30 de jun. de 2010

Lacta por SAMBA

Sexta série. Era páscoa e decidimos juntar a classe toda para brincar de AMIGO CHOCOLATE. Lembro até hoje, um dia antes saí com a minha mãe depois da escola para comprar o chocolate. Paramos no WAL MART que tinha perto do trabalho do meu pai e compramos uma caixa de bombom LACTA (preste bem atenção). Ok, fomos até o balcão de presentes e mandamos embrulhar aquilo. Me lembro de ter tirado uma menina chamada Mônica. Ela era legal, então talvez por isso eu tenha me dado o trabalho de embrulhar. Enfim, no dia seguinte seria a entrega. Tomei meu banho, me arrumei e esperei a perua chegar. Com a caixa d chocolate debaixo do braço. Todo ansioso.
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Na hora da entrega das caixas, entreguei o da minha amiga. Fiquei esperando o meu. Eu quase sempre dava o azar de ser um dos últimos a ser presentado. O que sempre me deixava com o coração na boca de medo da pessoa que me tirou ter faltado no dia (isso já aconteceu comigo TAMBÉM). Porém nesse dia, a pessoa não faltou, para o meu azar. E como presente eu ganhei uma caixa de bombom SAMBA da ARCOR. 

Fiquei cego de ódio. Sofri calado e praguejei a vida do infeliz inteirinha. Cheguei em casa e chorei de ódio. As lágrimas quentes descendo...Calado...de ódio, com a caixa de SAMBA na mão.

Até hoje sinto raiva de pensar.

Nada

Acordei hiperativo. Isso é estranho. Mais estranho do que eu acordar feliz, enfim.
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Não comi tranqueiras suficientes para o meu padrão, isso é ainda mais estranho (apesar de que ainda faltam muitas horas para o dia acabar).
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Ontem dormi duas horas da manhã porque fiquei assistindo ao DVD do Libertines que eu comprei. O sotaque dele é dificílimo de entender (ainda mais quando ele fala bêbado).
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Vermelho cai bem em certas pessoas. Hehehe (sem mais sobre esse assunto). Só digo que meus batimentos cardíacos subiram uns 6 ou 7...e demoraram pra voltar.
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Facebook me deprime grandemente.
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Estou me sentindo bonito hoje (estou dizendo que tudo anda muito estranho hoje!).
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Estão especulando show do Dead Weather no Planeta Terra 2010. Se tiver, eu vou.
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Sem mais.

29 de jun. de 2010

Nada

Olha, não sei que dia hoje. Mentira, sei que hoje é terça, mas parece uma segunda-feira. Eu não me lembro o que aconteceu ontem, mas se eu puxar na memória eu lembro. Pois bem, foi o tal do jogo do brasil. Demorei duas horas pra chegar em casa, através do mesmo percurso que geralmente demoro de 40 minutos a uma hora. Isso não foi peso nenhum, já que gastei o tempo todo dentro de transporte público comendo. Bolacha e batata. Bolacha e batata. Quando enjoava de um, atacava outro. Assim duas horas passaram rápido, mas ainda assim são duas horas. E isso é um pequeno absurdo. Cheguei em casa e estava um calor de 40 graus. Tomei banho e uma sopa. Dormi durante o jogo do brasil inteirinho e acordei com a minha mãe tocando vuvuzela. Me deu vontade de pegar no braço dela bem forte e perguntar, olhando nos olhos dela: você é boba? Estava de mau humor. Como sempre.
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Agora a pouco estaa conversando com um amigo virtual e ele me perguntou como eu estava. Respondi que estava ótimo. Ele afirmou estar espantado, porque disse que era a primeira vez que eu respondia que estava tudo bem. Dei risada e respondi que era mentira, só estava sendo conveniente. Ele respondeu: Ah! Esse é o vinícius que eu conheço.
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Sair para almoçar e voltar com sacolas já está se tornando um hábito. Pra não dizer um vício. Hoje comprei um CD dos Libertines e o DVD da mesma banda. Sempre gostei dessa banda, desde a época que eles surgiram. Mas como nunca trabalhei antes, o CD que na época custava uns 30 reais (muito dinheiro pra quem não trabalha e não ganha mesada), só agora que comecei uma coleção de CDs decidi comprar.
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Tem uma menina que traz bolo pra vender aqui no meu trabalho. De manhã senti minhas bochechas maiores, ao acordar, mas ainda assim me desafiei e comprei um quindim (salivei) e um pedaço de bolo mousse de chocolate (passo mal). Agora de tarde me deu fome. Perguntei: Meu, tem bolo ainda? Ela: Não, acabou...Eu: Ai...ainda bem. Não tenho escolha. Se tem, eu preciso. Não tem como ter e eu não comprar.
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De tanto eu dizer que estava me sentindo rejeitado e mimimi, hoje fui convidado para viajar pro paraná (melhor amigo da oitava série), pra ir numa balada sábado (amiga fernanda) e pra ir em uma festa na casa de não sei quem no brooklyn sábado a noite (gustavo, eu não sei direito o que ele é meu). E eu ainda convidei alguém pra sair sábado. Então é só ver o que compensa mais.
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Gostaria de agradecer à Joana por ter me tirado de casa num sábado, que eu já estava julgando como perdido e gostaria de agradecer á Mariana por ter me acordado mais cedo com uma mensagem muito fofa. Duas coisas que fizeram meus últimos 3 ou 4 dias.
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Estou sentindo cheiro de churrasco. Estou com cartão de crédito. Estou com fome. Junte tudo isso e com certeza não dará nada de bom.
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Hoje é o último dia de aula antes das férias.
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Sem mais.

