Todo mundo sabe que o metrô de São Paulo não é lá grande coisa e que esta cidade anda superlotada por demais. Nada contra quem migra de outra cidade, mas acho que poderia rolar um controle de quem entra. Ou então fabricarem mais anticoncepcionais e fazer uma campanha de marketing mais elaborada com artistas da música pop na TV explicando sobre os riscos de uma gravidez. Ou então as pessoas poderiam utilizar mais bicicleta, patinete e pogobol. Assim, sobraria mais espaço pra mim no metrô e eu não me estrassaria tanto.
Pois bem, vou contar sobre a saga do de volta ao meu lar de ontem. Nunca achei que seria tão difícil voltar para casa. Estava eu no trabalho, belo e folgado (isso era umas 17:30) e quando eu percebo está uma TEMPESTADE, com direito a trovões horríveis e pessoas molhadas dos pés à cabeça. Nem me abalei muito, já que anda chovendo todos os dias e depois de uma hora, invariavelmente, para. Ok, vi que a hora passava e a chuva não cessou. Eu, claro, como até parece que ia dar certo, justamente nesse dia eu estava sem guarda chuva. Eu até poderia ficar paradinho em algum lugar até a chuva passar, mas eu ainda tinha que, urgentemente, passar em uma loja de materiais para desenho e comprar um maldito bloco de sulfite a3 120g!!! Sim, nessa hora eu me desesperei. Aí você pensa: ele poderia ter comprado um guarda chuva de cinco reais e voltar belíssimo para casa. Sim, caro leitor...eu também pensei nisso, mas eu não tinha um puto sequer no bolso, apenas o dinheiro do papel que eu precisava comprar. Estava somente com o cartão de uma conta com saldo negativo. Pensei: fudeu! Mas rapidamente, como num relâmpago me veio na cabeça as palavras escritas em neon: EMPRÉSTIMO PESSOAL! Assim fiz e corri para o banco (que é literalmente do lado daqui) e saquei 20 reais do empréstimo. Comprei um guarda chuva de cinco e um maço de cigarros. Mas como, novamente até parece que ia dar certo, a chuva pára exatamente no momento que eu abro o guarda chuva. Ok, nem me estressei e procurei manter o foco da minha meta do dia: ir até a loja e comprar os meus papéis e voltar rapidinho para casa (ai gente...chega faz dó a inocência de um cidadão, mas enfim...), achei que no máximo as 20:30 eu estaria quietinho, banhado e deitado na minha cama já. Ledo engano, mal sabia eu que a noite só estava começando e muita água ainda iria rolar (literalmente falando). Peguei uma lotação que demorou cerca de 40 minutos o trajeto Trabalho - Rua Augusta (trajeto este que demora cerca de oito minutos em situações comuns) e aproveiter para ler meu livro (escrevo um post falando sobre ele depois...ou não) - o qual foi molhado por uma mulher com o guarda-chuva PINGANDO em cima das minhas páginas. Olhei feio para ela e continuei lendo. Quando chegou o ponto que eu deveria descer, outro sacrifício...tinha aproximadamente 30~40 pessoas amontoadas em pé na lotação, e eu novamente, como até parece que ia dar certo, estava sentado na frente e foi um deus nos acuda para conseguir descer. No meio de um monte de cotoveladas e bolsadas consegui descer, já começando a ficar estrassado. Juro que achei que fosse uma piada da vida, em que o alvo, obviamente era eu. Nervoso demais abri o guarda chuva (tinha voltado a garoar) e acendi um cigarro, todo torto e cheio de coisas nas mãos. Daria uma cena engraçada. Mas enfim, caminhei até a loja e comprei o que tinha para comprar. Até aí tudo bem, até achei que a vida estava sendo legal comigo de novo e fiquei até feliz, momentaneamente. Caminhei novamente até o ponto e fiquei 20 minutos esperando a porra do ônibus. Quando ele chegou, subi e pensei: ufa! deu certo! no fim as coisas sempre dão certo. Outro engano, meu caro leitor, a noite agora sim realmente só estaria começando. Fiquei sentado naquele banco de ônibus com uma velha escontando o ombro no meu. O pior é que ela estava MOLHADA. Tentei manter a calma e continuei sentado lá lendo o meu livro. Quando olhei no relógio, meia hora havia se passado e eu fiquei ali esperando aquele transito diminuir para então poder chegar ao meu doce lar. Quando olhei pro relógio novamente, outra meia hora havia se passado, somando-se assim uma hora dentro do ônibus e cinco metros andados. Me irritei, catei minhas sacolas do chão e desci, pretendo andar á pé até a estação liberdade, que eu acreditava estar tranquila. E de fato estava, o terror tomou conta do meu ser quando eu vi a estação sé. Juro, tinha umas - nem tenho noção, mas imagina o lugar mais cheio que você já viu, então, igual! Tinha grávidas no chão, gente chorando, gente passando mal para tudo que é lado, aquele calorão...Os seguranças não davam conta de tanta gente, colocaram até corrente e tal para segurar a boiada. E a maloqueiragem imperando né? O povo nem gosta dessas coisas, imagina. O povão tudo com celular na mão, com MP10 filmando a cena para vender por 300 reais para televisão depois. Um horror! Parecia a cena de uma guerra. Em determinado momento decidi sentar no chão e ficar lendo meu livro, para então esperar algum vagão com condições decentes para ir para casa. Em vão, porque nem no chão tinha lugar mais. Então decidi comprar uma coca e ficar de pé no cantinho bebendo, já que estava muito calor e eu estava morrendo de sede. Não adiantou nada, porque a fila da conveniência do metrô estava gigantesca. Neste momento mandei o mundo tomar no cu e falei para mim mesmo: Vou pra casa agora, custe o que custar. Entrei na fila para entrar nos vagões (me senti no titanic, nas reservas de bote salva vidas) e depois de quarenta minutos eu estava dentro de um vagão ENTUPIDO. Juro que se alguém peidasse ali, neguinho pulava fora. Depois de um tempinho cheguei à minha estação e desci correndo, meio que empurrando porque tava cheio de gente sem noção tampando a porta e pensei aliviado: agora vai! daqui a quinze ou vinte minutos estarei em casa. Outro engano, para variar. cheguei lá embaixo no terminal da estação e vi uma cena desesperadora. Uma fila quilométrica para conseguir subir na lotação. Mas como sou inteligente furei fila e dez minutos depois eu estava dentro de um transporte, todo espremido com uma velha me encoxando e um menino que não parava de me encarar.
Cheguei em casa esgotado, com calos nos pés (tive que vir de all star hoje), com dor de cabeça, sujo e suado.
E pelo jeito hoje terá replay. Tá caindo o mundo aqui. Amanhã eu conto a continuação da saga, que nem eu sei o desfecho.
Descobrirei daqui a...(deixe me ver o relógio) uma hora e meia, mais ou menos.
ME-DO.
4 de fev. de 2010
3 de fev. de 2010
Primeiro dia de ilustração
Daí que ontem começaram as minhas tão esperadas aulas de ilustração. Vários contratempos para tentar me deixar estressado. Primeiro, pouco antes de sair do trabalho me cai AQUELA chuva do cão, ok...arrumei um guarda chuva velho que alguém largou aqui no trabalho e fui. Chegando no metrô, tive que esperar (juro) SEIS vagões até conseguir subir (apertadíssimamente) e ficar aguentando uma velha crente me encarando o tempo inteiro. Isso sem mencionar que eu estava carregando uma pasta A3 num espaço de 20cm². Complicado, eu sei. Ok, até aí tentei não me abalar. Chegando na minha estação, outro drama para descer, quando tinha 500 pessoas panguando na minha frente. Se tem uma coisa que eu odeio são aquelas pessoas que ficam paradas na porta e travam o corpo para você não conseguir descer. Chegando na estação eu fui atrás da lotação que me deixaria na escola. Achei-a por um acaso e subi, pedindo ao maldito cobrador que me avisasse quando passasse pela rua em questão (porque eu não conheço esse lugar!) e daí que ele NÃO me avisou - preste atenção que neste momento não caía nenhuma gota do céu - mas foi o trabalho de eu descer - três pontos depois por que a porra do cobrador não me avisou o ponto certo e começou a garoar. Odeio garoa, prefiro chuva do que garoa. É literalmente aquela coisa de chove não molha. Andei por uns quinze minutos - tem subida no meio - até chegar no meu local pretendido e aproveitei para fumar um cigarro - já estava atrasado mesmo, foda-se.
Chegando lá a menina da recepção me recebeu calorosamente com um sonoro: Oi! Vinícius!!! Eu achei muito estranho ela ainda lembrar do meu nome, mas enfim...subi na sala e me deparei com duas pessoas. Demorei alguns segundos para processar quem era aluno e quem era professor. O professor é novo, mas o outro aluno era claramente mais novo. Não sei o que eu pensei na hora. Enfim...me sentei em um lugar qualquer e fui informado que eu teria que desenhar um rosto humano e uma casa. Ok, fácil. Desenhei um rosto em estilo mangá (não sei porque, mas me deu vontade) e uma casa em estilo cartum americano..aquelas casas gordinhas sabe?
O professor me perguntou que tipo de ilustração eu gostava e eu respondi que quanto mais nonsense, mais me agradava. Aí ele disse que isso é legal e que eu gosto do conceito das coisas. E eu fiquei todo cheio de mim...sem motivo, claro. hahaha!
mas é que a carência me faz ficar sensível a qualquer comentário sobre a minha pessoa. E porque diabos eu sempre fico nervoso diante de pessoas interessantes?? sempre acabo falando merda. SEMPRE. Ontem mesmo, quando ele me perguntou o endereço do meu blog de ilustrações (deus, que ele não leia isso!), ele simplesmente disse: Qual é seu endereço? E eu respondi o nome da minha rua. Ele riu e eu fiquei pensando o que eu tinha feito de errado e daí me ocorreu a merda que eu tinha falado. Fiquei bem envergonhado e abaixei a cabeça e continuei a desenhar. Fiz vários exercícios, a maioria deles eu já tinha feito na época do design gráfico. Mas foi bem produtivo, pude perceber onde eu posso melhorar no traço e tal. A aula em si passou super rápido e eu o tempo todo tentando parecer uma pessoa legal (odeio primeiros dias de coisas, porque eu sou o tipo de pessoa que quando quero parecer legal, eu preciso realmente me esforçar para isso, as vezes eu fico até com enxaqueca depois, juro!).
Saí de lá e para a minha surpresa o tatuapé estava todo sem energia. Só porque eu estava com fome e pretendia passar em algum lugar para comer.
Apesar de tudo, ontem foi um dia legal. Bem atípico.
Chegando lá a menina da recepção me recebeu calorosamente com um sonoro: Oi! Vinícius!!! Eu achei muito estranho ela ainda lembrar do meu nome, mas enfim...subi na sala e me deparei com duas pessoas. Demorei alguns segundos para processar quem era aluno e quem era professor. O professor é novo, mas o outro aluno era claramente mais novo. Não sei o que eu pensei na hora. Enfim...me sentei em um lugar qualquer e fui informado que eu teria que desenhar um rosto humano e uma casa. Ok, fácil. Desenhei um rosto em estilo mangá (não sei porque, mas me deu vontade) e uma casa em estilo cartum americano..aquelas casas gordinhas sabe?
O professor me perguntou que tipo de ilustração eu gostava e eu respondi que quanto mais nonsense, mais me agradava. Aí ele disse que isso é legal e que eu gosto do conceito das coisas. E eu fiquei todo cheio de mim...sem motivo, claro. hahaha!
mas é que a carência me faz ficar sensível a qualquer comentário sobre a minha pessoa. E porque diabos eu sempre fico nervoso diante de pessoas interessantes?? sempre acabo falando merda. SEMPRE. Ontem mesmo, quando ele me perguntou o endereço do meu blog de ilustrações (deus, que ele não leia isso!), ele simplesmente disse: Qual é seu endereço? E eu respondi o nome da minha rua. Ele riu e eu fiquei pensando o que eu tinha feito de errado e daí me ocorreu a merda que eu tinha falado. Fiquei bem envergonhado e abaixei a cabeça e continuei a desenhar. Fiz vários exercícios, a maioria deles eu já tinha feito na época do design gráfico. Mas foi bem produtivo, pude perceber onde eu posso melhorar no traço e tal. A aula em si passou super rápido e eu o tempo todo tentando parecer uma pessoa legal (odeio primeiros dias de coisas, porque eu sou o tipo de pessoa que quando quero parecer legal, eu preciso realmente me esforçar para isso, as vezes eu fico até com enxaqueca depois, juro!).
Saí de lá e para a minha surpresa o tatuapé estava todo sem energia. Só porque eu estava com fome e pretendia passar em algum lugar para comer.
Apesar de tudo, ontem foi um dia legal. Bem atípico.
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1 de fev. de 2010
Sucesso entre a Terceira Idade
Estou começando a me convencer de que faço sucesso entre o pessoal da terceira idade. Sim, eu sei que isso é triste. Enquanto a terceira idade cai em peso em cima de mim, as pessoas jovens não estão nem aí. No sábado estava voltando para casa, tarde da noite já...quase meia noite. Estava no ponto, esperando o ônibus e reparei que do meu lado estava uma senhora de aproximadamente uns setenta anos, carregando um vaso enorme de flor. Não estava bem-vestida, porém não tinha aspecto de louca e muito menos de mendiga. Reparei também que ela estava me olhando fixamente e sorrindo. Olhei de rabo de olho para ela e retribuí o sorriso. Voltei a direcionar meu olho para a rua, afim de não perder o ônibus e reparei pelo canto dos olhos que ela continuava me olhando e sorrindo. Desta vez olhei diretamente para ela e já ia perguntar o que ela queria me olhando daquele jeito (mentira, nem sou assim) e vi que ela estava piscando pra mim e sorrindo. Não contente, ela colocou a língua para fora no que, suponho eu, seria um gesto obceno. Senti nojo e fiquei completamente constrangido. Não sabia se achava isso bom ou ruim. Lembro-me de naquele dia estar com a síndrome do patinho feio atacada e poderia até fazer bem ao meu ego, mas porra! não precisamos apelar né?
Me lembro também de há uma ou duas semanas atrás, eu estava na paulista esperando uma amiga minha. Sentei na frente da FNAC e peguei um cigarro no bolso. Reparei que tinha um senhor, de aproximadamente uns 80 anos do meu lado que não parava de observar todos os meus movimentos. Quando ele percebeu que eu coloquei o cigarro na boca, tratou rapidamente (muito rápido mesmo!) de me emprestar o isqueiro dele, enquanto eu tateava sobre a minha calça em busca do meu. Aceitei e acendi o meu cigarro. Isso foi a deixa para mais olhares e tentativas de conversa, tais como tempo, cachorro e um monte de banalidade que eu ignorava e respondia monossilabicamente. Fui salvo pelo meu celular tocando e a minha amiga dizendo que estava do outro lado da avenida. Ufa!
