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8 de nov. de 2010

Tired

Sabe quando você acha que chegou na camada mais baixa do azar que um ser humano pode chegar? Pois bem, seja bem vindo ao meu mundo. Eu realmente não sei mais como agir. A única vontade que tenho no momento é de me jogar de cima de um viaduto ou que alguém me ajude. Ou as duas coisas. Não sei mais o que fazer sobre nada, não sei o que dizer para ninguém. Sinto que em breve voltarei para o estágio zero. Aquele que eu me encontrava há uns 3 ou 4 meses atrás. Não que isso seja ruim, mas sinto pavor só de pensar em viver daquela forma novamente. Tá tudo muito difícil e eu estou cansado. Só isso. Estou com nome sujo (descobri hoje), terminei um namoro ontem e estou sem ninguém, não tenho dinheiro para nada, meu cartão de crédito está bloqueado, estou vivendo à base de anti-depressivos e me sinto a pessoa mais feiachatagorda do mundo todo.

Só isso.

Quase nada.

:)

22 de out. de 2010

Who Knows?

Às vezes você deita a cabeça no travesseiro e fica pensando onde foi exatamente que você errou. Fica pensando em cada detalhinho, cada atitude sua, cada passo torto e você não se lembra de nada tão monstruso que possa ter causado isso que está passando. No momento sinto que todas as áreas da minha vida estão alteradas para pior. Eu não sei o que acontece, só sei que tudo está dando errado e nada está onde deveria estar. Nada.

Estou cansado de verdade.

Algum dia desses eu morro de colapso nervoso.
Preciso de alguma salvação. Alguma religião ou qualquer coisa para me apegar.

Tá foda.

11 de out. de 2010

Update geral

Bom dia. Faz um tempinho que não passo aqui. E não é por falta de acontecimentos, é por pura preguiça mesmo, confesso. São 12:02 ainda. De uma segunda-feira, e que se eu fosse um cara mais sortudo, não estaria aqui trabalhando. Fui lá fora fumar agorinha e me deprimi porque vi várias famílias passeando. E eu estou aqui, preso na frente de um computador sem ter nenhum tipo de visão externa. Eu adoraria ter um tipo de visão externa. As pessoas me divertem só pelo fato de elas existirem. Gosto de ver senhoras vestidas com túnicas floridas, de ver brigas de mulher e os loucos do centro. Ah, os loucos do centro. Me divirto com eles. Enfim. Eis que meu humor não está lá grandes coisas, justamente por eu estar aqui preso. E sem visão externa, acrescento. Tentei me distrair com um livro, tentei entrar em sites de tatuagem, tentei pedir a deus, tentei de um tudo para fazer com que o dia passasse rápido. Mas ainda são 12:08, o que me faz concluir que não funcionou.

(me viro para o menino que trabalha aqui do lado, e vejo que ele está procurando desmanches pela cidade, através do google street view, ignoro).

Bom, agora vamos aos acontecimentos recentes. A semana foi trash trash trash. Passei por todos os extremos que um ser humano pode passar, sentimentalmente falando. Cogitei o suicídio, acho que na quinta-feira, e no sábado eu estaria no meu quarto , arrumando o guarda-roupa e dançando valsa sozinho, feliz como um pinto no lixo. E é isso que você pode saber sobre os meus sentimentos, mais do que isso seria expor-me demais.

Um fato desagradável, porém não menos marcante, foi o fato do meu salário ter caído na quinta-feira (é, o dia do suicídio) e eu todo bonitão, fui até o banco a fim de tirar dinheiro para cometer algumas extravagâncias (afinal, eu iria me permitir, como sempre me permito erroneamente) e qual foi a minha surpresa ao olhar uns dígitos negativos. Ou seja, meu salário foi consumido TOTALMENTE pelo banco, deixando ainda alguns bons 3 dígitos pendentes. Fudeu - pensei comigo mesmo. Voltei ao trabalho, com o rabo entre as patas, coloquei a mão na testa e quis chorar. Quis chorar, quis a minha mãe, quis a sopa de ervilha da minha vó e eu quis MUITO uma barra de chocolate bem grande. É, açúcar é a minha droga. E para piorar o rebosteio todo, eu fui me lembrar que eu tenho a mensalidade do meu curso para pagar, o notebook para pagar e um celular para comprar. Porque não bastando tudo isso, eu ainda tive o meu celular roubado na semana passada. Com direito a arma encostada no peito e tudo. Enfim, no dia do suicídio eu combinei de encontrar a Fernanda, depois do trampo. Eu precisava falar, precisava chorar, precisava de uma companhia para me amparar. Uma pobre alma. Precisava de uma redençãozinha. Precisava de qualquer coisa. Peguei minhas coisinhas e segui até o trabalho dela - debaixo de garoa - e sem antes comprar uma barra de chocolate vagabundo, porque era o que o meu dinheiro podia comprar. Andei. Humilhado. Debaixo de garoa. Triste, triste. Com as meias molhadas. Chegando lá, atrasado porque me perdi por aí, imerso em minha tristeza e a minha surpresa foi: A fernanda já saiu. Porra, pensei.