25 de jun. de 2010

Nada - em tópicos

Já estou acostumado a perder todos os concursos. Fui rejeitado. Preferiram aquilo que um dia já foi "meu". óbvio que não tenho condições de competir. Foda-se.
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Tô numa vibe FESTA. Tô quase arrastando essas cadeiras de rodinhas daqui do trabalho, chamando os clientes e transformando o balcão num verdadeiro palco. 
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Não fico mais vermelho. Acho que perdi a vergonha na cara ou desencantei. Mentira, fico com a primeira opção totalmente.
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Assisti o jogo do Brasil no telão do vale do anhangabaú, chiquérrimo. Me senti o "dark", estando somente eu de preto, no meio do povo de amarelo. Odeio amarelo. Por mim eu acabaria com a cor amarela no planeta, mas não possuo essa alcunha. Enfim, fiquei 45 minutos de pé, parado, sério, fumando e olhando e fingindo que entendia todas as jogadas. Os primeiros 45 minutos eu assisti aqui no trabalho, mas as conversas fiadas estavam me irritando.
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Fui cobiçado por três garotos no Vale do Anhangabaú. A julgar pela aparência dos três, eu não sei se fico triste ou feliz com tal acontecimento. Sabe bicha telemarketing? É...pois é.
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Percebo que estou sendo evitado quando digo um simples "olá" no msn pra alguém, e no mesmo instante fulano está OFF LINE. Nem me abalo mais, estou ficando ligeiramente acostumado com a REJEIÇÃO. Em letras garrafais mesmo.
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Ontem encontrei meio maço de marlboro light no metrô. Fumei.


Não quero mais escrever. Estou cansado.

Vida de merda.

Não estou mais feliz e já não estou mais na vibe "FESTA".
Quero ir pra casa comer chocolate sozinho.

24 de jun. de 2010

Finge que eu morri (não vai fazer diferença mesmo)

Não contem mais comigo. Para nada. Embora se alguém sentir saudade, quiser falar comigo ou precisar me contar algo, é só me mandar um email. Respondo na hora e com alegria. As coisas vão mudar. Não vou mais correr atrás de ninguém. Simples assim. Podem rir, achar que só estou querendo chamar a atenção, de mimado. Talvez seja mesmo. Mas isso tanto faz.

Esclarecimentos

Não quero mais estudar ilustração. Na verdade, não quero estudar mais nada. Ainda só não desisti do curso, porque seria mais um item pra lista das coisas que desisti na vida. Ainda falta um ano pra terminar, será que aguento?
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Percebi que estou sem aspiração de vida alguma. Qualquer coisa que acontecer daqui para a frente, não me surpreenderá. E o meu único desejo atual é uma aspiração sem ambição: Sair desse país e varrer chão de bar. Só isso. Peço muito?
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Ontem foi o dia que eu quase enlouqueci. Ainda não descarto a idéia de estar sendo violentamente testado em todos os ambientes que eu vivo. Até pela internet as pessoas me testam. Fui tolo em não ter percebido isso antes e me sinto um burro quando percebo que só me toquei disso agora.
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Estou lendo um livro sobre uma mulher com Transtorno bipolar. No começo estava achando tudo muito surreal e completamente diferente de mim. E se eu disser que já na página 100 estou me sentindo exatamente como ela?
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O que aconteceria se eu me apaixonasse a essa altura? Foderia toda a minha vida de vez, porque eu ficaria com aquele sentimento de pré-rejeição ou serviria como um antidepressivo temporário. Ou nada disso.
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Decidi me afastar dos sites de redes sociais por um tempo. Vou apenas me dedicar a esse blog e talvez, ao meu twitter. Percebi que redes sociais só servem para me deixar mais triste. Não interajo com ninguém e ninguém interage comigo. Como se eu nem existisse. E estou super de boa de ser só mais um perfil aleatório rolando por aí.
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Resolvi que não vou sair de casa neste fim de semana. Desmarquei o encontro na liberdade com a minha tia e não vou marcar nada para sábado. Voltarei pra casa amanhã a noite e só sairei de lá, segunda feira de manhã, e ainda obrigado por que tenho que trabalhar.
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Hoje está com cara de sexta.
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Ontem fui chamado para ir ao cinema.
Recusei.
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Aquela música da Shakira "Waka waka" me irrita como poucas coisas conseguem.
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Não vou mais correr atrás de ninguém pra implorar atenção. Se alguém quiser qualquer tipo de relacionamento comigo, seja ele amizade, namoro ou qualquer porra, terá que mover os palitinhos, porque me manterei imóvel a partir de hoje.
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Talvez por eu ter sido um por tantos anos, eu não suporto mais ver gordo com cara de madalena arrependida. Me irrita.
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Por falar em gordo, agora eu não mais me importarei com o meu peso. Foda-se.
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Minha calça está suja de bolo de chocolate, não perderei meu tempo lipando-a.
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O mundo resolveu me ignorar hoje. Acordo com milhões de declarações de amor no twitter e em uma hora ninguém lembra mais que eu existo.
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Vou almoçar comida mesmo hoje. Arroz feijão bife e batata frita. Nem que eu precise pagar muitos dinheiros para isso.
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Sem mais.

