17 de mar. de 2010

Batatas em cima da mesa

Chego no trabalho, depois do almoço e olho em cima da minha mesa. Vejo um embrulho parecendo uma caixinha de lanche, dentro de uma sacola branca. Como o menino que trabalha aqui comigo estava usando o meu PC e sentado na minha cadeira, imaginei que fosse dele. Depois de um tempo ele saiu da minha mesa e eu sentei no meu lugar. Perguntei pra ele: Marcelo, que que é isso aqui?! Ele me respondeu que tinham deixado lá pra mim, uma menina fortinha. Pensei: Que diabos tem aí? Senti receio de abrir. Juro. É a cara das meninas colocarem alguma coisa constrangedora e fazer eu passar vergonha, olhando de longe e rindo da minha cara. Hahahaaha! Aí eu balancei o embrulho. Várias coisas rígidas. Abri devagarzinho, meio com medo. Olhei pra dentro e tinham belas batatas fritas.

Agora estou aqui com falta de concentração por causa da presença dessas malditas batatas. Mas ficaria muito feio eu abrindo uma caixa de batatas e comendo em cima do teclado.

Um dia ainda chego aqui no trabalho com um despacho feito pra mim.
Todo mundo sempre sabe onde me encontrar.
Quase segundo lar.

Amigo do Greenpeace

Você percebe que está extremamente carente, quando sai para almoçar e encontra divulgadores do Greenpeace no Viaduto do Chá, é parado por um deles e troca horas de papo juntamente ao mesmo. Conta coisas de sua vida, mostra tatuagens e até fala sobre os significados das mesmas, trocam informações sobre energia eólica e vegetarianismo. Tenha em mente que você é uma pessoa quieta e raramente se abre para as pessoas. Sim, a situação é tensa. Claro, quando o assunto de filiação a quinze reais por mês é abordado - no fim da conversa você mente descaradamente, com o cigarrão pendurado na boca e diz que não está trabalhando no momento, mas que adoraria do fundo da alma participar do Greenpeace. E pede um cartão para o divulgador, dizendo que os fará uma visita na Sede e se associará assim que arrumar um emprego.

Claro que você não tem a mínima pretenção de se afiliar a isso e muito menos de visitar a sede.

Baka - Vaca

Quando eu estava na segunda série, eu era apaixonado por uma menina chamada Viviane. Foi o meu primeiro "grande amor". Japonesinha, baixinha e magrinha, com rostinho de boneca de porcelana e a mesma idade que eu. Era uma típica oriental delicadinha. Uma graça.

Ela sempre voltava na mesma perua escolar que eu. Morava perto da minha casa e éramos os ultimos a serem entregues. Eu passava o caminho todo rindo com ela, brincando com ela, comendo batatas fritas importadas do Japão. Aos poucos eu nutria um sentimento especial por ela. Sentávamos no banco do transporte escolar e devorávamos Chocolates Magic com surpresas Disney e tudo era tão perfeito. Até que um dia ela sumiu. Descobri alguns dias depois que ela tinha se mudado para o Japão. Meu coraçãozinho foi massacrado. Round 01 perdido.

Um ano depois, quando eu estava na terceira série ela voltou e continuou estudando na mesma escola que eu. Mas ela estava mudada e não me dava mais atenção. Certa vez, pedi para que ela escrevesse alguma coisa em japonês para mim. Ela desenhou alguns caracteres num pedaço de papel e me entregou com um sorriso malicioso na cara - ela era cruel quando queria - e eu perguntei insistentemente o que era aquilo que ela tinha escrito. Ela disse que estava escrito vaca. Eu acreditei na ocasião, mas não entendi o porquê daquilo. Anos mais tarde descobri que estava escrito Baka (imbecil em japonês) e que pode ser entendido como vaca também, já que os japoneses pronunciam o "V" como "B". Eu fiquei literalmente com cara de imbecil quando descobri.

Em certo período do ano letivo, ela decidiu voltar a ser legal comigo. E me deu um chaveiro do Pikachu. Mas na época eu não sabia que diabo era aquilo. Apelidei-o de Buka. Eu levava ele para todos os lugares e as crianças morriam de inveja dele, já que era um chaveiro lindíssimo. Alguns anos mais tarde, o anime de Pokémon estreou aqui no Brasil e eu descobri que personagem era aquele. Guardei ele com bastante carinho e por bastante tempo, mas eis que em um certo dia, pendurado na minha mochila eu cheguei em casa depois de um longo dia de estudos e pude ver que ele não estava mais lá. Havia só uma correntinha pendurada.

Algum tempo depois ela voltou para o Japão e por lá permaneceu. Nunca mais a vi. Round 02 perdido.

15 de mar. de 2010

Pensamentos de um domingo triste - triste, triste

Sábado a noite voltei para casa, ainda meio cambaleante...rindo de tudo por dentro. Me sentindo sujo. Em situações parecidas nunca havia sentido remorso ou culpa. Gostava até de ser daquela forma, achava engraçado. Gostava de fazer as pessoas rirem, mesmo que fosse de mim mesmo. Idiota. Dessa vez foi deiferente. A bad que se sucedeu foi um longo mergulho a um rio gelado, nu...sem ninguém, para ao menos, assisti-lo. Ou mesmo rir da cara dele. Estava ali sentado, sozinho, encarando a televisão e pensando que merda eu havi feito na noite anterior. Estava sem fome, sem sede e sem dor de cabeça - isso era muito estranho. O que estava acontecendo? Onde está a minha mãe? Onde está a minha cadelinha da infância? Vários pensamentos aleatórios invadindo a minha cabeça com toda a rapidez que era possível. Precisava fazer alguma coisa. Rápido, antes que enlouquecesse. Um cigarro. Me dá um cigarro rápido. Assim está melhor. Fiquei sentado na porta, fumando um cigarro e olhando para o céu, que estava se enchendo de nuvens cinza. Vai chover, pensei comigo mesmo.

E dito e feito.
Dois minutos depois, uma chuva forte começava a se espalhar pelo céu.

13 de mar. de 2010

Qual é, broto?!

Estava tranquilo trabalhando, ouvindo Strokes e o menino que trabalha do meu lado estava atendendo um senhor de idade, já beirando seus 70 anos. A música estava num volume audível o suficiente para que todos que estivessem aqui pudessem ouvir. Inclusive o velho. Passado alguns instantes eu percebi que ele estava mexendo a boca, fingindo que sabia cantar. Um puro gesto de pedido de aprovação, de aceitação. Deu dó.

Sujeira

As vezes me sinto tão sujo. Tão artificial.

Acho que estou me aprimorando na arte da conveniência.
Isso "não" é legal.
Mas eu nem ligo.

12 de mar. de 2010

SMS from Hell

"bom dia como vc esta boa semana para vc como vc se chama quer se minha amiga o meu nome e marcelo bjoss resposta breve"

Recebi isso em SMS, nessa semana, não sei de quem e nem do que se trata.
Esse com certeza nunca assistiu uma aula sobre pontuação.

Sonho atual de consumo

Hoje é um daqueles clássicos dias em que a única vontade que te dá é de ficar em casa de bobeira, sem fazer absolutamente nada. Gostaria muito de sair daqui do trabalho cedo - afim de aproveitar o solzinho de fim de tarde - ir pra minha casa, de metrô vazio, tomar um banho fresco, vestir roupas leves, comer coisas leves, sentar na porta de casa com uma latinha de cerveja bem gelada, acender um cigarro e ficar a tarde toda - e parte da noite - filosofando sobre coisas amenas.

Pra mim você morreu

Acaba de morrer uma coisa chamada Esperança.













Sem mais.

O que eu mais detesto em casais - Amargura

Se tem uma coisa que eu tenho evitado é conviver com muitos casais. Não é nada pessoal, até porque tenho alguns amigos que têm parceiras (os) e me dou até que bem com tudo isso. O problema sou eu. Sim, aquela história clássica do: Você não tem nada de errado, quem está errado sou eu. Sim, mas nesse caso realmente é verdade. Não é hipocrisia. Depois de algum tempo pulando de galho em galho, você enjoa disso, e o que você quer? Uma pessoa legal, que te compreenda, te alimente e te dê sexo. Só isso? Não. Você quer mais do que isso, com certeza. Todos querem. Mas o caso é que eu estou extremamente amargo e carente. Ontem mesmo praguejei mentalmente porque vi um casal quase se comendo no ônibus e hoje eu estou tão carente que quase chorei ouvindo a trilha sonora da Mulan. É sério. Resolvi postar uma lita do que mais me irrita em casais, atualmente.

- Casais que se chamam por apelidos que, por deus, chega a fazer dó. Tipo, "mor", "mô" - esse me dá tremelique - "vida" - não tem nada mais brega do que isso, talvez só "coração" ou "bem". Ai gente, eu fico com muito desgosto quando vejo essas coisas, sinceridade. Nunca, nem em meusm "momentos mais apaixonados" chamei alguém assim. Chamei?

- Casais de shopping. Esse é o pior tipo de casal, sem dúvida alguma. Se vestem com roupinhas de Brás, gostam de tudo o que a massa gosta, e vão ao shopping "sonhar" nos fins de semana. Não é raro vê-los em filas de quiosques do Mc Donald's esperando suas casquinhas mistas, entre beijos e juras de amor eterno. É realmente constragedor e digno de vergonha alheia.

- Casal que empata porta de ônibus/metrô porque não querem soltar as porcarias das mãos. Meu, de boa (o sangue já até sobe) fulano já vive grudado com a rapariga o dia inteiro, chega no metrozão, aquela coisa suada, cheia de contato humano e o rapazinho faz questão de não soltar a porra da mão (veia na testa já) da namoradinha feia e com kolene no cabelo e sandália de madeira. Isso quando não inventam de se beijarem no meio do vagão LOTADO. Acho realmente o CÚMULO da tosquice. Pronto falei.


- Aqueles que colocam "KEMILLYANNE E FRANCISLEY SE AMAM PARA SEMPRE" ou algo do genero como nick no msn ou orkut, ou em qualquer rede social. Na minha opinião, não existe nada mais brega do que isso. Daí tudo é tão previsível, que você abre o orkut de fulano, clica nos álbuns e abre. O que SEMPRE vê é: Uma foto de uma das mãos de cada um sobreposta na do outro com as alianças comprada na casa das alianças por 30 reais o par. A seguinte vai ser uma foto dos dois juntos com um fundo de paisagem e a frase "Juntos para sempre" em letra cursiva. A seguinte é uma foto da rapariga abraçado num ursinho - dado por ele - e comprado em semáforo ou aquele clássico e horroroso coração com dois braços (ridículo) ou abraçada num enorme buque de rosas. As fotos são sempre de qualidade ruim, tipo VGA. Pode reparar.

- Casal que anda devagar e de mãos dadas em rua movimentada, durante horários de rush. Sempre faço questão de passar no meio, só pra ver eles soltarem aquelas porcarias de mãos.

Sou amargo sim.

11 de mar. de 2010

Mais um episódio sobre falta de grana - abrirei uma tag só para isso

Hoje almocei com Paulete. Como sempre, me enforquei em dívidas e mal tenho grana pra comer, como de praxe. Ok, fui ao banco. Saquei meus últimos dez reais e fomos até a lanchonete comer um pedaço de torta de frango e um suco de manga, cada. Continuei com fome, mas resolvi ficar quieto e não comprar mais nada, já que eu ainda preciso pagar minhas conduções e comprar um maço de cigarros. Comprei um ontem, mas sei que não irá durar até sábado (quando eu recebo alguma graninha). Evitarei, até mesmo fumar cigarros desnecessários. Sabe aqueles que você acende, mesmo não estando com tanta vontade assim? Geralmente isso ocorre quando você precisa ocupar as mãos com alguma coisa e não sabe com o que. Daí que eu acendi um cigarro pouco antes de voltar ao meu calvário, e percebi que não ia dar tempo de terminar. O que eu fiz? Sim, apaguei o toquinho do cigarro restante e guardei de volta no maço para fumar mais tarde. Tempos de vaca magra. Ah! vaca magra! A minha vaca está anoréxica já. E bulímica também, porque as vezes ela recebe bastante grana, mas ela elimina esse dinheiro rapidamente. Ela tem medo de ficar gorda.