Andei a esmo. Sem saber pra onde ir. Fui na FNAC ver livros, passar vontade das coisas, ouvir alguma música triste. Eu precisava de uma música triste. Achei um CD da Feist na prateleira e coloquei no player da loja e ouvi. Ouvi e para meu desapontamento, não me causou nada. Decidi voltar para casa. Ainda me sentindo humilhado.

No outro dia acordei bem. E permaneci bem até hoje. 
Estou de mau-humor e sem nada no bolso. NADA. Nenhum mísero centavo. E com um celular do tamanho do meu isqueiro, que tem apenas 3 funções no menu. Game, Horário (sim, horário conta como uma "função") e alarme - que foi cedido caridosamente pela Paula. Obrigado, Paula. 

Preciso comprar um novo.
Ah, e o resto eu não vou contar, porque é íntimo demais. Rá rá rá.
Curto muito uma auto-depreciação na internet. De verdade. MUAH!

13 de set. de 2010

TPM Masculina

Hoje ao acordar notei um ar diferente, no fundo eu já sabia do que se tratava, mas resolvi ficar quieto e reprimir esse ar. Ok, ao chegar no trabalho, tive que vestir a porcaria do uniforme (uma camiseta 10 números maior do que o meu normal) e isso já me fez ficar levemente enervado.

Comecei uma dieta, o que fez com que eu não pudesse comer metade das coisas que eu queria ter comido. Ainda estou na fissura por uma coxinha, e se eu deixar essa vontade "des-saciada" eu entrarei em cold turkey, como um drogado em abstinência. E isso somou para a minha revolta crescer.

No trabalho, passei a maior parte do tempo trabalhando, o que eu acho um absurdo. Como assim, as pessoas me obrigam a trabalhar? Isso NÃO existe. Não sou pago para trabalhar, sou pago para ficar sentado, fazendo figuração sem fala na vida de meia dúzia de pessoas. Somente para isso sou pago. Enfim, me revoltei novamente.

A cereja do bolo foi agora, antes de chegar em casa, aqui na rua já, quase no meu portão. Vi um cachorro vira-lata, com cara de abandonado, com a patinha quebrada. Eu olhei para ele horrorizado, ele me olhou triste. Nunca vi olhos mais tristes. Ele me pediu ajuda (eu senti tudo isso pelo olhar), a propósito, ele pedia ajuda à TODAS as pessoas da rua, mas ninguém atendia. Eu também não podia atender, estava debilitado por demais, para fazer algo. Olhei para ele, pedi desculpas mentalmente e segui para a minha casa. Senti vontade de chorar.

Só agora eu posso concluir. Estou na TPM masculina e não sei quatos dias demorará para passar. Pelo que eu me conheço, isso levará em média, uns 3 dias.

Ainda quero chorar.

12 de ago. de 2010

Don't look back

Estamos há quase um ano do dia fatídico que poderia ter sido muito bem evitado se eu escolhesse permanecer dentro daquele apartamento vendo peitos e rindo de meia dúzia de meninas loucas com uma garrafa de coca zero e dois chocolates. Mas não. Escolhi ir até aquele lugar, encontrar aquela pessoa, me iludir, me encher de esperanças de vida e depositar a minha vontade de viver ali. Claro que não valeu a pena e eu voltei com o rabo entre as patas. Fingindo que estava bem, escrevendo textos positivos, me comprando com tatuagens, dvd, comidas gostosas, conversas fiadas. Mas como eu iria saber não é mesmo?