Hoje penso que teria me dado bem com o velhote lá...ele era provavelmente um advogado aposentado que possui uma cobertura nos Jardins e eu sou um pobre garoto carente que mora perto das extremidades da cidade. Logo, com certeza eu seria beneficiado por essa brincadeira toda, já que o velhote (pelo jeito) não iria durar mais do que dois ou três anos. Ou não.
Me lembro também de há uma ou duas semanas atrás, eu estava na paulista esperando uma amiga minha. Sentei na frente da FNAC e peguei um cigarro no bolso. Reparei que tinha um senhor, de aproximadamente uns 80 anos do meu lado que não parava de observar todos os meus movimentos. Quando ele percebeu que eu coloquei o cigarro na boca, tratou rapidamente (muito rápido mesmo!) de me emprestar o isqueiro dele, enquanto eu tateava sobre a minha calça em busca do meu. Aceitei e acendi o meu cigarro. Isso foi a deixa para mais olhares e tentativas de conversa, tais como tempo, cachorro e um monte de banalidade que eu ignorava e respondia monossilabicamente. Fui salvo pelo meu celular tocando e a minha amiga dizendo que estava do outro lado da avenida. Ufa!
Hoje penso que teria me dado bem com o velhote lá...ele era provavelmente um advogado aposentado que possui uma cobertura nos Jardins e eu sou um pobre garoto carente que mora perto das extremidades da cidade. Logo, com certeza eu seria beneficiado por essa brincadeira toda, já que o velhote (pelo jeito) não iria durar mais do que dois ou três anos. Ou não.
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28 de jan. de 2010
Final Alternativo: A Ilha Deserta
Eis que a carta dizia assim:
Vai lá fora e abre a caixa que está sobre a maior pedra da ilha.
Fiquei olhando o bilhete por alguns segundos, como se estivesse tentando decifrar alguma coisa pelas entrelinhas. QUase entrei em transe e finalmente me ocorreu ir até essa pedra e a abrir a bendita caixa. Não foi muito difícil localizar a grande pedra, já que ela era realmente gigante. Subi com alguma dificuldade até o topo e consegui visualizar
uma imensa caixa branca com ornamentos dourados, que faiscavam ao reflexo vindo da luz do sol. Rodeei a caixa umas cinco vezes até encontrar uma resposta à tudo aquilo. Claro que não consegui encontrar e abri assim mesmo. Tive que abaixar a cabeça para conseguir enxergar o conteúdo do recipiente. A luz do sol estava ofuscante e eu tive que apertar os olhos, até que consegui captar a imagem de uma bolinha amarela. Sim, uma pequena e felpuda bolinha amarela. Peguei ela do fundo da caixa e percebi que ela emitia um som baixinho, como se fosse uma respiração e possuía duas fendas, uma em cada lado, como se fossem olhinhos fechados. Concluí que se tratava de um ser vivo e cutuquei devagarzinho com o dedo indicador. Ele abriu os olhinhos e ficou me encarando por alguns milésimos de segundos antes de me atacar. Até hoje, depois de ter vindo para o inferno, me pergunto como aquela bolinha de pelúcia amarela medindo cinco centímetros de altura conseguiu engolir o meu corpo?
Portanto, cuidado com o que deseja.
Considerações Finais: O final era para ser mais elaborado, mas me deu preguiça de pensar. Então considerem esse como sendo um final alternativo.
Vai lá fora e abre a caixa que está sobre a maior pedra da ilha.
Fiquei olhando o bilhete por alguns segundos, como se estivesse tentando decifrar alguma coisa pelas entrelinhas. QUase entrei em transe e finalmente me ocorreu ir até essa pedra e a abrir a bendita caixa. Não foi muito difícil localizar a grande pedra, já que ela era realmente gigante. Subi com alguma dificuldade até o topo e consegui visualizar
uma imensa caixa branca com ornamentos dourados, que faiscavam ao reflexo vindo da luz do sol. Rodeei a caixa umas cinco vezes até encontrar uma resposta à tudo aquilo. Claro que não consegui encontrar e abri assim mesmo. Tive que abaixar a cabeça para conseguir enxergar o conteúdo do recipiente. A luz do sol estava ofuscante e eu tive que apertar os olhos, até que consegui captar a imagem de uma bolinha amarela. Sim, uma pequena e felpuda bolinha amarela. Peguei ela do fundo da caixa e percebi que ela emitia um som baixinho, como se fosse uma respiração e possuía duas fendas, uma em cada lado, como se fossem olhinhos fechados. Concluí que se tratava de um ser vivo e cutuquei devagarzinho com o dedo indicador. Ele abriu os olhinhos e ficou me encarando por alguns milésimos de segundos antes de me atacar. Até hoje, depois de ter vindo para o inferno, me pergunto como aquela bolinha de pelúcia amarela medindo cinco centímetros de altura conseguiu engolir o meu corpo?
Portanto, cuidado com o que deseja.
Considerações Finais: O final era para ser mais elaborado, mas me deu preguiça de pensar. Então considerem esse como sendo um final alternativo.
27 de jan. de 2010
A ilha deserta Parte I
Minha vida mudou há exatos dois meses, isso para não dizer que ela foi cessada de vez. Desejei viver em uma ilha deserta, apenas com um PC conectado à internet banda larga e todas as comidas calóricas do mundo. Só. Na verdade, a história não é tão simples assim. Tudo começou numa noite, aparentemente, como qualquer outra. A depressão noturna que me acompanha se fez presente, como sempre. E quando me dei conta estava na cozinha tentando abrir uma garrafa de vinho com os dentes e com os olhos molhados de tanta lágrima. Eu havia levado um fora naquele dia e estava querendo morrer. Profundamente e para nunca mais reencarnar ou qualquer asneira desse tipo. Me irritei com a garrafa e larguei-a lá. Decidi tomar um banho para ver se minha cabeça esfriava um pouco. Ao lado da banheira vi que tinha alguns panfletos de viagem. Tirei a minha roupa, entrei na banheira e fiquei ali imaginando a minha vida em um lugar paradisíaco, sem pessoas desagradáveis (ou melhor, sem pessoas ponto), com toda a mordomia possível. Será que ainda assim eu teria depressão? Pensei nos prós e nos contras, pensei na sobrevivência, pensei em como seriam aquelas coisas todas e acabei adormecendo na banheira de tanto trabalhar o meu órgão pensante.
Acordei no outro dia, logo pela manhã (a julgar pela luz do sol que entrava pelas frestas do meu olho fechado). Tentei me movimentar e percebi que ainda estava na água. Porra! Dormi na banheira, pensei. Abri os olhos, já imaginando a cena ridícula do meu corpo todo enrugado por passar mais de doze horas submerso em uma banheira cheia d'água, mas rapidamente fui tomado por um pânico absurdo quando vi que eu estava deitado em uma orla de praia - lindíssima por sinal - com a água bem rasinha - porém, o suficiente para me molhar. A paisagem era maravilhosa, o clima agradável e não tinha ninguém por perto. Basicamente, o lugar era perfeito para o que eu queria no momento, porém eu não conseguia - por mais que eu forçasse - me lembrar como eu havia chegado até ali. Tentei me lembrar do "antes", mas não houve um antes. Apenas acordei e estava ali. Então forcei a minha memória para a noite anterior e me lembrei da banheira, me lembrei da minha depressão, me lembrei daquela rosto me encarando e dizendo: "Você é muito legal, quero a sua amizade apenas, não gosto quando você confunde as coisas", e como um raio subindo ao céu rapidamente, me veio um pensamento: Eu desejei estar em uma ilha deserta ontem à noite. Respirei fundo. Três vezes. O nervosismo não passou. Comecei a procurar o meu celular, teria que haver algum contato com qualquer coisa que me tirasse dali o mais rápido possível. A minha terapeuta não podia ficar me esperando. O meu trabalho estava todo atrasado e eu deixei o meu gato sem comida! O que eu fazer?! Passei alguns minutos, em vão, procurando o meu celular e desisti. Me conformei e sentei no chão ao lado de um coqueiro. Minha cabeça explodia e eu só queria voltar para o meu mundo. Acabei adormecendo novamente e acordei com alguns barulhos de trovão. Decidi procurar algum lugar decente para poder me abrigar, segui caminhando uma trilha que saía da areia e dava para uma floresta mais para o meio da ilha. Andei pelo que me pareceu uns trinta minutos e consegui avistar uma casa pequena - e bem luxuosa - no meio do nada. Entrei, sem a mínima cerimônia - já não existia pudor algum - e chamei algum possível proprietário daquela pequena construção. Não obtendo resposta, julguei que seria interessante explorar aquela casa. Tinha uma cozinha pequena, toda adornada e com muitos eletrodomésticos de ultima geração - tudo em inox e nada de casas bahia. Mais à esquerda tinha uma despensa enorme e entulhada de "comidas calóricas e não perecíveis" - mais do que depressa furtei uma batata frita. Voltei à sala de entrada e subi a escadinha que dava para o andar de cima. Encontrei um quarto grande e com uma cama enorme, e mais á direita, uma escrivaninha com um envelope estampado com o meu nome - O QUE??? - pensei. Abri, rapidamente e rasgando-o completamente. Eis que a carta dizia assim:
(continua amanhã)
Acordei no outro dia, logo pela manhã (a julgar pela luz do sol que entrava pelas frestas do meu olho fechado). Tentei me movimentar e percebi que ainda estava na água. Porra! Dormi na banheira, pensei. Abri os olhos, já imaginando a cena ridícula do meu corpo todo enrugado por passar mais de doze horas submerso em uma banheira cheia d'água, mas rapidamente fui tomado por um pânico absurdo quando vi que eu estava deitado em uma orla de praia - lindíssima por sinal - com a água bem rasinha - porém, o suficiente para me molhar. A paisagem era maravilhosa, o clima agradável e não tinha ninguém por perto. Basicamente, o lugar era perfeito para o que eu queria no momento, porém eu não conseguia - por mais que eu forçasse - me lembrar como eu havia chegado até ali. Tentei me lembrar do "antes", mas não houve um antes. Apenas acordei e estava ali. Então forcei a minha memória para a noite anterior e me lembrei da banheira, me lembrei da minha depressão, me lembrei daquela rosto me encarando e dizendo: "Você é muito legal, quero a sua amizade apenas, não gosto quando você confunde as coisas", e como um raio subindo ao céu rapidamente, me veio um pensamento: Eu desejei estar em uma ilha deserta ontem à noite. Respirei fundo. Três vezes. O nervosismo não passou. Comecei a procurar o meu celular, teria que haver algum contato com qualquer coisa que me tirasse dali o mais rápido possível. A minha terapeuta não podia ficar me esperando. O meu trabalho estava todo atrasado e eu deixei o meu gato sem comida! O que eu fazer?! Passei alguns minutos, em vão, procurando o meu celular e desisti. Me conformei e sentei no chão ao lado de um coqueiro. Minha cabeça explodia e eu só queria voltar para o meu mundo. Acabei adormecendo novamente e acordei com alguns barulhos de trovão. Decidi procurar algum lugar decente para poder me abrigar, segui caminhando uma trilha que saía da areia e dava para uma floresta mais para o meio da ilha. Andei pelo que me pareceu uns trinta minutos e consegui avistar uma casa pequena - e bem luxuosa - no meio do nada. Entrei, sem a mínima cerimônia - já não existia pudor algum - e chamei algum possível proprietário daquela pequena construção. Não obtendo resposta, julguei que seria interessante explorar aquela casa. Tinha uma cozinha pequena, toda adornada e com muitos eletrodomésticos de ultima geração - tudo em inox e nada de casas bahia. Mais à esquerda tinha uma despensa enorme e entulhada de "comidas calóricas e não perecíveis" - mais do que depressa furtei uma batata frita. Voltei à sala de entrada e subi a escadinha que dava para o andar de cima. Encontrei um quarto grande e com uma cama enorme, e mais á direita, uma escrivaninha com um envelope estampado com o meu nome - O QUE??? - pensei. Abri, rapidamente e rasgando-o completamente. Eis que a carta dizia assim:
(continua amanhã)
Up
Resolvi passar aqui só para dar uma atualizada. Não tem muita coisa acontecendo na minha vida. Na verdade até tem, mas eu ando com tanta preguiça de postar aqui. Só posso dizer que estou completamente ansioso pra que meu curso de ilustração comece logo. No sábado passado comprei os meus materiais e ganhei um presente bem legal da Joana. Pude sentir na pele novamente, como é carregar uma pasta A3 a tira colo o tempo todo. E na chuva!
Em relação ao meu plano stalker, eu meio que estacionei. Acho que é melhor eu dar um tempo nessa loucura toda, é bem aquela coisa: o que você deseja, você consegue. E eu não tenho tanta certeza assim se eu quero. Eu quero, mas não quero. Esse é o Vinícius que eu conheço! Enfim...sei lá. Talvez eu faça alguma coisa nesse sentido. Ou não.
Estou há duas semanas sem ir à psicóloga. Isso é um probleminha.
Em relação ao meu plano stalker, eu meio que estacionei. Acho que é melhor eu dar um tempo nessa loucura toda, é bem aquela coisa: o que você deseja, você consegue. E eu não tenho tanta certeza assim se eu quero. Eu quero, mas não quero. Esse é o Vinícius que eu conheço! Enfim...sei lá. Talvez eu faça alguma coisa nesse sentido. Ou não.
Estou há duas semanas sem ir à psicóloga. Isso é um probleminha.
20 de jan. de 2010
Cinza
Não me considero uma pessoa boa, mas também não me considero mau. Talvez eu seja aquilo que quase todo o ser humano é. Bom quando o convém e muito mau quando, igualmente, o convém. Não sou do tipo Madre Teresa de Calcutá, não daria a minha vida por ninguém e penso sempre primeiro em mim. Sempre. Não me subestime, pois não sou tão bondoso e burro assim, não se sinta especial se eu faço alguma coisa por você. Tudo o que faço é para me sentir bem e quando me fazem eu sentir bem, eu ajudo de coração. Raramente faço algo sem querer nada em troca. Costumo agir com bastante crueza quando se trata de sentimentos, mesmo sendo contorcido por milhões de sentimentos por dentro. Prefiro esconder as minhas necessidades, e aquelas que são pouco sentidas eu tento diminuí-las mais ainda. Não ouso subestimar ninguém, pois mesmo eu, que muitos consideram bonzinho e doce, não sou nada do que aparento ser e possivelmente, sou uma das pessoas mais dissimuladas que eu já conheci. Sim, mesmo as pessoas que mais me conhecem não fazem idéia desse meu lado. Você pode estar pensando que isso tudo seja uma falsidade da minha parte. Talvez. Ainda não encontrei a resposta a esse meu jeito de viver. As vezes me considero frio demais, e as vezes me considero excessivo demais. Acredito que eu seja um pouco de tudo. Um mix de sentimentos e pesonalidades, afinal meu signo é gêmeos. O signo mais cheio de mimimis do astral, embora eu tente não acreditar tanto nessas coisas.