Pensei em diversas formas de arrumar grana fácil. Pensei na prostituição, mas pensei também: Quem vai querer os meus serviços???
Então deixei de lado. Por enquanto. Daí que eu tive a brilhante idéia de juntar uns livros velhos que eu tenho em casa e vender num Sebo que tem aqui perto.

Uma pessoa sem dinheiro, sem responsabilidade, sem vergonha na cara e com muitas contas para pagar proporcionalmente é capaz de cometer LOUCURAS.

E tenho dito.

Aniversarinho do Blog

Hoje é aniversarinho do meu blog. Um ano escrevendo sobre nada. Um nada que me entretem, que me distrai, me serve como terapia, e principalmente para a hora passar mais rápido no trabalho. Obrigado a todos que lêem o meu blog, acompanham, acham graça, choram, me acham um idiota...enfim, obrigado! hehehe! Sei que não são só os meus amigos que lêem isso daqui, sei que tem bastante gente de fora da cidade e do estado que acompanha isso daqui assiduamente. Juro que me surpreendi quando vi no Google Analythics a quantidade de pessoas que lêem isso diariamente. Muito obrigado! Fico feliz de imaginar que alguma coisa que eu escrevo causa algum efeito em alguém (se você chegou aqui e leu pelo menos um post sobre qualquer coisa e voltou no outro dia é bastante coisa para mim). :)



10 de mar. de 2010

Ninguém é normal - Amigos

Nenhum dos meus amigos são normais (inclusive, este que vos fala). Isso todo mundo já sabe. Mesmo os amigs virtuais, sempre tem um quê de loucura. E posso dizer que nesses anos e anos de internet eu conheci várias pessoas diferentes. Alguns considero como se fosse até da família, graças à afinidade que tenho com essas pessoas, que nem conheço pessoalmente, devido a morarem em outras cidades, estados e até países. Mas de certa forma, sempre procuramos manter contato, mesmo que nos falemos uma vez por mês, uma vez por ano, enfim... Dia desses me bateu saudade de uma amiga que conheço pela internet há uns dois anos e meio, mais ou menos. Resolvi mandar um e-mail pra ela, perguntando como estavam as coisas. Recebi isso em resposta. Juro que nem me surpreendi, mas ri alto na frente do computador. HAHAHAHAHA!











É...meus amigos realmente não são normais.
HAHAHAHAHAHA!

PS: Pior é que eu sei que essa resposta dela É verdade!!! Ela realmente faz essas coisas.

9 de mar. de 2010

Killer Design

Adoro meu trabalho. Me sinto um assassino diariamente. Sim, eu assassino o Design todos os dias. Sou induzido a fazer isso e por vezes, meu coração até chora com tudo isso. Tudo o que eu estudei, pesquisei, realizei trabalhos e todos os conhecimentos de design em geral que eu adquiri ao longo da minha vida, caem por terra aqui no meu trabalho. Hoje de manhã, por exemplo, um cliente antigo que trabalha numa produtora de música me pediu para fazer um logo fuleira de grupo de pagode. Eu, particularmente, tenho até medo de ouvir qualquer música desse grupo.

Cliente X diz: 
 opa vinicius, bza
 vc pode fazer um logotipo
 Grupo de pagode
 algumas letras legais
 modernas
 coloridas
 letras arredondadas
 poderia fazer algum
 perae
Vinicius diz:
 ok
Cliente X diz:
 um pandeiro
 faz um com imagem e outro sem imagem
 rssssssssssss
 ai eu vejo
Vinícius:
 ok, sem problemas
 pra quando vc precisa?
Cliente X diz:
 hoje pode ser
 a tarde
Vinicius diz:
 tá bom...

Daí que o resultado foi isso.























A coisa mais decente que consegui bolar. Sim, eu sei, mais uma vez assassinei o pobre Design. O design deve me odiar, mas o que posso fazer? Preciso me mostrar um designer ruim para manter meu emprego. Isso é bem irônico. Fora que os prazos sempre são apertados, geralmente para o mesmo dia, algumas vezes apenas uma hora para criar um logotipo. Isso sem nem saber nada sobre a empresa, público alvo. Me entregam o nome da empresa e dizem: Cria aí pra mim...é pra daqui a uma hora, beijos.
Aí realmente, não teria como sair alguma coisa legal.
É com muito pesar que eu coloco mais esse logo no mercado. Com muita tristeza nos olhos, no coração, na alma...Sério, tenho vontade de chorar quando vejo essas coisas que saem de MIM!!! É como um filho, porra! Hahahaha!
Deixando o chororô de lado, meu, fala sério...que porra é essa que eu fiz?! Ficou uma bosta.
Mas eu ganho meu dinheiro assim e sei muito bem que o cliente vai a-d-o-r-a-r!!!
E eu vou ficar satisfeito de ver o cliente satisfeito (e minha reputação indo para o olho do cu...hahaha!).

6 de mar. de 2010

Oê Oê Oê! Eu sou mais indie que você!

Acho tão engraçado entrar no metrô ou no ônibus e me deparar com um deles (ou um dos meus, no caso) - criaturinhas que se furam, se desenham e usam roupas que vovós acham um absurdo. Sempre rola aquele olhar discreto, aquela medição dos pés á cabeça e por fim aquele último olhar matador de "oê oê oê eu sou mais indie que você e não dou a mínima para a sua existência" o que é tudo fachada e estão desesperados tentando mostrar um ao outro como são cools, mesmo que por ondas telepáticas. Eu sempre dou risada por dentro.

Desabafinho

Uma coisa que me irrita profundamente é gente que tem tudo na vida, beleza, dinheiro, amigos que o idolatram e ainda assim tenta pagar de frio, de apático, de revoltadinho deprimido. Sempre com aquela pose de "eu não me importo muito nada, com ninguém" enquanto vive pedindo aprovação alheia. Isso realmente me irrita muito.

Conversa de boteco e as Almas Espalhadas

Estava sentado na frente de um boteco com duas amigas, um cigarro pela metade na mão e um copo de martini na outra. Ouvi dizer que existem pedaços de almas espalhadas por aí, que juntas se completam. E isso explica a atração forte que sentimos por uma pessoa, aparentemente, nada a ver e sofremos tanto com a perda da mesma. Nunca acreditei muito nessas coisas, sempre fui muito cético, mas tem coisas que a ciência não explica e aí entra naquele campo chato do espiritualismo, vida pós-morte e essas coisas que ao mesmo tempo eu acho uma baboseira, eu acho que até pode fazer algum sentido. Refleti por horas sobre esse assunto e pude chegar à conclusão de que nunca encontrei um pedaço de alma. Os olhos, dizem que os olhos são as primeiras coisas que você repara em "pedaços de alma". Todos para mim parecem ter o mesmo par de olhos insonso, sem vida. Talvez nada disso exista, talvez tudo isso seja uma grande enganação de seitas que usaram isso para reunir cada vez mais adeptos, ou talvez tudo realmente faça sentido.

formspring.me

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5 de mar. de 2010

Peleja Travadíssima - Sonolência no Trabalho e o Mau humor que me persegue

E essa hora que não passa?
Faz meia hora que eu olhei o relógio e marcava apenas dois minutos a menos.

Tenho certeza que os relógios fazem complô contra a minha vida - e da maioria das pessoas também.
Seria muito mais agradável se não existisse horários. As pessoas adoram se prender à números...coisa mais ridícula. Um númerozinho não significa nada para mim. Seria maravilhoso se a humanidade resolvesse abolir os relógios e horários das "regras da vida moderna". Seria tão mais proveitoso se as pessoas pudessem se levantar da cama naturalmente, no horário que o corpo permite voluntariamente, se todos pudessem desfrutar de um maravilhoso café da manhã com uvas frescas, mamões picados em baixelas ornamentadas, jarras de sucos amarelos, cestos com pães diversos. O mundo não teria pessoas mal-humoradas - exceto alguns mal-comidos como eu.

Agora, eu...acordo 10 minutos antes de sair de casa, assim brusco já...20 minutos depois estou eu lá, jogado no metrô mal me lembrando como cheguei até ali, sem comer, sem amor-próprio, sem fé em deus, sem fé na vida, sem nada.

4 de mar. de 2010

HIPERFAGIA

Horário de almoço sempre me deixa mais esgotado do que descansado. Agora, por exemplo estou aqui na frente desse computador, com a barriga encostando na mesa, uma cara de PUTA TRISTE e um pensamento de "eu não daveria ter comido tudo isso*".

*tudo isso: um pão de mel de chocolate branco grande, um pedaço de pizza de mussarela, um pedaço de pizza toscana e meia porção grande de batata frita com alface.

O bolovo parte II e a semi-morte de um estômago

Depois da orgia alimentar de ontem, regada à muita fritura e tranqueira o fim do dia guardou-me uma bela surpresa, claro, até parece que alguma coisa ia dar certo. No fim da tarde comecei a sentir um mal estar muito irrtante e uma ardência no estômago. Resultado: Saí do trabalho mais cedo e fui com a minha mãe até guarulhos, no Nipo Hospital. É o único que minha mãe gosta. Aí o transtono já começou ao chegar...aquele estresse todo até eu encontrar a maldita carteirinha do convênio, um monte de gente moribunda e muita má vontade por parte dos funcionários. Foi-se o tempo em que só Hospital público era sinônimo de mau atendimento. No fim das contas, fiquei lá até umas 22:30 da noite e tô com dois exames marcados. Ganhei atestado para hoje e nem pude faltar. Tenho um pouco de senso ainda, como estou com MUITA coisa pendente aqui no trabalho e só depende da minha pessoa, realizá-los, não pude dar-me o luxo de faltar. Embora, eu já esteja 100% e pronto para mais uma friturada.

ps: certeza que foi a porra do bolovo!

3 de mar. de 2010

O bolovo e o cartão de crédito recusado

Hoje acordei com vontade de comer bolovo (ovo cozido e carne moída envolvidos numa massa de coxinha). Decidi almoçar bolovo, juntamente com Paula. Conhecemos uma lanchonete aqui perto que vende salgados limpinhos a um real (e muito pequenos também). Entramos no lugar e tratamos rapidamente de fazer uma catança. Cada um pegou seis salgados (gordos), inclusive o bendito bolovo. Ainda decidi fazer o esnobe e pegar um chocolate quente. Paula pagou o seu e foi buscar uma mesa. Eu saquei o cartão e murmurei baxinho: é crédito... A mulher levantou os olhos e passou o cartão. E claro, como até parece que ia dar certo, o cartão foi recusado. "Respire e pense", pensei comigo mesmo. Eu tinha R$3,50 na mochila e meu bilhete único. Ok, decidi me humilhar um pouco. Paulaaa!!! vem cá, gritei do caixa. Ela foi lá, rindo, e entendeu tudo antes mesmo de eu falar. Senta lá que eu passo o meu cartão...disse ela. Obedeci, roxo de vergonha e me sentindo humilhado. Pior do que ter débito recusado é ter crédito recusado. Fico imaginando o que seria de mim, se eu estivesse sozinho. Eu teria que deixar tudo lá, inclusive o chocolate que eu já havia começado a beber antes mesmo de passar no caixa e sairia do estabelecimento, faminto, humilhado e roxo de constrangimento. Ou pior, a moça poderia não deixar eu devolver os salgados para a estufa, alegando que eu poderia ter muito bem posto as mãos neles. E aí eu teria de pagar com o corpo. Ou com simpatia. Ou o que ela quisesse.