As pessoas filhas da puta existem. E não são poucas. Por esse mesmo motivo resolvi me excluir do mundo. Escolhi viver no lado mais escuro, para não ser visto. Escolhi ficar sozinho.

Desde então, escolhi não me relacionar mais.

24 de jun. de 2010

Finge que eu morri (não vai fazer diferença mesmo)

Não contem mais comigo. Para nada. Embora se alguém sentir saudade, quiser falar comigo ou precisar me contar algo, é só me mandar um email. Respondo na hora e com alegria. As coisas vão mudar. Não vou mais correr atrás de ninguém. Simples assim. Podem rir, achar que só estou querendo chamar a atenção, de mimado. Talvez seja mesmo. Mas isso tanto faz.

16 de jun. de 2010

Storms and Fevers

A minha verdade não é a mesma verdade que a sua. Por vezes você se dá conta de que é mais fácil aceitar a verdade, crua como ela é. De repente me vi com 8 anos novamente. O último ano da minha vida que eu me senti verdadeiramente amado. Fechei aquilo que chamam de coração, sem nenhum aviso prévio. Minha mãe diz até hoje que quando completei uns dez anos, ela não me conhecia mais. Eu já não sorria mais pra fotos. Não falava com ninguém, a não ser que algo fosse de meu interesse. Vendo essas coisas hoje em dia, consigo entender mais sobre aquela criança que tanto detestei, que tanto tentei assassinar. Amor. Amor é uma palara tão bonita, que eu realmente gostaria muito que ela tivesse algum significado para mim. De verdade. Mas não consigo acreditar nessas quatro letras que movem o mundo. Ou pelo menos, dizem que move. Juntamente com o dinheiro e o ódio. Esses dois eu conheço bem. Acho que acredito apenas naquele amor transcedental de mãe. Aliás, a única coisa que tenho plena certeza nessa vida, além da morte, é o amor de mãe. Não, nunca engravidei. Mas consigo confiar nas palavras da minha mãe, quando ela diz aquela frasezinha que me arrepia inteiro, mesmo hoje aos quase 21 anos. Eu te amo. Está além do meu entendimento, acreditar que existe aquele amor sem pedir nada em troca, aquele amor que é capaz de anular a si próprio em prol de outro ser humano. Eu não faria isso. Sinceramente. Já fui "amado" por tanta gente, mas é muito engraçado me sentir cada dia mais sozinho. É meio contraditório. Nos últimos dois ou três anos me convenci de que amor não existe. Só o de mãe.

31 de mai. de 2010

Pesadelo envolvendo a quase morte de Karen O

Tive um sonho terrível de sábado para domingo. Sonhei que estava num show do yeah yeah yeahs e em determinado momento que a Karen O fazia as suas performances, que já ão de praxe, ela desmaia sem mais nem menos. Levam ela do palco e retornam uns cinco minutos depois informando a todos os presentes que ela estava doente. Explicaram que era uma doença incurável e a impediria tanto de continuar o show, como de fazer shows futuramente. Um filme se passou na minha cabeça (ainda lembro) e todas as imagens mais loucas, viscerais e agitadas dela vieram à minha mente e eu comecei a chorar no palco. Ainda não sei se eu chorava porque não ia mais existir yeah yeah yeahs ou se eu chorava pela saúde da Karen. Desconfio que tenha sido a primeira opção, mas a segunda caberia fácil também. Acordei assustado e com vontade de chorar. Suado. Era meio dia e fazia sol lá fora.