Apesar de ter esse lado escuro, digamos assim, posso ser muito melhor do que eu imagino. Isso eu tenho plena consciência, posso me determinar a fazer o que eu quiser, embora eu nunca queira, de fato. Não tenho um bom coração, não sou do tipo que se compadece de outros e raramente me ponho a ajudar alguém, mas ainda assim sempre me coloco no lugar de outros antes de praticar alguma ação. Meio contraditório, mas eu nunca disse que fazia sentido algum. Não tenho a capacidade de amar facilmente, mas tenho o dom de amar, perdoar e assumir meus erros. Se eu fosse uma cor, com certeza eu seria cinza. O preto que quer ser branco e o branco que quer ser preto. Por vezes a mistura de todas as cores e por outras, a ausência total de cores.
Apesar de ter esse lado escuro, digamos assim, posso ser muito melhor do que eu imagino. Isso eu tenho plena consciência, posso me determinar a fazer o que eu quiser, embora eu nunca queira, de fato. Não tenho um bom coração, não sou do tipo que se compadece de outros e raramente me ponho a ajudar alguém, mas ainda assim sempre me coloco no lugar de outros antes de praticar alguma ação. Meio contraditório, mas eu nunca disse que fazia sentido algum. Não tenho a capacidade de amar facilmente, mas tenho o dom de amar, perdoar e assumir meus erros. Se eu fosse uma cor, com certeza eu seria cinza. O preto que quer ser branco e o branco que quer ser preto. Por vezes a mistura de todas as cores e por outras, a ausência total de cores.
19 de jan. de 2010
Destruição em plena segunda feira
O ócio depois do trabalho sempre é um chamariz para qualquer coisa que surja para se fazer. Ontem não foi diferente. Decidimos ir até o tatuapé comer alguma coisa e beber alguma coisinha. Quando me dei conta, estava sentado numa mesa com uma porção de polenta frita e três litros de chopp na minha frente, tudo dividido por duas pessoas. Dei uma golada do copo de chopp e senti uma pequena fisgada, como se um peixinho tivesse se movido dentro de mim, em decorrência do estômago vazio. Poucos minutos depois e eu estava falando "engrolado". Decidimos ir para a rua (para eu poder fumar) e eu enchi o copo de chopp para poder sair bebendo e não precisar jogar o resto fora. Saí caminhando torto e rindo de tudo que cruzava o meu caminho, o conteúdo do copo formando um rastro por onde eu passava. Descemos até a área externa e começamos a rodar como pião do baú e passamos uns bons minutos rindo da palavra "perua" (que pronunciávamos PIRUA) e quando eu me dei conta, estava sentado numa mesa cheia de gente alegre e eu comecei (do nada) a ser sociável, joguei rodelas de limão na cara de um menino de dezesseis anos que estava na mesa, inventei que a aline era crente de coque (?!), mordi o braço da aline bem forte (ela acabou de me mandar um email dizendo que está machucado), encanei com uma tal de amanda que se apresentou pra gente. A sapatão mais caminhão que eu já vi na minha vida. Depois que ela foi embora, toda as meninas que passavam pela gente eu perguntava: Essa daí que é a amanda?
Enfim, fiquei realmente muito bêbado. Muito mesmo. Quando me dei conta novamente, eu estava sem camiseta no meio da rua, todo molhado de vômito, e com um monte de sapatão tentando segurar a minha cabeça para vomitar, até que do nada me surge um copo de água com açúcar na minha frente e eu cuspi todinho em cima de mim mesmo, vomitei na calçada, acabei de receber um e-mail da aline dizendo que eu pedi pra fumar, me deram o cigarro e eu molhei ele com não sei o quê e continuei "fumando" o cigarro apagado, molhado. Fui carregado até o metrô, não me lembro como e nem por quem. Ocasionalmente eu me jogava no chão e chamava todo mundo de "amanda". Caí na escada rolante e me machuquei todinho, desmaiei na lotação, fui carregado até a minha casa, morrendo de frio. Deitei e fiquei uns trinta minutos olhando para o teto até que tomei coragem e fui, cambaleante até o banheiro e tomei um banho bem meia boca e deitei na cama pelado. Acordei hoje para ir trabalhar, me vesti rapidinho e saí com MUITA dor de cabeça e tontura. Parece que eu levei uma surra. Não, isso não é engraçado e eu me sinto muito envergonhado e com catorze anos.
Porque meu Deus?!
PORQUE?!?!
Enfim, fiquei realmente muito bêbado. Muito mesmo. Quando me dei conta novamente, eu estava sem camiseta no meio da rua, todo molhado de vômito, e com um monte de sapatão tentando segurar a minha cabeça para vomitar, até que do nada me surge um copo de água com açúcar na minha frente e eu cuspi todinho em cima de mim mesmo, vomitei na calçada, acabei de receber um e-mail da aline dizendo que eu pedi pra fumar, me deram o cigarro e eu molhei ele com não sei o quê e continuei "fumando" o cigarro apagado, molhado. Fui carregado até o metrô, não me lembro como e nem por quem. Ocasionalmente eu me jogava no chão e chamava todo mundo de "amanda". Caí na escada rolante e me machuquei todinho, desmaiei na lotação, fui carregado até a minha casa, morrendo de frio. Deitei e fiquei uns trinta minutos olhando para o teto até que tomei coragem e fui, cambaleante até o banheiro e tomei um banho bem meia boca e deitei na cama pelado. Acordei hoje para ir trabalhar, me vesti rapidinho e saí com MUITA dor de cabeça e tontura. Parece que eu levei uma surra. Não, isso não é engraçado e eu me sinto muito envergonhado e com catorze anos.
Porque meu Deus?!
PORQUE?!?!
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15 de jan. de 2010
Love is a Battlefield
Acordei de mau humor em plena sexta-feira. Não me perguntem o que aconteceu, porque eu não tenho resposta para isso. Estou com preguiça, irritado, com dor de cabeça e me sentindo feio, carente e gordo.
Acho que eu preciso me apegar em alguma coisa. Alguma coisa palpável, por assim dizer...acho que não faz sentido eu continuar alimentando as minhas fantasias ridículas. Talvez nada daquilo que eu imagino exista. Talvez uma piscadela não significa necessariamente que alguém está afim de você.
Tenho dois lados coabitando o meu cérebro nesse momento. Metade do meu cérebro está ocupado por um ser racional, prático e frio...ele me fala que não existe romance e que ninguém está afim de mim, nem mesmo de fazer sexo comigo. A outra metade me manda, ordena fazer um orkut novo, stalkear até não poder mais, add e fazer amizade e se jogar nos romances modernos.
Ontem eu estava delirando. Literalmente e em todos os sentidos...comecei a falar sobre o meu alvo de romance para a minha amiga e coloquei N situações que eu sei que não irão acontecer, brinquei de agir como se fosse a própria pessoa, fantasiei e cheguei a falar que para isso dar certo eu teria até coragem de rodar na paulista. Ai gente...estou desequilibrado.
E para piorar tudo isso...meu pai descobriu que eu fumo e viu a situação que eu estou vivendo. Vamos lá, eu tinha uma panela de macarrão com carne azeda no fogão, inúmeras louças sujas, umas 20 contas para pagar na mesinha de centro, uim cinzeiro cheio no sofá, uma garrafa vazia de martini na pia, um monte de dvd pornô de quinta categoria espalhados pela sala, roupas pelo chão do meu quarto, um balde cheio de vômito e a dignidade escondida dentro do armário.
Minha vida está uma bagunça e ela foi descoberta.
Acabei de receber um email da minha tia tentando me empurrar pra uma japonesinha do trabalho dela. Ai gente...
Ontem depois que saí do trabalho, encontrei uma galere e fomos para um boteco na consolação. Chegando lá eu pedi um martini (3 reais a doseeee!!!) e bebi. Depois pedi um lanche de frango e comi. Depois não satisfeito pedi um salgado de queijo e presunto (o qual eu usei para bater na cara da mariana) e depois eu peguei o salgado e fiz uma bolona com a mão e enfiei todinho na boca. Depois eu chupei catchup. Direto da bisnaga.
Ok, ontem eu não estava no meu estado normal...quem me conhece sabe muito bem. Logo eu que sou um garoto contido, educado, gentil, amável (tá, nem tanto...), enfim...alguma coisa estava diferente. E eu sei o que é. Tenho visto aquela pessoa quase sempre, e isso tem feito meu humor ir às alturas, meus olhinhos ficam brilhando todos os dias...será que verei essa pessoa hoje? espero que sim.
então que depois de sair desse bar, encontramos mais uma galere e fomos para outro bar...chegando lá eu tomei cerveja. Muita cerveja e fiquei tonto e com tesão por qualquer coisa, desde uma torneira a um copo, por exemplo. Tudo anda muito estranho...será que essa pessoa imagina o poder que tem sobre mim?
Eu tenho certeza que não.
Acho que eu preciso me apegar em alguma coisa. Alguma coisa palpável, por assim dizer...acho que não faz sentido eu continuar alimentando as minhas fantasias ridículas. Talvez nada daquilo que eu imagino exista. Talvez uma piscadela não significa necessariamente que alguém está afim de você.
Tenho dois lados coabitando o meu cérebro nesse momento. Metade do meu cérebro está ocupado por um ser racional, prático e frio...ele me fala que não existe romance e que ninguém está afim de mim, nem mesmo de fazer sexo comigo. A outra metade me manda, ordena fazer um orkut novo, stalkear até não poder mais, add e fazer amizade e se jogar nos romances modernos.
Ontem eu estava delirando. Literalmente e em todos os sentidos...comecei a falar sobre o meu alvo de romance para a minha amiga e coloquei N situações que eu sei que não irão acontecer, brinquei de agir como se fosse a própria pessoa, fantasiei e cheguei a falar que para isso dar certo eu teria até coragem de rodar na paulista. Ai gente...estou desequilibrado.
E para piorar tudo isso...meu pai descobriu que eu fumo e viu a situação que eu estou vivendo. Vamos lá, eu tinha uma panela de macarrão com carne azeda no fogão, inúmeras louças sujas, umas 20 contas para pagar na mesinha de centro, uim cinzeiro cheio no sofá, uma garrafa vazia de martini na pia, um monte de dvd pornô de quinta categoria espalhados pela sala, roupas pelo chão do meu quarto, um balde cheio de vômito e a dignidade escondida dentro do armário.
Minha vida está uma bagunça e ela foi descoberta.
Acabei de receber um email da minha tia tentando me empurrar pra uma japonesinha do trabalho dela. Ai gente...
Ontem depois que saí do trabalho, encontrei uma galere e fomos para um boteco na consolação. Chegando lá eu pedi um martini (3 reais a doseeee!!!) e bebi. Depois pedi um lanche de frango e comi. Depois não satisfeito pedi um salgado de queijo e presunto (o qual eu usei para bater na cara da mariana) e depois eu peguei o salgado e fiz uma bolona com a mão e enfiei todinho na boca. Depois eu chupei catchup. Direto da bisnaga.
Ok, ontem eu não estava no meu estado normal...quem me conhece sabe muito bem. Logo eu que sou um garoto contido, educado, gentil, amável (tá, nem tanto...), enfim...alguma coisa estava diferente. E eu sei o que é. Tenho visto aquela pessoa quase sempre, e isso tem feito meu humor ir às alturas, meus olhinhos ficam brilhando todos os dias...será que verei essa pessoa hoje? espero que sim.
então que depois de sair desse bar, encontramos mais uma galere e fomos para outro bar...chegando lá eu tomei cerveja. Muita cerveja e fiquei tonto e com tesão por qualquer coisa, desde uma torneira a um copo, por exemplo. Tudo anda muito estranho...será que essa pessoa imagina o poder que tem sobre mim?
Eu tenho certeza que não.
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8 de jan. de 2010
Até que a morte os SEPARE!
Tem uma menina aqui no meu trabalho, que há quase um ano e meio, desde que eu comecei a trabalhar nesse lugar, que NÃO PÁRA de falar na porra do casamento dela. Ok, eu aguentei isso por um ano, ininterrupto. Mas agora o casamento dela passou (eu não fiz a mínima questão de ir porque ela é o ser mais detestável que eu já conheci na minha vida inteira. Agora a pouco, por exemplo, eu estava aqui no meu PC quietinho ouvindo The Donnas em um volume não muito alto e nem muito baixo, quando do nada ela chega e abaixa o meu volume sem dizer nada. Eu fiquei parado olhando para o monitor e pensei: vou colocar a minha música mais barulhenta que eu tiver aqui e colocar em um volume um pouco mais alto. Mas aí outro pensamento rebateu a minha mente: Não, não vou fazer isso porque eu sou melhor do que ela (sem dúvida alguma, e olha que eu tenho complexo de inferioridade). Então, mas voltando ao assunto que me levou a postar isso aqui...ela já se casou faz umas duas semanas. E ela parou de falar no casamento? Não! E desconfio secretamente que ela não vai parar de falar nisso nunca mais. Agora há pouco ela estava mostrando (pela centésima vez) as fotos da maldita lua de mel dela. Ai que raiva!!!
Como eu disse, eu não fui à esse casamento. Mas eu dei uma olhada nas fotos (e nos modelitos) e me senti enojado com tamanha pobreza. Não digo pobreza de dinheiro e sim pobreza de idéias. Imagina um casamento com temática batidérrima e com pessoas vestindo roupas cafonas. Homens magros vestindo roupas com dez números a mais do que o ideal, mulheres gordas vestindo vestidos com dez números a menos do que o ideal, com gorduras marcando os culotes e usando sandálias da rede galinha morta. Logo após a cerimonia, que foi ministrada por um cara evangélico que não parou de falar (eu vi o vídeo depois) teve um "jantar". Pelo comentário da galere aqui, foi servido um macarrão de sei lá o quê, que quase ninguém comeu. Ai gente, tudo muito brega. Aposto que a trilha sonora da festa foi "I'm yours" ou alguma coisa da Celine Dion. Ou pior, qualquer pagode romântico que esteja na moda. Detalhe que a maquiagem dela estava tão mal feita que o rosto e o colo tinham cores diferentes.
E eu espero que essa porra de casamento dê certo. E eu só digo isso porque eu sei que a vida é filha da puta e devolve todas as nossas maldições.
Hunf.
O meu casamento vai ser diferente (isso se um dia eu me casar). Vai ter muitas taças de Dry Martini, a trilha da festa vai ser punk rock e eu vou entrar no altar ao som de Maps do meu amado YYY's e eu vou vestir roupa normal. E o buffet só vai ter canapés de frango com azeitona e ou frango com requeijão. E aposto que as pessoas se divertirão muito mais.