Trancado

O preço da chave será bem caro. Mais caro do que nunca foi. Só aqueles realmente interessados em entrar de verdade, e permanecerem, que conseguirão adquirir a maldita chave. Tranquei mesmo. E não impórto se ela ficar completamente vazia. Não me importo se ninguém descobrir onde a chave está guardada. Não me importo.

Só queria abraçar meus três travesseiros ao mesmo tempo.

Aí, você que é leitor desse blog, se pergunta: Nossa, 80% do seu tempo, ou está mal, com raiva ou triste?

A resposta é sim.

23 de jun. de 2010

Nunca mais serei o mesmo

Acordei mais cedo, fiquei alguns minutos ensaiando ir até a lavanderia buscar minha calça. Mas eu simplesmente travei. Só de pensar na presença do rato (mesmo sabendo que a Valquíria já tirou ele e o matou) já me arrepiei dos pés à cabeça. E como esperado, novamente vim com outra calça. Não consegui pegar a calça. Não consegui juntar forças. O engraçado é que eu não tenho medo de nada. NADA. Pego sapo na mão, não tenho medo de baratas, nem de abelhas e nem aranhas. NADA. Só desse maldito bichinho peludo (arrepiei só de escrever isso).

Nada

São 09:41 sa manhã, estou sentado na frente de um computador, desejando mais do que tudo estar em algum lugar que não seja aqui. Não estou de mau humor, só para constar. Estou naquele estágio neutro, aquela coisa que se define por um simples "é". Mentira, talvez eu esteja um pouquinho mais pendente pro lado do mau humor, porque a  blusa colorida do menino que trabalha aqui está me irritando só de ver, coisa que não me irritaria nenhum pouco se eu tivesse num dia genuinamente neutro. Por isso digo que estou pendendo, mas só um pouquinho, pro mau humor. Meu estômago/fígado/intestino/qualquer coisa da barriga, por que eu não sei diferenciá-los quando se existe uma camada de pele e gordura cobrindo-os, está doendo. Uma dor suportável. Quase uma vontade de fazer cocô. Mas só a dor física, porque não estou com a mínima vontade de fazer cocô. E eu não faço idéia do porquê de eu estar comentando casualmente sobre o meu corpo. Aposto um dedo que você não se interessa por isso. Estou morrendo de frio, tenho uma blusa dentro da mochila, mas eu simplesmente não quero colocá-la. Ainda não parei pra pensar no motivo de não querer, estou com muita preguiça para tal. Então não faço idéia o porquê de estar fazendo isso. Hoje nada se explica, só se faz.

21 de jun. de 2010

Vencido pela arrogância de um roedor

Manhã de segunda feira. Calças no varal. Ando lentamente, sob o forte efeito do sono e uma inexplicável dorzinha nas pernas. Reparo a presença de um ser que não havia sido convidado por mim, para estar naquele lugar, dentro de minhas propriedades. Abusado. Senti um arrepio horrível de fora a fora do meu corpo. E ele ainda continuava ali, parado, olhando para mim com ar de abuso. Seus olhos diziam "Você não e quer aqui, mas ainda assim tenho o controle porque você morre de mim". E eu sabia que ele tinha razão, o que me fez engolir em seco e recuar alguns passos. Ele continuava me desafiando com o seu olhar. Roedor nojento. Tem poucas coisas no mundo que me desconcertam mais do que a presença de um roedor. Patológico. E ele todo altivo, no alto de seus dez centímetros de altura. Mexia apenas os bigodes. Bati os pés 3 vezes no chão. E ele nem se moveu. Entrei rapidamente dentro de casa e mandei que a Valquíria pegasse a calça pra mim, já que ela é mais corajosa do que eu. Acontece que ela amarelou da mesma forma que eu, quando olhou para o camundongo estranho que não se movia. Me senti vencido. Dentro de minhas propriedades. Dentro das minhas terras. Do meu lugar. Me rendi. Desisti. Entrei em casa e vesti outra calça. E o rato ainda imóvel. Altivo. Todo cheio de sua arrogância.

Caiu

Adoro a falta de compostura da minha vó no telefone. Ontem minha tia me ligou pra dar parabéns e tal, e passou o celular para minha vó. Ok, atendi e  até chegamos a conversar uns dois minutos. Sem mais nem menos, ouço ela dizer pra minha tia: "caiu a linha". E me deixar do outro lado da linha, falando sozinho. Minha tia desligou.

