minha blusa. Rapidamente, saimos dali e levamos dois copos descartáveis junto, para poder fazer a mistura de leite em pó. Ainda colocamos adoçante para não engordar. Saímos pela escola desfilando com o nosso leite em pó. No outro dia achamos um bolo pullman e foi a mesma história. Isso tornara-se rapidamente um hábito. 

Certa vez, na empolgação do momento, decidimos abrir as marmitas da galere que estavam boiando na água quente do marmiteiro. Abrimos várias delas, e ocasionalmente ríamos quando encontrávamos algo bizarro. Foi nessas que um dia encontramos uma marmita com ARROZ FEIJÃO E COXINHA. Rimos tanto, mas tanto, MAS TANTO da coxinha na comida que na empolgação furtei uma. Tinha três. Ficou um buraco no arroz, como se alguém tivesse afundado as costas da colher na comida. Lembro de naquele dia ter rido O DIA INTEIRO disso.

Teve um outro dia que na nossa ronda diária pela geladeira encontramos uma peça de provolone inteirinha. Olhamos um para a cara do outro e pensamos: Pega! Pegamos a mochila e jogamos ele lá dentro, solto, sem plástico sem nada. Uma única peça de provolone solto no fundo da mochila, cheia de raspinha de apontador, tampa de caneta e outras tranqueiras. Comemos tudo no caminho da outra escola, no ônibus mesmo. Uns dias depois a Faxineira da escola, que utilizava a cozinha chamou a Aline de canto, já que ela era uma das alunas que usava a cozinha, e disse: Menina, preciso falar um negócio muito sério com você. Eu estava do lado da Aline e nem ousei olhar para a cara dela, já prevendo o que aconteceria. A tia nos contou que ela comprara uma peça de provolone (doze reais, ressaltou ela!) e nem tinha pago ainda, e mesmo assim alguém fora lá e roubara da geladeira. Disse assim que sabia que não foi a gente, mas de qualquer forma iria começar a trancar a cozinha e que quando quiséssemos usar, era só pedir a chave pra ela. Logo, precisamos parar de roubar coisas da geladeira, porque aí descobririam que era a gente, era só somar dois mais dois. Porém, não muito tempo depois, uns amigos nossos foram fazer uma festinha de aniversário para uma conhecida nossa. Compraram um bolo, uns pães e essas cachorradas todas e utilizaram a cozinha para cantar parabéns. Pra variar, estava eu e Aline lá, participando da festa. Mais cedo, quando Aline estava tomando sua insulina diária, vimos uma garrafa de coca cola na geladeira. Mas não pegamos. Planejamos pegá-la mais tarde aproveitando o aniversário como desculpa, já que entraria um monte de gente diferente na cozinha. Ao apagar as luzes na hora do parabéns, fiz um sinal para a Aline, que logo entendeu tudo e veio de mochila para a geladeira. Como era uma geladeira velha, não acendia a luz, então não corríamos o risco de ser vistos. Enfiei a garrafa na mochila (já vazia) dela e voltamos à posição do parabéns. Acenderam as luzes, e lá estávamos nós com a maior cara lavada do mundo, sorrindo e comendo as coisas da festa. Saímos antes de sentirem falta da coca.

Teve um outro dia na outra escola, que achamos um estojo jogado no pátio vazio. Pegamos e quando abrimos apareceram cifrões nos nosso olhos. Tinha MUITO dinheiro dentro. Tipo, muito mesmo. Mais dinheiro do que o meu bolso de estudante e não trabalhador já tinha visto. Resolvemos guardar o estojo dentro da mochila da Aline enquanto decidíamos se iríamos pegar a grana ou não. Afinal, era MUITO dinheiro. Mais tarde a coordenadora passou de sala em sala perguntando se alguém tinha visto um estojo marrom. Suei frio quando ouvi aquilo. Estava louco para sair de lá logo e ver o que ia fazer com aquela grana. Na saída, decidimos roubar uns apetrechos de desenho que tinha no estojo e decidimos pegar 30 reais cada um, seria muita cachorrada roubar tudo. Largamos o estojo embaixo do banco do pátio. Com 60 reais a menos.

Comprei a primeira parte da coleção do mangá de Sakura Card Captors.