Como eu disse, eu não fui à esse casamento. Mas eu dei uma olhada nas fotos (e nos modelitos) e me senti enojado com tamanha pobreza. Não digo pobreza de dinheiro e sim pobreza de idéias. Imagina um casamento com temática batidérrima e com pessoas vestindo roupas cafonas. Homens magros vestindo roupas com dez números a mais do que o ideal, mulheres gordas vestindo vestidos com dez números a menos do que o ideal, com gorduras marcando os culotes e usando sandálias da rede galinha morta. Logo após a cerimonia, que foi ministrada por um cara evangélico que não parou de falar (eu vi o vídeo depois) teve um "jantar". Pelo comentário da galere aqui, foi servido um macarrão de sei lá o quê, que quase ninguém comeu. Ai gente, tudo muito brega. Aposto que a trilha sonora da festa foi "I'm yours" ou alguma coisa da Celine Dion. Ou pior, qualquer pagode romântico que esteja na moda. Detalhe que a maquiagem dela estava tão mal feita que o rosto e o colo tinham cores diferentes.
E eu espero que essa porra de casamento dê certo. E eu só digo isso porque eu sei que a vida é filha da puta e devolve todas as nossas maldições.
Hunf.
O meu casamento vai ser diferente (isso se um dia eu me casar). Vai ter muitas taças de Dry Martini, a trilha da festa vai ser punk rock e eu vou entrar no altar ao som de Maps do meu amado YYY's e eu vou vestir roupa normal. E o buffet só vai ter canapés de frango com azeitona e ou frango com requeijão. E aposto que as pessoas se divertirão muito mais.
Aleatoriedades
Hoje o dia está tão insonso. Perfeito para ficar em casa dormindo. Custei a acordar, isso porque o meu coleguinha aqui do trabalho voltou e consequentemente eu pude dormir mais meia hora. Fiquei até tarde da noite ontem vendo Superpop (muito me admirei que eu ainda me lembrava como se ligava uma televisão). Isso sem contar a faxina dos diabos que eu tive que fazer naquela casa ontem a noite, depois que voltei do trabalho. Estava impossível conviver naquela bagunça, latinhas de cerveja para todo o lado, bolos de poeira nos cantos, TODAS as louças da casa na pia suja, quinhentas embalagens de hamburguer congelado em cima da mesa e da pia e um abacaxi destroçado em jogado no canto. Enfim, estava um pandemônio! Consegui limpar metade, o resto eu limpo hoje quando eu chegar em casa.
Enquanto estava vindo pro trabalho hoje de manhã, eu vi uma pessoa tão linda, mas tão linda que chega doía. Era como uma chicotada na cara, tamanha a beleza. Pois é.
Então, gente alguém me diz...qual é a daquele mion apresentando aquela coisa chamada quinta categoria?! Acho que foi-se o tempo que o Mion era engraçado. O repertório de gracinhas dele está tão ridículo que ele conseguiria fácil fácil uma vaga no zorra total ou na praça é nossa. Ai gente...olhei aquilo e senti desgosto e vergonha alheia.
Cada dia que passa eu confirmo a minha teoria de que TV é desnecessária. A não ser que seja para dar risada.
De repente me bateu uma vontade do inferno de comer um BIFE DE FÍGADO enorme e cheio de cebola. Peguei e vou rodar esse centro de SP atrás de algum lugar que tenha. Mentira, nem vou. Não tenho dinheiro.
Tenho três reais para almoçar. Isso se traduz em dois salgados e um copo de suco da refresqueira.
Enquanto estava vindo pro trabalho hoje de manhã, eu vi uma pessoa tão linda, mas tão linda que chega doía. Era como uma chicotada na cara, tamanha a beleza. Pois é.
Então, gente alguém me diz...qual é a daquele mion apresentando aquela coisa chamada quinta categoria?! Acho que foi-se o tempo que o Mion era engraçado. O repertório de gracinhas dele está tão ridículo que ele conseguiria fácil fácil uma vaga no zorra total ou na praça é nossa. Ai gente...olhei aquilo e senti desgosto e vergonha alheia.
Cada dia que passa eu confirmo a minha teoria de que TV é desnecessária. A não ser que seja para dar risada.
De repente me bateu uma vontade do inferno de comer um BIFE DE FÍGADO enorme e cheio de cebola. Peguei e vou rodar esse centro de SP atrás de algum lugar que tenha. Mentira, nem vou. Não tenho dinheiro.
Tenho três reais para almoçar. Isso se traduz em dois salgados e um copo de suco da refresqueira.
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7 de jan. de 2010
Desprotegido
Eu estava caminhando lentamente, segurando um guarda-chuva e tentando equilibrar a alça da mochila no ombro. Estava com duas amigas conversando sobre qualquer coisa e reparei em uma coisa que me deixou aterrorizado. Eu estava nu. Em plena luz da tarde e com centenas de pessoas indo e vindo. Me senti desprotegido, completamente frágil e louco para me esconder em qualquer canto. Tudo parecia assustador, até a própria luz e os olhares das pessoas.
Me senti assim ontem, não no sentido literal, claro. Eu vestia as mesmas roupas de sempre, caminhei como sempre caminho, com as mesmas companhias...mas alguma coisa estava diferente e fez com que eu me sentisse nu. Eu não faço idéia do que tenha causado isso.
Sei lá...sou estranho as vezes e eu me assusto comigo mesmo.
Me senti assim ontem, não no sentido literal, claro. Eu vestia as mesmas roupas de sempre, caminhei como sempre caminho, com as mesmas companhias...mas alguma coisa estava diferente e fez com que eu me sentisse nu. Eu não faço idéia do que tenha causado isso.
Sei lá...sou estranho as vezes e eu me assusto comigo mesmo.
4 de jan. de 2010
Olhe mais de perto
Trabalho há mais de um ano no mesmo lugar. Passo todos os dias pelos mesmo prédios e como estou sempre apressado nunca reparo em nada ao meu redor. Hoje na hora do almoço reparei em uns prédios que tem algumas árvores brotando entre eles. Achei aquilo lindo, e com certeza daria uma bela fotografia. O prédio caindo aos pedaços, cinza e sujo...e as árvores lindas e cheias de vida, verdinhas.
Muitas vezes não prestamos atenção em coisas simples da vida. Ficamos tanto tempo perdidos em nós mesmos que esquecemos que existe muita coisa bonita no nosso exterior. A beleza está em tantas coisas, implicitamente, só esperando alguém reparar. Você nunca reparou na beleza de uma mãe amamentando um bebê? Ou numa criança sorrindo? Ou na chuva caindo pela janela do metrô? Ou nas luzes que se acendem na cidade, quando escurece? Ou nos cachorrinhos de rua que andam atrás de comida?
Em tudo há beleza.
Só não está explícita para qualquer um.
Muitas vezes não prestamos atenção em coisas simples da vida. Ficamos tanto tempo perdidos em nós mesmos que esquecemos que existe muita coisa bonita no nosso exterior. A beleza está em tantas coisas, implicitamente, só esperando alguém reparar. Você nunca reparou na beleza de uma mãe amamentando um bebê? Ou numa criança sorrindo? Ou na chuva caindo pela janela do metrô? Ou nas luzes que se acendem na cidade, quando escurece? Ou nos cachorrinhos de rua que andam atrás de comida?
Em tudo há beleza.
Só não está explícita para qualquer um.
I Black Metal Reveillon's Party
Graças a Deus as festas de fim de ano se passaram. Essas festas, confesso, não foram traumáticas. Mas ainda assim, não deixam de ser festas de fim de ano. No reveillon, fiz uma festinha em casa. Tinha bastante comida e bastante bebida. Não aproveitei tanto quanto quis porque eu estava a maior parte do tempo tentando segurar a galere para não destruirem o meu sofá, a minha cama, a minha gaveta (teve uma hora que alguém roubou a minha gaveta e eu passei tempos procurando ela pela casa), enfim, tive que tentar conter a galere para não acabar com a minha casa. O dia estava muito quente e abafado, em decorrência disso todos acharam que seria bem divertido tirar as roupas, e quando eu percebi estava no meio de um monte de mulher seminua e um garoto sem camisa. Claro, que eu me mantive vestido. Em alguns momentos até tentei beber algum drinquezinho, mas o diabo não fazia efeito. Eu até estava afim de ficar um pouco bêbado, mas eu estava tão amargurado na minha própria amargura que nem deu barato. Fim de ano sempre é um saco, me faz pensar na vida. Eu estava tão melancólico que todo mundo reparou. Se eu estivesse no meu estado menos triste eu teria tirado a roupa e ficado só de cueca. A comida deu tudo certo, apesar de todos ajudarem a cozinhar e ficarem colocando o bedelho nas panelas, tudo deu certo e ficou delicioso. Ainda assim eu não conseguia ficar feliz. Felicidade era algo distante de mim naquele momento. Eu queria estar com aquela pessoa. Idiota eu sou, pode admitir.
...
Sobrou um monte de frango (o qual eu desfiei e fiz um mexidão depois) e sobrou quase uma caixa de cerveja (a qual bebi algumas antes de sair pro trabalho, hoje de manhã).
...
Sobrou um monte de frango (o qual eu desfiei e fiz um mexidão depois) e sobrou quase uma caixa de cerveja (a qual bebi algumas antes de sair pro trabalho, hoje de manhã).
30 de dez. de 2009
Que venha 2010!!!
Por mais clichê que isso possa ser, eu ainda assim decidi fazer um balanço do ano. Todo ano é a mesma coisa. Acaba uma curva e começa outra, logo em seguida, para assim dar continuidade ao ciclo. Traçamos nossas metas, acreditamos cegamente nelas por um certo tempo e depois esquecemos, chegando ao fim do ano e olhando em volta, se perguntando onde estavam os resultados.
Não vou prometer nada em relação às minhas metas e não irei compartilhá-las com muita gente. Vou apenas fazer aquilo que eu acho que devo fazer, aquilo que irá me deixar bem e que contribuirá comigo, de alguma forma. Felizmente, não tenho pessoas à cortar da meu convivío social. Estou numa fase boa, em que todos os meus amigos me correspondem, de alguma maneira.
Minha vida sentimental esse ano foi completamente atormentada. Quando eu mesmo não a atormentava, faziam isso por mim. Tive decepções amorosas esse ano. A primeira fui eu quem cagou. A segunda cagaram por mim. Perdi muito tempo me recuperando de ambas. Mais um ano se passou e eu não encontrei ainda o amor da minha vida - se é que isso ainda existe. Encontrei três pessoas que eu acreditei serem. Um, mesmo que fosse, eu não queria que acreditar que realmente fosse. O outro eu ainda não sei se realmente era o amor da minha vida, não consegui decifrar. E o ultimo, definitivamente não era, na verdade não passa de um nojento que merece ficar no patamar mais baixo de romantismos. Não sei se quero ficar muito tempo sozinho. Acho que o meu ego diminuto não vai permitir, mas também não vou sair procurando e me oferecendo a ninguém. Não sou um pedaço de carne em exposição.
Crescimento profissional não foi a tag desse ano, com certeza. Pra esse ano que vai entrar eu quero algo a mais. Quero andar, nem que seja 5cm, pra frente de onde estou agora. Não quero me conformar com esse emprego chato. Quero algo a altura do meu talento e à altura do que eu preciso. Aqui já não está sendo mais suficiente para aquilo que eu anseio.
Apesar de tudo o que me aconteceu, esse ano foi o mais próspero que já tive. Não dependi do dinheiro de ninguém e consegui me manter, na medida do possível. Fiz dívidas altas, porém consegui pagar todas elas sem atrasos. Comprei bastante porcaria, gastei muito dinheiro em motel (com quem não valia a pena, óbvio, até parece que ia dar certo). Gastei muita grana com comida, consegui sustentar o meu vício por cigarro e em nenhuma vez fiquei sem cigarros por falta de dinheiro. O meu saldo no banco nunca durou por muito tempo, mas eu sempre consegui fazer tudo o que eu quis com a grana.
O meu eu mudou bastante nesse ano. Acho que amadureci mais um pouquinho. Fiquei mais amargo e descrente de seres humanos. Peguei nojo de algumas pessoas (nojo no sentido mais literal da palavra mesmo, alguém que faz sexo com cinco pessoas ao meu ver é nojento). Me tornei bem mais tolerante com a minha família. Fiquei mais agressivo contra mim mesmo, fui muito cruel com o meu corpo, mas ainda assim não cheguei ao extremo que eu já fui.
Comecei a frequentar a terapeuta. Ela me disse coisas sobre a minha vida que nem eu mesmo havia pensado. É doloroso ver que estranhos conseguem decifrar a sua vida toda em poucos meses. Não emagreci o quanto quis. Não cortei mais os meus braços, fumei mais, muito mais. Fiz uma tatuagem nova, um origami que simboliza a esperança. Dizem que se você fize mil tsurus o seu sonho é realizado. Passei um mês inteirinho ansioso por um show que não aconteceu. Enfim...2009 foi um ano bastante agitado, isso não significa que tenha sido um ano bom. Pensando bem, não foi um ano bom. Se eu resolvesse colocar as minhas atitudes numa balança e também os fatos desse ano, com certeza eu poderia tirar como base e julgar 2009 como um ano ruim. Poderia ser pior. E próximo pode ser melhor. Certas coisas não fogem das minhas mãos e cabe a mim decidir se será 2010 um ano tão ruim ou melhor do que foi 2009.
Desejo a todos um ótimo ano novo. Que todos possam fazer aquilo que tiverem vontade, que bebam o quanto aguentarem, esqueçam as mágoas passadas, perdoem algumas pessoas que merecem, vinguem-se dos filhos da puta, beijem bastante e tenham uma festa regada a sexo, álcool, cigarro e rock'n'roll.
Agradecimentos 2009 á:
Aline, sem ela as compulsões jamais seriam divertidas.
Mariana, por me provar que amizades ligeiramente adormecidas, podem sim voltar a ser o que era antes.
Priscilla, por sempre me fazer rir e compartilhar o gosto musical comigo.
Joana, por sempre estar por perto e por ser a única garota que eu me casaria/namoraria no mundo inteiro.
Fê, por ser como uma segunda mãe para mim.
Paula, por ser a única a fazer dancinhas absurdas na balada comigo.
Marina, por me entender sempre e por ser minha namorada de mentirinha.
Babi, por vir me visitar no trabalho ocasionalmente e panguar comigo na paulista.
Gustavo Oficial, por ficar do meu lado e lutar por mim o tempo que foi necessário.
Fábio, por ser o melhor de todos em 2009 e por ter aguentado tanta cachorrada minha.
Everton, por ter carro.
Gustavo Não-Oficial, por fazer meu ego crescer e me ajudar, mesmo sem saber que está me ajudando.
Marcos Japa, por fazer eu me sentir como um garoto de programa todas as vezes que nos vimos.
Danilo, por fazer eu ver que não posso confiar em qualquer um.
Leandro, por estar do meu lado quando eu apanhei bêbado.
Denis Cristhian, por ser meu mais novo amiguinho.
Minha mãe, por ainda conseguir manter o pouquinho de sanidade que eu tenho.
Minha irmã Fernanda, por ser minha grande amiga.
Meu pai, por...sei lá.
Espero não ter esquecido de ninguém marcante e espero estarmos todos juntos novamente em 2010 (exceto algumas poucas pessoas que eu não faço a mínima questão).
Feliz 2010!!!
29 de dez. de 2009
Praguelist
Fuxicando na internet, eu encontrei esse questionário-playlist. Roubei mesmo e senti vontade de responder. Então lá vai:
Uma música que...
Me faz feliz: Merry Happy (Kate Nash)
Me faz lembrar de um amigo(a): Miles Away (Yeah Yeah Yeahs)