2 de mar. de 2010

Trabalho que me consome

Cliente me perguntou alguma coisa sobre o arquivo dela. Respondi com grosseria involuntária. Aquela que você só percebe que foi grosso quando ela já saiu da sua boca. Ela virou para mim e perguntou: Moço, você está nervoso?

Estou, pensei eu.

"Não." Respondi verbalmente.

Eu ri

Estou eu aqui, quietinho trabalhando e ouvindo Kate Nash. Quando ele me aparece. Abri um sorrisão de ponta a ponta e fingi que nem estava notando a presença dele. Ele pediu para abrir o arquivo e eu com a voz mais inexpressiva e casual, simultaneamente, possível que consegui fazer e chamei seu nome. Ele entrou e eu espetei o pen drive no meu computador. Coloquei em miniaturas, afim de facilitar a localização do objeto. Quando todas os JPEG carregaram e mostraram seus Thumbnails eu pude reparar a foto de um órgão genital masculino perdido no meio. Fiquei vermelho, ele ficou vermelho e ele pediu para eu apagar. Usou um tom de voz como se não soubesse como aquilo fora parar ali. Embora, eu saiba muito bem que ele sabia sim. Nunca me enganou.

Cá estou eu, com um sorrisinho cretiníssimo preenchendo os meus lábios, enfim descobri aquilo que eu ainda tinha um pouquinho de dúvida.

Nota sobre a senhorita Babalu

Eu já ia me esquecendo de contar uma coisa. Sim, ontem foi "o" dia bizarro. Decidi parar numa banca de DVD (chiquérrimo) e eis que bati o olho num DVD pornô com a Babalu na capa (conheço todos os atores e atrizes da indústria pornográfica). E comentei com a Aline, de que a Fê adora a Babalu. E o camelô se intrometeu na conversa e disse que já saiu com ela. Já comeu, e já fez de um tudo. Eu olhei desconfiado com aquela cara de "aham cláudia...senta lá" e ele continuou falando. Disse que ela parou de fazer "essas coisas" e agora virou evangélica.

SIM, PASMEM!!! A BABALU VIROU CRENTE!!!

ps: Pra quem não sabe, eu fui até a wikipedia e copiei a descrição dela aqui (só para vocês terem uma idéia:

Babalu (atriz pornô)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Babalu é uma atriz de filmes pornográficos brasileira.
Faz cenas para filmes brasileiros e americanos, além de participações em sites do gênero pornô. Suas principais características fisicas são os seios naturais fartos e o glúteo grande. Suas participações possuem principalmente cenas fortes de sexo anal. É conhecida por falar inúmeros palavrões em cena.

É...o mundo realmente virou de patas pro ar.

Os peitão

Daí que ontem eu estava andando pelo centro, a caminho da estação para voltar para casa, juntamente com Aline e uma sacola enorme de guloseimas e avisto uma mendiga, jovem, devia ter uns 20 e poucos anos e completamente louca de pó. E ao que parecia estava grávida. usava um top amarelo cítrico e um corçário, acho que, roxo. Os cabelos crespos formando uma grande massa. Ela tinha uns peitões grandes, pelo que pude perceber. E na nossa frente, tinha duas mulheres andando. Estavam bem vestidas e pareciam de faculdade, alguma coisa assim. E quando a bendita mendiga viu uma delas, começou a dizer: Nossa, seus peitão são maiores que os meus!!!! E todo mundo que passava, ela dizia: Olha!!! Os peitão dela!!!! São maiores que os meus...Eu só conseguia rir disso tudo. A própria mulher ria. E todo mundo ficava sem jeito quando ouvia isso da mendiga.

Coisas que só se vê no centro da cidade.

Ex-crente

Ontem eu estava voltando de ônibus para casa, juntamente com Aline e conversa vai conversa vem, eu me lembrei de uma coisa MUITO bizarra. Tipo, MUITO bizarra mesmo.
Eu sou batizado em igreja de crente. Sim, batizado nas águas, como eles mesmos dizem. Ai gente...Eu realmente tinha me esquecido disso.

Deixe-me contar o caso melhor. Minha mãe, quando era casada com o meu pai era infeliz. Segundo ela mesma sempre dizia. E num certo dia ela decidiu que iria numa igreja de crente. Claro, me arrastou junto. Peguei e fui com a maior cara de cu que eu sabia fazer e fiquei o culto todo pensando em Harry Potter (eu tinha uns treze ou quatorze anos). E o tempo foi passando e minha mãe foi ficando mais fervorosa na fé. E eu lá, sempre acompanhando-a porque ela detestava ir sozinha. Quando me dei conta, eu estava frequentando aquele lugar (ainda de má vontade), já conhecia os membros mais pop por nome, e pasme: eu sabia cantar louvores (AI GENTE). Mais tarde, percebi que já estava indo naquele lugar há um ano, e todo o bentido culto o pastor recrutava aqueles que queriam se batizar. Eu sempre afundava na cadeira e me ocupava de fazer trancinhas na cordinha da bíblia (eu tinha até bíblia!). E daí que teve um dia que eu não tive escapatória. Uma amiga da mãe, que era de lá, disse pra mim que seria muito bom eu me batizar, porque só assim eu conseguria a salvação de deus. Fiquei totalmente sem graça e sem saber o que responder. Ela ficou olhando pro meu rosto, meio sorrindo, meio maravilhada. E eu disse: Tá... Quando me dei conta eu estava dentro de uma piscina usando uma bata que caía sobre o ombro e descia até a canela. Era branca. O pastor colocou a mãe na minha testa e eu quase me afoguei na piscina. Eu até senti uma paz repentina, uma paz muito grande mesmo. Mas eu desconfio que tenha sido psicológica. Pronto, estava eu lá...com desejos sexuais aflorados, gordo, com treze ou catorze anos (não me lembro direito), ouvia rock "do mundo" e crente. Depois de um tempo me cansei. Cansei e larguei mão. Meu pai tinha começado a ir com a minha mãe e eu aproveitei para ficar sozinho em casa, vendo pornogafia e comendo porcaria enquanto eles estavam lá orando por mim. Nunca mais fui.

Depois de um tempo, uma menina que tinha sido minha amiga na igreja, encontrou minha irmã na rua e perguntou para ela o número do meu celular. A tonta passou e a minha paz foi pro saco. Eu recebia SMS de madrugada quase todos os dias, com versículos da bíblia. E no fim de cada mensagem ela semrpe dizia que me amava em Cristo e essas coisas todas que os crentes costumam dizer para todos os semi-conhecidos. Daí que um dia eu troquei de celular e nunca mais recebi essas coisas. Até roda de oração fizeram pra mim, porque fui visto fumando uma vez e eu tinha literalmente "me afastado da palavra". AI GENTE.

My ass pra tudo isso.
Não tenho paciência para igreja, cheia de boyzinho te medindo dos pés à cabeça.

ps: Minha mãe voltou a ser fumante, lésbica e bebe vodka com energético ouvindo Victor e Léo. Eu nem preciso falar o que eu me tornei...hahahaha! Igreja traumatiza, gente.

Abolindo a cozinha

Todo mundo sabe que a minha mãe detesta serviços domésticos, cozinhar e essas coisas típicas de mãe. Todo mundo sabe que na minha casa nunca tem nada normal, tal como sal, açúcar, colher de pau, maionese e afins, mas que é facilmente encontrado um batedor para bolos especiais. Sim, minha família é estranha. E todo munda sabe que ninguém cozinha na minha casa, raramente tem comida feita. Certa vez chegamos ao absurdo de usar um mesmo gás por quase um ano (é sério) e um pacote de arroz durar seis meses. Não que ninguém goste de comida, o problema é que ninguém nunca se arrisca a tentar preparar alguma coisa. Exceto minha mãe que se contenta e sobrevive com coca zero, cigarro e sorvete de chocolate.

Eis que domingo a noite, eu estava no meu quarto desenhando e minha mãe entra lá. Toda agitada, falante. Aquilo sempre me irrita, ao que eu respondo monossilabicamente. No meio do falatório geral, um assunto me chamou a atenção. Estou proibido de cozinhar. Assim como todos naquela casa. Ela quer abolir aquela cozinha e, segundo ela, até os pratos e copos. Eu só disse uma coisa: Ai gente...Disse assim que uma cozinha requer muita manutenção em uma casa, muita mão de obra e dor de cabeça. Ela disse ter uma idéia, e eu pensei: lá vem. A "idéia" se consiste em sobrevivermos a base de marmitex, que ela vai comprar todos os dias. E disse que vamos comer direto da embalagem, para nem louça mais lavarmos naquela casa. E para beber, refrigerante. Direto da garrafa ou da lata. Ela me explicou umas contas doidas, que só faziam sentido na cabeça dela, e disse que é até mais barato viver assim. E disse que quando der vontade cada um compra aquilo que se quer comer (cada qual com o seu dinheiro) desde que já venha pronto. Nesse mesmo dia ela fez um strogonoff de frango e disse ser a ultima refeição caseira que aquela casa já viu.

Talvez seja até uma boa idéia.

26 de fev. de 2010

Seria feio se não fosse bonitinho.

Peguei e cansei.
Estou trabalhando muito e isso, sinceramente, está cansando a minha beleza.
esse frio está me deprimindo. Frio me remete a romances. O que me lembra que, como diz a belíssima Karen O, "There is no modern romance".
Hoje eu estava no meu horário de almoço e vi um casal feio, mas bonito. A mulher era muito gorda e usava uma camiseta do Crepúsculo e o homem era muito gordo também e tinha cabelos crespos. Ambos usavam óculos e tinham piercings. Seria um casa feio, se não fosse bonitinho.
O rapaz estava fora da empresa, fumando um cigarro - deduzo eu, estava esperando a menina. Quando ele viu que ela saía da porta da empresa, ele jogou o cigarro longe e voou na direção dela, dando-lhe um abraço comovente. Achei aquilo tão lindo, pena que ninguém nunca faz essas coisas para mim. Ok, eu não sei se iria gostar se alguém fizesse isso pra mim. Tá...tudo bem, eu definitivamente não iria gostar, mas eu achei fofinho.

Sem título

Hoje eu acordei excepcionalmente feliz. Estava até sociável e sem a habitual cara de cu. Mas como, claro, até parece que ia dar certo...estragaram o meu humor (nem todo, só uma parcela, digamos que uns 30%). Está um verdadeiro inferno este lugar.

Definitivamente, eu não nasci para trabalhar.

25 de fev. de 2010

Descontraindo

E-mail que eu recebi da minha tia, hoje a tarde. Fica no ar e entenda como quiser. :)

Pensamentos vespertinos de uma quinta-feira nublada


Fui ao Mc Donald's (como anteriormente dito). Meu Mc fish veio com o pão esponjoso e uma fatia MISERÁVEL de queijo. Fiz arte nas caixinhas de hambúrguer - vide aqui . Uma mulher muito feia que estava sentada na minha frente ficou me encarando com cara de débil e enfiando batatas fritas na boca ao mesmo tempo. Achei isso muito feio. E depois ela saiu com um teco de maionese enorme no queixo. E ela estava usando tamancão de madeira. Não tenho respeito por garotas com tamancão de madeira, sinceramente.

...

Não fumei no meu horário de almoço (não que eu não quisesse, no momento que dei a primeira tragada, me veio um mendigo e me pediu o cigarro, dei e desanimei de acender outro). Meu corpo está quase livre de nicotina hoje. Exceto por dois cigarros fumados de manhã.

...

Acho que cabelo roxo já deu né? Tá a maior febre aqui no centro. Todas as meninas gotiquinhas estão com cabelo roxo de violeta genciana (eu já tive isso há uns 4 anos atrás e acho tão last year).