Os espertões e os brigadeiros

Digitando o ultimo post, me lembrei de uma cachorrada que eu, a Aline e a Renata fazíamos. Deixe-me contar (adoro quando não tenho nada para fazer no trabalho), estudávamos os três juntos. Fazíamos Design Gráfico e mais vadiávamos do que qualquer outra coisa, ainda assim tirávamos notas boas (digo po mim, desculpe). Aline conhecia uma mulher que fazia lanches naturais e brigadeiros, e como a mulher pediu para que vendesse na escola, Aline resolveu ajudá-la e de quebra faturar uns trocos. Pois bem, mortos de fome que éramos sempre babávamos nos brigadeiros da menina e pra variar nunca tínhamos dinheiro para comprar nada. Um dia tivemos a genial idéia de pedir para a Aline deixar a gente comer os brigadeiros. Claro que ela não deixou, pois como explicaria para a mulher isso. Então, pensamos mais e mais. Até que chegamos ao absurdo de pedir pra ela deixar a gente morder as beiradinhas dos brigadeiros e enrolar de novo, assim ninguém notaria. O pior de tudo é que ela deixou. E as pessoas continuavam comprando. Todos os dias quando ela chegava, lá iam os três pro cantinho para morder todas as beiradinhas, de fora-a-fora. Renata já carregava até um saco de granulado na bolsa, para o caso de se ficar buraco no brigadeiro a gente enrolava de novo e jogava uns granulados por cima. Curiosamente, todos os dias um menino que eu não me lembro o nome, mas carinhosamente o chamávamos de Diferente (meu, ele era MUITO diferente de tudo nesse mundo) sempre escolhia os brigadeiros comidos (a gente sabia quais eram).

Ahhh...bons tempos.
Se der tempo, mais tarde eu faço um post sobre a nossa fase cleptomaníaca.

23 de abr. de 2010

Despedida - Y Control

Trabalho aqui no mesmo lugar há um ano e meio, aproximadamente. E existe um menino aqui que eu peguei certa amizade. Ele sempre livrava a minha cara quando precisava e eu sempre livrava a cara dele quando necessário. Atingimos um certo nível de cumplicidade. Por incrível que pareça, ele sabia quando eu estava com raiva e sabia quando eu tava triste através das minhas microexpressões. E isso não é qualquer um que sabe. Ele aprendeu a cantar todas as músicas do Yeah Yeah Yeahs de cor, de tanto que eu ouço. Sua preferida é Y Control. Hoje ele saiu daqui. E não vai mais voltar.

Boa Sorte. Espero que tudo dê certo para você.

ps: na despedida, tive que contar a vontadezinha de chorar que eu tive (ando sentimental demais).

20 de abr. de 2010

Double Shot - Hiperfagia e a falta de grana - de novo.

Ontem fui buscar Fernandi e Mariana no trabalho. Portava um pacote de Club Social, meio maço de cigarros, 30 reais da minha condução semanal, um cartão VR da minha amiga e o meu cartão de débito com duzentos reais negativos. Pois bem, sentamos na Starbucks (estava com saudade, fazia MUITO tempo que eu não pisava naquele lugar) e ficamos fumando cigarros, enquanto assistia ao Denis beber um frappuccino base café de doce de leite MUITO DOCE e Mariana desfrutando tropicalmente de seu suco de laranja concentrado e com gosto de coisa industrial, mas que não é exatamente ruim. Todos se serviram dos meus cigarros, mas eu estava felizinho e até ofereci, então tudo bonito. Depois que o casal foi embora, eu e Fernandi paramos na frente de um boteco, para esperar o ônibus, e assim voltar para casa. Ao que os olhos correram rapidamente para dentro do bar, pude visualizar a estufa cheia de coisas na cor dourado-fritura. Tenho uma teoria em que todas as coisas nessa cor são gostosas, menos damasco (uma amiga minha corrompeu a minha teoria, me lembrando que existe essa maldita fruta). Mas pense nos bolinhos, batatas fritas, croquetes, risoles, pães, bolos, bolachas, pastéis e por aí vai. Tudo tem essa cor. Enfim, olhamos um para a cara do outro, já sabendo o que se seguiria dali em diante. O que se seguiu? Uma bela e deliciosa orgia alimentar, pra variar. Pedi um Bauru, ela pediu um hamburgão de carne, rapidamente enquanto um abria a geladeira, outro já puxava uma garrafa de refrigerante, enquanto outro engolia pedaços do lanche, enquanto a outra já olhava a estufa escolhendo o próximo item dessa farra alimentar, enquanto o outro já pedia o próximo bolinho de carne, ao mesmo tempo que a outra já cobiaçava um bolinho igual ao dele, enquanto já cobiçava os chocolates do caixa, enquanto pedia um pedaço de bolo. Sim, tudo muito rápido. Toda essa brincadeira durou uns 10 minutos no máximo. Hora de pagar. Lembramos do cartão mercado da minha amiga, que estava na minha mochila. Olhamos com um sorriso cúmplice e perguntamos se aceitava no local. Aceitava. Ótimo, porque eu não tinha um puto no bolso. Decidimos pegar um maço de cigarros para cada um, parecendo duas crianças bobas e felizes dentro de uma loja de brinquedos com um calhamaço de dinheiro achado na rua. O sorrisão não saía da cara. Ah, depois a gente repõe o dinheiro dela, no sábado mesmo, repetíamos toda hora, meio que tentando se justificar para si mesmo. O cara pegou o cartão e passou na maquininha. O sorriso ainda estampava os rostos. Não autorizado. Droga, o sorriso sumiu. E agora? Tenta de novo. Não autorizado. Tenta de novo. Não autorizado (e ficamos nessa brincadeira por uns 10 minutos). Até Fernanda ter a brilhante idéia de reiniciar a maquininha. Tenta de novo. Não autorizado. Pego meu cartão da mochila, com um olhar triste e entrego na mão no cara do boteco. Crédito. Fazer o quê? O que é uma queda, pra quem já está no chão?