Me entristece: Doll Parts (Hole)

Me alegra: All I want is you (Barry Louis Polisar)

Me faz querer fazer amor: Ring of fire (Johnny Cash)

Diz muito sobre mim: Blackbird (The Beatles)

Me faz lembrar alguém significante: Fluorescent Adolescent (Arctic Monkeys)

Não gostaria de ouvir de novo: Light My Fire (bah!)

Tocaria no meu casamento: Dearest (Buddy Holly)

Tocaria no meu funeral: Breathe Me (Sia)

Faz meus amigos lembrarem de mim: Qualquer coisa do Yeah Yeah Yeahs ou Arctic Monkeys

Gostava, mas agora nem tanto: Sheena is a punk rocker (Ramones)

Não admito que eu gosto: Love is a Battlefield (Pat Benatar)
Faria tudo para ouvi-la num show: Qualquer coisa que a Karen O. gritar

Me faz lembrar minha infância: Cowboy Fora da Lei (Raul Seixas)

Parece com a minha adolescência: Louie (Ida Maria)

Muitas pessoas gostam, mas eu não: Metallica

Gosto da letra: One Beat (Sleater Kinney)

É melhor quando tocada no carro: Are you gonna be my girl? (Jet)

Gostaria de acordar com: Mushaboom (Feist)
Gosto, e meus pais também: The Boy With the Thorn in His Side (Smiths)

É melhor ouvida quando está acompanhado: Satisfaction (Rolling Stones)
Foi tema de um dos meus filmes favoritos: Anyone else but you (Juno)

Me faz pensar no sol: Malibu (Hole)
Me faz pensar na noite: Date with the Night (YYY's)

Me faz pensar em sexo: Some velvet Morning (Primal Scream feat. Kate Moss)
Me faz querer estar sozinho: I'm an alcoholic (Dent May and His magnificent Hukulele)
Me faz sorrir: Apple for Evan (Arrah and The Ferns)

Gosto de ouvir em bares: Qualquer coisa do Primal Scream ou Jet

Posso cantar bem: Nada
Uma música que...
Me faz feliz: Merry Happy (Kate Nash)
Me faz lembrar de um amigo(a): Miles Away (Yeah Yeah Yeahs)

Me entristece: Doll Parts (Hole)

Me alegra: All I want is you (Barry Louis Polisar)

Me faz querer fazer amor: Ring of fire (Johnny Cash)

Diz muito sobre mim: Blackbird (The Beatles)

Me faz lembrar alguém significante: Fluorescent Adolescent (Arctic Monkeys)

Escreveria: 22 (Lily Allen)
Não gostaria de ouvir de novo: Light My Fire (bah!)

Tocaria no meu casamento: Dearest (Buddy Holly)

Tocaria no meu funeral: Breathe Me (Sia)

Faz meus amigos lembrarem de mim: Qualquer coisa do Yeah Yeah Yeahs ou Arctic Monkeys

Gostava, mas agora nem tanto: Sheena is a punk rocker (Ramones)

Não admito que eu gosto: Love is a Battlefield (Pat Benatar)
Faria tudo para ouvi-la num show: Qualquer coisa que a Karen O. gritar

Me faz lembrar minha infância: Cowboy Fora da Lei (Raul Seixas)

Parece com a minha adolescência: Louie (Ida Maria)

Muitas pessoas gostam, mas eu não: Metallica

Gosto da letra: One Beat (Sleater Kinney)

É melhor quando tocada no carro: Are you gonna be my girl? (Jet)

Gostaria de acordar com: Mushaboom (Feist)
Gosto, e meus pais também: The Boy With the Thorn in His Side (Smiths)

É melhor ouvida quando está acompanhado: Satisfaction (Rolling Stones)
Foi tema de um dos meus filmes favoritos: Anyone else but you (Juno)

Me faz pensar no sol: Malibu (Hole)
Me faz pensar na noite: Date with the Night (YYY's)

Me faz pensar em sexo: Some velvet Morning (Primal Scream feat. Kate Moss)
Me faz querer estar sozinho: I'm an alcoholic (Dent May and His magnificent Hukulele)
Me faz sorrir: Apple for Evan (Arrah and The Ferns)

