6 de jun. de 2010

Odeio cores

Odeio cores. Odeio mais ainda quando elas resolvem invadir a minha cidade cinza. Sabe, eu acho tudo isso muito desnecessário. Sou totalmente a favor de lutarem pelos direitos e fazerem e acontecerem (me incluo nesse grupo). Mas acho completamente desnecessário aquilo que transformaram esse grande evento que serviria para reivindicar por direitos e todas aquelas coisas que pessoas engajadas (não me incluo) adoram fazer. Confesso que tenho preguiça disso tudo. Transformaram tudo num grande carnaval, onde tudo é permitido. Nunca fui em nenhuma das edições e não tenho a menor vontade de ir. Leio a respeito, ouço a respeito e só posso concluir que não é lugar para mim, digo categorigamente sem provar antes. Preconceito? Talvez. Auto-preconceito (já que me incluo nessa classe colorida)? Talvez também. E eu estou rabugento hoje e cansei desse assunto.  Primeiro porque hoje é dia de visitar meu pai, resolvi vir visitá-lo depois de meses e meses (inclusive estou sentado na sale dele, com o notebook dele, belo e folgado). Ele acabou de me perguntar quem fez gol e eu respondi que não faço idéia. Já que nem sei quem está jogando. Neste momento, um cara me add no msn e me perguntou se eu gostava de x-men. Respondi que não. Ele ficou off. Juro que não entendi, mas enfim...Voltando ao assunto, saí de casa cedo e vim atravessar a cidade pra ver o cara que me gerou e ajudou a formar me dentro do corpo da minha mãe, estou enojado de pensar nisso. Preferia ter passado sem esse pensamento. Então, vim de metrô. E tinha muita, mas muita mesmo, bixa louca colorindo os vagões do transporte metropolitano de são paulo. Achei tudo muito espalhafatoso, muito colorido, muito gritado. Como eu disse, não precisa gritar ao mundo a sua orientação sexual. Além de deselegante é broxante. Não curto esses garotos que falam miando, que se vestem muito modernosamente e pintam o cabelo de amarelo. Acho que homem tem que ser homem. Eu mesmo, não saio por aí gritando ao mundo o que eu sou ou deixo de ser, e muitas pessoas se surpreendem quando digo que não sou hétero. É muito mais cômodo, já que tem lugares que não é legal você se expor e eu consigo agir com naturalidade, sem que saibam da minha vida pessoal. E eu não sei mais do que estou falando. Estou cansado, com vontade de fazer cocô (mas eu só faço na minha casa) e estou enjoado com o cheiro dos bolinhos que meu pai está preparando. E estou carente. Queria um abraço. Sempre quero um abraço. E eu não escrevi nada com sentido pra variar. Mas o blog é meu e eu escrevo o que eu quiser. Queria muito fumar um cigarro, mas meu pai não sabe que eu fumo. Minha vida é tão difícil.


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