Depois que saímos do boteco, já não tão felizes mais, pensamos no dinheiro que eu gasto com comida por mês. Ficamos assustados quando chegamos à conclusão de que com a grana que eu gasto só em comida, por um mês, eu consigo alimentar uma família de 4 ou 5 pessoas, todos comendo bem, e com besteira na compra - tipo danone, chocolate e afins. 

Agora mesmo estou aqui na frente computador, com cara de madalena arrependida, abrindo o excel e começando a montar uma planilha de controle de gastos.

15 de abr. de 2010

P.

Não saquei seu jeito no começo. Para mim você era só uma menina louca e que queria chamar a atenção a qualquer custo. Afinal, não é normal uma garota abaixar as calças no meio da sala de aula, no primeiro dia em uma escola nova. Definitivamente isso não é normal. Só mais tarde percebi que esse era realmente o seu jeito, o que me fez baixar as guardas e tentar me aproximar de você. Ainda lembro do nosso primeiro diálogo: Oi, você gosta de animes? Disse você apontando para um desenho que tinha na minha mochila. Depois desse momento a parede que exstia do meu lado e do seu lado se romperam, não totalmente, mas uma pequena parte dela. Eu ainda não te conhecia nessa época, apenas gostava muito. Fui te conhecer de verdade há uns dois anos atrás, quando você já não era mais aquela menina louca de cabelos pretos, unhas pretas e coleira no pescoço. Tivemos a oportunidade de trocar horas de papo juntamente um ao outro e assim nos desarmamos cada vez mais e por fim nos vimos completamente expostos um para o outro e isso não me assustou. Gosto tanto das conversas superficiais quanto das mais profundas que temos. Gosto de compartilhar bandas que só nós dois conhecemos e gosto de ver você rodar. A menina que vive a rodar. Sempre muito louca. Sempre muito excessiva. Muito tudo. Você é incrível. Aishiteru, Miaka Shinoda (lembra disso? hahaha).

12 de abr. de 2010

Aniversarinho da Alinão

Fim de semana bizarro. Fizemos uma festa de aniversário surpresa para a Aline, que foi estragada pela minha pessoa, que estava subindo a rua da casa dela carregando um pacote de gelo e pela Fernanda que se escondeu inutilmente atrás de uma árvore com um saco de pão nos braços. Ela nos viu do ônibus e na hora entendeu tudo. O certo seria termos chego em casa antes dela. Ok, não deu certo, mas ela ficou feliz do mesmo jeito. Deu até gosto de ver. Tocamos o puteiro como sempre. Dançamos ao som de Dandalunda, Pavão Misterioso e É o tchan. Fiquei bêbado no mínimo umas três vezes nesse dia. Esfreguei bolo no peito e dei pras meninas lamberem e tentei vestir um maiô de uma criança de seis anos. Eu tinha achado a cor muito bonita, confesso. A caipirinha e a cerveja acabou de tarde ainda, o que nos obrigou a sair de madrugada para comprar uma garrafa de jurupinga e outra de martini. Enfim, foi bem legal no geral. Espero que a Aline tenha curtido o diazinho dela.