...

Hoje tenho aula e estou muito querendo dar um perdido e ficar sentado na praça do tatuapé fumando. Mas como pago caro nesse curso e terei que pagar muito mais caro se eu faltar, desconsidero esta idéia.

...

Não estou mais com vontade de comer maria mole. Agora quero bolo de coco gelado. Maldito bolo de coco gelado, que faz uma semana que eu estou querendo. não, não estou grávido. Isso é definitivamente impossível, mesmo se eu fosse mulher.

...

Um cigarro seria muito bem vindo agora.

Pensamentos matutinos de uma quinta-feira nublada

Jamais experimente cinco camisetas de manhã, é fato que você vai se atrasar e provavelmente o metrô estará aquele fuzuê dos infernos.

...

Finalmente admitiram alguém aqui para fazer teste. Um japonês, gordo, uns vinte e poucos anos, aproximadamente. Jeitão de nerd, relógio de pulso, camiseta verde com bolso no peito, calça de tactel e bolsa de lado (não entendi essa combinação). O que importa é que ele manja de programas gráficos e eu vou deixar ele ficar. Sim, por incrível que pareça, quem está avaliando ele sou eu. Eu passei as regras básicas para ele, assim que eu cheguei e não precisei falar mais nada. Gosto disso.

...

Acho tão feia malas com segredo para abrir. É tão demodê. Coisa de gangster dos anos 50.

...

Recebi um email de uma amiga hoje, me chamando para ir ao mc donalds. Ela quem vai pagar. Ontem ela me pagou um milk shake. Isso definitivamente não pode virar um hábito, eu tenho orgulho.

...

Ontem eu me olhei no espelho e pela primeira vez, em muito tempo, eu realmente me achei bonito. Coloquei o piercing para dentro, acendi um cigarro e fiquei sentado na cama, encarando o meu reflexo. por alguns instantes não consegui associar aquela imagem comigo mesmo.

...

Eu definitivamente não daveria ter abandonado a terapia.

...

Vontade de comer maria mole.

23 de fev. de 2010

Só o óbito pode nos parar

Desde muito antes de te conhecer pessoalmente, de fato, ouvi dizer muito bem sobre você. Escutei sobre a sua insanidade, mas isso não foi o menor obstáculo na hora de me aproximar de ti, já que de insano eu tenho muito também. Te conheci num momento vergonhoso, digamos assim. Dizem que a primeira impressão é a que fica. Espero muito que você não tenha se baseado naquele episódio, er...digamos, que bem constrangedor. Te achei bonita desde a primeira vez que bati os olhos em você, e por incrível que pareça não nos fizemos naquele dia. Na verdade, mal nos falamos. Estranho como começou nossa amizade.

Ainda me lembro do dia em que comecei a te considerar como amiga, e não como uma amiga da minha amiga. Aposto que você se lembrará do dia, se eu te contar qual é. Eu me expus, me abri e contei coisas sobre mim, somente para você. Eu estava deitado no fatídico sofá vermelho e você fazia carinho na minha mão, não tinha som algum - além da minha voz. Este, com certeza, foi um daqueles momentos da vida em que não queremos apagar. Queremos que congele, para voltar quando quisermos. Neste dia eu pude perceber como é o seu interior, e acredito que você possa ter visto um pedacinho oculto do meu interior também, mais do que a grande maioria conhece a meu respeito.

Tão diferentes. Eu, sempre quieto, inexpressivo, dramático e cheio de conflitos internos. Você, sempre falante, expansiva, expressiva. Dois opostos que deram certo, por assim dizer. Não que um seja pior ou melhor do que o outro, apenas complementares. Você carrega todas as expressões que eu gostaria de ter e eu carrego um pouco da racionalidade que você gostaria de ter.

Are you gonna be my girl?
(essa música sempre me lembrará você)

carência excessivamente excessiva

Eu detesto admitir isso. Mas acho que estou precisando de um boa noite de sexo e/ou carinho e/ou putaria com alguém especial. Aquela coisa bem bonitinha mesmo, que vemos frequentemente em comédias românticas.

Hã?!

É verdade...

Ok, acho que estou pedindo demais.

ACNE do inferno!

Eu nunca fui de ter muitas espinhas, mesmo na adolescência, raramente nasciam algumas - que logo secavam. Depois de meses sem nascer uma única espinha no meu rosto, hoje eu acordei e notei que está para nascer duas IMENSAS. Uma no meu maxilar e outra na ponta do meu nariz. Adoro meu corpo.

Chato né?

O problema de ser o mais chato do seu grupo de amigos, é que as pessoas só se aproximam de você para garantir uma proximidade com os seus amigos.

20 de fev. de 2010

Tenso

Tenho ímpetos fortes de largar o trabalho todos os sábados pela manhã.

19 de fev. de 2010

POBREZA MASTER

Ontem fiquei o dia todo sem comer nada. Passei um perrengue danado este mês (ok, eu confesso que extravazei bastante) e chegou a essa altura em que eu tinha só UM REAL na conta. Ok, pensei comigo mesmo: Vou nas americanas e compro dois Club Social, ou paro em algum boteco e compro um salgado. GRAÇAS A DEUS, por algum milagre que eu desconheço a razão, decidi passar no banco antes e verificar meu ouro. Olhei para o monitor e vi um -216,00, ou seja o único real que eu tinha, singelinho lá, quietinho... me fora engolido. Claro, até parece que ia dar certo. Pra que me deixar com apenas uma conta negativa, se você pode, além disso, tirar-me o único real que eu tinha?! Procurei na mochila algum trocado perdido entre algum bolso e outro e achei trinta centavos. Comprei 3 Butter Toffes e fiquei santado por uma hora, fumando um cigarro atrás do outro. Resultado: fui ter minha primeira refeição decente do dia às 23:00, depois que saí da aula e cheguei em casa. Compensei o dia todo de inanição com um prato enorme de penne com molho de estrogonfe (especialidade minha) e dormi feliz. Nem tão feliz assim...mas de estômago cheio e um sorriso no rosto.

PS: Hoje cai meu pagamento \o/

Muito amor

Tô me sentindo tão amado, de repente.
Acabo de reparar que tem dois posts pra mim em dois blogs diferentes e feitos em menos de uma semana de intervalo um do outro.

http://nauseas-e-rabiscos.blogspot.com/2010/02/v.html

http://memoriaspostumasdecowy.blogspot.com/2010/02/monologo-sobre-amizade.html

Faça você também.
Por um Vinícius menos carente.

DESABAFO: Posso ser estranho, por favor?

Posso ser estranho em paz, por favor? obrigado.
Eu odeio me sentir observado, e odeio mais ainda quando percebo que estão cochichando sobre mim. Deixe-me explicar, quando chego do trabalho todos os dias, sempre tem algumas mulheres (desocupadas) na rua fofocando, e sempre tem aquelas piriguetes nojentas e aqueles moleques metidos a mano, e TODA vez que eu passo, por mais barulho que esteja e por mais conversaiada que predomine, CESSA no momento que eu passo. No começo eu achava que isso era algo da minha cabeça, mas não é. Percebi que é pessoal mesmo. É, geralmente mulheres de bairro não estão acostumadas com pessoas como eu. Não me considero exótico e nem tão estranho assim, mas pros padrões de pessoas conservadoras eu sou sim. já estou acostumado a entrar em casas de amigos e tirar piercings, não fumar e etc. Uma vez eu ouvi de um garoto que eu sou o típico cara que não se deve apresentar à sua mãe.

Faz sentido.

17 de fev. de 2010

ai gente...

Estou eu aqui, na frente do computador, trabalhando singelamente. Quando do nada, me surgem a Aline e a Mariana e mandam me entregar um cigarro. Um único cigarro solto, fininho...nunca vi aquele cigarro. Deram meia dúzia de risadas e foram embora me xingando de mal agradecido, de ingrato e de sei lá mais o quê.

Não entendi.
Juro que não entendi.

(coisas que a gente pára, pensa...e fala: ai gente...)

A manhã em que me nasceu um chifre

Hoje de manhã quando acordei fui até o banheiro, como habitual e me olhei no espelho. Percebi que do lado esquerdo da minha testa tinha um caroço de mais ou menos 5cm de largura, grande, inchado e dolorido. Não estava vermelho, nem coçava, nem ardia. Apenas doía se eu encostasse. Achei aquilo muito intrigante e não pude deixar de relacionar com a visão de ontem e da descoberta que eu fui chifrado há uns dois ou três meses atrás. Tentei me acalmar, e aí me veio o pensamento lógico. Eu dormi de janela aberta - estava MUITO calor - e provavelmente algum inseto deve ter me mordido de madrugada, deixando assim aquela marca horrenda. Ironicamente, o tal mosquito tinha um corpo inteiro à disposição - eu dormi só de cueca e sem cobertor - mas claro, que como até parece que ia dar certo, o dito cujo resolveu que seria muito mais engraçado me deixar como um mutante cruzado com algum bovino chifrudo.
E mais curiosamente, agora há pouco fui até o espelho conferir "meu chifre" e percebi, pasmo, que não existia mais nada. Nem sinal de que em algum momento existira um chifre ali.

Carnaval 2010

Meu carnaval desse ano foi bem tranquilo. Não fiz nada de diferente e passei em paz comigo mesmo. Na verdade, ontem eu estava conversando com uma amiga sobre como estou em paz comigo mesmo, nos últimos tempos. Mas ao mesmo tempo, me sinto vazio. Preciso de algo para preencher os meus dias, ou alguém, ou alguma coisa. Sinto falta de ter alguém para ligar no fim do dia e essas coisas que são consideradas melosas - mas quando é a gente que as pratica, ficam menos melosas. Enfim, voltando ao assunto principal...Sábado combinamos de nos encontrar na Liberdade, eu estava afim de comer comida japonesa. Joana, Priscilla e Fernanda vieram me buscar no trabalho e quando estávamos caminhando em direção ao rumo principal, encontramos a Toska e uma amiga dela que eu não me lembro do nome. Depois, em seguida chegou um casal de amigos da Fernanda e fomos. Chegando lá ficamos mais de uma hora esperando os Fábios (o "meu" fábio e o fábio da amiga da Toska). Quando eles chegaram, todos já estavam cansados de ficar na Liberdade e eu acabei nem comendo a maldita comida japonesa. Mas tudo bem, eu estava feliz da mesma forma e fiquei tentando manter minha felicidade (que sempre se dissipa ao longo do dia) e decidimos comer no Burdog, que fica no metrô Clinicas. Chegando lá comemos e passamos um bom tempo, falando merda, discutindo banalidades e ligando celulares com alto falante (?!). Na hora de pagar a conta, um pandemônio tomou conta daquela mesa. Eu juro que não entendi nada a partir desse ponto. Fizeram uma misturança de dinheiros, cartões, máquinas de débito e o caralho a quatro. Fiquei bem confuso. Até que do nada, decidiram ir para algum bar, eu não queria bar. Não estava nenhum pouco afim de beber e nem de ficar sentado em mesa de boteco. Mas fui assim mesmo, porque a maioria ganha sempre. Ok, chegando lá, pedi rapidamente um Martini, como sempre e decidi que seria a única coisa que eu iria consumir naquele lugar. Mas quando eu percebi, estavam formando uma competição sobre quem conseguia virar um copo de pinga pura e eu prontamente decidi participar (não sei porque diabos) e consegui virar o copo, porém quase vomitei aquela porra. Peguei um gole de água e coloquei na boca e cuspi pro alto, como um chafariz e a minha amiga pediu para eu fazer de novo porque tava igual à Karen O e eu fiz. Hahahaha!
Depois disso sentei e permaneci quietinho no meu canto, e não sei como meu sketchbook foi parar na mesa e eu comecei a desenhar a Joana e a Fernanda. E depois comecei a abraçar as pessoas da mesa (tinha batido uma carência forte, nessa hora) e pedi para todos me amarem para sempre. E depois disso fiquei lá...olhando pro nada e fantasiando situações que não aconteceriam e reviravoltas e revoluções arrebatadoras.
Depois disso fomos para a minha casa (eu e as meninas) e o Fábio foi pra casa dele. Joana ficou fazendo pole dance no ferro do metrô e o fábio ficava rindo e vermelho de vergonha alheia (ele fica bonitinho quando tá vermelho de vergonha alheia), e eu fiquei tirando fotos inúteis com a Fernanda.