10 de mai. de 2010

Anexo - Search your heart

Eu estava parado na estação com mais alguma pessoa que eu não recordo quem era. Você caminhou na minha direção e eu pude ver o rosto mais lindo do mundo. Uma beleza fora do comum que eu tinha receio de estar sendo confundindo por outra pessoa. Trocamos muitas palavras e quando me dei conta já éramos melhores amigos e estávamos dentro de um shopping enorme, que eu nunca tinha estado antes. O carinho e a gentileza que você dispensou a mim, de certa forma conseguiram me comover e pouco tempo depois eu não imaginaria mais a minha vida sem você. Ri tanto, como nunca tinha rido. Além de tudo você era uma pessoa divertida. Pouco tempo depois você veio e me beijou. Assim do nada. Não que eu não quisesse, mas foi muito repentino mesmo. Naquele momento eu me apaixonei de verdade e eu queria que todo mundo soubesse. Um sentimento que eu nunca tinha sentido antes. Olhei o relógio e vi que eram seis da manhã, você viu e disse que precisava ir, pois tinha um filho pequeno. Eu fiquei triste, mas tive que aceitar. Você me pediu dinheiro para voltar para casa. Peguei meu cartão na mochila e fui até o banco com você, me arrependendo de ter dito que tinha dinheiro. Não queria dar, afinal o que tinha era muito pouco. Saquei vinte reais e entreguei na sua mão. Você guardou com cuidado no bolso e resolveu ficar comigo mais um pouco, me senti importante para alguém pela primeira vez na vida. Deitamos na grama da entrada do shopping e ficamos filosofando sobre a vida, relocionamentos interpessoais e várias coisas que eu não me recordo. Senti que a vida fazia sentido novamente e me perguntei como passei 20 anos sem te conhecer? Eu ficava apenas olhando para o seu rosto, e cheguei á conclusão de que realmente era o rosto mais lindo que eu já tinha visto, sem dúvida alguma. Me senti vivo novamente. Acreditei em você. Você me tirou de um buraco vazio enorme. E quando eu estava quase te pedindo em casamento, eu descubro que apenas queria me matar. Não me lembro porque cheguei a essa conclusão, mas eu tinha certeza do que estava pensando. Corri o mais rápido que pude, e você correu atrás, rindo diabolicamente. No caminho encontrei uma amiga que me ajudou a fugir de você e depois foi embora. Mais uma vez eu tinha sido enganado. E mais uma vez eu estava sozinho.

Dia das Mães

Talvez ontem tenha sido um dos piores dias de 2010 pra mim. Acordo de manhã, assustado por causa de um maldito sonho, levanto e não vejo ninguém em casa. Corro até o chaveiro de parede e não vejo as chaves do carro. Fico extremamente chateado de perceber que minha própria mãe me excluiu do dia das mães, como se nem filho eu fosse. Tentei me preparar psicologicamente para mais um dia sozinho, aqueles que sempre conseguem acabar comigo, em todos os sentidos. Tentei manter a calma e acendi um cigarro. Ainda estava assustado por causa do sonho. Até sonhos me fazem eu sentir como um lixo e parecia uma sabotagem do meu subconsciente que acertou o meu ponto fraco certeira e devastadoramente. Abri a geladeira e não tinha nada. Absolutamente nada. Decidi pegar meu cartão e correr na padaria pra comprar alguma coisa. Voltei pra casa com uma baguete de quatro queijos, a qual comi inteira em cinco minutos assistindo dorama - novela japonesa - muito triste por sinal. Falava sobre uma garota que tinha 17 anos e era leucêmica. No fim ela morre em decorrência da doença. Esse foi o momento. Não aguentei e passei a manhã inteira chorando. Chorando sozinho. Por tudo...pela soma de todas as coisas que me afligiam. Me senti patético.

Depois disso acabei dormindo de tanto chorar e acordei lá pelas 22:00 da noite. Liguei a TV e fiquei assistindo um filme besta.

30 de abr. de 2010

Why you say wait?

As vezes tudo o que você quer é alguém que diga para você parar de chorar, que tudo vai ficar bem. É alguém que lhe dê um travesseiro de pena de ganso, um copo de água e lhe faça um chá quente. Só isso.

É pedir muito?

