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21 de mai. de 2011

Tango, café e cigarros

Um tango tocava e uma galera dançava no ritmo do som. Os carros passavam, muita gente passava e eu estava ali sentado sozinho. Bebia meu café, já morno de tanto resistir ao frio que fazia. Eu fumava um cigarro enquanto ouvia qualquer coisa no meu fone de ouvido. Alguns casais dançavam graciosamente, outros nem tanto. Um gordinho desajeitado, uma velha senhora com cara de rica e mais um tanto de pessoas curiosas se uniam naqueles passos, tentando se divertir, aprender a dança, passar o tempo, ou seja lá qual o motivo, todos estavam unidos ali. Eu tentava apenas passar o tempo, talvez descansar e me sentir um pouco melhor. Na verdade era um misto disso tudo. O café acabou e passei a usar o copo como cinzeiro.

Coloquei a mão no bolso da blusa e senti um plástico. Me lembrei que era o pacotinho de skittles - o arco íris de frutas - e mais precisamente, só as balinhas roxas. As menos gostosas. As rejeitadas. Comi, talvez pra sentir que ainda tenho jeito. Utilidade.

Estava um pouco deprimido. Oras, num sábado à noite, tudo planejado para que fosse um dia legal e eu ali sozinho, sentado, fumando e assistindo as pessoas se divertirem. 

Mas quem se importa? No fim tudo dá no mesmo. 

Tomei 3 comprimidos para dormir.

E é isso.

25 de mar. de 2011

Então

De repente, eu me senti com treze anos de novo. Naquela escola nova, tentando ser aceito por aqueles alunos burguesinhos, ao mesmo tempo que fingia não me importar. Fingindo estar sozinho por opção. Chegando frustrado todos os dias da escola, porque ninguém tinha interagido comigo naquele período eterno de aulas. Sendo usado como chacota pelas costas. Sendo um diferente ali. Não era o meu lugar.

Ainda não estou no meu lugar. Eu acho.

17 de mar. de 2011

onze e dezesseis

as vezes eu me sinto tão sozinho...de verdade. :(

3 de mar. de 2011

vinte e três de junho de dois mil e dez [repostagem]

QUARTA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2010

Lost

Se eu tivesse alguma coisa de especial, nada disso seria assim. Não precisaria implorar por atenção, nunca mais. Não quero ser ignorado. Não quero mais ser o gordo do canto. Eu cansei disso. Queria um papel de destque, pelo menos uma vez nessa vida.

Eu não sei mais. Cada hora que passa, sinto falta de alguma coisa que ficou pra trás. O colo da minha mãe, nas horas certas. O cheiro do perfume da minha tia. A bandejinha que minha vó deixava no forninho todos os dias que tinha missa. Da visão das árvores e duas crianças correndo em volta de mim. Dos meninos que me batiam na perua escolar. Dos "Não" que eu ouvia constantemente em casa. Da mochilinha azul da risca que eu carregava pra cima e pra baixo. Do ano de 2000 quando olhei o céu atentamente e percebi o sentido da vida pela primeira vez, e quando passou cinco minutos eu já não acreditava mais nele. Dos legumes em conserva que a minha vó fazia para mim. Das canetas fluorescentes que meu pai roubava no escritório pra mim.

18 de dez. de 2010

A vida e engraçada

É um sábado à noite, o dia mais "badalado" da semana e eu tô aqui desde as 16h da tarde deitado com esse note no colo. Comendo doce e salgadinho. Gastei 30 reais em doces num bomboniere perto do meu trabalho e a minha cama tá cheia de embalagem meio cheia, meio vazia. Um terror.

A cena da derrota.
Agora (são 01:46 da madruga) e eu joguei todas essas embalagens no chão para poder dormir.

Quem sabe amanhã seja um dia melhor.
Inclusive, tenho show da Mallu Magalhães para ir amanhã. E eu vou. Sozinho mesmo, e não me importo. Digam o que quiser, mas eu acho a Mallu fofa e gosto das músicas dela.

Tchau.

27 de nov. de 2010

I don't care

Você está parado, encostado numa mureta de bar, com um copo de cerveja na mão e diz: I don't care. Finge um ar de superioridade e sopra a fumaça pra cima. Mas a quem você quer enganar?