...

Ontem fui em um bar com a Joana. No dia anterior, milhares de convites tinham surgido para a minha pessoa, mas na Hora H nada deu certo. Claro, até parece que ia dar certo. Ficamos lá bebendo coca zero e falando mal dos transeuntes, inclusive do dãnilo (risos escandalosos) até que chegou a Fernanda com um violão, e eu fiquei mais de uma hora (entediado) assistindo elas tocarem Tilly and the wall, Britney Spears e mais um monte de coisa que eu não me lembro. Daí que elas decidiram ter uma banda. Pensamos em vários nomes, inclusive: ela tomou muito ácido, sandíces alcalinas e mais um monte de besteiras. Depois chegou a Marion (eu não sei se o nome dela se escreve assim) e elas foram para uma lanchonete que eu não faço idéia de onde fica e resolvi ir para casa (estava tão cansado e nulo, que foi a melhor opção). Sim, meu carnaval se resumiu a isso.

Bom, melhor do que ficar em casa hibernando, que era o plano inicial.

Cá entre nós, mas...

Deus sabe o que faz. Ontem eu estava andando tranquilo e sereno pela rua Frei Caneca e avisto na minha frente, caminhando na direção oposta à minha, aquele lá. Aquele lá, lembra? Enfim, estava com o novo affair dele - baixinho e esquisito - e eis que me falou: Oi!. Respondi educadamente e esperei ele virar as costas para começar a rir e falar mal. Até aí tudo bem, normal. Mas que modelito era aquele, colega? Bom, primeiro reparei no cabelo cortado de forma esquisita - esquisita de uma maneira negativa - trajava uma camiseta com a bandeira da inglaterra, um SHORT CURTO, pernas branquelas e um óculos estilo mallu magalhães e uma BOLSA FEMININA. Eu pensei comigo mesmo: Ai gente...

Nem senti nada.
Deus realmente sabe o que faz.

10 de fev. de 2010

SONOOOOOOOOO

Faz uma hora que eu voltei do horário de almoço. E estou completamente chapado de sono. Não estou escrevendo muita coisa coerente e se eu fechar os olhos (juro), durmo profundamente. Me lembro de, há quinze minutos atrás, estar conversando com uma amiga por email que o meu sonho é pesar trinta e cinco quilos (?!) e não sei o quê...não sei o que lá e mimimimizzzzzzzzzzzzzzzzzzZZZZ

agora a pouco abri um outro blog que eu posto e me deparei com esses posts que EU acabei de fazer:
http://ateparecequeiadarcerto.blogspot.com/2010/02/mickey.html
 e esse:
http://ateparecequeiadarcerto.blogspot.com/2010/02/drunk.html
(não me pergunte à quem esse ódio todo foi direcionado)

Juro meu, tem horas que o sono é tanto que eu lembro apenas de flashes rápidos. Agora mesmo eu estava mandando emails com endereços aleatórios de nomes de bandas que eu gosto, usando o seguinte modelo:

oi! tudo bem?
você é mesmo fã de tal banda?

algumas mensagens voltaram.
achei um absurdo.

9 de fev. de 2010

Novo Gênero: E

Sabe aquelas pessoas que quando olhamos na rua, ficamos seriamente em dúvida de qual é o gênero de dito cujo? Hoje resolvi criar um post dedicado a essas bizarrices da sociedade. Meninos que parecem meninas masculinas, meninas que parecem garotos gays, homens que parecem velhas lésbicas, lésbicas que parecem senhores. Enfim, existe uma gama de opções e combinações diferentes para essa camada da sociedade.

Primeiro vamos às menines.
Menines nada mais são do que adolescentes que se diferenciam dos outros pela aparência. Encaixa-se nessa categoria: Os meninos que parecem meninas magras, as meninas que parecem meninos gays e magros de catorze anos (eles sempre são magérrimos). Geralmente se vestem com calças jeans skinnys (vale calças coloridas também), cabelos com franjas enormes e sempre lisos (vale chapinha), vale usar touca ou boné também, para dar um ar meio menine lésbica. Camisetas sempre largas (para esconder a presença ou ausência de seios) e nikes coloridos no pé. Recentemente, tenho visto muitos deles usarem shorts curtíssimos. Tanto as meninas quanto os meninos...enfim, menines. Onde encontrar: Na rua Augusta de sábado a noite, ou na saída do metrô consolação durante o sábado inteiro.


Senhore.
Senhores são aqueles menines que envelheceram. Você olha e não consegue decifrar o que diabos é. Geralmente se vestem de forma parecida um com o outro. Camisa social, calça de brim larga e um relógio prateado. Cabelo? Sempre curto. Certa vez atendi um senhore aqui no trabalho. Passei um bom tempo tentando descobrir o que era, só consegui confirmar que era homem (já que tinha voz de...senhore) quando reparei nos pêlos na orelha.
Onde encontrar: Em qualquer banco de cobrador, bar (geralmente são donos de bar), banca de jornal e essas coisas mais tradicionais. Geralmente são muito sérios, nunca ria de um senhore.

Japonese.
Japoneses são, como os outros, seres indefinidos. Estes possuem uma vasta variedade, não podendo definir forma como vestem, como andam e onde vivem. Só se sabe que podem ser encontrados (aos montes) no bairro da liberdade, em cursinhos (Anglo e Etapa) e em eventos de anime. Tem a categoria dos muito gordos ou muito magros.


8 de fev. de 2010

Muitos neurônios a menos, ou seria amenos...ou seria há menos...hahahaha! viu? virei retardado.

 
Nossa querida e doentinha Mallu Magalhães tentando sentir as boas vibrações dessa bela segunda-feira.

Estou me sentindo meio...sei lá.
Meio retardado hoje...está difícil até de manter uma conversa inteligente por mais de cinco minutos.
Acho que gastei todos os meus neurônios hoje de manhã tentando descobrir qual dos meus tênis estava menos sujo e qual a camiseta menos desbotada.
Isso sem contar do tanto de força do pensamento que eu usei tentando me equilibrar no metrô lotado.

Você tem probleminha, fia?

6 de fev. de 2010

ME ME

Achei por aí e senti vontade de responder. Tenho a mania muito chata de ler um desses e já ir respondendo mentalmente todas as minhas perguntas.

~ Eu tenho: Um humor variável demais.
~ Eu desejo: Comer qualquer coisa com doce de leite.
~ Eu odeio: Tomar banho.
~ Eu escuto: Neste exato momento eu ouço Belle and Sebastian.  
~ Eu tenho medo de: ratos! argh!
~ Eu não estou: magro.
~ Eu choro: muito raramente.
~ Eu perco: o juízo todas as manhãs.
~ Eu preciso: grana, sempre.
~ Eu devo: um real para a aline.
~ Me dói: a alma.

SIM OU NAO?

~ Tem um diario? não.
~ Gosta de cozinhar? sim.
~ Gosta de tempestades? quando estou na rua não.
~ Ha algum segredo que vc não tenha contado a ninguém? não mais, me livrei de todos eles.
~ Poe seu relógio uns minutos adiantados? eu costumava deixar meu relógio 30 minutos adiantado, mas eu ainda assim continuava me atrasando.
~ Acredita no amor? não.
~ Toma banho todos os dias? quase todos.
~ Quer casar? não.

QUEM É?
~ A pessoa mais estranha: eu mesmo.
~ A pessoa mais chata? não quero citar nomes.
~ A pessoa que te conhece melhor? tenho dúvidas.
~ O professor mais chato? eu só tenho um professor, que não é chato.

QUAL É?

~ A frase que mais usa no msn? não.
~ Sua banda favorita? Yeah Yeah Yeahs.
~ Seu maior desejo: JÁ DISSE QUE É COMER QUALQUER PORRA COM DOCE DE LEITE!

OUTRAS PERGUNTAS

~ Signo: Gêmeos.
~ Cor do cabelo natural: sei lá, castanho acho.
~ Cor do cabelo que tem: castanho. (gosto dessa palavra)
~ Cor dos olhos: castanhos.
~ Numero favorito: 5 ou 0.
~ Dia favorito: Sábado, lógico.
~ Mês favorito: Junho porque é meu aniversarinho e eu tenho regalias.
~ Estação do ano favorita: Inverno.
~ Café ou chá: café.
~ Montanha ou praia: montanha.
~ Sol ou neve: Neve (apesar de nunca ter visto).

NAS ULTIMAS 24HS VC:

~ Chorou? não.
~ Ajudou alguem? sim, ajudei um passageiro no ônibus segurando a sua mochila..
~ Comprou algo? comprei comida, cigarro e uma camiseta preta.
~ Ficou doente? minha gengiva sangrou, conta?
~ Foi ao cinema? não.
~ Saiu para jantar? não.
~ Disse “te amo”? claro que não.
~ Escreveu uma carta? um e-mail serve?
~ Perdeu um namorado (a)? não, já perdi faz tempo.
~ Falou com alguem? infelizmente com milhares de pessoas.
~ Escreveu em um jornal? não...e porque escreveria?
~ Teve uma conversa seria? sim.
~ Perdeu alguem? não, mas perdi a borrachinha do meu fone.
~ Abraçou alguem? não.
~ Beijou alguem? não.
~ Brigou com algum parente? minha mãe brigou comigo porque tomei todo o sorvete dela.
~ Brigou com algum amigo? não que eu saiba.
~ Sonhou acordado? sim, de manhã no metrô.