19 de abr. de 2010

Deprimido, sem dinheiro, sem amor próprio e sem amor à vida

Saí para almoçar sem nenhum puto no bolso, crente que meu pagamento cairia até a hora do almoço. Claro, como até parece que ia dar certo, o dinheiro não caiu. Sem cigarros. Sem comida. Sem alegria. Assim começou uma belíssima segunda-feira ensolarada, porém não muito quente. Exatamente do jeito que eu gosto. Parecia um prêmio de consolação da vida, sobre a minha desgraça e total falta de alegria. Na minha mochila estava repousando tranquilamente, o cartão de alimentação da minha amiga que ficara comigo, até pensei em gastar alguns trocados e depois repor para ela. Mas eu não queria fazer isso, mamãe me ensinou a nunca pegar o que é dos outros sem estar autorizado - nem sempre eu sigo essa orientação. Enfim, decidi pedir cinco reais emprestado para o menino que trabalha comigo, assim poderia pelo menos comprar um maço de cigarro e calar a minha boca. Assim fiz, comprei um maço e me sobrou R$1,25. Com o restante comprei um salgado. Almocei um único salgado, humilhado e ouvindo João Brasil pelo player do celular. Fumei uns três cigarros e resolvi visitar a Paula no serviço dela, que é pertinho do meu. Chegando lá, fiquei conversando com ela e descolei algumas bolachinhas salgadas e suco de maracujá. Quase na hora de eu voltar para o trabalho, desço a escadaria do local e me deparo com um cara com uma câmera apontada pra minha direção e uma mulher dando entrevista. Ok, era só o que me faltava. Aparecer na televisão com essa cara de cu. Nem vi de que emissora era. E nem quero saber.

Saindo de lá, enconstei aqui na frente de onde trabalho, acendi um cigarro e fiquei vendo o movimento. Um bando de lésbicas passaram por mim e me mediram dos pés à cabeça. Não dei importância ao fato. Reparei que tinha um boliviano distribuindo panfletos de eu estúdio de tatuagem. Em cinco minutos tracei seu perfil de mulher ideal. As magrelas. Todas as mulheres magrelas que passavam por ele, entregava um papel, dava um sorriso e olhava para suas respectivas bundas. Nojento.

Só sei que o dia está tão desinteressante hoje que eu estou morrendo de preguiça até de respirar. Adoraria que a vida tivesse algum controle remoto onde eu poderia pausar ou avançar esse ponto. Avançaria uns dois anos. Não mais do que isso.

15 de abr. de 2010

Devolva a minha vida

Sinto falta de algumas coisas que ficaram para trás. Por mais que eu saiba que essas coisas jamais serão como antes, eu ainda assim quero. E me sinto desconfortável com essa sensação. Sinto falta das tardes de sábado, que eu saía do trabalho e caminhava sem rumo pela Av. Paulista ouvindo Ring of Fire do Johnny Cash e me sentindo a pessoa mais brilhante da terra, tudo isso enquanto esperava a minha amiga sair do trabalho. As vezes eu sentava e tomava um café gelado, fumava uns quatro cigarros, sacava o caderno da mochila e desenhava qualquer porcaria que me viesse à mente e ficava feliz, mesmo sozinho. As vezes eu saía do trabalho e ia até o apartamento de outra amiga, bebíamos, comíamos frango e lá eu ficava até que anoitecesse. Não mudou muita coisa nos acontecimentos em si. Talvez o fato de que minha amiga não mora mais naquele apartamento e eu já não espero a outra amiga como antes. Mas sei lá...alguma coisa mudou. Acho que foi dentro de mim. Ou não. Sei lá...não entendo. Ou não quero entender.

6 de abr. de 2010

Tenho medo

Tenho medo. Muito medo de passar os anos e eu continuar sozinho, solteiro. Tenho medo de ser um daqueles velhos que moram em um apartamente grande demais para uma pessoa só, com apenas uma escova de dentes no banheiro, que são maníacos por ordem e consomem apenas laticínios desnatados e possuem gatos ou cachorros e investem muito dinheiro em carros esportivos ou discos antigos (que agora são atuais).

5 de abr. de 2010

Tédio

13:13. As pessoas são tão desinteressantes. Conheci algumas durante essa semana. Nada me chama a atenção. Nem beleza. Pessoas tão medíocres. Se são bonitas, não sabem escrever. Se são feias, são interessantes e com idéias legais. Sou um garoto que tento ficar somente com pessoas que considero bonitas. Por mais legal e inteligente que ela seja, ela ainda assim terá de ser bonita. Se não, não dá o elã. Fica aquela sensação de melancolia de que falta "alguma coisa". Não sou hipócrita de dizer que prefiro a beleza interior. Não prefiro não. Prefiro, na verdade um conjunto legal. Dentro e fora. Confesso que mesmo uma pessoa bonita, me broxa só de ver algum erro grotesco de português ou alguma idéia quadrada. Não suporto nada disso. Podem me julgar, podem me apedrejar e me queimar na fogueira. Não gosto de gente que acho feia e ponto.