Você está quebrado por dentro.

2 de nov. de 2010

Again

Eu ia digitar um post enorme aqui, escrevendo um MONTE de coisas.
Mas eu resolvi não fazer. Vai ser melhor.

E agora? O que faço nesse fim de noite?

The good old days

Lembra daquele dia na casa da Fernanda? Do frango frito, vinho e croquete de farinha. Lembro de estar feliz naquela época. Lembro que brincávamos de ser um casal feliz. Lembro do saquinho com chocolates, lembro de ter ficado com a Nany e ter tirado a minha roupa, bêbado. Lembro de tantas coisas desse dia que eu nem gosto de pensar muito, porque eu sei que elas me deixam saudoso. Saudoso de um tempo, de situações e de sentimentos que não irão voltar. Sinto tanta falta dessas madrugadas alegres, do choro em conjunto, das alegrias, dos cigarros divididos, dos quilos de carboidratos, das garrafas de martini e jurupinga, das nossas manias, das nossas danças, da nossa libertinagem e dos nossos medos. Sinto falta de tudo isso, e mais do que isso, sinto falta de mim mesmo.

16 de out. de 2010

Lazy Confessions

O horário de verão começou. E eu particularmente, detesto horário de verão. Até eu me acostumar, leva uma semana, em média. Uma semana rendendo atrasos ao trabalho, sono profundo durante o dia e uma série de coisas chatas. Algo como um desconforto causado por fuso horário diferente (numa escala bem menor).

Hoje o dia foi completamente atípico. Fui trabalhar, e ao sair, voltei direto para casa. Não estava na vibe de ver gente, de andar, falar, interagir. O que eu queria era um tempo sozinho. Completamente sozinho. Aproveitei que não tinha ninguém em casa e lavei banheiro, tomei banho, coloquei roupa para lavar, fiz miojo e me deitei.

Fiquei.

Oito horas da noite e eu já queria dormir (sábado à noite, uhul!). Dormi.

Acordei cinco horas depois (na verdade quatro, graças ao horário de verão) com uma sede absurda que me fez levantar correndo e pegar o primeiro copo que vi, colocar um monte de clight e misturar com água gelada. Claro que eu nem olhei a quantidade de suco que coloquei no copo e o fundo ficou todo cheio de pó não diluído.

Queria o meu namorado. Queria ficar olhando para o teto e falar sobre coisas aleatórias, queria ser abraçado e queria que alguém me trouxesse algo para comer. Mas ninguém vai fazer, o que me obriga ir até a cozinha para ver se acho alguma coisa degustável (agora são 3 da manhã).

(vai)

Como esperado, não tem nada de interessante. Vou tomar café puro, fumar um cigarro e calar a minha boca.

Ah, acabei de baixar o album novo da KT Tunstall. Recomendo. Recomendo 100 vezes.
Viciado nessa música aqui, ó:

Estou com vontade de beber alguma coisa gelada, poderia até ser aquelas coisas geladas, doces e cheias de chantilly por cima, que tem na starbucks e tem gosto de xarope de qualquer coisa concentrada, que de vez em quando cai bem. Frapuccinos. Lembrei o nome. Ai, queria...

Nem vou tentar dormir mais. Um beijo, seus pecadores.






12 de out. de 2010

É...

Ok. Mais uma vez, eu volto com a língua mordida. Me surpreendi e a minha família foi super agradável comigo. Tenho a impressão de que eles sentem orgulho de mim. E isso é estranho. Não sei lidar com essas coisas.

Ganhei uma camiseta, 3 cuecas e 20 reais da minha vó. Uma caixa de chocolate da minha irmã e 10 trufas da minha tia. Me senti querido, afinal, nem criança eu sou e as pessoas ainda se deram ao trabalho de presentear. Enfim.

Tudo estaria bem, se não fosse eu. Estou realmente cansado disso tudo. E a única vontade que eu tenho é de juntar as minhas coisas e partir para alguma cidade longe, onde ninguém possa me achar. Estou á ponto de sofrer de derrame, infarto, depressão (ops), colapso nervoso de ir parar em hospital e tudo. Minha vida não anda fácil, embora todos digam que é futilidade de minha pessoa. Então, nessas horas eu prefiro me calar e fingir que tudo está bem. Como sempre fiz.