Gosto de ouvir em bares: Qualquer coisa do Primal Scream ou Jet

Posso cantar bem: Nada
23 de dez. de 2009
Errante
As vezes me condeno por ser tão bom garoto. Penso que seria muito mais interessante se eu fosse um garoto inconsequente e impulsivo (ainda mais do que eu sou). Poderia pegar a minha mochila, colocar algumas mudas de roupas, juntar qualquer cinquenta reais e sair por aí. Pegar o primeiro ônibus na rodoviária para qualquer lugar e fugir. Fuga. Uma fuga daquilo que eu tanto odeio. Responsabilidades. Eu não teria que prestar contas do que faria ou deixaria de fazer. Teria como companhia, unicamente a minha solidão. Iria comer em qualquer boteco e apenas se eu tivesse dinheiro. Talvez eu viveria mais feliz longe de tudo o que me rodeia nesse instante. As vezes chego, até mesmo, a pensar que seria muito mais fácil se eu juntasse as minhas coisas e fosse morar em outro estado com o meu pai. Começar tudo novamente, como se fosse a primeira vez. Esquecer todas as pessoas que já passaram pela minha vida, esquecer da minha família e de todos os meus medos. Mas a vida real não é assim tão simples. Eu definitivamente abomino esse estilo de vida comum. Não quero um emprego comum, não quero ser comum e não quero rotina. Rejeito isso.
22 de dez. de 2009
Fancy
As vezes me pego fantasiando. Fantasiando coisas que eu sei que não irão acontecer. A carência sempre me pega ao final do dia e eu não sei como evitar. Me pego com o olhar perdido, olhanado para o nada ou encarando, mas sem enxergar, qualquer coisa ou pessoa no metrô lotado, em horário de pico. Olho para a chuva que cai forte lá fora e finjo - e acredito, por alguns instantes - que existe alguém lá na estação me esperando, para me levar de carro para casa, me secar, me dar uma sopa quente e ouvir sobre o meu dia. Eu dou risada quando me lembro que nada disso existe. Eu, como todos os dias, caminharei sozinho até o ônibus lotado da estação e me apertarei ao meio de várias pessoas ansiosas para chegarem em casa e ao chegar não serei recebido alegremente por ninguém e provavelmente comerei algum resto de almoço de dois dias anteriores.
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Lost in Viaduto do Chá
Quando eu caminho, lembranças me perseguem. Não existe nada que me faça pensar mais do que a locomoção em si. Me perco em pensamentos e em coisas que eu mal me lembrava que existia. Hoje eu estava andando no centro e me lembrei do que eu era. Do que eu deixei para trás. Tantas coisas, tantas pessoas, tantos objetos e tantos sonhos. Me perdi e quando eu percebi, estava parado no meio do Viaduto do Chá imaginando o que teria sido de mim se eu tivesse escolhido o outro caminho. Aquele que não é esse que escolhi. Aquele em que eu estaria firme e de pé agora. Ou não.
Virado no cão
Daí que hoje eu estou virado no cão. Eu mataria alguém com a mesma facilidade com que eu escrevo meu próprio nome. Adoraria ver alguém desagradável ou arrumar alguma confusão. Não vejo a hora de sair para almoçar, e a mocinha do restaurante, por engano, me entregar o suco errado e eu poder acabar com a raça dela. Estou no PERIGO! Estou com uma dor de cabeça do cão (bebi saquê ontem), estou com fome, estou me sentindo peitudo-demais-para-um-garoto e estou trabalhando por TRÊS!!! Sim, sem exagero. Recebo e-mails, faço impressões, desenvolvo artes e ainda atendo clientes.
21 de dez. de 2009
Uma menina vestida de princesa e meia dúzia de coxinhas com copos e copos de vinho
Fim de semana em família sempre é uma surpresa. Aniversário infantil com tema das Princesas Disney. E eu lá sentado, olhando as crianças dançarem e se requebrarem até o chão ao som de pagodão. Minha vó estava praguejando de um lado e reclamando do sabor da coxinha.
Eu presenciei a fatídica cena do gordinho no canto, comendo uma coxinha inteira com um só bocado - não, o gordinho não era eu. Mas eu também não fiquei imune a olhares maldosos e o namorado da minha tia me chamou de gordo. Eu até sei o porquê, só porque eu estava me sentindo magro - comprei uma calça 40 que está uns três dedos mais larga do que o meu corpo. Mas tudo bem, hoje eu farei uma desintoxicação que se consiste em tomar somente suco o dia todo. De quebra ainda consigo perder um quilo nessa brincadeira.
Experimentei uma sensação muito gostosa, que eu adoraria poder usufrui-la mais vezes. Estar invisível. As pessoas passavam por mim e simplesmente não reconheciam. Tinha muitas pessoas que eu não via há mais de cinco anos. E eu mudei demais nessa época. Fiquei mais magro, tatuado e furado. E acho que a minha fisionomia mudou também. Ouvi várias exclamações do tipo: Nossa, eu vi você nascer!!! ou - Nossa!!! Você está ótimo, quase não reconheço!!! - Eu guardava um sorrisinho maroto por dentro, quando ouvia essas exclamações maravilhosas.
Fugi três vezes para fumar. Minha tia mora em uma casa em frente à um praça. Aproveitei enquanto estavam todos assistindo a um vídeo de retrospectiva que passaram em um telão (ai gente...) e subi rapidinho no quarto e peguei um cigarro na mochila e corri pra praça. Juro que foi o cigarro mais gostoso da minha vida.
Em certo momento inventaram de abrir um galão de vinho (daqueles de cinco litros) doce e barato. Recebi o apoio de um velho (que enchia o meu copo rapidinho e eu o virava de uma vez, com um gole só, virado para a pia). Isso quando eu não ficava caçando latinha com resto de cerveja (ai gente...chega fez dó). Mas foi legal. Sempre fico com a impressão de encontrar um pedacinho meu que ficou perdido no tempo. Eles me fazem eu lembrar de tudo o que eu quis assassinar por muito tempo da minha vida. Eu.
O domingo foi cheio de excessos novamente. Comi meia panela (daquelas grandes de pressão) de charutinhos de repolho - os quais eu ajudei a fazer. E depois deitei no sofá e fiquei assistindo Eliana. Me lembro de ter acordado depois e estar sentado em um ônibus com o meu celular tocando - era a marina me chamando para cumprir uma missão. Eu estava cheio de muambas até o pescoço - quando vou para a casa da minha vó, ela sempre me enche de tuppawares com coisas gostosas.
Cheguei na rua da minha casa e me deparei com umas mulheres que eu detesto. Tudo fofoqueira. Falei pra minha irmã: Meu, olha o nariz daquela mulher! Parece um bruxa! - Mas a minha intenção era que a mulher não escutasse. Mas como até parece que ia dar certo, ela escutou e disse: Tô ouvindo viu???
Rimos.
Entrei em casa, tomei banho, comi resto de churrasco (tinha na geladeira) e dormi.
Tudo muito estranho. Muito.
Eu esqueci o que era estar em família. Juro.
E no natal tem mais.
Eu presenciei a fatídica cena do gordinho no canto, comendo uma coxinha inteira com um só bocado - não, o gordinho não era eu. Mas eu também não fiquei imune a olhares maldosos e o namorado da minha tia me chamou de gordo. Eu até sei o porquê, só porque eu estava me sentindo magro - comprei uma calça 40 que está uns três dedos mais larga do que o meu corpo. Mas tudo bem, hoje eu farei uma desintoxicação que se consiste em tomar somente suco o dia todo. De quebra ainda consigo perder um quilo nessa brincadeira.
Experimentei uma sensação muito gostosa, que eu adoraria poder usufrui-la mais vezes. Estar invisível. As pessoas passavam por mim e simplesmente não reconheciam. Tinha muitas pessoas que eu não via há mais de cinco anos. E eu mudei demais nessa época. Fiquei mais magro, tatuado e furado. E acho que a minha fisionomia mudou também. Ouvi várias exclamações do tipo: Nossa, eu vi você nascer!!! ou - Nossa!!! Você está ótimo, quase não reconheço!!! - Eu guardava um sorrisinho maroto por dentro, quando ouvia essas exclamações maravilhosas.
Fugi três vezes para fumar. Minha tia mora em uma casa em frente à um praça. Aproveitei enquanto estavam todos assistindo a um vídeo de retrospectiva que passaram em um telão (ai gente...) e subi rapidinho no quarto e peguei um cigarro na mochila e corri pra praça. Juro que foi o cigarro mais gostoso da minha vida.
Em certo momento inventaram de abrir um galão de vinho (daqueles de cinco litros) doce e barato. Recebi o apoio de um velho (que enchia o meu copo rapidinho e eu o virava de uma vez, com um gole só, virado para a pia). Isso quando eu não ficava caçando latinha com resto de cerveja (ai gente...chega fez dó). Mas foi legal. Sempre fico com a impressão de encontrar um pedacinho meu que ficou perdido no tempo. Eles me fazem eu lembrar de tudo o que eu quis assassinar por muito tempo da minha vida. Eu.
O domingo foi cheio de excessos novamente. Comi meia panela (daquelas grandes de pressão) de charutinhos de repolho - os quais eu ajudei a fazer. E depois deitei no sofá e fiquei assistindo Eliana. Me lembro de ter acordado depois e estar sentado em um ônibus com o meu celular tocando - era a marina me chamando para cumprir uma missão. Eu estava cheio de muambas até o pescoço - quando vou para a casa da minha vó, ela sempre me enche de tuppawares com coisas gostosas.
Cheguei na rua da minha casa e me deparei com umas mulheres que eu detesto. Tudo fofoqueira. Falei pra minha irmã: Meu, olha o nariz daquela mulher! Parece um bruxa! - Mas a minha intenção era que a mulher não escutasse. Mas como até parece que ia dar certo, ela escutou e disse: Tô ouvindo viu???
Rimos.
Entrei em casa, tomei banho, comi resto de churrasco (tinha na geladeira) e dormi.
Tudo muito estranho. Muito.
Eu esqueci o que era estar em família. Juro.
E no natal tem mais.
18 de dez. de 2009
Inferno de fim de ano (todo ano é a mesma coisa)
Visualizei o inferno hoje no almoço. Como? Experimente entrar em uma loja de roupas nessa época de fim de ano. Entrei na loja e já veio um atendente, de alargador, baixinho e careca, tentando me empurrar regatas. Eu disse aquela frase clássica: - Não precisa não, estou apenas dando uma olhadinha. E ele constrangido parava de falar, mas ficava do meu lado. Eu estava me incomodando e a vontade que eu tive foi de mandar ele tomar no cu. Mas como sou um bom garoto e mamãe me deu educação, simplesmente continuei olhando as araras com a minha característica cara amarada. Nao gostei de nada ali. Juro que não é discursinho típico de quem não tem um real no bolso para comprar nenhum botton na loja. Só tinha coisa feia. E o que era bonito era absurdamente caro. É...aí a história muda um pouco. Mas a minha revolta maior é o espaço da loja em si. Muito pequena para muitos vendedores. Não existe necessidade daquilo, gente! Juro, tinha uns vinte vendedores, todos estereotipados e mecânicos. Pareciam robôs. E para piorar, ainda tinha umas cinquenta pessoas amontoadas ali naquele pequeno espaço.
Não consegui permanecer mais do que dez minutos ali. Eu desmaiaria se continuasse de pé ali. Falei tchau um beijo pro vendedor (mentira, eu disse só tchau! obrigado!) e saí sem nem olhar para trás.
Na saída tinha mais uns dez vendedores em fila, te olhando...te julgando.
Não consegui permanecer mais do que dez minutos ali. Eu desmaiaria se continuasse de pé ali. Falei tchau um beijo pro vendedor (mentira, eu disse só tchau! obrigado!) e saí sem nem olhar para trás.
Na saída tinha mais uns dez vendedores em fila, te olhando...te julgando.
16 de dez. de 2009
Desligamento
Cheguei no trabalho e fitei a cadeira vazia por alguns instantes. Logo me veio aquele pensamento na cabeça, ela está atrasada. Mas me lembrei que ela não estava, de fato, atrasada. Ela simplesmente não ocuparia mais aquela cadeira. Eu teria de me acostumar com aquela cadeira vazia, ou talvez imaginar que ela será ocupada por outra pessoa, que não ela. As risadas de cliente não fazem mais sentido e nenhuma piada interna sobre qualquer coisa besta também já não fará mais tanto sentido. Foi embora. Foi convidada a se retirar desta empresa, desligada para sempre.
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10 de dez. de 2009
Amores Suburbanos II
Dois dias depois eu decidi dar início à minha busca. Sabia por onde começar e eu tinha algumas poucas pistas. Sabia que trabalhava em uma grande loja de óculos e mais ou menos em que região. Achei que seria mais fácil, mas me lembrei que essa loja tem uma filial em cada grande shopping. E naquela região existem muitos shoppings.
Saí com uma amiga e procuramos.
Claro que não encontramos.
A busca ainda não acabou.
Por outro lado, sei que se eu finalmente encontrar o lugar, ficarei com cara de idiota e não falarei nada.
Mas é como uma história que ouvi uma vez. A história de dois pombos.
Um deles voou tão longe e a outra nem reparou nele. Mas tudo bem, mesmo sem ser visto ele poderia continuar o dia todo ali admirando em silêncio.
Isso está ficando doentio.
Será que tem a ver com amores de verão?
Saí com uma amiga e procuramos.
Claro que não encontramos.
A busca ainda não acabou.
Por outro lado, sei que se eu finalmente encontrar o lugar, ficarei com cara de idiota e não falarei nada.
Mas é como uma história que ouvi uma vez. A história de dois pombos.
Um deles voou tão longe e a outra nem reparou nele. Mas tudo bem, mesmo sem ser visto ele poderia continuar o dia todo ali admirando em silêncio.
Isso está ficando doentio.
Será que tem a ver com amores de verão?
Amores Suburbanos
Entrei no vagão e a primeira coisa que reparei é que ele estava lá. Sentado e com cara de sono. Suponho que estava acordado há no máximo duas horas. Eu permaneci de pé na porta. O vagão estava relativamente vazio, embora não houvesse sequer um banco livre. Eu vestia verde. Ele vestia azul. Eu já tinha me esquecido do poder que ele exercia sobre mim. Em outros tempos, eu como um adolescente idiota, passava na frente da loja que ele trabalhava só para poder vê-lo. Mesmo que de longe e mesmo sabendo que ele desconhecia completamente a minha existência. Eu continuei ali de pé, inexpressivo. Percebi que ele me olhou e ficou reparando nas minhas tatuagens. Fiquei nervoso. Alguns minutos se passou e o rapaz que estava sentado no banco da frente dele - exatamente na frente - se levantou, e eu mais do que depressa me sentei ali - o que me obrigava a ficar exatamente de frente pra ele e consequentemente, poder olhá-lo melhor. Eu estava nervoso, como sempre fico quando estou perto de alguém interessante. Ele continuou me olhando, disfarçadamente. E eu olhei para ele também, completamente sem graça. Quando chegou na Sé, ele levantou e eu tive intenções de segui-lo. Vi que ele seguiu para o sentido Jabaquara. Eu infelizmente me lembrei que eu ia para o sentido Tucuruvi. Perdi uma chance.
Quando estava dentro do vagão, percebi que eu tinha ido para o sentido Tucuruvi, e não era ali que eu deveria estar. Na verdade era para eu ter seguido sentido Jabaquara e não Tucuruvi como, inicialmente, eu havia pensado.
Não me perdoei por isso e eu poderia ter seguido-o. Droga!
Quando estava dentro do vagão, percebi que eu tinha ido para o sentido Tucuruvi, e não era ali que eu deveria estar. Na verdade era para eu ter seguido sentido Jabaquara e não Tucuruvi como, inicialmente, eu havia pensado.
Não me perdoei por isso e eu poderia ter seguido-o. Droga!
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9 de dez. de 2009
Minhas férias
Bom dia, meus amiguinhos.
Voltei das deliciosas férias e já estou completamente exausto.
Cansa ficar de pé em metrô, atendendo clientes chatos e aguentando sandices alheias.
Como foram as minhas férias? Ah sim, foram proveitosas. Não tanto quanto eu planejei, claro. Nada é como planejo. Mas digo que dormi bastante, descansei horrores e eu já estava ficando cansado de viver descansado. Tem horas que o que você mais quer é ficar deitado na sua cama, curtindo um bom folk relaxante e comendo amoras silvestres. Mas tem horas que isso cansa e você sente que precisa de ocupações rápidas, muitas delas, muito rapidamente. E aí você se pega pintando caixas de madeira, trançando um cordão de cortina, fazendo tatuagens provisórias de caneta bic e inventando pratos ultra-elaborados.
Aconteceram tantas coisas nessas férias que eu tenho até preguiça de contar-lhes. Mas vamos lá:
- Dormi mais de doze horas todos os dias;
- Li três livros (Los Angeles, Melancia, Um Best Seller para chamar de meu);
- Me inscrevi em um curso de ilustração editorial e como até parece que ia dar certo, as aulas já estavam na metade;
- Fui na Starbucks mais de 50 vezes;
- Virei algumas noites na rua (na rua mesmo);
- Comi mais do que eu aguentei, todos os dias;
- Não saí o tanto que eu queria;
- Não gastei meu dinheiro de forma sábia;
- Terminei um relacionamento;
- Fiquei BEM mal;
- Me senti machucado, humilhado, desprezado, rejeitado e incrivelmente gordo;
- Comprei o DVD do yeah yeah yeahs importado que eu tanto queria e fiquei feliz de novo;
- Fiz uma tatuagem nova;