Você pode até vir com a conversa: É, mas fulano(a) que você ficou era feio(a). Ok, pode até ser no SEU ponto de vista. E se eu estava com ele(a) é porque de certa forma, achei bonito(a).

E eu não tenho a mínima idéia do porquê eu escrevi isso aqui.

30 de mar. de 2010

O constante tanto faz

Sabe aqueles dias xoxos que você se questiona mais de trezentas vezes qual é o sentido da sua existência? Pois bem, estou tendo um dia desses. Não queria ter acordado hoje. Não, não aconteceu nenhuma confusão, nenhuma briga, nenhuma reviravolta. Talvez esse seja o problema. Vivo um tempo em que todos os dias são iguais. Todos uma repetição porca do anterior. Nada acontece. Nada muda. As coisas até perdem o valor, porque elas se repetem. Meu ego diminui a cada hora do dia. Se eu acordo bem, no fim do dia estou em frangalhos, sem que nada tenha contribuido direta e explicitamente para isso acontecer. Me sinto com menos valor do que um rato de esgoto.

Essa é a verdade.

O menino que trabalha do meu lado acaba de perguntar se eu estou deprimido, porque segundo ele eu estou ouvindo músicas deprimentes desde que eu cheguei. Respondi que não. Não dá pra explicar. E de fato, não estou deprimiido. Estou estático. Completamente estático. Um constante tanto faz.

27 de mar. de 2010

Diga xis

Quando algum amigo ou conhecido seu, que você não tem tanta intimidade para dizer "sai daqui, seu filho de uma égua!" te aparece na sua frente com um celular ou uma câmera, dizendo: "vou tirar uma foto sua", que expressão você faz? Detalhe que a foto não tem conceito algum, não tem motivo e não tem lógica. A pessoa só quer uma foto do seu rosto, na altura do peito.
Sempre dou um meio sorriso, meio sem graça.

E a foto sempre sai feia.
E a pessoa não apaga.

Eu nunca sei que cara fazer. Mesmo.
Acho tão chato essas coisas.

25 de mar. de 2010

F.

Acordei pensando em você esta manhã. Um pensamento que me veio à cabeça e durou o trajeto todo até o meu trabalho. Enquanto estava de pé olhando para a janela, com fones de ouvido, olhei para o lado e vi uma garota da sua mesma faixa de idade, cabelo escuro com franjinha, magrinha, com roupas descoladinhas e me lembrei de você. Sinto tanto a sua falta. Todas as vezes que olho o seu quarto vazio e a sua cama arrumada, meu coração dá um pulinho. Toda noite antes de dormir fico me perguntando se aquelas patricinhas nojentas da escola estão te perturbando, ou se você está se alimentando direito, se algum cara idiota mexeu contigo na rua, se meu pai está te dando atenção, se a namorada do meu pai não te mima muito, se você se sente sozinha de tarde depois da escola...enfim, são tantas coisas que me preocupam que eu tenho medo de te deixar respirar sozinha. Por mais que você cresça, por mais que você comece a sair com garotos, namore e mais pra frente até case, você ainda vai continuar sendo aquela criança mimada e arisca de sempre. Sinto tanta falta das coisas que fazíamos juntos, das conversas berradas - cada um em seu quarto - de quando você ficava empatando o banheiro do MWEU quarto, de quando você sentava do meu lado e ficava assistindo DVDs de shows e reparando nas roupas e cabelos e criticando todos, de quando você brigava comigo quando eu comia seus salgadinhos, de quando você ficou tão feliz, no seu aniversário, que eu te dei duas camisetas, porque eu mal tinha dinheiro para mim, de quando você chorou quando nos despedimos, de quando você disse "eu te amo" pela primeira vez para mim, de quando eu te levei para passear na liberdade quando o ambiente em nossa casa estava tenso, do jeito como ficamos aflitos e mal disfarçando a tristeza - mas tentando fingir alegria um para o outro, de quando você me viu chorar em público, dentro de um ônibus coletivo pela primeira e única vez na sua vida, de quando você joagava todos os seus brinquedos no chão e me mandava recolher tudo, ou de quando eu deixava você sozinha em casa para sair com os meus amigos, ou de quando ficamos no bairro mais chique de São Paulo fingindo que éramos ricos, ou de quando fazíamos batatas fritas altas horas da noite, ou de quando você tinha medo de cachorro e eu ficava espantando todos, ou de quando você descobriu que eu fumava, ou de quando você dizia que eu estava bonito - ironicamente - sem nem olhar que roupa que eu estava vestindo, ou de quando você tentava colocar na minha cabeça que eu não sou gordo como penso ser, ou de quando eu cortei o seu cabelo e você chorou por dois dias e não quis nem sair de casa.