4 de fev. de 2010

Saga: De volta ao meu lar

Todo mundo sabe que o metrô de São Paulo não é lá grande coisa e que esta cidade anda superlotada por demais. Nada contra quem migra de outra cidade, mas acho que poderia rolar um controle de quem entra. Ou então fabricarem mais anticoncepcionais e fazer uma campanha de marketing mais elaborada com artistas da música pop na TV explicando sobre os riscos de uma gravidez. Ou então as pessoas poderiam utilizar mais bicicleta, patinete e pogobol. Assim, sobraria mais espaço pra mim no metrô e eu não me estrassaria tanto.
Pois bem, vou contar sobre a saga do de volta ao meu lar de ontem. Nunca achei que seria tão difícil voltar para casa. Estava eu no trabalho, belo e folgado (isso era umas 17:30) e quando eu percebo está uma TEMPESTADE, com direito a trovões horríveis e pessoas molhadas dos pés à cabeça. Nem me abalei muito, já que anda chovendo todos os dias e depois de uma hora, invariavelmente, para. Ok, vi que a hora passava e a chuva não cessou. Eu, claro, como até parece que ia dar certo, justamente nesse dia eu estava sem guarda chuva. Eu até poderia ficar paradinho em algum lugar até a chuva passar, mas eu ainda tinha que, urgentemente, passar em uma loja de materiais para desenho e comprar um maldito bloco de sulfite a3 120g!!! Sim, nessa hora eu me desesperei. Aí você pensa: ele poderia ter comprado um guarda chuva de cinco reais e voltar belíssimo para casa. Sim, caro leitor...eu também pensei nisso, mas eu não tinha um puto sequer no bolso, apenas o dinheiro do papel que eu precisava comprar. Estava somente com o cartão de uma conta com saldo negativo. Pensei: fudeu! Mas rapidamente, como num relâmpago me veio na cabeça as palavras escritas em neon: EMPRÉSTIMO PESSOAL! Assim fiz e corri para o banco (que é literalmente do lado daqui) e saquei 20 reais do empréstimo. Comprei um guarda chuva de cinco e um maço de cigarros. Mas como, novamente até parece que ia dar certo, a chuva pára exatamente no momento que eu abro o guarda chuva. Ok, nem me estressei e procurei manter o foco da minha meta do dia: ir até a loja e comprar os meus papéis e voltar rapidinho para casa (ai gente...chega faz dó a inocência de um cidadão, mas enfim...), achei que no máximo as 20:30 eu estaria quietinho, banhado e deitado na minha cama já. Ledo engano, mal sabia eu que a noite só estava começando e muita água ainda iria rolar (literalmente falando). Peguei uma lotação que demorou cerca de 40 minutos o trajeto Trabalho - Rua Augusta (trajeto este que demora cerca de oito minutos em situações comuns) e aproveiter para ler meu livro (escrevo um post falando sobre ele depois...ou não) - o qual foi molhado por uma mulher com o guarda-chuva PINGANDO em cima das minhas páginas. Olhei feio para ela e continuei lendo. Quando chegou o ponto que eu deveria descer, outro sacrifício...tinha aproximadamente 30~40 pessoas amontoadas em pé na lotação, e eu novamente, como até parece que ia dar certo, estava sentado na frente e foi um deus nos acuda para conseguir descer. No meio de um monte de cotoveladas e bolsadas consegui descer, já começando a ficar estrassado. Juro que achei que fosse uma piada da vida, em que o alvo, obviamente era eu. Nervoso demais abri o guarda chuva (tinha voltado a garoar) e acendi um cigarro, todo torto e cheio de coisas nas mãos. Daria uma cena engraçada. Mas enfim, caminhei até a loja e comprei o que tinha para comprar. Até aí tudo bem, até achei que a vida estava sendo legal comigo de novo e fiquei até feliz, momentaneamente. Caminhei novamente até o ponto e fiquei 20 minutos esperando a porra do ônibus. Quando ele chegou, subi e pensei: ufa! deu certo! no fim as coisas sempre dão certo. Outro engano, meu caro leitor, a noite agora sim realmente só estaria começando. Fiquei sentado naquele banco de ônibus com uma velha escontando o ombro no meu. O pior é que ela estava MOLHADA. Tentei manter a calma e continuei sentado lá lendo o meu livro. Quando olhei no relógio, meia hora havia se passado e eu fiquei ali esperando aquele transito diminuir para então poder chegar ao meu doce lar. Quando olhei pro relógio novamente, outra meia hora havia se passado, somando-se assim uma hora dentro do ônibus e cinco metros andados. Me irritei, catei minhas sacolas do chão e desci, pretendo andar á pé até a estação liberdade, que eu acreditava estar tranquila. E de fato estava, o terror tomou conta do meu ser quando eu vi a estação sé. Juro, tinha umas - nem tenho noção, mas imagina o lugar mais cheio que você já viu, então, igual! Tinha grávidas no chão, gente chorando, gente passando mal para tudo que é lado, aquele calorão...Os seguranças não davam conta de tanta gente, colocaram até corrente e tal para segurar a boiada. E a maloqueiragem imperando né? O povo nem gosta dessas coisas, imagina. O povão tudo com celular na mão, com MP10 filmando a cena para vender por 300 reais para televisão depois. Um horror! Parecia a cena de uma guerra. Em determinado momento decidi sentar no chão e ficar lendo meu livro, para então esperar algum vagão com condições decentes para ir para casa. Em vão, porque nem no chão tinha lugar mais. Então decidi comprar uma coca e ficar de pé no cantinho bebendo, já que estava muito calor e eu estava morrendo de sede. Não adiantou nada, porque a fila da conveniência do metrô estava gigantesca. Neste momento mandei o mundo tomar no cu e falei para mim mesmo: Vou pra casa agora, custe o que custar. Entrei na fila para entrar nos vagões (me senti no titanic, nas reservas de bote salva vidas) e depois de quarenta minutos eu estava dentro de um vagão ENTUPIDO. Juro que se alguém peidasse ali, neguinho  pulava fora. Depois de um tempinho cheguei à minha estação e desci correndo, meio que empurrando porque tava cheio de gente sem noção tampando a porta e pensei aliviado: agora vai! daqui a quinze ou vinte minutos estarei em casa. Outro engano, para variar. cheguei lá embaixo no terminal da estação e vi uma cena desesperadora. Uma fila quilométrica para conseguir subir na lotação. Mas como sou inteligente furei fila e dez minutos depois eu estava dentro de um transporte, todo espremido com uma velha me encoxando e um menino que não parava de me encarar.

Cheguei em casa esgotado, com calos nos pés (tive que vir de all star hoje), com dor de cabeça, sujo e suado.

E pelo jeito hoje terá replay. Tá caindo o mundo aqui. Amanhã eu conto a continuação da saga, que nem eu sei o desfecho.
Descobrirei daqui a...(deixe me ver o relógio) uma hora e meia, mais ou menos.

ME-DO.

3 de fev. de 2010

Primeiro dia de ilustração

Daí que ontem começaram as minhas tão esperadas aulas de ilustração. Vários contratempos para tentar me deixar estressado. Primeiro, pouco antes de sair do trabalho me cai AQUELA chuva do cão, ok...arrumei um guarda chuva velho que alguém largou aqui no trabalho e fui. Chegando no metrô, tive que esperar (juro) SEIS vagões até conseguir subir (apertadíssimamente) e ficar aguentando uma velha crente me encarando o tempo inteiro. Isso sem mencionar que eu estava carregando uma pasta A3 num espaço de 20cm². Complicado, eu sei. Ok, até aí tentei não me abalar. Chegando na minha estação, outro drama para descer, quando tinha 500 pessoas panguando na minha frente. Se tem uma coisa que eu odeio são aquelas pessoas que ficam paradas na porta e travam o corpo para você não conseguir descer. Chegando na estação eu fui atrás da lotação que me deixaria na escola. Achei-a por um acaso e subi, pedindo ao maldito cobrador que me avisasse quando passasse pela rua em questão (porque eu não conheço esse lugar!) e daí que ele NÃO me avisou - preste atenção que neste momento não caía nenhuma gota do céu - mas foi o trabalho de eu descer - três pontos depois por que a porra do cobrador não me avisou o ponto certo e começou a garoar. Odeio garoa, prefiro chuva do que garoa. É literalmente aquela coisa de chove não molha. Andei por uns quinze minutos - tem subida no meio - até chegar no meu local pretendido e aproveitei para fumar um cigarro - já estava atrasado mesmo, foda-se.

Chegando lá a menina da recepção me recebeu calorosamente com um sonoro: Oi! Vinícius!!! Eu achei muito estranho ela ainda lembrar do meu nome, mas enfim...subi na sala e me deparei com duas pessoas. Demorei alguns segundos para processar quem era aluno e quem era professor. O professor é novo, mas o outro aluno era claramente mais novo. Não sei o que eu pensei na hora. Enfim...me sentei em um lugar qualquer e fui informado que eu teria que desenhar um rosto humano e uma casa. Ok, fácil. Desenhei um rosto em estilo mangá (não sei porque, mas me deu vontade) e uma casa em estilo cartum americano..aquelas casas gordinhas sabe?
O professor me perguntou que tipo de ilustração eu gostava e eu respondi que quanto mais nonsense, mais me agradava. Aí ele disse que isso é legal e que eu gosto do conceito das coisas. E eu fiquei todo cheio de mim...sem motivo, claro. hahaha!
mas é que a carência me faz ficar sensível a qualquer comentário sobre a minha pessoa. E porque diabos eu sempre fico nervoso diante de pessoas interessantes?? sempre acabo falando merda. SEMPRE. Ontem mesmo, quando ele me perguntou o endereço do meu blog de ilustrações (deus, que ele não leia isso!), ele simplesmente disse: Qual é seu endereço? E eu respondi o nome da minha rua. Ele riu e eu fiquei pensando o que eu tinha feito de errado e daí me ocorreu a merda que eu tinha falado. Fiquei bem envergonhado e abaixei a cabeça e continuei a desenhar. Fiz vários exercícios, a maioria deles eu já tinha feito na época do design gráfico. Mas foi bem produtivo, pude perceber onde eu posso melhorar no traço e tal. A aula em si passou super rápido e eu o tempo todo tentando parecer uma pessoa legal (odeio primeiros dias de coisas, porque eu sou o tipo de pessoa que quando quero parecer legal, eu preciso realmente me esforçar para isso, as vezes eu fico até com enxaqueca depois, juro!).

Saí de lá e para a minha surpresa o tatuapé estava todo sem energia. Só porque eu estava com fome e pretendia passar em algum lugar para comer.

Apesar de tudo, ontem foi um dia legal. Bem atípico.

1 de fev. de 2010

Sucesso entre a Terceira Idade

Estou começando a me convencer de que faço sucesso entre o pessoal da terceira idade. Sim, eu sei que isso é triste. Enquanto a terceira idade cai em peso em cima de mim, as pessoas jovens não estão nem aí. No sábado estava voltando para casa, tarde da noite já...quase meia noite. Estava no ponto, esperando o ônibus e reparei que do meu lado estava uma senhora de aproximadamente uns setenta anos, carregando um vaso enorme de flor. Não estava bem-vestida, porém não tinha aspecto de louca e muito menos de mendiga. Reparei também que ela estava me olhando fixamente e sorrindo. Olhei de rabo de olho para ela e retribuí o sorriso. Voltei a direcionar meu olho para a rua, afim de não perder o ônibus e reparei pelo canto dos olhos que ela continuava me olhando e sorrindo. Desta vez olhei diretamente para ela e já ia perguntar o que ela queria me olhando daquele jeito (mentira, nem sou assim) e vi que ela estava piscando pra mim e sorrindo. Não contente, ela colocou a língua para fora no que, suponho eu, seria um gesto obceno. Senti nojo e fiquei completamente constrangido. Não sabia se achava isso bom ou ruim. Lembro-me de naquele dia estar com a síndrome do patinho feio atacada e poderia até fazer bem ao meu ego, mas porra! não precisamos apelar né?

Me lembro também de há uma ou duas semanas atrás, eu estava na paulista esperando uma amiga minha. Sentei na frente da FNAC e peguei um cigarro no bolso. Reparei que tinha um senhor, de aproximadamente uns 80 anos do meu lado que não parava de observar todos os meus movimentos. Quando ele percebeu que eu coloquei o cigarro na boca, tratou rapidamente (muito rápido mesmo!) de me emprestar o isqueiro dele, enquanto eu tateava sobre a minha calça em busca do meu. Aceitei e acendi o meu cigarro. Isso foi a deixa para mais olhares e tentativas de conversa, tais como tempo, cachorro e um monte de banalidade que eu ignorava e respondia monossilabicamente. Fui salvo pelo meu celular tocando e a minha amiga dizendo que estava do outro lado da avenida. Ufa!

Hoje penso que teria me dado bem com o velhote lá...ele era provavelmente um advogado aposentado que possui uma cobertura nos Jardins e eu sou um pobre garoto carente que mora perto das extremidades da cidade. Logo, com certeza eu seria beneficiado por essa brincadeira toda, já que o velhote (pelo jeito) não iria durar mais do que dois ou três anos. Ou não.

28 de jan. de 2010

Final Alternativo: A Ilha Deserta

Eis que a carta dizia assim:

Vai lá fora e abre a caixa que está sobre a maior pedra da ilha.