- Apertei os laços de amizade com uma amiga que estava distante;
- Fiz uma nova amiga;
- Fiz a Babi;
- Dancei na funk na frente de um bar;
- Gastei muito mais do que 300 reais só com comida;
- Tive uma recaída forte por uma pessoa do passado e tive que me controlar para não pegar o telefone e jurar amor eterno, tudo isso por causa de uma maldita foto que foi tirada há quase exatamente um ano;
- Fumei mais de 50 maços de cigarro nas férias (eu guardei as caixinhas para poder contar, e isso é fora as que eu joguei no lixo);
- Não engordei (ufa);
- Vi meu pai duas vezes (isso é muito);
- Comprei duas camisetas de presente pra minha irmã;
- Prometi que ia tirar carta de motorista e - claro - que não fiz;
- Prometi pintar o meu quarto - e claro, que não fiz;
- Escrevi uma auto-biográfia, a qual foi descoberta pela minha mãe - que ficou escandalizada com o que leu;
- Comecei a frequentar psicólogo (de novo);
- Fui informado de que tenho depressão e encaminhado a um psiquiatra;
- Estou quase começando a gostar de uma garota (isso é bem estranho);
- Chorei pela primeira vez desde março;
- Não queria ter voltado a trabalhar. Nunca mais.
Voltei das deliciosas férias e já estou completamente exausto.
Cansa ficar de pé em metrô, atendendo clientes chatos e aguentando sandices alheias.
Como foram as minhas férias? Ah sim, foram proveitosas. Não tanto quanto eu planejei, claro. Nada é como planejo. Mas digo que dormi bastante, descansei horrores e eu já estava ficando cansado de viver descansado. Tem horas que o que você mais quer é ficar deitado na sua cama, curtindo um bom folk relaxante e comendo amoras silvestres. Mas tem horas que isso cansa e você sente que precisa de ocupações rápidas, muitas delas, muito rapidamente. E aí você se pega pintando caixas de madeira, trançando um cordão de cortina, fazendo tatuagens provisórias de caneta bic e inventando pratos ultra-elaborados.
Aconteceram tantas coisas nessas férias que eu tenho até preguiça de contar-lhes. Mas vamos lá:
- Dormi mais de doze horas todos os dias;
- Li três livros (Los Angeles, Melancia, Um Best Seller para chamar de meu);
- Me inscrevi em um curso de ilustração editorial e como até parece que ia dar certo, as aulas já estavam na metade;
- Fui na Starbucks mais de 50 vezes;
- Virei algumas noites na rua (na rua mesmo);
- Comi mais do que eu aguentei, todos os dias;
- Não saí o tanto que eu queria;
- Não gastei meu dinheiro de forma sábia;
- Terminei um relacionamento;
- Fiquei BEM mal;
- Me senti machucado, humilhado, desprezado, rejeitado e incrivelmente gordo;
- Comprei o DVD do yeah yeah yeahs importado que eu tanto queria e fiquei feliz de novo;
- Fiz uma tatuagem nova;
- Apertei os laços de amizade com uma amiga que estava distante;
- Fiz uma nova amiga;
- Fiz a Babi;
- Dancei na funk na frente de um bar;
- Gastei muito mais do que 300 reais só com comida;
- Tive uma recaída forte por uma pessoa do passado e tive que me controlar para não pegar o telefone e jurar amor eterno, tudo isso por causa de uma maldita foto que foi tirada há quase exatamente um ano;
- Fumei mais de 50 maços de cigarro nas férias (eu guardei as caixinhas para poder contar, e isso é fora as que eu joguei no lixo);
- Não engordei (ufa);
- Vi meu pai duas vezes (isso é muito);
- Comprei duas camisetas de presente pra minha irmã;
- Prometi que ia tirar carta de motorista e - claro - que não fiz;
- Prometi pintar o meu quarto - e claro, que não fiz;
- Escrevi uma auto-biográfia, a qual foi descoberta pela minha mãe - que ficou escandalizada com o que leu;
- Comecei a frequentar psicólogo (de novo);
- Fui informado de que tenho depressão e encaminhado a um psiquiatra;
- Estou quase começando a gostar de uma garota (isso é bem estranho);
- Chorei pela primeira vez desde março;
- Não queria ter voltado a trabalhar. Nunca mais.
7 de nov. de 2009
Nojento mas é legal
Quando vou em banheiros públicos e encontro resquícios de cocô alheio no vaso sanitário, miro meu pau em cima e mijo até tirar todo o resíduo.
É...acho que eu sou estranho demais.
É...acho que eu sou estranho demais.
Vacation
Gente, estou de férias.
já posso me vizuaizar de bermuda florida, óculos escuros e um drinque (de cor azul) na mão esquerda e um livro (o ensaio sobre a cegueira) na outra mão. Visualizo o horizente litoral, garotas loiras e com peitos enormes dançando em volta e um cacho de uvas em um prato, bem no cantinho.
Ahhh o verão.
já posso me vizuaizar de bermuda florida, óculos escuros e um drinque (de cor azul) na mão esquerda e um livro (o ensaio sobre a cegueira) na outra mão. Visualizo o horizente litoral, garotas loiras e com peitos enormes dançando em volta e um cacho de uvas em um prato, bem no cantinho.
Ahhh o verão.
Auto-compaixão
Hoje me ocorreu uma coisa que, talvez, nunca tivesse me ocorrido. Eu gosto de sofrer. Afirmo isso com todas e tenho até uma teoria para isso. Todos sabem que tenho um ego minúsculo. Desde pequeno sempre tive a tendência e necessitar da aprovação alheia, para tudo. Logo, isso faz todo o sentido. Pessoas tristes são paparicadas, geralmente, e sempre encontram consolo (ui) em outras pessoas. Quando eu estou triste, sempre tenho pelo menos (tá...nem sempre) uma alma viva para ficar próximo de mim. Quando eu estou feliz, ninguém fica do meu lado. mimimi.
Pronto! Quando alguém perguntar quantas síndromes eu tenho, já posso responder que tenho QUATRO!
Auto-destruição, auto-distorção de si mesmo, comer compulsivamente com ou sem compensação depois e agora AUTO-COMPAIXÃO!
êêêê!
Nome bonito...auto-compaixão!
Pronto! Quando alguém perguntar quantas síndromes eu tenho, já posso responder que tenho QUATRO!
Auto-destruição, auto-distorção de si mesmo, comer compulsivamente com ou sem compensação depois e agora AUTO-COMPAIXÃO!
êêêê!
Nome bonito...auto-compaixão!
29 de out. de 2009
Hahahaha!
Adoro quando a vida dá voltas. Ontem como faltei no trabalho (já disse isso antes né?) resolvi que queria comer pastel na feira. E assim o fiz. Enquanto estava em meio as barracas de flores, quando vejo um rosto conhecido. Era a Miriam. A primeira garota por quem me apaixonei na vida. Ela ficou super feliz em me ver e disse que eu estou diferente (posso estar sendo pretencioso, mas juro que senti cobiça em seus olhos). Disse para marcarmos alguma coisa e pediu o número do meu celular. Passei e eis que meia noite me chega uma mensagem dela (Deixo na curiosidade o conteúdo da mesma...hahahaha!).
Repito: Adoro quando a vida dá voltas!
Repito: Adoro quando a vida dá voltas!
CAOS
Faltar no trabalho pode parecer a coisa mais legal do mundo, quando se está nele. Mas não é uma coisa, que digamos ser, compensadora. Gente, é a coisa mais chata do mundo. Passei o dia todo deitado no meu quarto olhando para o teto e lendo um livro besta (que tem me divertido muito e feito eu acordar mais tarde todos os dias, porque sempre acabo lendo-o até de madrugada). Meu quarto está um completo caos. Se eu fosse uma pessoa de fora, eu descreveria meu quarto assim:
"Assim que adentrei o ambiente senti uma sensação de náusea forte. O cômodo de mais ou menos, sete metros quadrados (:) me sufocava. Muita informção perdida em muito pouco espaço. Ao entrar me deparei com fios de eletricidade (video game, uma TV em cima de uma cadeira de sala de jantar, um notebook ultrapassado e um carregador de celular), uma caixa de granola em cima de uma cômoda (ao perguntar ao proprietário do quarto, ele simplesmente deu de ombros e respondeu: "se não minha mãe acaba devorando minha granola"), uns cinco pares de tenis (todos encardidos) amontoados no chão, algumas meias e uma cueca cinza jaziam no chão de imitação de madeira. Algumas roupas espalhavam-se, uma por cima da outra, sobre um móvel com gavetas. Reparei que no canto esquerdo tinha uma panela (com restos de miojo) e um cinzeiro com umas vinte pontas de cigarro velho (sempre esqueço de jogar fora). Mais adiante havia um armário (de guardar bagunça) todo rabiscado com um spray de tinta branca e dois posteres de uma banda chamada yeah yeah yeahs, exatamente iguais um ao outro (um deles tinha uma ponta descolando) e uma porta estava visivelmente solta por uma das extremidades. Na cama descansava um lençol verde claro (para combinar com as paredes) e um edredom azul roial (de muito mal gosto). Isso sem falar no cheiro de cigarro e de poeira (muita poeira). Estou abalado até o presente momento."
Condições sub-humanas.
"Assim que adentrei o ambiente senti uma sensação de náusea forte. O cômodo de mais ou menos, sete metros quadrados (:) me sufocava. Muita informção perdida em muito pouco espaço. Ao entrar me deparei com fios de eletricidade (video game, uma TV em cima de uma cadeira de sala de jantar, um notebook ultrapassado e um carregador de celular), uma caixa de granola em cima de uma cômoda (ao perguntar ao proprietário do quarto, ele simplesmente deu de ombros e respondeu: "se não minha mãe acaba devorando minha granola"), uns cinco pares de tenis (todos encardidos) amontoados no chão, algumas meias e uma cueca cinza jaziam no chão de imitação de madeira. Algumas roupas espalhavam-se, uma por cima da outra, sobre um móvel com gavetas. Reparei que no canto esquerdo tinha uma panela (com restos de miojo) e um cinzeiro com umas vinte pontas de cigarro velho (sempre esqueço de jogar fora). Mais adiante havia um armário (de guardar bagunça) todo rabiscado com um spray de tinta branca e dois posteres de uma banda chamada yeah yeah yeahs, exatamente iguais um ao outro (um deles tinha uma ponta descolando) e uma porta estava visivelmente solta por uma das extremidades. Na cama descansava um lençol verde claro (para combinar com as paredes) e um edredom azul roial (de muito mal gosto). Isso sem falar no cheiro de cigarro e de poeira (muita poeira). Estou abalado até o presente momento."
Condições sub-humanas.
devaneios de uma tarde ociosa
Estou há um bom tempinho sem postar nada aqui. Não gosto de deixar esse blog parado por muito tempo, mas não tem acontecido muitas coisas para serem escritas aqui. Na verdade, isso não significa que as coisas estão na mesma. Tenho entrado em parafuso quase diariamente. Aquela sensação de vazio está voltando a dar as caras na minha, até então, sossegada vida. A cada dia que passa, me dou conta da pessoa amarga que me tornei. Não que isso seja alguma novidade para mim, mas está se tornando insuportável viver dessa forma. Porra! As coisas estão na minha cara e eu ainda insisto em não dar crédito a nada. Eu não sou isso que eu acredito ser e eu sei que tenho a capacidade de me entregar a alguém. Não posso ser tão imbecil a ponto de deixar as coisas sumirem da minha frente. Os diálogos têm se tornado mais hostis, as ligações cada vez mais carregadas de tensão, e as discussões frequentes (uma por semana, em média) têm me deixado com medo. O pior de tudo isso é saber que a culpa é toda minha. Eu já vi esse filme antes e as vezes tenho medo de prosseguir para saber o desfecho. Pura covardia, eu sei. Mas ao mesmo tempo me lembro de como as coisas eram antes, e me lembro de como eu fiquei bem com tudo isso (quando tudo começou eu estava numa situação semelhante a essa que estou, mas eu acho que estava um pouco mais grave...mas enfim...), e com isso eu me encho de esperança para que tudo volte a ser como era antes. É difícil quando você se conhece e sabe que não costuma dar o braço a torcer. A defensiva sempre veio em primeiro lugar. Desprezar antes mesmo de ser desprezado, quando se gosta. Eu sei que isso é esquisito, mas eu estou disposto mais uma vez a tentar lutar contra mim mesmo. Isso é um saco, mas eu gosto da pessoa de verdade, caralho! Não posso largar tudo assim. Na verdade nem sei se eu conseguiria largar assim, sem nem tentar de novo. Não quero deixá-lo ir embora...e as vezes tenho medo de ser tarde demais e quando eu me der conta eu estarei sozinho novamente e longe da pessoa que eu gosto. Tudo começou muito intenso e rápido, ao mesmo tempo que foi lento e no nosso ritmo. Queria ser a melhor pessoa do mundo para você. De verdade. Não pensem que eu estou sendo melodramático ou nada do tipo, é que realmente a questão afetiva na minha vida sempre foi uma área completamente defeituosa. Não quero ser fraco como das outras vezes, em que deixei escapar tudo de minhas mãos.
cansei de escrever essa porra.
cansei de escrever essa porra.
19 de out. de 2009
Mais açúcar
Gosto quando você me dá a mão e me conduz pela avenida mais bonita da cidade. Eu fico observando as luzes dos edifícios, os carros passando, e por fim, olho para o lado e vejo você sorrindo para mim e desfilando como se quisesse me mostrar para o mundo todo e dizer: Este é meu namorado, olhem! As vezes você faz eu me sentir como se eu fosse uma pessoa verdadeiramente especial. E eu me surpreendo quando me pego acreditando que isso é uma verdade. Ainda bem que você não me enxerga como eu me enxergo. hehehe!
16 de out. de 2009
Sim, eu sei que vou pro inferno
Tem uma senhora aqui no centro que todo dia está sentada no mesmo ponto de ônibus, vendendo as mesmas balas. Ela fica sempre sentada na mesma posição, abraçando o pote de doces. Hoje eu fantasiei uma cena muito esdrúxula e que valeria, com certeza, um convite VIP e diretíssimo para o inferno.
Me imaginei nessa situação:
A mulher está sentada. Eu passo na frente, olho pra ela, cismo e falo tranquilamente: - Me dá essas porras dessas balas aqui na minha mão agora, sua vagabunda.
Ela me olha com medo. Eu grunho e dou lhe uma bonita esbofeteada no rosto. Ela chora e enfraquece as mãos, derrubando assim todas as balas. Eu aproveito e pego-as do chão. Junto tudo de volta no pote e puxo uma, abro o pacotinho e chupo-a. Ela continua sentada no ponto olhando eu sair com suas balinhas. O povo me critica, me julga. Mas o que posso fazer?
Me imaginei nessa situação:
A mulher está sentada. Eu passo na frente, olho pra ela, cismo e falo tranquilamente: - Me dá essas porras dessas balas aqui na minha mão agora, sua vagabunda.
Ela me olha com medo. Eu grunho e dou lhe uma bonita esbofeteada no rosto. Ela chora e enfraquece as mãos, derrubando assim todas as balas. Eu aproveito e pego-as do chão. Junto tudo de volta no pote e puxo uma, abro o pacotinho e chupo-a. Ela continua sentada no ponto olhando eu sair com suas balinhas. O povo me critica, me julga. Mas o que posso fazer?
15 de out. de 2009
Já aviso que não tem coisa com coisa escrita aqui
Nada melhor do que uma manhã chuvosa. Sim, eu estou sendo irônico. As pessoas se multiplicam quando o céu está derramando sua aguaceira. O metrô fica muito mais cheio, tudo fica nojento, as pessoas ficam com cabelos molhados e encostam no seu rosto quando você está num metrô LOTADO e meu pé está doendo agora porque tive que encaixar os meus dois pés tamanho 40/41 em um espaço de no máximo 20cm². Difícil né?
O bom disso tudo é que quando está chovendo quase não vem cliente aqui. Quem em sã conciência sai de seu lar e vai andar no centro de São Paulo em dia de chuva pra imprimir meia dúzia de besteira? Eu não conheço. Mentira, pior que conheço sim. Aqui tem vários assim (poderia até citar nomes, mas não sou tão anti-ético assim). Hoje eu só queria ficar aqui quietinho no meu canto, lendo os meus e-books e ninguém me cobrando nada. Mas tudo bem. Está tudo sob controle, apesar da minha amiguinha aqui ter faltado. Aposto que ela ficou até altas horas da manhã farreando e não conseguiu chegar no horário.
Saí da estação LOUCO pra fumar um cigarro. Estava com as mãos ocupadas. Um mochila presa no ombro (só em um ombro), um guarda chuva em outra mão, o maço de cigarros na outra, o isqueiro, o cigarro pendurado na boca e eu nem preciso dizer que tudo foi pro chão né? Numa poça d'água pra piorar a situação. Mas tudo bem. Pelo menos consegui fumar meu cigarro e o melhor de tudo é que nem me atrasei.
Ontem foi um dia bacana gente, preciso contar. Coisa simples mas que fizeram a diferença. Primeiro: Eu vi o meu amorzinho e o sorriso mais lindo desse universo todo e segundo que eu fiquei o dia todo pensando na comida da minha mãe. Em especial, arroz-feijão-carne moída refogada. Cheguei em casa tinha arroz-feijão-carne moída refogada e de quebra ainda tinha uma porção de mandioca frita. Quase levantei mais cedo para comer um prato de comida antes de sair pra trabalhar. Eu preciso parar com esse hábito feio de comer comida logo cedo.
O bom disso tudo é que quando está chovendo quase não vem cliente aqui. Quem em sã conciência sai de seu lar e vai andar no centro de São Paulo em dia de chuva pra imprimir meia dúzia de besteira? Eu não conheço. Mentira, pior que conheço sim. Aqui tem vários assim (poderia até citar nomes, mas não sou tão anti-ético assim). Hoje eu só queria ficar aqui quietinho no meu canto, lendo os meus e-books e ninguém me cobrando nada. Mas tudo bem. Está tudo sob controle, apesar da minha amiguinha aqui ter faltado. Aposto que ela ficou até altas horas da manhã farreando e não conseguiu chegar no horário.