E eu continuei parado olhando pro celular.

21

Atingi a maioridade total. Agora já respondo completamente por mim. Acabo de abrir o meu email e vi que tinha recebido um lindo cartão da Academia Brasileira de Artes. Oi, sou importante e até as instituições lembram de mim. Mentira, eu estudo lá. 

Enfim, foi um dia legal. Tão despretencioso que não parecia um aniversário. Primeiro me senti supreendido, o que não me agradou no primeiro momento, mas quando percebi o que estava sentindo de verdade, pude notar que era aquilo mesmo que eu queria. 

presente fofo, conversas sobre amor, Conversas sobre nada, conversas sobre tudo, mostarda,conversas sobre sexo, choque suave,limão, foto, sensualidade, rolar na pista do metrô, sujeira, tigresa acuada, medo, metrô, a pé, mercado, lily allen, escovas de dentes lilás, frango assado, velas pretas, justin bieber no meio de pizzas, polpa de cajá caju manga graviola goiaba, chocolate, energético, a pé, cigarro, cara feia, último ônibus, a pé, casa, yeah yeah yeahs, the kills, frango empanado, maionese valquiria, conversas densas, madrugada, cigarros, ultimo gole de martini, não dormir, sono, conversas bestas, vencida pelo sono, laranja hare krishna, Ruth, telefone, chocolate, dançar, fios, microfones improvisados, dormir, acordar com fogos, arroz com cenoura, salada de frango, frango assado, um copo de suco de caju com yakult, um copo de suco de manga+cajá com yakult, nana, cigarro, invejar magreza alheia, falar merda, filmagem, surpresa, idéias, acompanhar, banho, dormir.

Obrigado a quem lembrou, a quem pensou e aquem desejou o que quer que fosse ontem :)

18 de jun. de 2010

É...

Tá, eu confesso. Não dava mais para continuar com aquela história de 'ninguém me ama, ninguém me quer'. Minhas teorias cairam por terra essa manhã, quando fui surpreendido por pequenos gestinhos de pessoas completamente diferentes, que nunca se viram na vida e não teriam como forjar uma brincadeira de mau gosto pra mim. Hoje duas pessoas me cumprimentaram no horário de almoço, cogitaram fazer uma festa pra mim aqui no serviço e eu fui obrigado a engolir a minha teoria. Ela parecia brilhante e fazia todo o sentido. Posso não estar certo, mas mudei de opinião. Foda-se.

17 de jun. de 2010

Dando a cara à tapa

Estou vivendo quase como um nervo exposto. Sem pele, sem proteção, sem nada. Qualquer coisinha que falam já me deixam com vontade de chorar. Odeio isso. Odeio "precisar". Odeio todas as necessidades. 

Ontem quando fui carregar meu bilhete único, a senhorinha japonesa que sempre me atende e já até me conhece, foi toda simpática e sorridente comigo. Achei estranho, mas agi da mesma forma com ela. Quando fui pegar meu bilhete único de volta, ela sem mais nem menos o colocou num porta bilhetes novo (o meu estava destruído e todo mordido) e eu rapidamente perguntei quanto custaria aquilo. Ela deu risada e disse que era um presente. Senti vontade de chorar.

Outro dia quando decidi fazer um "almoço diferente", saí com a minha irmã para comprarmos algumas coisas, ali pelo bairro mesmo. Paramos num mercado e decidi comprar alguns limões para temperar uma salada. Ao chegar na sessão de frutas, me deparei com um monte de limões misturados com laranjas e vi que tinha um homem escolhendo. Pedi educadamente para que me ajudasse, já que eu não sei diferenciar limão de laranja (ainda mais quando estava tudo verde) e ele sorrindo, me ajudou e ainda me mostrou a diferença das duas frutas. Mais uma vez senti vontade de chorar.

Hoje de manhã no metrô, relativamente cheio, parei do lado de uma mulher loira. Uma daquelas mulheres esnobes que tentam te fuzilar com um olhar apenas, como se você fosse um inseto nojento. Sem querer encostei no braço dela e ela tirou rapidinho. Me olhou com cara de desdém e continuou com o seu olhar fixo para a porta. Mais uma vez eu senti vontade de chorar.

Não sei qual é meu problema. Novamente estou com vontade de chorar.