Fiquei olhando o bilhete por alguns segundos, como se estivesse tentando decifrar alguma coisa pelas entrelinhas. QUase entrei em transe e finalmente me ocorreu ir até essa pedra e a abrir a bendita caixa. Não foi muito difícil localizar a grande pedra, já que ela era realmente gigante. Subi com alguma dificuldade até o topo e consegui visualizar
uma imensa caixa branca com ornamentos dourados, que faiscavam ao reflexo vindo da luz do sol. Rodeei a caixa umas cinco vezes até encontrar uma resposta à tudo aquilo. Claro que não consegui encontrar e abri assim mesmo. Tive que abaixar a cabeça para conseguir enxergar o conteúdo do recipiente. A luz do sol estava ofuscante e eu tive que apertar os olhos, até que consegui captar a imagem de uma bolinha amarela. Sim, uma pequena e felpuda bolinha amarela. Peguei ela do fundo da caixa e percebi que ela emitia um som baixinho, como se fosse uma respiração e possuía duas fendas, uma em cada lado, como se fossem olhinhos fechados. Concluí que se tratava de um ser vivo e cutuquei devagarzinho com o dedo indicador. Ele abriu os olhinhos e ficou me encarando por alguns milésimos de segundos antes de me atacar. Até hoje, depois de ter vindo para o inferno, me pergunto como aquela bolinha de pelúcia amarela medindo cinco centímetros de altura conseguiu engolir o meu corpo?

Portanto, cuidado com o que deseja.

Considerações Finais: O final era para ser mais elaborado, mas me deu preguiça de pensar. Então considerem esse como sendo um final alternativo.

27 de jan. de 2010

A ilha deserta Parte I

 Minha vida mudou há exatos dois meses, isso para não dizer que ela foi cessada de vez. Desejei viver em uma ilha deserta, apenas com um PC conectado à internet banda larga e todas as comidas calóricas do mundo. Só. Na verdade, a história não é tão simples assim. Tudo começou numa noite, aparentemente, como qualquer outra. A depressão noturna que me acompanha se fez presente, como sempre. E quando me dei conta estava na cozinha tentando abrir uma garrafa de vinho com os dentes e com os olhos molhados de tanta lágrima. Eu havia levado um fora naquele dia e estava querendo morrer. Profundamente e para nunca mais reencarnar ou qualquer asneira desse tipo. Me irritei com a garrafa e larguei-a lá. Decidi tomar um banho para ver se minha cabeça esfriava um pouco. Ao lado da banheira vi que tinha alguns panfletos de viagem. Tirei a minha roupa, entrei na banheira e fiquei ali imaginando a minha vida em um lugar paradisíaco, sem pessoas desagradáveis (ou melhor, sem pessoas ponto), com toda a mordomia possível. Será que ainda assim eu teria depressão? Pensei nos prós e nos contras, pensei na sobrevivência, pensei em como seriam aquelas coisas todas e acabei adormecendo na banheira de tanto trabalhar o meu órgão pensante.

Acordei no outro dia, logo pela manhã (a julgar pela luz do sol que entrava pelas frestas do meu olho fechado). Tentei me movimentar e percebi que ainda estava na água. Porra! Dormi na banheira, pensei. Abri os olhos, já imaginando a cena ridícula do meu corpo todo enrugado por passar mais de doze horas submerso em uma banheira cheia d'água, mas rapidamente fui tomado por um pânico absurdo quando vi que eu estava deitado em uma orla de praia - lindíssima por sinal - com a água bem rasinha - porém, o suficiente para me molhar. A paisagem era maravilhosa, o clima agradável e não tinha ninguém por perto. Basicamente, o lugar era perfeito para o que eu queria no momento, porém eu não conseguia - por mais que eu forçasse - me lembrar como eu havia chegado até ali. Tentei me lembrar do "antes", mas não houve um antes. Apenas acordei e estava ali. Então forcei a minha memória para a noite anterior e me lembrei da banheira, me lembrei da minha depressão, me lembrei daquela rosto me encarando e dizendo: "Você é muito legal, quero a sua amizade apenas, não gosto quando você confunde as coisas", e como um raio subindo ao céu rapidamente, me veio um pensamento: Eu desejei estar em uma ilha deserta ontem à noite. Respirei fundo. Três vezes. O nervosismo não passou. Comecei a procurar o meu celular, teria que haver algum contato com qualquer coisa que me tirasse dali o mais rápido possível. A minha terapeuta não podia ficar me esperando. O meu trabalho estava todo atrasado e eu deixei o meu gato sem comida! O que eu fazer?! Passei alguns minutos, em vão, procurando o meu celular e desisti. Me conformei e sentei no chão ao lado de um coqueiro. Minha cabeça explodia e eu só queria voltar para o meu mundo. Acabei adormecendo novamente e acordei com alguns barulhos de trovão. Decidi procurar algum lugar decente para poder me abrigar, segui caminhando uma trilha que saía da areia e dava para uma floresta mais para o meio da ilha. Andei pelo que me pareceu uns trinta minutos e consegui avistar uma casa pequena - e bem luxuosa - no meio do nada. Entrei, sem a mínima cerimônia - já não existia pudor algum - e chamei algum possível proprietário daquela pequena construção. Não obtendo resposta, julguei que seria interessante explorar aquela casa. Tinha uma cozinha pequena, toda adornada e com muitos eletrodomésticos de ultima geração - tudo em inox e nada de casas bahia. Mais à esquerda tinha uma despensa enorme e entulhada de "comidas calóricas e não perecíveis" - mais do que depressa furtei uma batata frita. Voltei à sala de entrada e subi a escadinha que dava para o andar de cima. Encontrei um quarto grande e com uma cama enorme, e mais á direita, uma escrivaninha com um envelope estampado com o meu nome - O QUE??? - pensei. Abri, rapidamente e rasgando-o completamente. Eis que a carta dizia assim:

(continua amanhã)

Up

Resolvi passar aqui só para dar uma atualizada. Não tem muita coisa acontecendo na minha vida. Na verdade até tem, mas eu ando com tanta preguiça de postar aqui. Só posso dizer que estou completamente ansioso pra que meu curso de ilustração comece logo. No sábado passado comprei os meus materiais e ganhei um presente bem legal da Joana. Pude sentir na pele novamente, como é carregar uma pasta A3 a tira colo o tempo todo. E na chuva!

Em relação ao meu plano stalker, eu meio que estacionei. Acho que é melhor eu dar um tempo nessa loucura toda, é bem aquela coisa: o que você deseja, você consegue. E eu não tenho tanta certeza assim se eu quero. Eu quero, mas não quero. Esse é o Vinícius que eu conheço! Enfim...sei lá. Talvez eu faça alguma coisa nesse sentido. Ou não.

Estou há duas semanas sem ir à psicóloga. Isso é um probleminha.

20 de jan. de 2010

Cinza

Não me considero uma pessoa boa, mas também não me considero mau. Talvez eu seja aquilo que quase todo o ser humano é. Bom quando o convém e muito mau quando, igualmente, o convém. Não sou do tipo Madre Teresa de Calcutá, não daria a minha vida por ninguém e penso sempre primeiro em mim. Sempre. Não me subestime, pois não sou tão bondoso e burro assim, não se sinta especial se eu faço alguma coisa por você. Tudo o que faço é para me sentir bem e quando me fazem eu sentir bem, eu ajudo de coração. Raramente faço algo sem querer nada em troca. Costumo agir com bastante crueza quando se trata de sentimentos, mesmo sendo contorcido por milhões de sentimentos por dentro. Prefiro esconder as minhas necessidades, e aquelas que são pouco sentidas eu tento diminuí-las mais ainda. Não ouso subestimar ninguém, pois mesmo eu, que muitos consideram bonzinho e doce, não sou nada do que aparento ser e possivelmente, sou uma das pessoas mais dissimuladas que eu já conheci. Sim, mesmo as pessoas que mais me conhecem não fazem idéia desse meu lado. Você pode estar pensando que isso tudo seja uma falsidade da minha parte. Talvez. Ainda não encontrei a resposta a esse meu jeito de viver. As vezes me considero frio demais, e as vezes me considero excessivo demais. Acredito que eu seja um pouco de tudo. Um mix de sentimentos e pesonalidades, afinal meu signo é gêmeos. O signo mais cheio de mimimis do astral, embora eu tente não acreditar tanto nessas coisas.
Apesar de ter esse lado escuro, digamos assim, posso ser muito melhor do que eu imagino. Isso eu tenho plena consciência, posso me determinar a fazer o que eu quiser, embora eu nunca queira, de fato. Não tenho um bom coração, não sou do tipo que se compadece de outros e raramente me ponho a ajudar alguém, mas ainda assim sempre me coloco no lugar de outros antes de praticar alguma ação. Meio contraditório, mas eu nunca disse que fazia sentido algum. Não tenho a capacidade de amar facilmente, mas tenho o dom de amar, perdoar e assumir meus erros. Se  eu fosse uma cor, com certeza eu seria cinza. O preto que quer ser branco e o branco que quer ser preto. Por vezes a mistura de todas as cores e por outras, a ausência total de cores.

19 de jan. de 2010

Destruição em plena segunda feira

O ócio depois do trabalho sempre é um chamariz para qualquer coisa que surja para se fazer. Ontem não foi diferente. Decidimos ir até o tatuapé comer alguma coisa e beber alguma coisinha. Quando me dei conta, estava sentado numa mesa com uma porção de polenta frita e três litros de chopp na minha frente, tudo dividido por duas pessoas. Dei uma golada do copo de chopp e senti uma pequena fisgada, como se um peixinho tivesse se movido dentro de mim, em decorrência do estômago vazio. Poucos minutos depois e eu estava falando "engrolado". Decidimos ir para a rua (para eu poder fumar) e eu enchi o copo de chopp para poder sair bebendo e não precisar jogar o resto fora. Saí caminhando torto e rindo de tudo que cruzava o meu caminho, o conteúdo do copo formando um rastro por onde eu passava. Descemos até a área externa e começamos a rodar como pião do baú e passamos uns bons minutos rindo da palavra "perua" (que pronunciávamos PIRUA) e quando eu me dei conta, estava sentado numa mesa cheia de gente alegre e eu comecei (do nada) a ser sociável, joguei rodelas de limão na cara de um menino de dezesseis anos que estava na mesa, inventei que a aline era crente de coque (?!), mordi o braço da aline bem forte (ela acabou de me mandar um email dizendo que está machucado), encanei com uma tal de amanda que se apresentou pra gente. A sapatão mais caminhão que eu já vi na minha vida. Depois que ela foi embora, toda as meninas que passavam pela gente eu perguntava: Essa daí que é a amanda?
Enfim, fiquei realmente muito bêbado. Muito mesmo.  Quando me dei conta novamente, eu estava sem camiseta no meio da rua, todo molhado de vômito, e com um monte de sapatão tentando segurar a minha cabeça para vomitar, até que do nada me surge um copo de água com açúcar na minha frente e eu cuspi todinho em cima de mim mesmo, vomitei na calçada, acabei de receber um e-mail da aline dizendo que eu  pedi pra fumar, me deram o cigarro e eu molhei ele com não sei o quê e continuei "fumando" o cigarro apagado, molhado. Fui carregado até o metrô, não me  lembro como e nem por quem. Ocasionalmente eu me jogava no chão e chamava todo mundo de "amanda". Caí na escada rolante e me machuquei todinho, desmaiei na lotação, fui carregado até a minha casa, morrendo de frio. Deitei e fiquei uns trinta minutos olhando para o teto até que tomei coragem e fui, cambaleante até o banheiro e tomei um banho bem meia boca e deitei na cama pelado. Acordei hoje para ir trabalhar, me vesti rapidinho e saí com MUITA dor de cabeça e tontura. Parece que eu levei uma surra. Não, isso não é engraçado e eu me sinto muito envergonhado e com catorze anos.
Porque meu Deus?!
PORQUE?!?!