Saí da estação LOUCO pra fumar um cigarro. Estava com as mãos ocupadas. Um mochila presa no ombro (só em um ombro), um guarda chuva em outra mão, o maço de cigarros na outra, o isqueiro, o cigarro pendurado na boca e eu nem preciso dizer que tudo foi pro chão né? Numa poça d'água pra piorar a situação. Mas tudo bem. Pelo menos consegui fumar meu cigarro e o melhor de tudo é que nem me atrasei.
Ontem foi um dia bacana gente, preciso contar. Coisa simples mas que fizeram a diferença. Primeiro: Eu vi o meu amorzinho e o sorriso mais lindo desse universo todo e segundo que eu fiquei o dia todo pensando na comida da minha mãe. Em especial, arroz-feijão-carne moída refogada. Cheguei em casa tinha arroz-feijão-carne moída refogada e de quebra ainda tinha uma porção de mandioca frita. Quase levantei mais cedo para comer um prato de comida antes de sair pra trabalhar. Eu preciso parar com esse hábito feio de comer comida logo cedo.
13 de out. de 2009
Promoção Playmobil
Sábado eu fui na Pixel Show (naquela parte gratuita que estava aberta ao público). Chegando lá me deparei com uma promoção da revista Offline www.offline.com.br/blog/ em que você preenchia uma fichinha, a qual poderia ser sorteada e ganhar um boneco playmobil de gesso, branquinho e pronto para ser customizado e virar um toy art. Pois bem, preenchi a ficha e fiz o requisito. Recebi o e-mail deles e estava dizendo que era pra ser retirado (o playmobil) durante a semana entre os horários 8:00~18:00 (bem a hora em que eu estou aqui) e é lá na Vila Olímpia.
Droga!
Nunca ganho nada e quando ganho não faço o requisito.
Droga!
Nunca ganho nada e quando ganho não faço o requisito.
Começo
Um quarto completamente escuro. Ainda estavam deitados, trajavam apenas as suas roupas de baixo. A madrugada estava animada lá fora, mas ali dentro eles tinham o seu próprio mundo e nada no exterior havia relevância alguma. Se sentia completo por estar ali com a pessoa querida - pensou um deles - podia sentir a respiração quente em seu pescoço. Analisou a situação por longos segundos e finalmente conseguiu fazer aquela pergunta que tanto habitava em sua mente nos últimos tempos. Quer ser só meu a partir de agora? - Perguntou um deles, tentando não deixar sua voz transparecer a insegurança que sentia ao fazer a pergunta. Sabia que era correspondido, acreditava verdadeiramente nisso, mas algo o fazia se sentir inseguro a toa. Sim, quero - respondeu a outra pessoa, com um lindo sorriso no rosto que sempre conseguia deixar o outro com um calor estranho no peito. Deram um longo beijo e tudo pareceu mais colorido a partir daquele instante. A madrugada continuava animada lá fora, o quarto permanecia escuro e silencioso mas alguma coisa ali dentro havia mudado.
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6 de out. de 2009
Post inútil, aleatório e gigantesco
Senti vontade de fazer um post com assuntos completamente aleatórios e diversificados. Ficarei o máximo de tempo possível escrevendo, portanto preparem-se para um post longo. Nada do que eu escrever nas próximas linhas abaixo, irão necessariamente acrescentar alguma coisa à alguém. Depois não digam que eu não avisei. Estou aqui no trabalho e não tenho absolutamente nada para fazer. Na verdade eu até tenho uns e-books para ler, mas eu estou completamente preguiçoso hoje. E não estou para nada intelectual. Não que esses livros sejam intelectuais, mas ler é intelectual por si só. Hahaha! Ok, vou contar sobre os livros que tenho aqui. Prometam não rir da minha cara, mas eu acho que minha vida está de patas pro ar e eu já nem me conheço mais. Baixei TODOS os livros da Marian Keyes, ela é uma ex-alcóolatra, inglesa (ou escocesa, não sei...qualquer coisa joga lá no google) que escreve romances ácidos para mulherzinhas, acho que o estilo dela foge daquela coisa clichê. Enfim, as personagens dela sempre são anti-heroínas, que bebem e fumam (TODAS), geralmente elas têm problemas com o peso e essas coisinhas atípicas de mocinhas de livros. É bem legal, super recomendo. Mudando de assunto rapidamente, estou MORRENDO de vontade de tomar suco de beterraba com laranja e cenoura. Queria comprar um, mas estou numa situação em que não tenho a mínima coragem de pagar QUATRO REAIS em um copo de suco. Aqui no centro de São Paulo é tudo muito caro. Dia desses paguei DOIS REAIS em uma garrafa de água quente. Uma bosta.
Ontem eu tive uma compulsão nervosa, mas foi tão divertida que eu nem fiquei com culpa depois. A compulsão se consistiu em (tenho até vergonha de falar): Um salgado de queijo - estava MUITO ruim, então não matou a minha gana por comer alguma coisa gostosa. Foi aí que eu parti pra uma busca por comidas gostosas no centro de São Paulo. Eu e a Bob. Passamos por várias docerias. Na primeira delas eu comprei um fofura de cheddar (eu nem conhecia isso, mas muito bom!) e dois alfajores com doce de leite. Ao chegar no próximo estabelecimento, guardei o fofura pela metade (pára não pensarem que eu roubei de lá) e comprei um salgadinho de soja com saber de calabresa apimentada (MUITO BOM! E o melhor de tudo: SÓ UM REAL!), peguei e comi. Depois de comer o salgadinho de soja voltei pro fofura. Ao que passamos em frente a um Rei do Mate, eu quis por que quis entrar. Entrei e pedi uma esfiha de calabresa com catupiry (a massa estava dura) e uma coxinha (o frango estava azedo), comi tudo e seguimos viagem. Como ainda precisávamos carregar o bilhete único, fomos até o metrô são bento...(e eu praguejando incessantemente por que eu queria comer um lanche natural decente) ao que eu vi um quiosquinho dentro do metrô que vendia uns salgados com aparência apetitosa. Fui lá e comprei um de queijo com presunto. Comi e continuamos nossa jornada, e eu passei a reclamar porque queria comer um chocolate. Mas fiquei quieto. No caminho me lembrei que existia um carro que vendia bolos confeitados, procurei mas o homem já não estava mais lá. Fiquei com uma raiva. Praguejei bastante e fomos parar em um supermercado que vende cargas roubadas. Comprei uma lata de cerveja long neck e três sopas pra fazer o light amanhã (no caso, hoje). Bebi a cerveja e o meu Game Over foi dentro do banheiro do carrefour vomitando. Estava tão mal que minha pressão até caiu. Nunca mais brinco disso (aham cláudia). Cheguei em casa esgotado (hahaha) e suado. Igual um porco, peguei e fui tomar banho gelado. Olhei pro fogão e vi uma panela (eu não estava com fome) e vi que tinha um macarrão com uma aparência ótima. Aposto que foi minha mãe quem fez, achei um milagre isso. Como eu sei que foi ela? Fácil! Minha mãe coloca creme leite no macarrão SEMPRE. Toda vida foi assim.
(Nesse meio tempo fiz 262 impressões coloridas, vai encadernar depois. E atendi um cliente chato e afobado)
Ai gente...aqui no trabalho tá uma peleja travada em relação a horários (VONTADE DE COMER TEMAKI), quem chegar mais do que cinco minutos atrasado é obrigado a não bater o cartão e voltar para casa, assumindo assim a falta do dia. Acho super errado isso. O metrô é uma bosta e eu sempre me atraso por isso (mentira). Faz dois dias que eu sou outra pessoa e nem chego atrasado. Ontem eu cheguei 20 minutos mais cedo, mas para não dar o braço a torcer eu fiquei enrolando lá fora na rua. E apareci na hora certa. Se não fica feio, dá a impressão de que eu tô com medinho e cheguei cedo só pra fazer bonitinho.
Acabei de ganhar (não contei quantos) cigarros da Bob em troca de deixar ela usar os créditos do meu celular. Hahaha! Tudo bem, meus cigarros estavam acabando mesmo e agora a pouco me veio um mané pedir um. Dei né...fazer o que?! Sou trouxa e não sei falar "não".
Hoje eu estou me sentindo feio. Sei lá, me sinto meio inferior. Mas isso não está necessariamente me deixando pra baixo hoje. Achei estranho... Como se eu não fosse eu. E vice e versa.
Daqui a pouquinho eu vou sair daqui pra almoçar, e como não tenho dinheiro para comer (TEMAAAAAKI!!! QUERO TEMAKI!) eu vou caçar o que fazer durante uma hora. Me humilhar e pedir dinheiro emprestado?! Não, obrigado. Depois me cobram em dobro. O que eu ia escrever agora?! Esqueci. Tem um retardado aqui imitando pássaro. Ele tá usando uma manga comprida avulsa (só a manga) que imita um braço todo tatuado. Acho feio. (TEMAKI!!!! SOU O MONSTRO DO TEMAKI). Vou começar a me acostumar com a fome. Quero virar anoréxico e ser magro. BEM magro. Quero secar até os ossos e machucar as pessoas à minha volta com as pontas dos meus ossos. Quero sentir dor quando alguém ENCONSTAR em mim. E quero ter a minha cauda. Uma vez li um livro de uma mulher que ficou tão magra, mas tão magra que a bunda dela começou a entrar pra dentro e o ossinho do fim da coluna ficou aparência de uma caudinha nascendo. Sempre achei bonitinho isso. Quero ter.
Cansei de escrever isso daqui. Perdeu a graça. Não, não perdeu porque nunca teve. Eu não sou engraçado. Não quero ser engraçado e eu quero ficar todo fechadinho no meu quarto.
Ontem eu tive uma compulsão nervosa, mas foi tão divertida que eu nem fiquei com culpa depois. A compulsão se consistiu em (tenho até vergonha de falar): Um salgado de queijo - estava MUITO ruim, então não matou a minha gana por comer alguma coisa gostosa. Foi aí que eu parti pra uma busca por comidas gostosas no centro de São Paulo. Eu e a Bob. Passamos por várias docerias. Na primeira delas eu comprei um fofura de cheddar (eu nem conhecia isso, mas muito bom!) e dois alfajores com doce de leite. Ao chegar no próximo estabelecimento, guardei o fofura pela metade (pára não pensarem que eu roubei de lá) e comprei um salgadinho de soja com saber de calabresa apimentada (MUITO BOM! E o melhor de tudo: SÓ UM REAL!), peguei e comi. Depois de comer o salgadinho de soja voltei pro fofura. Ao que passamos em frente a um Rei do Mate, eu quis por que quis entrar. Entrei e pedi uma esfiha de calabresa com catupiry (a massa estava dura) e uma coxinha (o frango estava azedo), comi tudo e seguimos viagem. Como ainda precisávamos carregar o bilhete único, fomos até o metrô são bento...(e eu praguejando incessantemente por que eu queria comer um lanche natural decente) ao que eu vi um quiosquinho dentro do metrô que vendia uns salgados com aparência apetitosa. Fui lá e comprei um de queijo com presunto. Comi e continuamos nossa jornada, e eu passei a reclamar porque queria comer um chocolate. Mas fiquei quieto. No caminho me lembrei que existia um carro que vendia bolos confeitados, procurei mas o homem já não estava mais lá. Fiquei com uma raiva. Praguejei bastante e fomos parar em um supermercado que vende cargas roubadas. Comprei uma lata de cerveja long neck e três sopas pra fazer o light amanhã (no caso, hoje). Bebi a cerveja e o meu Game Over foi dentro do banheiro do carrefour vomitando. Estava tão mal que minha pressão até caiu. Nunca mais brinco disso (aham cláudia). Cheguei em casa esgotado (hahaha) e suado. Igual um porco, peguei e fui tomar banho gelado. Olhei pro fogão e vi uma panela (eu não estava com fome) e vi que tinha um macarrão com uma aparência ótima. Aposto que foi minha mãe quem fez, achei um milagre isso. Como eu sei que foi ela? Fácil! Minha mãe coloca creme leite no macarrão SEMPRE. Toda vida foi assim.
(Nesse meio tempo fiz 262 impressões coloridas, vai encadernar depois. E atendi um cliente chato e afobado)
Ai gente...aqui no trabalho tá uma peleja travada em relação a horários (VONTADE DE COMER TEMAKI), quem chegar mais do que cinco minutos atrasado é obrigado a não bater o cartão e voltar para casa, assumindo assim a falta do dia. Acho super errado isso. O metrô é uma bosta e eu sempre me atraso por isso (mentira). Faz dois dias que eu sou outra pessoa e nem chego atrasado. Ontem eu cheguei 20 minutos mais cedo, mas para não dar o braço a torcer eu fiquei enrolando lá fora na rua. E apareci na hora certa. Se não fica feio, dá a impressão de que eu tô com medinho e cheguei cedo só pra fazer bonitinho.
Acabei de ganhar (não contei quantos) cigarros da Bob em troca de deixar ela usar os créditos do meu celular. Hahaha! Tudo bem, meus cigarros estavam acabando mesmo e agora a pouco me veio um mané pedir um. Dei né...fazer o que?! Sou trouxa e não sei falar "não".
Hoje eu estou me sentindo feio. Sei lá, me sinto meio inferior. Mas isso não está necessariamente me deixando pra baixo hoje. Achei estranho... Como se eu não fosse eu. E vice e versa.
Daqui a pouquinho eu vou sair daqui pra almoçar, e como não tenho dinheiro para comer (TEMAAAAAKI!!! QUERO TEMAKI!) eu vou caçar o que fazer durante uma hora. Me humilhar e pedir dinheiro emprestado?! Não, obrigado. Depois me cobram em dobro. O que eu ia escrever agora?! Esqueci. Tem um retardado aqui imitando pássaro. Ele tá usando uma manga comprida avulsa (só a manga) que imita um braço todo tatuado. Acho feio. (TEMAKI!!!! SOU O MONSTRO DO TEMAKI). Vou começar a me acostumar com a fome. Quero virar anoréxico e ser magro. BEM magro. Quero secar até os ossos e machucar as pessoas à minha volta com as pontas dos meus ossos. Quero sentir dor quando alguém ENCONSTAR em mim. E quero ter a minha cauda. Uma vez li um livro de uma mulher que ficou tão magra, mas tão magra que a bunda dela começou a entrar pra dentro e o ossinho do fim da coluna ficou aparência de uma caudinha nascendo. Sempre achei bonitinho isso. Quero ter.
Cansei de escrever isso daqui. Perdeu a graça. Não, não perdeu porque nunca teve. Eu não sou engraçado. Não quero ser engraçado e eu quero ficar todo fechadinho no meu quarto.
5 de out. de 2009
Uma manhã de domingo [Adeus Sofia]
Mais uma vez tive pensamentos destrutivos. Daqueles que chegam sem serem percebidos e fazem o maior estrago, a ponto de ter que parar, respirar, se recompor e tentar, enfim, seguir novamente o fluxo. Estava caminhando, decidi que caminhar faria bem para o meu físico, e coloquei os meus fones de ouvido. Ouvindo uma música qualquer, me lembrei daquela época. Aquela época em que estar ali interagindo era simplesmente a melhor coisa que me existia. Não se escutava respirações, tampouco vozes, mas ainda assim eu estava próximo. Meu joelho latejava de dor e eu já não me concentrava mais na minha correria desenfreada para ter um corpo bonito. Só conseguia pensar naquele tempo e naquela sombra. Tudo pareceu escurecer e sumir de foco. Sentar, rápido eu precisava sentar. Minha pressão pareceu ter caído e eu só pensava em sentar em qualquer banco que aparecesse na minha frente. Por um milagre divino eu estava perto de uma praça. Praça bonita e com árvores, alguns pedestres caminhavam no local, lançando-me olhares de curiosidade. Queria que você tivesse acompanhado o meu crescimento, era só o que a minha mente dizia. Quando me dei conta, lágrimas escorriam pelo meu rosto quente e suado. Me lembrei daquela música, intensa para mim até hoje. Tentei em vão me recompor e juntar todos os pedaços de lembrança que ainda existiam num saco preto, para enfim, serem jogados fora. Mas não consegui, só consegui ficar ali parado olhando para o nada, inexpressivo com o rosto molhado. Um sentimento de consciência me dominou, finalmente, e eu peguei o maço de cigarros que se escondia no meu bolso. Acendi um cigarro, dando tragadas imensas e soltando a fumaça em seguida, como se a fumaça fosse o meu sentimento indo embora pelo ar. Calmo, tudo mais calmo.
2 de out. de 2009
Aleatório
Tudo está tão lindo e brilhante hoje. Sinto que acordei com uma aura diferente. Um brilho estranho. Estou falante e me sinto tão bem. Acho que é o sol. O sol as vezes tem o poder de me animar.
Estou prestes a fazer uma coisa que irá mudar completamente os meus dias e vai me fazer bem.
Talvez amanhã...ainda não sei. Depende do grau alcóolico e do nível de pudor. Mentira. Essas coisas se fazem são.
Hoje eu sabia que o dia seria diferente. Não é todo os dias que se acorda com uma vontade louca de comer comida as 7:00 horas da manhã e monta um prato de macarrão, milho e frango e come de pé na cozinha, gelado mesmo.
Estou prestes a fazer uma coisa que irá mudar completamente os meus dias e vai me fazer bem.
Talvez amanhã...ainda não sei. Depende do grau alcóolico e do nível de pudor. Mentira. Essas coisas se fazem são.
Hoje eu sabia que o dia seria diferente. Não é todo os dias que se acorda com uma vontade louca de comer comida as 7:00 horas da manhã e monta um prato de macarrão, milho e frango e come de pé na cozinha, gelado mesmo.
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