16 de jun. de 2010

Storms and Fevers

A minha verdade não é a mesma verdade que a sua. Por vezes você se dá conta de que é mais fácil aceitar a verdade, crua como ela é. De repente me vi com 8 anos novamente. O último ano da minha vida que eu me senti verdadeiramente amado. Fechei aquilo que chamam de coração, sem nenhum aviso prévio. Minha mãe diz até hoje que quando completei uns dez anos, ela não me conhecia mais. Eu já não sorria mais pra fotos. Não falava com ninguém, a não ser que algo fosse de meu interesse. Vendo essas coisas hoje em dia, consigo entender mais sobre aquela criança que tanto detestei, que tanto tentei assassinar. Amor. Amor é uma palara tão bonita, que eu realmente gostaria muito que ela tivesse algum significado para mim. De verdade. Mas não consigo acreditar nessas quatro letras que movem o mundo. Ou pelo menos, dizem que move. Juntamente com o dinheiro e o ódio. Esses dois eu conheço bem. Acho que acredito apenas naquele amor transcedental de mãe. Aliás, a única coisa que tenho plena certeza nessa vida, além da morte, é o amor de mãe. Não, nunca engravidei. Mas consigo confiar nas palavras da minha mãe, quando ela diz aquela frasezinha que me arrepia inteiro, mesmo hoje aos quase 21 anos. Eu te amo. Está além do meu entendimento, acreditar que existe aquele amor sem pedir nada em troca, aquele amor que é capaz de anular a si próprio em prol de outro ser humano. Eu não faria isso. Sinceramente. Já fui "amado" por tanta gente, mas é muito engraçado me sentir cada dia mais sozinho. É meio contraditório. Nos últimos dois ou três anos me convenci de que amor não existe. Só o de mãe.

15 de jun. de 2010

PESO DOS OLHARES

Porque toda a hora que eu olho, tem alguém me observando, onde quer que eu vá?

Nunca passo um segundo sequer sem que tenha alguém me olhando.

Surpresa

Ai que vontade de ser surpreendido. Com qualquer coisa, mesmo que seja ruim. Já teve essa sensação de viver a vida numa linha reta e constante? Algumas pessoas adoram essa sensação. Eu não. Odeio linhas retas. Gosto de sinuosas ou angulosas pra cima e pra baixo.

E eu não sei mais do que estou falando.

Queria nescau gelado.

Nada II

Ontem fiquei sabendo que terei que passar meu aniversário sozinho, já que a minha mãe vai pra casa da minha vó no sábado e só voltará no domingo à noite. Esse ano não estou querendo fazer nada. Não estou no pique de virar noite na rua, nem de beber, nem de dançar (muitíssimo menos), nem de compulsionar. Estou querendo tratar como um dia comum (o que não deixa de ser para a maioria das pessoas do mundo). Meu único plano é fazer minha tatuagem nova e grandona e colorida e linda. Só. Talvez depois eu saia para comer alguma coisa. Muito talvez.

Nossa, alguém com o mesmo cheiro que meu professor de ilustração entrou aqui.

Estou emagrecendo. Perdi uns 3kg semana passada. Fazia muito tempo que eu estava no meu peso invariável e agora emagreço 3kg. Isso é muito estranho, mas eu nem reclamo, afinal tenho feito por onde. Parei de comer besteira a toa (só em momentos sociais) e ando substindo a base de pão integral com ricota light. Daqui a pouco eu viro uma vaca ou um enorme centeio. Eu gostaria mais de virar uma vaca. Mas enfim, ontem eu cheguei à conclusão de que eu adoro músicas com "Ahhh" de comercial de pasta de dente. Estou há 24 horas ouvindo uma única música. Fancy Footwork do Chromeo.

Terminei de desenhar a estampa da camiseta do Brasil que vamos usar aqui no trabalho (boring). Ficou uma porcaria e eu já disse que vou viver com blusa de frio fechada até o pescoço. Primeiro porque odeio amarelo Ouro. Segundo porque odeio o "design" da bandeira do brasil. Fora que amarelo me engorda.

Ahh...vou parar por aqui de verdade.

Tô numa vibe anti-social.
Um beijo delicioso e estalado na sua boca.