E olha, me sinto sozinho. Por mais que tenha pessoas e pessoas e mais pessoas, eu me sinto sozinho. E eu cansei de escrever. Vou fumar meu cigarro e dormir. Que é a melhor coisa que eu faço, além de ensaiar a máscara de "está tudo bem, e a vida é linda" para usar durante a semana.

Neste momento, eu só queria um ombro para chorar. Gostaria que alguém me abraçasse e dissesse que tudo vai ficar bem, que eu não preciso chorar e que vai me levar pra andar de cavalo na floresta. Mas ninguém vai fazer isso.

Bom, tchau.

4 de ago. de 2010

Fiz dó

A pior coisa que pode me ocorrer que seja pior do que sentir vergonha alheia de si mesmo é quando você faz dó para sim mesmo. Ontem um dia típico desses. Estava de bobeira, sem nada para fazer no trabalho e até que bem humorado. Pois então, decidi que seria muito divertido mentir para a minha amiga, dizendo que estava namorando com quem eu sempre quis e que já tinha até feito os diabos e tudo mais. Tudo isso no sábado. O pior de tudo é que ela acreditou, e eu entrando em extase, adorando tudo aquilo. Só que eu não contava com a segunda parte da história. Aquela hora que eu me sentiria muito mal, porque por mais que eu quisesse aquilo tudo que eu estava dizendo, eu sabia que nunca iria acontecer. E para piorar o rebosteio todo, ainda dou de cara com a pessoa mais tarde, fazendo com que eu gastasse 8 reais para ganhar um simples "oi". É muito para minha cabeça. Mentira tem perna curta, mesmo que seja de brincadeira.

A mentira: "Ai porque sábado eu fiz os diabos, fui parar até num apartamento e só fui embora no outro dia de tarde, me levou até o metrô, foi tão bonitinho".

A verdade: Passei o sábado a noite/madrugada dançando com a Joana numa praça da Ana Rosa, sob efeitos de açúcar.

Mais uma vez. Fiz dó.

17 de jun. de 2010

Dando a cara à tapa

Estou vivendo quase como um nervo exposto. Sem pele, sem proteção, sem nada. Qualquer coisinha que falam já me deixam com vontade de chorar. Odeio isso. Odeio "precisar". Odeio todas as necessidades. 

Ontem quando fui carregar meu bilhete único, a senhorinha japonesa que sempre me atende e já até me conhece, foi toda simpática e sorridente comigo. Achei estranho, mas agi da mesma forma com ela. Quando fui pegar meu bilhete único de volta, ela sem mais nem menos o colocou num porta bilhetes novo (o meu estava destruído e todo mordido) e eu rapidamente perguntei quanto custaria aquilo. Ela deu risada e disse que era um presente. Senti vontade de chorar.

Outro dia quando decidi fazer um "almoço diferente", saí com a minha irmã para comprarmos algumas coisas, ali pelo bairro mesmo. Paramos num mercado e decidi comprar alguns limões para temperar uma salada. Ao chegar na sessão de frutas, me deparei com um monte de limões misturados com laranjas e vi que tinha um homem escolhendo. Pedi educadamente para que me ajudasse, já que eu não sei diferenciar limão de laranja (ainda mais quando estava tudo verde) e ele sorrindo, me ajudou e ainda me mostrou a diferença das duas frutas. Mais uma vez senti vontade de chorar.

Hoje de manhã no metrô, relativamente cheio, parei do lado de uma mulher loira. Uma daquelas mulheres esnobes que tentam te fuzilar com um olhar apenas, como se você fosse um inseto nojento. Sem querer encostei no braço dela e ela tirou rapidinho. Me olhou com cara de desdém e continuou com o seu olhar fixo para a porta. Mais uma vez eu senti vontade de chorar.

Não sei qual é meu problema. Novamente estou com vontade de chorar.