22 de mar. de 2010

Peguei e perdi mais um pouco da dignidade na praia

Estava tão cansado e tão estressado que peguei e me emboquei para Itanhaém. Na sexta feira minha mãe me chamou para ir. Incrivelmente eu aceitei e ainda arrastei duas amigas comigo. Posso dizer que foi um dos melhores fins de semana desse ano - que tem sido tão sem sal e sem grandes acontecimentos. As vezes é bom sair da rotina. Afinal, não é todo dia que eu como o bolo gelado da minha mãe - ela ODEIA cozinhar - não é todo dia que eu nado pelado e não é todo dia que eu poso para um ensaio "cençual" debaixo de uma bica.

Chique.

ps: Talvez amanhã ou depois, eu poste alguma dessas fotos devidamente censuradas, pois em algumas delas eu estou completamente nu. Hahahaha!

19 de mar. de 2010

A crente gostosa

Apresento-lhes meu mais novo blog, juntamente com a Priscilla.
Contaremos a história da Crente Gostosa. Acompanhe!
http://crentegostosa.blogspot.com
ps: gente, eu não consigo abrir esse blog sem ficar com ,pelo meno , um sorrisinho de canto de boca. HAHAHAHAHA!
É uma realização pessoal.


Mas ainda fica a dúvida:
Exite crente gostosa?

10 de mar. de 2010

Ninguém é normal - Amigos

Nenhum dos meus amigos são normais (inclusive, este que vos fala). Isso todo mundo já sabe. Mesmo os amigs virtuais, sempre tem um quê de loucura. E posso dizer que nesses anos e anos de internet eu conheci várias pessoas diferentes. Alguns considero como se fosse até da família, graças à afinidade que tenho com essas pessoas, que nem conheço pessoalmente, devido a morarem em outras cidades, estados e até países. Mas de certa forma, sempre procuramos manter contato, mesmo que nos falemos uma vez por mês, uma vez por ano, enfim... Dia desses me bateu saudade de uma amiga que conheço pela internet há uns dois anos e meio, mais ou menos. Resolvi mandar um e-mail pra ela, perguntando como estavam as coisas. Recebi isso em resposta. Juro que nem me surpreendi, mas ri alto na frente do computador. HAHAHAHAHA!











É...meus amigos realmente não são normais.
HAHAHAHAHAHA!

PS: Pior é que eu sei que essa resposta dela É verdade!!! Ela realmente faz essas coisas.

6 de mar. de 2010

Conversa de boteco e as Almas Espalhadas

Estava sentado na frente de um boteco com duas amigas, um cigarro pela metade na mão e um copo de martini na outra. Ouvi dizer que existem pedaços de almas espalhadas por aí, que juntas se completam. E isso explica a atração forte que sentimos por uma pessoa, aparentemente, nada a ver e sofremos tanto com a perda da mesma. Nunca acreditei muito nessas coisas, sempre fui muito cético, mas tem coisas que a ciência não explica e aí entra naquele campo chato do espiritualismo, vida pós-morte e essas coisas que ao mesmo tempo eu acho uma baboseira, eu acho que até pode fazer algum sentido. Refleti por horas sobre esse assunto e pude chegar à conclusão de que nunca encontrei um pedaço de alma. Os olhos, dizem que os olhos são as primeiras coisas que você repara em "pedaços de alma". Todos para mim parecem ter o mesmo par de olhos insonso, sem vida. Talvez nada disso exista, talvez tudo isso seja uma grande enganação de seitas que usaram isso para reunir cada vez mais adeptos, ou talvez tudo realmente faça sentido.

23 de fev. de 2010

Só o óbito pode nos parar

Desde muito antes de te conhecer pessoalmente, de fato, ouvi dizer muito bem sobre você. Escutei sobre a sua insanidade, mas isso não foi o menor obstáculo na hora de me aproximar de ti, já que de insano eu tenho muito também. Te conheci num momento vergonhoso, digamos assim. Dizem que a primeira impressão é a que fica. Espero muito que você não tenha se baseado naquele episódio, er...digamos, que bem constrangedor. Te achei bonita desde a primeira vez que bati os olhos em você, e por incrível que pareça não nos fizemos naquele dia. Na verdade, mal nos falamos. Estranho como começou nossa amizade.

Ainda me lembro do dia em que comecei a te considerar como amiga, e não como uma amiga da minha amiga. Aposto que você se lembrará do dia, se eu te contar qual é. Eu me expus, me abri e contei coisas sobre mim, somente para você. Eu estava deitado no fatídico sofá vermelho e você fazia carinho na minha mão, não tinha som algum - além da minha voz. Este, com certeza, foi um daqueles momentos da vida em que não queremos apagar. Queremos que congele, para voltar quando quisermos. Neste dia eu pude perceber como é o seu interior, e acredito que você possa ter visto um pedacinho oculto do meu interior também, mais do que a grande maioria conhece a meu respeito.

