27 de nov. de 2010

I don't care

Você está parado, encostado numa mureta de bar, com um copo de cerveja na mão e diz: I don't care. Finge um ar de superioridade e sopra a fumaça pra cima. Mas a quem você quer enganar?

Você está quebrado por dentro.

26 de nov. de 2010

Sexta!

Acordei bem. Tá um clima de família aqui no trampo, e por incrível que pareça eu estou curtindo e participando. Tô me sentindo bem comigo mesmo. E hoje eu vou ver o João!

Ê! O que posso querer mais? (dinheiro, talvez)

:)

25 de nov. de 2010

Sem carisma

Sou um cara chato e imprestável.

Sou duas caras com quem merece, sou amargurado e me sinto mal com pessoas felizes, acendo meu cigarrão e assopro a minha fumaça bem na sua cara, não sou bonito e não faço nada de bom, sou triste e não faço mais questão de estar feliz, vivo por viver, tenho uma conta negativa no banco, como muita besteira e coisas gordurosas, tenho uma barriga de um tio de 50 anos, uso sempre as mesmas roupas, meus tênis são encardidos, mexo nas coisas alheias, furto coisas por aí, nunca fiz uma faculdade e nem pretendo, gasto mais grana do que eu ganho,  não tenho sorte no amor e sequer sei se acredito que ele exista, detesto animais, não sei sambar, não curto futebol e não passo as minhas roupas.

E aí? Ainda acha que eu sou uma boa pessoa?

Me poupe.

24 de nov. de 2010

O silêncio da rua

O menino caminhava pela rua, cantando lá-lá-lá, ou algo do tipo. Carregava no rosto um sorriso irônico, típico dele. Ele estava feliz naquele dia. Finalmente colocaria o plano em prática. Ele queria aquilo. Bastava alguns itens e tudo daria certo.

22 de nov. de 2010

19 de nov. de 2010

Parte dois

Na verdade tenho muito mais coisas para contar.

Mas a insonia tá indo embora e logo logo o sono me vence, portanto, não vai dar tempo de escrever mais nada.

Talvez amanhã eu conte tudo, mas acho difícil. Vai ter perdido a graça.
Aliás, estou meio desequilibrado-dopado-sedado que eu nem sei mais de nada. Só sei que fiz merda.

De novo e como sempre.

ZZZZZZZZZZZZZ

Insonia

Ok, hoje o dia foi cheio. Não posso reclamar. Entre altos e baixos, cá estou eu na frente do note, deitado e tentando pensar em alguma coisa construtiva. Mas tá complicado. Primeiro acordei para trabalhar. Normalmente, como sempre faço de segunda à sexta. E as vezes de sábado. Porém, ao chegar no metrô, me bateu os cinco minutos e eu decidi que não queria trabalhar. Enfiei na minha cabeça que eu NÃO PODIA trabalhar hoje, sabe diabos por que motivo. Coisa de gente louca mesmo. Dei a meia volta e fui ao primeiro orelhão da estação que eu vi e saquei a carteirinha do convênio. Liguei na central e perguntei pelo hospital mais próximo da região e fui. Encarnei a Glória Pires e inventei um enjôo com vômitos. Segundo a médica, meus sintomas estavam muito vagos. E dá-lhe meio litro de medicação pro bonitão aqui. Na veia. Depois tiraram meu sangue e mandaram fazer exame de urina. Urinei no potinho e entreguei. O resultado sairia em um duas horas.
Quando ninguém estava olhando, peguei e me mandei. Não queria esperar tudo isso. Tava com fome e com sono. Depois me arrependi, pois estou sem atestado e perderei mais um dia de trabalho.

18 de nov. de 2010

Fuck All

Daí que depois da bad terrível de ontem, eu decidi acordar e ligar o botão do "foda-se". Sinto que nada pode me abalar hoje. Estou me sentindo bem, tá solzinho, tô bonito. Nenhuma agulha que enfiarem em mim, fará efeito. :)

A ausência também não.