17 de mai. de 2010

Cartas de amor

Uma de minhas maiores frustrações é não ter recebido cartas de amor. Eu sei, isso é tão cretino, mas ainda assim eu queria ter ganhado mais. Me sinto tão sem valor quando penso nisso. Em toda a minha vida, eu recebi três cartas. Todas mentirosas. Uma delas eu tive que pedir para ganhar. Todas possuem em comum os dizeres: Você é fundamental na minha vida. Mas engraçado que uma semana depois, cada uma dessas pessoas já tinham me esquecido. É sempre assim. Não sei se voltarei a permitir isso na minha vida novamwente.

10 de mai. de 2010

Dia das Mães

Talvez ontem tenha sido um dos piores dias de 2010 pra mim. Acordo de manhã, assustado por causa de um maldito sonho, levanto e não vejo ninguém em casa. Corro até o chaveiro de parede e não vejo as chaves do carro. Fico extremamente chateado de perceber que minha própria mãe me excluiu do dia das mães, como se nem filho eu fosse. Tentei me preparar psicologicamente para mais um dia sozinho, aqueles que sempre conseguem acabar comigo, em todos os sentidos. Tentei manter a calma e acendi um cigarro. Ainda estava assustado por causa do sonho. Até sonhos me fazem eu sentir como um lixo e parecia uma sabotagem do meu subconsciente que acertou o meu ponto fraco certeira e devastadoramente. Abri a geladeira e não tinha nada. Absolutamente nada. Decidi pegar meu cartão e correr na padaria pra comprar alguma coisa. Voltei pra casa com uma baguete de quatro queijos, a qual comi inteira em cinco minutos assistindo dorama - novela japonesa - muito triste por sinal. Falava sobre uma garota que tinha 17 anos e era leucêmica. No fim ela morre em decorrência da doença. Esse foi o momento. Não aguentei e passei a manhã inteira chorando. Chorando sozinho. Por tudo...pela soma de todas as coisas que me afligiam. Me senti patético.

Depois disso acabei dormindo de tanto chorar e acordei lá pelas 22:00 da noite. Liguei a TV e fiquei assistindo um filme besta.

5 de mai. de 2010

Flerte em trasportes públicos

Ontem fui desejado por um cara no metrô. Percebi logo que pisei na plataforma. Muito bonito, por sinal. Muito mesmo. Continuei de cara amarrada. Não sabia o que fazer. Fiquei quieto olhando a paisagem, fingindo interesse por qualquer papelzinho de bala no chão ou analisando alguma unha imperfeita. Entrei no vagão e ele se sentou do meu lado. Fiquei quieto e olhei de rabo de olho, para ver se estava olhando para mim. Estava. Fiquei vermelho. Nunca sei como agir quando estão, descaradamente, flertando comigo. Encostou a perna na minha. Aí já era apelação, mas continuei na minha. Passada algumas poucas estações, ele levantou e olhou pra mim. Continuei inexpressivo. Quando a porta abriu, ele me olhou de novo e deu uma piscadela. Até agora não sei se isso foi de fato um flerte ou uma brincadeira de mau gosto para fazer eu me sentir mal.

Tenho a impressão de que foi a segunda opção. Mas é só impressão.

20 de abr. de 2010

Be safe - Lagostas

Lagostas parecem ter sido criadas por designers. É verdade...São bem bonitas mesmo. ...Cara, essas pinças dela são perfeitas. Também acho. Você já comeu lagosta? Não...Ah tá, porque a gente só come essa parte aqui, traseira. Nunca experimentei mesmo.  Eu fui na praia comer uma vez. Hum...que bacana.

SORRISO.