Tão diferentes. Eu, sempre quieto, inexpressivo, dramático e cheio de conflitos internos. Você, sempre falante, expansiva, expressiva. Dois opostos que deram certo, por assim dizer. Não que um seja pior ou melhor do que o outro, apenas complementares. Você carrega todas as expressões que eu gostaria de ter e eu carrego um pouco da racionalidade que você gostaria de ter.

Are you gonna be my girl?
(essa música sempre me lembrará você)

19 de fev. de 2010

Muito amor

Tô me sentindo tão amado, de repente.
Acabo de reparar que tem dois posts pra mim em dois blogs diferentes e feitos em menos de uma semana de intervalo um do outro.

http://nauseas-e-rabiscos.blogspot.com/2010/02/v.html

http://memoriaspostumasdecowy.blogspot.com/2010/02/monologo-sobre-amizade.html

Faça você também.
Por um Vinícius menos carente.

17 de fev. de 2010

ai gente...

Estou eu aqui, na frente do computador, trabalhando singelamente. Quando do nada, me surgem a Aline e a Mariana e mandam me entregar um cigarro. Um único cigarro solto, fininho...nunca vi aquele cigarro. Deram meia dúzia de risadas e foram embora me xingando de mal agradecido, de ingrato e de sei lá mais o quê.

Não entendi.
Juro que não entendi.

(coisas que a gente pára, pensa...e fala: ai gente...)

Carnaval 2010

Meu carnaval desse ano foi bem tranquilo. Não fiz nada de diferente e passei em paz comigo mesmo. Na verdade, ontem eu estava conversando com uma amiga sobre como estou em paz comigo mesmo, nos últimos tempos. Mas ao mesmo tempo, me sinto vazio. Preciso de algo para preencher os meus dias, ou alguém, ou alguma coisa. Sinto falta de ter alguém para ligar no fim do dia e essas coisas que são consideradas melosas - mas quando é a gente que as pratica, ficam menos melosas. Enfim, voltando ao assunto principal...Sábado combinamos de nos encontrar na Liberdade, eu estava afim de comer comida japonesa. Joana, Priscilla e Fernanda vieram me buscar no trabalho e quando estávamos caminhando em direção ao rumo principal, encontramos a Toska e uma amiga dela que eu não me lembro do nome. Depois, em seguida chegou um casal de amigos da Fernanda e fomos. Chegando lá ficamos mais de uma hora esperando os Fábios (o "meu" fábio e o fábio da amiga da Toska). Quando eles chegaram, todos já estavam cansados de ficar na Liberdade e eu acabei nem comendo a maldita comida japonesa. Mas tudo bem, eu estava feliz da mesma forma e fiquei tentando manter minha felicidade (que sempre se dissipa ao longo do dia) e decidimos comer no Burdog, que fica no metrô Clinicas. Chegando lá comemos e passamos um bom tempo, falando merda, discutindo banalidades e ligando celulares com alto falante (?!). Na hora de pagar a conta, um pandemônio tomou conta daquela mesa. Eu juro que não entendi nada a partir desse ponto. Fizeram uma misturança de dinheiros, cartões, máquinas de débito e o caralho a quatro. Fiquei bem confuso. Até que do nada, decidiram ir para algum bar, eu não queria bar. Não estava nenhum pouco afim de beber e nem de ficar sentado em mesa de boteco. Mas fui assim mesmo, porque a maioria ganha sempre. Ok, chegando lá, pedi rapidamente um Martini, como sempre e decidi que seria a única coisa que eu iria consumir naquele lugar. Mas quando eu percebi, estavam formando uma competição sobre quem conseguia virar um copo de pinga pura e eu prontamente decidi participar (não sei porque diabos) e consegui virar o copo, porém quase vomitei aquela porra. Peguei um gole de água e coloquei na boca e cuspi pro alto, como um chafariz e a minha amiga pediu para eu fazer de novo porque tava igual à Karen O e eu fiz. Hahahaha!
Depois disso sentei e permaneci quietinho no meu canto, e não sei como meu sketchbook foi parar na mesa e eu comecei a desenhar a Joana e a Fernanda. E depois comecei a abraçar as pessoas da mesa (tinha batido uma carência forte, nessa hora) e pedi para todos me amarem para sempre. E depois disso fiquei lá...olhando pro nada e fantasiando situações que não aconteceriam e reviravoltas e revoluções arrebatadoras.
Depois disso fomos para a minha casa (eu e as meninas) e o Fábio foi pra casa dele. Joana ficou fazendo pole dance no ferro do metrô e o fábio ficava rindo e vermelho de vergonha alheia (ele fica bonitinho quando tá vermelho de vergonha alheia), e eu fiquei tirando fotos inúteis com a Fernanda.