17 de nov. de 2010

Olhe para mim

Olha, eu te prometo que tudo vai ficar bem, tá? Nós dois vamos sair dessa juntos. Um dia iremos rir dessa situação. Vamos desfilar por aí esbanjando tudo e qualquer coisa que seja apreciada pela sociedade. Nós podemos. Confesso, que agora, nesse exato momento não tenho esperança de nada e nem sei como tentar te colocar pra cima, porque infelizmente estamos na mesma situação e eu não consigo levantar nem a mim mesmo. Só quero que saiba que estamos juntos. Estou respirando o mesmo ar que você, e embora estejamos em lugares diferentes, você pode ouvir a minha voz e eu a sua. Vamos compartilhar essa dor? Assim fica mais fácil.

Prometo que ainda construirei uma bolha para te colocar dentro, onde ninguém vai fazer mal pra nós dois.

Tá?

Confusão mental

Sinto ímpetos fortes de sair correndo por aí. Agora, nesse exato momento. Estou no trabalho, olhando para o monitor e ouvindo o barulho do teclado sendo surrado pelos meus dedos. Não quero ficar aqui. Não quero estar em lugar nenhum. Não gostaria nem de estar na solidão do meu quarto. Só queria correr por aí. Olhar a cidade e não ser visto por ninguém. Seria muito interessante se eu pudesse arrancar meu coração fora, com as minhas próprias mãos. Porque eu já nem sei mais se ele me pertence, não sei mais o que eu sinto ou deixo de sentir. Não sei nem quem eu sou e nem se eu estou aqui mesmo digitando isso agora. Não sei. Só quero que alguém faça essa dor parar. Ou que me dê coragem para fazer algo sobre. Mas sobre o que?! Sobre algo que eu nem sei direito. Estou doente. Estou louco. 

Acordei pensando nas palavras tortas. Me arrumei e peguei o metrô. Fiz um teste. Se eu chegasse no trabalho antes das 9:05, o mundo estaria à meu favor. E eu sabia que a probabilidade de eu chegar antes das 9:05 era de 10%, já que o maldito estava lento e lotado. Talvez eu goste de sofrer mesmo.
Para minha surpresa, cheguei ao trabalho as 9:04. Juro.

Quebrei a cara, pois já estava preparado para me conformar e não agir sobre nada, já que "o sinal divino" tinha me recomendado que o mundo não está á meu favor.

Agora estou aqui na frente do computador. Sem saber o que fazer. Abri o bloco de notas algumas vezes, e não saiu nada. Talvez nem saia. Mas o dia está à meu favor.

E eu ainda quero correr por aí...Ou talvez me aconhegar no colo da minha mãe e ficar contando estrelas.

12 de nov. de 2010

Um sorriso bonito

Hoje quando voltava para casa, no caminho passei na frente da casa da anoréxica do bairro. É uma garota com seus 17 ou 18 anos. Branquinha, cabelos lisos e castanhos, caindo sobre o rosto, e deve pesar uns 35kg. Sempre observei-a de longe, meio que torcendo por ela. Para que ela fosse feliz. Ela é uma garota nitidamente infeliz. Sempre com seus grandes olhos assustados, sua pele seca esticada sobre os ossos, sempre dentro dos limites do portão. Hoje foi diferente. Ela estava na calçada colocando o lixo para fora e conversando com um senhor. Pude reparar, de longe, que ela estava sorrindo. 

E seu sorriso era lindo.