19 de abr. de 2010

Deprimido, sem dinheiro, sem amor próprio e sem amor à vida

Saí para almoçar sem nenhum puto no bolso, crente que meu pagamento cairia até a hora do almoço. Claro, como até parece que ia dar certo, o dinheiro não caiu. Sem cigarros. Sem comida. Sem alegria. Assim começou uma belíssima segunda-feira ensolarada, porém não muito quente. Exatamente do jeito que eu gosto. Parecia um prêmio de consolação da vida, sobre a minha desgraça e total falta de alegria. Na minha mochila estava repousando tranquilamente, o cartão de alimentação da minha amiga que ficara comigo, até pensei em gastar alguns trocados e depois repor para ela. Mas eu não queria fazer isso, mamãe me ensinou a nunca pegar o que é dos outros sem estar autorizado - nem sempre eu sigo essa orientação. Enfim, decidi pedir cinco reais emprestado para o menino que trabalha comigo, assim poderia pelo menos comprar um maço de cigarro e calar a minha boca. Assim fiz, comprei um maço e me sobrou R$1,25. Com o restante comprei um salgado. Almocei um único salgado, humilhado e ouvindo João Brasil pelo player do celular. Fumei uns três cigarros e resolvi visitar a Paula no serviço dela, que é pertinho do meu. Chegando lá, fiquei conversando com ela e descolei algumas bolachinhas salgadas e suco de maracujá. Quase na hora de eu voltar para o trabalho, desço a escadaria do local e me deparo com um cara com uma câmera apontada pra minha direção e uma mulher dando entrevista. Ok, era só o que me faltava. Aparecer na televisão com essa cara de cu. Nem vi de que emissora era. E nem quero saber.

Saindo de lá, enconstei aqui na frente de onde trabalho, acendi um cigarro e fiquei vendo o movimento. Um bando de lésbicas passaram por mim e me mediram dos pés à cabeça. Não dei importância ao fato. Reparei que tinha um boliviano distribuindo panfletos de eu estúdio de tatuagem. Em cinco minutos tracei seu perfil de mulher ideal. As magrelas. Todas as mulheres magrelas que passavam por ele, entregava um papel, dava um sorriso e olhava para suas respectivas bundas. Nojento.

Só sei que o dia está tão desinteressante hoje que eu estou morrendo de preguiça até de respirar. Adoraria que a vida tivesse algum controle remoto onde eu poderia pausar ou avançar esse ponto. Avançaria uns dois anos. Não mais do que isso.

15 de abr. de 2010

Devolva a minha vida

Sinto falta de algumas coisas que ficaram para trás. Por mais que eu saiba que essas coisas jamais serão como antes, eu ainda assim quero. E me sinto desconfortável com essa sensação. Sinto falta das tardes de sábado, que eu saía do trabalho e caminhava sem rumo pela Av. Paulista ouvindo Ring of Fire do Johnny Cash e me sentindo a pessoa mais brilhante da terra, tudo isso enquanto esperava a minha amiga sair do trabalho. As vezes eu sentava e tomava um café gelado, fumava uns quatro cigarros, sacava o caderno da mochila e desenhava qualquer porcaria que me viesse à mente e ficava feliz, mesmo sozinho. As vezes eu saía do trabalho e ia até o apartamento de outra amiga, bebíamos, comíamos frango e lá eu ficava até que anoitecesse. Não mudou muita coisa nos acontecimentos em si. Talvez o fato de que minha amiga não mora mais naquele apartamento e eu já não espero a outra amiga como antes. Mas sei lá...alguma coisa mudou. Acho que foi dentro de mim. Ou não. Sei lá...não entendo. Ou não quero entender.

12 de abr. de 2010

Tenho que manter a minha fama de mau

Acho tão engraçado a imagem que as pessoas fazem de mim à primeira vista. Sempre me falam a mesma coisa, quase unânime, eu diria. Segundo quem não me conhece sou: Indiferente, apático, blasé, tímido e arrisco até um malvado. Acho muito engraçado isso, sempre dou risada por dentro. Aqui no trabalho, por exemplo algumas pessoas chegam meio cautelosas do meu lado, nunca me incluem em brincadeiras e jamais falam alto comigo. O que eu acho muito bom. Pode ser útil manter uma fama de mau.

Mas quem me conhece, sabe que não sou nada disso. Muito pelo contrário. Sou louco, demente, carente, bonzinho (naquelas), como toda a minha comida e nunca deixo no prato. Sou tão legal.

Sério.
Podem vir comigo, não mordo não.
(Só se pedirem)

6 de abr. de 2010

Tenho medo

Tenho medo. Muito medo de passar os anos e eu continuar sozinho, solteiro. Tenho medo de ser um daqueles velhos que moram em um apartamente grande demais para uma pessoa só, com apenas uma escova de dentes no banheiro, que são maníacos por ordem e consomem apenas laticínios desnatados e possuem gatos ou cachorros e investem muito dinheiro em carros esportivos ou discos antigos (que agora são atuais).