15 de jan. de 2010

Love is a Battlefield

Acordei de mau humor em plena sexta-feira. Não me perguntem o que aconteceu, porque eu não tenho resposta para isso. Estou com preguiça, irritado, com dor de cabeça e me sentindo feio, carente e gordo.
Acho que eu preciso me apegar em alguma coisa. Alguma coisa palpável, por assim dizer...acho que não faz sentido eu continuar alimentando as minhas fantasias ridículas. Talvez nada daquilo que eu imagino exista. Talvez uma piscadela não significa necessariamente que alguém está afim de você.
Tenho dois lados coabitando o meu cérebro nesse momento. Metade do meu cérebro está ocupado por um ser racional, prático e frio...ele me fala que não existe romance e que ninguém está afim de mim, nem mesmo de fazer sexo comigo. A outra metade me manda, ordena fazer um orkut novo, stalkear até não poder mais, add e fazer amizade e se jogar nos romances modernos.
Ontem eu estava delirando. Literalmente e em todos os sentidos...comecei a falar sobre o meu alvo de romance para a minha amiga e coloquei N situações que eu sei que não irão acontecer, brinquei de agir como se fosse a própria pessoa, fantasiei e cheguei a falar que para isso dar certo eu teria até coragem de rodar na paulista. Ai gente...estou desequilibrado.

E para piorar tudo isso...meu pai descobriu que eu fumo e viu a situação que eu estou vivendo. Vamos lá, eu tinha uma panela de macarrão com carne azeda no fogão, inúmeras louças sujas, umas 20 contas para pagar na mesinha de centro, uim cinzeiro cheio no sofá, uma garrafa vazia de martini na pia, um monte de dvd pornô de quinta categoria espalhados pela sala, roupas pelo chão do meu quarto, um balde cheio de vômito e a dignidade escondida dentro do armário.
Minha vida está uma bagunça e ela foi descoberta.
Acabei de receber um email da minha tia tentando me empurrar pra uma japonesinha do trabalho dela. Ai gente...

Ontem depois que saí do trabalho, encontrei uma galere e fomos para um boteco na consolação. Chegando lá eu pedi um martini (3 reais a doseeee!!!) e bebi. Depois pedi um lanche de frango e comi. Depois não satisfeito pedi um salgado de queijo e presunto (o qual eu usei para bater na cara da mariana) e depois eu peguei o salgado e fiz uma bolona com a mão e enfiei todinho na boca. Depois eu chupei catchup. Direto da bisnaga.
Ok, ontem eu não estava no meu estado normal...quem me conhece sabe muito bem. Logo eu que sou um garoto contido, educado, gentil, amável (tá, nem tanto...), enfim...alguma coisa estava diferente. E eu sei o que é. Tenho visto aquela pessoa quase sempre, e isso tem feito meu humor ir às alturas, meus olhinhos ficam brilhando todos os dias...será que verei essa pessoa hoje? espero que sim.
então que depois de sair desse bar, encontramos mais uma galere e fomos para outro bar...chegando lá eu tomei cerveja. Muita cerveja e fiquei tonto e com tesão por qualquer coisa, desde uma torneira a um copo, por exemplo. Tudo anda muito estranho...será que essa pessoa imagina o poder que tem sobre mim?
Eu tenho certeza que não.

8 de jan. de 2010

Até que a morte os SEPARE!

Tem uma menina aqui no meu trabalho, que há quase um ano e meio, desde que eu comecei a trabalhar nesse lugar, que NÃO PÁRA de falar na porra do casamento dela. Ok, eu aguentei isso por um ano, ininterrupto. Mas agora o casamento dela passou (eu não fiz a mínima questão de ir porque ela é o ser mais detestável que eu já conheci na minha vida inteira. Agora a pouco, por exemplo, eu estava aqui no meu PC quietinho ouvindo The Donnas em um volume não muito alto e nem muito baixo, quando do nada ela chega e abaixa o meu volume sem dizer nada. Eu fiquei parado olhando para o monitor e pensei: vou colocar a minha música mais barulhenta que eu tiver aqui e colocar em um volume um pouco mais alto. Mas aí outro pensamento rebateu a minha mente: Não, não vou fazer isso porque eu sou melhor do que ela (sem dúvida alguma, e olha que eu tenho complexo de inferioridade). Então, mas voltando ao assunto que me levou a postar isso aqui...ela já se casou faz umas duas semanas. E ela parou de falar no casamento? Não! E desconfio secretamente que ela não vai parar de falar nisso nunca mais. Agora há pouco ela estava mostrando (pela centésima vez) as fotos da maldita lua de mel dela. Ai que raiva!!!
Como eu disse, eu não fui à esse casamento. Mas eu dei uma olhada nas fotos (e nos modelitos) e me senti enojado com tamanha pobreza. Não digo pobreza de dinheiro e sim pobreza de idéias. Imagina um casamento com temática batidérrima e com pessoas vestindo roupas cafonas. Homens magros vestindo roupas com dez números a mais do que o ideal, mulheres gordas vestindo vestidos com dez números a menos do que o ideal, com gorduras marcando os culotes e usando sandálias da rede galinha morta. Logo após a cerimonia, que foi ministrada por um cara evangélico que não parou de falar (eu vi o vídeo depois) teve um "jantar". Pelo comentário da galere aqui, foi servido um macarrão de sei lá o quê, que quase ninguém comeu. Ai gente, tudo muito brega. Aposto que a trilha sonora da festa foi "I'm yours" ou alguma coisa da Celine Dion. Ou pior, qualquer pagode romântico que esteja na moda. Detalhe que a maquiagem dela estava tão mal feita que o rosto e o colo tinham cores diferentes.
E eu espero que essa porra de casamento dê certo. E eu só digo isso porque eu sei que a vida é filha da puta e devolve todas as nossas maldições.
Hunf.

O meu casamento vai ser diferente (isso se um dia eu me casar). Vai ter muitas taças de Dry Martini, a trilha da festa vai ser punk rock e eu vou entrar no altar ao som de Maps do meu amado YYY's e eu vou vestir roupa normal. E o buffet só vai ter canapés de frango com azeitona e ou frango com requeijão. E aposto que as pessoas se divertirão muito mais.

Aleatoriedades

Hoje o dia está tão insonso. Perfeito para ficar em casa dormindo. Custei a acordar, isso porque o meu coleguinha aqui do trabalho voltou e consequentemente eu pude dormir mais meia hora. Fiquei até tarde da noite ontem vendo Superpop (muito me admirei que eu ainda me lembrava como se ligava uma televisão). Isso sem contar a faxina dos diabos que eu tive que fazer naquela casa ontem a noite, depois que voltei do trabalho. Estava impossível conviver naquela bagunça, latinhas de cerveja para todo o lado, bolos de poeira nos cantos, TODAS as louças da casa na pia suja, quinhentas embalagens de hamburguer congelado em cima da mesa e da pia e um abacaxi destroçado em jogado no canto. Enfim, estava um pandemônio! Consegui limpar metade, o resto eu limpo hoje quando eu chegar em casa.

Enquanto estava vindo pro trabalho hoje de manhã, eu vi uma pessoa tão linda, mas tão linda que chega doía. Era como uma chicotada na cara, tamanha a beleza. Pois é.

Então, gente alguém me diz...qual é a daquele mion apresentando aquela coisa chamada quinta categoria?! Acho que foi-se o tempo que o Mion era engraçado. O repertório de gracinhas dele está tão ridículo que ele conseguiria fácil fácil uma vaga no zorra total ou na praça é nossa. Ai gente...olhei aquilo e senti desgosto e vergonha alheia.
Cada dia que passa eu confirmo a minha teoria de que TV é desnecessária. A não ser que seja para dar risada.

De repente me bateu uma vontade do inferno de comer um BIFE DE FÍGADO enorme e cheio de cebola. Peguei e vou rodar esse centro de SP atrás de algum lugar que tenha. Mentira, nem vou. Não tenho dinheiro.
Tenho três reais para almoçar. Isso se traduz em dois salgados e um copo de suco da refresqueira.

7 de jan. de 2010

Desprotegido

Eu estava caminhando lentamente, segurando um guarda-chuva e tentando equilibrar a alça da mochila no ombro. Estava com duas amigas conversando sobre qualquer coisa e reparei em uma coisa que me deixou aterrorizado. Eu estava nu. Em plena luz da tarde e com centenas de pessoas indo e vindo. Me senti desprotegido, completamente frágil e louco para me esconder em qualquer canto. Tudo parecia assustador, até a própria luz e os olhares das pessoas.

Me senti assim ontem, não no sentido literal, claro. Eu vestia as mesmas roupas de sempre, caminhei como sempre caminho, com as mesmas companhias...mas alguma coisa estava diferente e fez com que eu me sentisse nu. Eu não faço idéia do que tenha causado isso.

Sei lá...sou estranho as vezes e eu me assusto comigo mesmo.

4 de jan. de 2010

Olhe mais de perto

Trabalho há mais de um ano no mesmo lugar. Passo todos os dias pelos mesmo prédios e como estou sempre apressado nunca reparo em nada ao meu redor. Hoje na hora do almoço reparei em uns prédios que tem algumas árvores brotando entre eles. Achei aquilo lindo, e com certeza daria uma bela fotografia. O prédio caindo aos pedaços, cinza e sujo...e as árvores lindas e cheias de vida, verdinhas.

Muitas vezes não prestamos atenção em coisas simples da vida. Ficamos tanto tempo perdidos em nós mesmos que esquecemos que existe muita coisa bonita no nosso exterior. A beleza está em tantas coisas, implicitamente, só esperando alguém reparar. Você nunca reparou na beleza de uma mãe amamentando um bebê? Ou numa criança sorrindo? Ou na chuva caindo pela janela do metrô? Ou nas luzes que se acendem na cidade, quando escurece? Ou nos cachorrinhos de rua que andam atrás de comida?

Em tudo há beleza.
Só não está explícita para qualquer um.

I Black Metal Reveillon's Party

Graças a Deus as festas de fim de ano se passaram. Essas festas, confesso, não foram traumáticas. Mas ainda assim, não deixam de ser festas de fim de ano. No reveillon, fiz uma festinha em casa. Tinha bastante comida e bastante bebida. Não aproveitei tanto quanto quis porque eu estava a maior parte do tempo tentando segurar a galere para não destruirem o meu sofá, a minha cama, a minha gaveta (teve uma hora que alguém roubou a minha gaveta e eu passei tempos procurando ela pela casa), enfim, tive que tentar conter a galere para não acabar com a minha casa. O dia estava muito quente e abafado, em decorrência disso todos acharam que seria bem divertido tirar as roupas, e quando eu percebi estava no meio de um monte de mulher seminua e um garoto sem camisa. Claro, que eu me mantive vestido. Em alguns momentos até tentei beber algum drinquezinho, mas o diabo não fazia efeito. Eu até estava afim de ficar um pouco bêbado, mas eu estava tão amargurado na minha própria amargura que nem deu barato. Fim de ano sempre é um saco, me faz pensar na vida. Eu estava tão melancólico que todo mundo reparou. Se eu estivesse no meu estado menos triste eu teria tirado a roupa e ficado só de cueca. A comida deu tudo certo, apesar de todos ajudarem a cozinhar e ficarem colocando o bedelho nas panelas, tudo deu certo e ficou delicioso. Ainda assim eu não conseguia ficar feliz. Felicidade era algo distante de mim naquele momento. Eu queria estar com aquela pessoa. Idiota eu sou, pode admitir.

...

Sobrou um monte de frango (o qual eu desfiei e fiz um mexidão depois) e sobrou quase uma caixa de cerveja (a qual bebi algumas antes de sair pro trabalho, hoje de manhã).