9 de nov. de 2010

O espírito pré-natalino, a conversa que salvou o meu dia e a chuva de granizo

Depois de duas semanas sem dar as caras na aula de ilustração, hoje resolvi ir. Descobri que desenho continua sendo a minha terapia particular. E tudo o que eu precisava num bad day, como hoje, era passar duas horinhas desenhando. Entrei na aula, encarei a folha em branco, olhei para a caneta e comecei a riscar. E essa é a minha terapia. Tudo bem que eu desenhei um gatinho mal humorado olhando para um crânio felino e a palavra DEATH em letras grandes no papel, mas tudo bem. Tudo ok.
...
Saindo da aula, caminhei até o ponto de ônibus, para então retornar ao meu lar, pude reparar que a maioria dos apartamentos estão decorados com enfeites natalinos. Um mais bonito e elaborado do que o outro. Ainda estamos no começo de novembro e eu achei engraçado aquilo tudo. Me lembrei dos natais antigos em que eu esperava ansiosamente todos os anos. Era a minha data preferida. Não só pelos presentes que eu ganhava, mas sim pelo clima agradável que enchia as ruas e as pessoas - até hoje não sei definir com palavras. Só me lembro de adorar essa época, e todas as pessoas amorosas, o clima, o cheiro, a minha família reunida na casa de alguém. Me lembro do meu pai colocando todo mundo no carro e sairmos para passear à noite e ver as luzinhas das casas. Era maravilhoso. Mas perdi esse olhar. Ou talvez a graça tenha sumido. Não me recordo de algum natal recente ter sentido novamente essas coisas. Associei natal com ficar sozinho. Talvez porque passei as festas dos últimos 3 anos sozinho em casa comendo miojo.
...
Na volta da aula, peguei um ônibus e sentei ao lado de uma senhora de uns 50 anos, aproximadamente. Como estava chovendo, os vidros do ônibus estavam todos fechados. E em São Paulo está fazendo um calor absurdo. E eu fiquei me abanando com um panfletinho. E ela viu e pediu pro cara da frente abrir o vidro. Eu agradeci. A partir disso, conversamos. Eu desembestei a falar como nunca antes. Ainda mais com desconhecidos. Falei sobre a vida, sobre as coisas que penso e ela ouviu atentamente. No fim ela disse que eu era lindo e não tinha nada que ficar cabisbaixo assim. Quando chegou o meu ponto de parada, dei um tchau e um "bom descanso" para ela. Ela respondeu o mesmo. Fiquei feliz e senti vontade de chorar. Me comovo quando desconhecidos interagem comigo.
...
Está chovendo granizo. As pedrinhas estão batendo na minha janela.

8 de nov. de 2010

Ostra

Vou voltar pra dentro da minha concha. Como sempre foi.

Talvez um dia eu saia, pra ver como estão as coisas.

Um beijo.

Tired

Sabe quando você acha que chegou na camada mais baixa do azar que um ser humano pode chegar? Pois bem, seja bem vindo ao meu mundo. Eu realmente não sei mais como agir. A única vontade que tenho no momento é de me jogar de cima de um viaduto ou que alguém me ajude. Ou as duas coisas. Não sei mais o que fazer sobre nada, não sei o que dizer para ninguém. Sinto que em breve voltarei para o estágio zero. Aquele que eu me encontrava há uns 3 ou 4 meses atrás. Não que isso seja ruim, mas sinto pavor só de pensar em viver daquela forma novamente. Tá tudo muito difícil e eu estou cansado. Só isso. Estou com nome sujo (descobri hoje), terminei um namoro ontem e estou sem ninguém, não tenho dinheiro para nada, meu cartão de crédito está bloqueado, estou vivendo à base de anti-depressivos e me sinto a pessoa mais feiachatagorda do mundo todo.

Só isso.

Quase nada.

:)

7 de nov. de 2010

Baby, come dance with me

Há exatamente um ano atrás nós estaríamos sentados na escadaria do grande prédio da gazeta organizando nossa vida. Nossa vida iria mudar e estávamos esperançosos. Pelo menos, era o que acreditávamos naquele momento. A madrugada veio, e a realidade veio junto. Mas ainda continuamos a sonhar, como um casal recém formado, tentando decidir a cor da mobília e o padrão do papel de parede da sala de estar. A manhã chegou e andamos. Andamos e andamos como nunca antes. Olhando cada buraco dessa cidade, tentando encontrar um lugar que nos coubesse. Nada. O tempo foi passando e nós continuamos a andar. Pronto. A ilusão foi desfeita e ficamos com cara bobos, olhando um para o outro. Duas crianças sonhadoras no meio da cidade grande. Prometi te dar um dia maravilhoso. Espero que tenha funcionado. Pois eu me diverti do seu lado, como sempre. Trocamos horas de papo um juntamente ao outro sobre coisas relevantes e irrelevantes, totalmente virados de sono. Naquele dia a cidade foi nossa e ela cabia nas nossas mãos. Gosto de te ver feliz, sabia? 

E fico feliz em saber que está bem.
Sinto a sua falta.
Te amo.

Feliz aniversário!

2 de nov. de 2010

Let me know

Cansei dessa putaria. Cansei de verdade.