Nada

Faz tempinho que não posto aqui. Vamos pra mais um post da série "nada"? Vamos. Hoje acordei bem, apesar de ter chegado 40 minutos atrasado. Eu deveria estar as 8:30 aqui já, saí de casa no horário que eu já deveria estar na metade do caminho. Tudo graças ao meu celular que resolveu desligar sozinho (por falta de bateria) no meio da noite, logo ele não me acordou. Falso, filho da puta. Só porque derrubei ele no chão duas vezes, só ontem. Tenho certeza que foi por isso. Rancoroso de uma figa. Mas voltando ao foco, acordei tranquilo, disposto até, mal imaginando que estava mortalmente atrasado. Fui até a sala, ver no aparelho de som o horário e me choquei. Corri, catando peças de roupas aleatórias pelo quarto (uma calça jeans, all star e camiseta cinza com desenho de uma cabra) e corri. Tudo isso durou dez minutos e quando eu percebi estava dentro de um ônibus com cara de sono (tinha até marca de edredon na cara ainda). Escovei os dentes de uma forma bem meia boca, o que me obrigou a ficar mastigando um trident e desconfio eu que ainda tenha remela nos meus olhos (tenho até medo de olhar e não, não tenho classe). Chegando ao metrô me deparo com meio milhão de pessoas (em barras de ouro) e não me desanimei e me soquei no meio de uma galere e subi no primeiro vagão que passou na minha frente. Fiquei entre os braços de um cara com 2,5m de altura e encoxando uma senhorinha de 1,5m (foi super gostoso pra mim), e isso sem falar no cara com cabelo de miojo que não parava de me encarar e isso sem falar ainda nas três putinhas piriguetes de cabelo loiro blondor, cada qual portando suas devidas VUVUZELAS e assoprando aquelas porras dentro do vagão LOTADO cheio de gente com cara de sofrida e triste (mentira, hoje a galere tá super animada). Então, como tem o jogo do Brasil, hoje sairei as 13:30. Com a glória de deus, chegarei em casa e dormirei a tarde toda, mal me importando pro Brasil. Não sou patriota e não é por causa de duas horinhas de jogo que eu vou ser. Minha intenção é tirar o resto do dia para dedicar aos deleites da minha vida. Escutar música, fumar e comer. Não preciso de mais nada. Mentira, seria bem interessante ter alguém na minha cama. Mas é dispensável, apesar de agradável. Embora, ultimamente ando me sentindo bastante auto-suficiente. Não é aquele papo que os encalhados dizem para não parecer que estão por baixo, mas desta vez e pela primeira vez em minha vida, essas palavras são sinceras (antes era uma mentira deslavada). Nunca achei que o fato de eu estar sozinho, seria recebido com agrado de minha parte. Depois dos 18 anos (quando me abri para o mundo), nunca passei mais do que dois meses solteiro. Nunca, mesmo que estivesse enrolado com alguém, ficando, saindo, dormindo, namorando ou casando. Sempre tinha alguém. Hoje, depois de sete meses que terminei meu traumático e ultimo namoro (te agradeço deus) eu me vi sozinho. completamente sozinho, e quando eu digo que nem beijei ninguém esse ano, as pessoas não acreditam. Mas é verdade. E por mais vergonhoso que pareça dizer isso, eu vou dizer, não foi por opção minha que passei tanto tempo assim sozinho. Meu natural seria sair caçando por aí dois dias depois do namoro acabar. Mas dessa vez não achei nada que me chamasse a atenção, embora estivesse extremamente agoniado por estar sozinho. Dessa vez jurei que seria diferente. Não ficaria co qualquer mané. Eu quero acertar dessa vez e fazer só se valer a pena. E arrisco ainda dizer, que ficar sozinho por tanto tempo só me fez bem, já que conheci boa parte de mim que eu não conhecia. E garanto que a probabilidade de ser um namorado ruim de novo, será bem menor do que da ultima vez. Amadureci bastante e estou satisfeito comigo mesmo. Mudando de assunto, domingo é meu aniversarinho. Pela primeira vez em minha vida não estou deprimido por isso. Talvez por eu ter conseguido fazer tudo o que planejei para o primeiro semestre de 2010. O que geralmente não acontece. Um dia antes de fazer 21 anos, farei mais uma tatuagem. Mais uma das desenhadas por mim mesmo. Sou super contra chegar no tatuador e escolher algum desenho que alguma pessoa tenha igual. Adoro me vangloriar por me diferenciar da massa, deculpe. cof cof. Inclusive, sábado eu estava falando exatamente sobre isso. Como somos diferentes. Quem mais sai pra comer sushi de bandejinha numa praça de bairro nobre de São Paulo? Quem mais, em pleno dia dos namorados, sábado a noite, senta num boteco pra beber café com leite sem açúcar e fumar cigarro de filtro vermelho sem fazer média? Então é isso, pessoal. Planejava escrever tanta coisa, mas eu esqueci de mais da metade. Por fim deixo uma foto da minha mais nova coleção completa e a mais feliz e mais linda e mais amorosa e mais excitante e mais tudo o que há de bom.
joguei a camiseta ali no meio, só pra compor um visual e tal...hahahahahaha!

10 de jun. de 2010

Uma pessoa legal nunca chega no horário certo

Ontem fui informado educadamente que estou devendo 4h10m de trabalho, que somou dos meus atrasos.

Hoje cheguei meia hora mais cedo, com cara de madalena arrependida.
Resumindo: Durante oito dias precisarei entrar meia hora mais cedo pra compensar. Não é obrigatório, mas se eu deixar passar vai acumulando e quando eu for ver não receberei salário algum. Oh céus.

Inverno de 1995

Inverno de 1995. Excursão para o zoológico, eu estava sentado no banco do ônibus, observando a paisagem. Eu vestia uma blusa de moletom da Pakalolo, listrada de verde escuro e vinho. Minha vó ao meu lado, pensando em qualquer coisa. Seus cabelos muito loiros balançando com as curvas que o ônibus fazia. Eu cantarolava baixinho alguma música e agarrava a bolsa de couro da minha vó, ao peito. Apertava delicadamente a alça da bolsa, que era fofinha. Como se fosse preenchida com alguma coisa. Perguntei á minha vó o que preenchia aquilo, apontando para a alça. Minha vó respondeu que tinha lanche ali dentro. Fiquei imaginando como poderia haver lanches dentro daquela alça tão pequenininha. Passei alguns bons minutos refletindo sobre isso, até que cheguei à conclusão de que ela não tinha entendido o que eu queria dizer. Foi ali que tudo começou e eu vi que nem sempre seria compreendido. 