Eu te amo.
Só quero que você saiba isso.

17 de mar. de 2010

Baka - Vaca

Quando eu estava na segunda série, eu era apaixonado por uma menina chamada Viviane. Foi o meu primeiro "grande amor". Japonesinha, baixinha e magrinha, com rostinho de boneca de porcelana e a mesma idade que eu. Era uma típica oriental delicadinha. Uma graça.

Ela sempre voltava na mesma perua escolar que eu. Morava perto da minha casa e éramos os ultimos a serem entregues. Eu passava o caminho todo rindo com ela, brincando com ela, comendo batatas fritas importadas do Japão. Aos poucos eu nutria um sentimento especial por ela. Sentávamos no banco do transporte escolar e devorávamos Chocolates Magic com surpresas Disney e tudo era tão perfeito. Até que um dia ela sumiu. Descobri alguns dias depois que ela tinha se mudado para o Japão. Meu coraçãozinho foi massacrado. Round 01 perdido.

Um ano depois, quando eu estava na terceira série ela voltou e continuou estudando na mesma escola que eu. Mas ela estava mudada e não me dava mais atenção. Certa vez, pedi para que ela escrevesse alguma coisa em japonês para mim. Ela desenhou alguns caracteres num pedaço de papel e me entregou com um sorriso malicioso na cara - ela era cruel quando queria - e eu perguntei insistentemente o que era aquilo que ela tinha escrito. Ela disse que estava escrito vaca. Eu acreditei na ocasião, mas não entendi o porquê daquilo. Anos mais tarde descobri que estava escrito Baka (imbecil em japonês) e que pode ser entendido como vaca também, já que os japoneses pronunciam o "V" como "B". Eu fiquei literalmente com cara de imbecil quando descobri.

Em certo período do ano letivo, ela decidiu voltar a ser legal comigo. E me deu um chaveiro do Pikachu. Mas na época eu não sabia que diabo era aquilo. Apelidei-o de Buka. Eu levava ele para todos os lugares e as crianças morriam de inveja dele, já que era um chaveiro lindíssimo. Alguns anos mais tarde, o anime de Pokémon estreou aqui no Brasil e eu descobri que personagem era aquele. Guardei ele com bastante carinho e por bastante tempo, mas eis que em um certo dia, pendurado na minha mochila eu cheguei em casa depois de um longo dia de estudos e pude ver que ele não estava mais lá. Havia só uma correntinha pendurada.

Algum tempo depois ela voltou para o Japão e por lá permaneceu. Nunca mais a vi. Round 02 perdido.

15 de mar. de 2010

Pensamentos de um domingo triste - triste, triste

Sábado a noite voltei para casa, ainda meio cambaleante...rindo de tudo por dentro. Me sentindo sujo. Em situações parecidas nunca havia sentido remorso ou culpa. Gostava até de ser daquela forma, achava engraçado. Gostava de fazer as pessoas rirem, mesmo que fosse de mim mesmo. Idiota. Dessa vez foi deiferente. A bad que se sucedeu foi um longo mergulho a um rio gelado, nu...sem ninguém, para ao menos, assisti-lo. Ou mesmo rir da cara dele. Estava ali sentado, sozinho, encarando a televisão e pensando que merda eu havi feito na noite anterior. Estava sem fome, sem sede e sem dor de cabeça - isso era muito estranho. O que estava acontecendo? Onde está a minha mãe? Onde está a minha cadelinha da infância? Vários pensamentos aleatórios invadindo a minha cabeça com toda a rapidez que era possível. Precisava fazer alguma coisa. Rápido, antes que enlouquecesse. Um cigarro. Me dá um cigarro rápido. Assim está melhor. Fiquei sentado na porta, fumando um cigarro e olhando para o céu, que estava se enchendo de nuvens cinza. Vai chover, pensei comigo mesmo.

E dito e feito.
Dois minutos depois, uma chuva forte começava a se espalhar pelo céu.