...

Ontem fui em um bar com a Joana. No dia anterior, milhares de convites tinham surgido para a minha pessoa, mas na Hora H nada deu certo. Claro, até parece que ia dar certo. Ficamos lá bebendo coca zero e falando mal dos transeuntes, inclusive do dãnilo (risos escandalosos) até que chegou a Fernanda com um violão, e eu fiquei mais de uma hora (entediado) assistindo elas tocarem Tilly and the wall, Britney Spears e mais um monte de coisa que eu não me lembro. Daí que elas decidiram ter uma banda. Pensamos em vários nomes, inclusive: ela tomou muito ácido, sandíces alcalinas e mais um monte de besteiras. Depois chegou a Marion (eu não sei se o nome dela se escreve assim) e elas foram para uma lanchonete que eu não faço idéia de onde fica e resolvi ir para casa (estava tão cansado e nulo, que foi a melhor opção). Sim, meu carnaval se resumiu a isso.

Bom, melhor do que ficar em casa hibernando, que era o plano inicial.

19 de jan. de 2010

Destruição em plena segunda feira

O ócio depois do trabalho sempre é um chamariz para qualquer coisa que surja para se fazer. Ontem não foi diferente. Decidimos ir até o tatuapé comer alguma coisa e beber alguma coisinha. Quando me dei conta, estava sentado numa mesa com uma porção de polenta frita e três litros de chopp na minha frente, tudo dividido por duas pessoas. Dei uma golada do copo de chopp e senti uma pequena fisgada, como se um peixinho tivesse se movido dentro de mim, em decorrência do estômago vazio. Poucos minutos depois e eu estava falando "engrolado". Decidimos ir para a rua (para eu poder fumar) e eu enchi o copo de chopp para poder sair bebendo e não precisar jogar o resto fora. Saí caminhando torto e rindo de tudo que cruzava o meu caminho, o conteúdo do copo formando um rastro por onde eu passava. Descemos até a área externa e começamos a rodar como pião do baú e passamos uns bons minutos rindo da palavra "perua" (que pronunciávamos PIRUA) e quando eu me dei conta, estava sentado numa mesa cheia de gente alegre e eu comecei (do nada) a ser sociável, joguei rodelas de limão na cara de um menino de dezesseis anos que estava na mesa, inventei que a aline era crente de coque (?!), mordi o braço da aline bem forte (ela acabou de me mandar um email dizendo que está machucado), encanei com uma tal de amanda que se apresentou pra gente. A sapatão mais caminhão que eu já vi na minha vida. Depois que ela foi embora, toda as meninas que passavam pela gente eu perguntava: Essa daí que é a amanda?
Enfim, fiquei realmente muito bêbado. Muito mesmo.  Quando me dei conta novamente, eu estava sem camiseta no meio da rua, todo molhado de vômito, e com um monte de sapatão tentando segurar a minha cabeça para vomitar, até que do nada me surge um copo de água com açúcar na minha frente e eu cuspi todinho em cima de mim mesmo, vomitei na calçada, acabei de receber um e-mail da aline dizendo que eu  pedi pra fumar, me deram o cigarro e eu molhei ele com não sei o quê e continuei "fumando" o cigarro apagado, molhado. Fui carregado até o metrô, não me  lembro como e nem por quem. Ocasionalmente eu me jogava no chão e chamava todo mundo de "amanda". Caí na escada rolante e me machuquei todinho, desmaiei na lotação, fui carregado até a minha casa, morrendo de frio. Deitei e fiquei uns trinta minutos olhando para o teto até que tomei coragem e fui, cambaleante até o banheiro e tomei um banho bem meia boca e deitei na cama pelado. Acordei hoje para ir trabalhar, me vesti rapidinho e saí com MUITA dor de cabeça e tontura. Parece que eu levei uma surra. Não, isso não é engraçado e eu me sinto muito envergonhado e com catorze anos.
Porque meu Deus?!
PORQUE?!?!