Me lembrei desse episódio hoje no metrô, quando senti o mesmo cheiro da bolsa de couro velho da minha vó.

9 de jun. de 2010

Dica de flerte pra passar o dia dos namorados acompanhado

Tragar o cigarro enquanto olha fixamente alguém nos olhos pode ser fatal. Fica a dica.

Garanto que conseguirá quem quiser até o dia 12.

Um beijo bem gostoso na sua boca.

Com amor,
Praguejento.

Amo a vida! AMO VIVER!!!

Vou passar esse dia dos namorados com a minha namorada. Vamos num restaurante de comida indiana e depois vamos passear bem bonitinho. Talvez eu compre um sorvete, se ela merecer. E talvez eu a leve no motel quando der meia noite. Sou feliz assim. Tenho uma namorada perfeita, uma vida perfeita e um emprego dos sonhos. Peso 35kg e quase não como nada. Parei de fumar recentemente e estou numa fase tão alto-astral. Aquela semana na Ilha de Caras foi demais. Realmente me fez bem. Me bronzeei e estou laranja. Estou lindo de morrer! Amo a VIDA!!!

8 de jun. de 2010

Existencialismo II

Gostava de me sentar em algum gramado qualquer e observar. Era do tipo que fica horas observando um casal tomar 
sorvete numa praça. Como estava sempre sozinho, tinha várias oportunidades para fazer isso. De vez em quando sentava 
em alguma mesa de lanchonete e traçava perfis psicológicos elaborados para cada pessoa. Julgava as expressões e ficava 
imaginando porque fulano estava chorando. Inventava alguma coisa muito coerente para o meu eu interior e até acreditavanisso. Alguns anos depois eu comecei a fazer isso acompanhado, em tom de brincadeira. Mas já não era mais a mesma 
coisa. Eu gostava da seriedade da coisa, gostava de sentir o drama das pesoas na pele. Pra que? se eu ao menos pudesse ajudá-las. Se ao menos tivesse o interesse de ajudá-las. Era como se elas me emprestassem suas feições, seus sentimentos mais profundos para eu passar o tempo. Como se eu realmente pudesse ver o que estavam sentindo. Claro que tudo não passava de suposições, muito bem elaboradas e modéstia à parte, creio que eu acertava montes delas, já que tudo é tão 
previsível. Me pergunto por que eu fazia isso, se não havia intuito algum. Além de que a pessoas mentem e seus rostos 
mentem tão bem quanto os seus lábios.

7 de jun. de 2010

Existencialismo

Desde cedo somos acostumados com o excesso. Usamos o material como uma válvula de escape e nos sentimos preenchido quando empunhamos o cartão de crédito ou o dinheiro que é fruto de nossos trabalhos. Não somos tão filhos da puta como aqueles que se aproveitam da grana que não os provém. Saímos pouco, mas nos vemos bastante. Não fazemos aquilo que a maioria faz. Estamos num patamar acima. Ou não. Prefiro pensar que sim. Alguns de nós tivemos a fase de tomar vinho chapinha e ficar bêbado na calçada, na porta da escola. Outros de nós não fizemos isso e esperamos crescer o suficiente para fazer. A maioria de nós não tem uma vida sexual ativa, o que diminui os riscos de DST, embora alguns de nós já tivemos suspeitas. Não bebemos bebidas alcóolicas, de modo que raramente ficamos bêbados. Comemos muito. Fumamos muito. Somos dessa forma, algumas vezes estamos felizes demais, outras vezes estamos tristes demais. Raramente as emoções são saudáveis. Pensamos muito. Talvez esse seja o motivo de nossa grande infelicidade e descontentamento com o mundo, as pessoas ao redor e as idéias que estas geram. Não choramos, não nos exaltamos e raramente explodimos. Somos seres pacíficos, de certa forma. Não nos envolvemos com coisas erradas e sempre pagamos as contas em dia. Pelo menos, tentamos. E quase sempre conseguimos. Aos fins de semana extravazamos a monotonia da semana. Gastamos muito dinheiro com comidas hipercalóricas em lanchonetes hiperglobalizadas e hiperfaturadas, e não nos importamos com as mulheres da china que doam sua vida inteira para limpar peixe, matar frangos e preparar as gulodices que tanto amamos. Pra falar a verdade, não nos importamos com muita coisa. Muitas vezes não nos importamos nem conosco mesmo. Somos tristes, mas ao mesmo tempo somos felizes por estarmos tristes. Tentamos nos destacar no meio dos medíocres e de certa forma conseguimos. E até arrisco dizer que conseguimos muito mais do que isso. Conseguimos fazer qualquer coisa. E isso já foi provado. Em alguns dias mal nos falamos e não nos vemos. Em outros dias declaramos nosso amor aos quatro ventos, e rimos disso porque achamos extremamente brega. De vez em nunca nos juntamos e sonhamos com alguma coisa, que lá no íntimo, sabemos que jamais irá acontecer. Mas no fundo adoramos nos amargurar com o que quer que seja. Em alguns momentos desejamos profundamente não sermos mais amargos, mas tudo o que fazemos é dizer um "é..." e acender um cigarro atrás do outro, tirando fotos de torres, ruas, pessoas, de mim, de comida ou qualquer coisa que achamos bonitos. Andamos em lugares inesperados, mantendo nossa postura inexpressiva e fazendo aquilo que desejamos. Em outros momentos não sentimos medo de nada. Somos as crianças corajosas para logo em seguida a bola murchar e nos sentirmos losers. Temos um gosto diferente. Gostamos de excentricidade, diversidade e das coisas que a sociedade rejeita. Somos dessa forma e por mais que digam e julguem que somos pobres crianças tristes, ainda assim continuaremos conseguindo grana para gastar em lugares elitistas e hiperfaturados. 