Vou voltar para o meu ponto zero e que o resto se foda.

E tenho dito.

Again

Eu ia digitar um post enorme aqui, escrevendo um MONTE de coisas.
Mas eu resolvi não fazer. Vai ser melhor.

E agora? O que faço nesse fim de noite?

The good old days

Lembra daquele dia na casa da Fernanda? Do frango frito, vinho e croquete de farinha. Lembro de estar feliz naquela época. Lembro que brincávamos de ser um casal feliz. Lembro do saquinho com chocolates, lembro de ter ficado com a Nany e ter tirado a minha roupa, bêbado. Lembro de tantas coisas desse dia que eu nem gosto de pensar muito, porque eu sei que elas me deixam saudoso. Saudoso de um tempo, de situações e de sentimentos que não irão voltar. Sinto tanta falta dessas madrugadas alegres, do choro em conjunto, das alegrias, dos cigarros divididos, dos quilos de carboidratos, das garrafas de martini e jurupinga, das nossas manias, das nossas danças, da nossa libertinagem e dos nossos medos. Sinto falta de tudo isso, e mais do que isso, sinto falta de mim mesmo.

Like a cloud

Os dias estão passando rápido demais. Deve ser o fim dos tempos, como diz a minha vó. Só pode. Me lembro como se fosse ontem da festinha de ano novo aqui em casa, da Paula dançando Julian Casablancas na sala, da Mariana vermelha como um peru, bêbada, da Aline me agarrando na cozinha, da Joana fazendo uma farofa rica deliciosa, da Fê me consolando e de todos os presentes. Logo entraremos em mais um fim de ano. E eu ainda nem sei o que farei esse ano...Provavelmente, e ao que tudo indica passarei sozinho como 2008. E isso não é ruim. =)
...
Nesses dias, por mais que eu tenha melhorado da deprê, ainda tem alguma coisa me incomodando. Não sei exatamente até que ponto minha cabeça tem razão, mas acredito que minhas teorias estão corretas. Ainda bem que já sei como agir e o que fazer depois.
...
Ando recebendo muitos elogios. O que é muito bom, já que me animo a continuar. Estou feliz por isso. Me sinto muito mais leve e disposto para encarar os dias. 

Estou me sentindo bem, depois de muito tempo. De verdade. =)




1 de nov. de 2010

Update em tópicos

Hoje é segunda-feira, véspera de feriado. Eu realmente não entendo porque tenho que vir trabalhar, sendo que esse lugar fica um marasmo total em datas como essa. Fora que não faturamos lucro e mal entra dinheiro no caixa para pagar a condução dos funcionários. Ou seja, acho muita burrice. Mas, já que eu sou um mero empregadinho qualquer, estou aqui. Preso, me entupindo de café forte e amargo (do jeitinho que eu gosto).

Acho que a minha bad fucking master deprê está indo embora. Tudo bem, que de uma forma articifial e química se é que me entendem. Mas ainda assim, me sinto melhor e com energia para encarar um dia. E isso me basta, já que eu estava me tornando uma pessoa horrível e descontando a minha tristeza em todos. E não é assim que funciona. Enfim...estou bem!

O remédio que estou tomando está me deixando hiperativo e eu não consigo parar de me mover por um minuto sequer. E meus olhos correm. Correm rápido. E minhas mãos não param e nada para. Não dá para parar. Fico com um sorrisinho cretino durante maior parte do dia, independente do que aconteça. E logo ao ingerir a pilulinha mágica pela manhã, eu me sinto aliviado, extasiado. Ai, eu tinha esquecido como eu gostava de tomar isso.

Descobri que estou viciando em frozen yogurt. Qualquer lugar que eu vou, já logo procuro algum ponto que tenha. Montei um ranking mental do melhor frozen yogurt que já tomei. Viva à popularização do Frozen Yogurt. 

Meu organismo, inexplicavelmente programou-se sozinho para acordar às 4:00 da manhã TODOS OS DIAS. Abro os olhos e vejo o quarto ainda escuro e logo penso: Já sei, são 4:00 da manhã. Inferno.

E é isso. Um beijo, porque eu preciso trabalhar. 

Ou fingir, pelo menos.