6 de jun. de 2010

Novo velho ou um velho novo?

Você percebe que está se tornando um velho, quando ficar em casa é muitas vezes mais divertido e emocionante do que sair e ver gente jovem.

Daqui a (olha o calendário) 14 dias eu faço 21 anos. Dá a impressão que vou fazer 40.
Ainda nem sei o que vou fazer no dia (fica a dica pra quem lê). Vou me dar uma tatuagem de presente.

O guardião amarelo

Quando eu era criança eu costumava colocar características animadas à alguns seres inanimados. Eu permitia-os que me protegessem durante a noite. Eu morria de medo de escuro e não conseguia dormir num quarto sozinho. Me pareceu muito natural na época que alguns seres inanimados poderiam me proteger, como se fossem guardiões (ou seriam guardiães hahahaha). Eu tinha dois cachorros de pelúcia. Um era amarelo e outro era azul. Como nunca gostei de azul, o amarelo era superior. Além de que ele era preenchido com mais pelúcia, ou seja, o azul era dois degraus abaixo do amarelo. Isso fazia muito sentido na época. Pensando nisso, resolvi que o cachorro amarelo seria util pra mim. Nomeei-o como o meu guardião oficial. Ele tinha a função de me proteger. Eu dormia abraçado nele e nenhum pesadelo, nem o escuro e nada poderia me atingir.

Odeio cores

Odeio cores. Odeio mais ainda quando elas resolvem invadir a minha cidade cinza. Sabe, eu acho tudo isso muito desnecessário. Sou totalmente a favor de lutarem pelos direitos e fazerem e acontecerem (me incluo nesse grupo). Mas acho completamente desnecessário aquilo que transformaram esse grande evento que serviria para reivindicar por direitos e todas aquelas coisas que pessoas engajadas (não me incluo) adoram fazer. Confesso que tenho preguiça disso tudo. Transformaram tudo num grande carnaval, onde tudo é permitido. Nunca fui em nenhuma das edições e não tenho a menor vontade de ir. Leio a respeito, ouço a respeito e só posso concluir que não é lugar para mim, digo categorigamente sem provar antes. Preconceito? Talvez. Auto-preconceito (já que me incluo nessa classe colorida)? Talvez também. E eu estou rabugento hoje e cansei desse assunto.  Primeiro porque hoje é dia de visitar meu pai, resolvi vir visitá-lo depois de meses e meses (inclusive estou sentado na sale dele, com o notebook dele, belo e folgado). Ele acabou de me perguntar quem fez gol e eu respondi que não faço idéia. Já que nem sei quem está jogando. Neste momento, um cara me add no msn e me perguntou se eu gostava de x-men. Respondi que não. Ele ficou off. Juro que não entendi, mas enfim...Voltando ao assunto, saí de casa cedo e vim atravessar a cidade pra ver o cara que me gerou e ajudou a formar me dentro do corpo da minha mãe, estou enojado de pensar nisso. Preferia ter passado sem esse pensamento. Então, vim de metrô. E tinha muita, mas muita mesmo, bixa louca colorindo os vagões do transporte metropolitano de são paulo. Achei tudo muito espalhafatoso, muito colorido, muito gritado. Como eu disse, não precisa gritar ao mundo a sua orientação sexual. Além de deselegante é broxante. Não curto esses garotos que falam miando, que se vestem muito modernosamente e pintam o cabelo de amarelo. Acho que homem tem que ser homem. Eu mesmo, não saio por aí gritando ao mundo o que eu sou ou deixo de ser, e muitas pessoas se surpreendem quando digo que não sou hétero. É muito mais cômodo, já que tem lugares que não é legal você se expor e eu consigo agir com naturalidade, sem que saibam da minha vida pessoal. E eu não sei mais do que estou falando. Estou cansado, com vontade de fazer cocô (mas eu só faço na minha casa) e estou enjoado com o cheiro dos bolinhos que meu pai está preparando. E estou carente. Queria um abraço. Sempre quero um abraço. E eu não escrevi nada com sentido pra variar. Mas o blog é meu e eu escrevo o que eu quiser. Queria muito fumar um cigarro, mas meu pai não sabe que eu fumo. Minha vida é tão difícil.