17 de mai. de 2010

Mensagens Instantâneas

Meu mais novo blog, juntamente com Priscilla.
mensagens instantâneas


Não, nós realmente não temos o que fazer.

Cartas de amor

Uma de minhas maiores frustrações é não ter recebido cartas de amor. Eu sei, isso é tão cretino, mas ainda assim eu queria ter ganhado mais. Me sinto tão sem valor quando penso nisso. Em toda a minha vida, eu recebi três cartas. Todas mentirosas. Uma delas eu tive que pedir para ganhar. Todas possuem em comum os dizeres: Você é fundamental na minha vida. Mas engraçado que uma semana depois, cada uma dessas pessoas já tinham me esquecido. É sempre assim. Não sei se voltarei a permitir isso na minha vida novamwente.

Catando lixo por aí

Hoje o dia será bom. Estou sentindo isso. Acordei no horário habitual e saí para trabalhar. Me lembrei que hoje é o dia do lixeiro passar e reparei que o meu vizinho jogou um espelho grande no lixo. Não pensei duas vezes. Olhei pros dois lados em volta, para me certificar que não existia nenhum vizinho fuxiqueiro olhando e peguei o bendito espelho. Abri o portão rapidinho e deixei ele lá no quintal. Tá rachadinho na ponta, mas é grandão e serve para substituir o meu que quebrou inteiro (agora tá explicado né? não tenho espelho em casa, literalmente). 

Só espero que minha mãe não o recoloque na rua para o lixeiro pegar.
Estou feliz por ter espelho em casa de novo. O único ruim é que agora não tenho mais desculpa pra ser feio.

Agora pronto. Dei de catar lixo por aí. Era só o que me faltava.

ps: tô com a música da Branca de Neve na cabeça.

Fim de semana ocioso, a tecnologia e a criança

Esse fim de semana foi, talvez o mais tranquilo que eu tive nesse ano. Passei mais de 48 horas com a mesma roupa, deitado e embaixo das cobertas. Fazia muito tempo que eu não passava um fim de semana inteiro em casa, tinha até me esquecido como era. Fiz tudo o que não fazia há tempos, tipo arrumar meu guarda roupa, estudar japonês, desenhar, assistir meus animes/doramas e até cozinhei. Fiz uma gelatina, que claro, até parece que ia dar certo e não endureceu. Depois fui olhar a validade, e vi que estava vencida há um ano. É. Fora isso foi ótimo.

Daí que eu estava há dois meses numa peleja travada com o wireless na minha casa. Tinha até desistido de voltar a ter internet. Até que ontem, minha irmã de 14 anos foi em casa, olhou o PC, fez alguma coisa com dois cliques e uma teclada só e PÃ! a internet estava funcionando perfeitamente. Por isso que eu digo que tenho medo dessas crianças de hoje em dia. Eu em dois meses, tentando diariamente configurar aquela coisa não consegui resolver o problema e chega uma criança de 14 anos e em dois minutos arruma tudo.

14 de mai. de 2010

Fez dó...









Seria motivo de piada, se eu não estivesse na mesma situação.

13 de mai. de 2010

HEVO DE CU É ROLA

Tem uma porra de banda chamada HEVO sei lá o que aqui no mesmo lugar que eu trabalho. Estão distribuindo autógrafos para uma galere, e a galere está super em polvorosa. Eu não conheço essa banda e nunca sequer ouvi uma música da tal. O que sei é o que vejo em fotos e ouço falar, que é uma banda colorida, mais uma igual às milhões de bandas dessa nova safra de "emo" colorido. Não faz meu estilo, não gosto. Acho adolescente demais e colorido demais pro meu gosto. Acontece que aqui onde eu trabalho, as pessoas costumam me rotular de emo. Tudo porque eu uso piercing e alargador. Ok, até aí nunca reclamei. Agora vem nego me tirar, me chamando de HEVO sei lá o que e dizendo para eu ir correndo pegar autógrafo dessa banda, que é o meu lugar, já é demais.

#1

Com certeza se promovessem um concurso de beleza aqui no meu trabalho, eu seria o grande ganhador. Assim, disparado.

É...pra você ver.

12 de mai. de 2010

Do que eu mais sinto falta

Sinto falta das tardes despretenciosas que eu tinha há uns dois anos atrás. Minha vida se resumia numa sucessão de acordar, preparar um café da manhã saudável com granola e frutas, arrumar meu quarto, ficar algum tempinho no msn, cuidar dos cachorros (eu tinha dois na época), preparar um almoço - que se resumia em arroz, almôndega de soja e abobrinha com cenoura, quase todos  os dias, e ficar esperando a hora de dormir. Passava tardes e tardes sem conversar, sem sair. E eu gostava disso. Já disse que sou meio bicho do mato?

10 de mai. de 2010

Anexo - Search your heart

Eu estava parado na estação com mais alguma pessoa que eu não recordo quem era. Você caminhou na minha direção e eu pude ver o rosto mais lindo do mundo. Uma beleza fora do comum que eu tinha receio de estar sendo confundindo por outra pessoa. Trocamos muitas palavras e quando me dei conta já éramos melhores amigos e estávamos dentro de um shopping enorme, que eu nunca tinha estado antes. O carinho e a gentileza que você dispensou a mim, de certa forma conseguiram me comover e pouco tempo depois eu não imaginaria mais a minha vida sem você. Ri tanto, como nunca tinha rido. Além de tudo você era uma pessoa divertida. Pouco tempo depois você veio e me beijou. Assim do nada. Não que eu não quisesse, mas foi muito repentino mesmo. Naquele momento eu me apaixonei de verdade e eu queria que todo mundo soubesse. Um sentimento que eu nunca tinha sentido antes. Olhei o relógio e vi que eram seis da manhã, você viu e disse que precisava ir, pois tinha um filho pequeno. Eu fiquei triste, mas tive que aceitar. Você me pediu dinheiro para voltar para casa. Peguei meu cartão na mochila e fui até o banco com você, me arrependendo de ter dito que tinha dinheiro. Não queria dar, afinal o que tinha era muito pouco. Saquei vinte reais e entreguei na sua mão. Você guardou com cuidado no bolso e resolveu ficar comigo mais um pouco, me senti importante para alguém pela primeira vez na vida. Deitamos na grama da entrada do shopping e ficamos filosofando sobre a vida, relocionamentos interpessoais e várias coisas que eu não me recordo. Senti que a vida fazia sentido novamente e me perguntei como passei 20 anos sem te conhecer? Eu ficava apenas olhando para o seu rosto, e cheguei á conclusão de que realmente era o rosto mais lindo que eu já tinha visto, sem dúvida alguma. Me senti vivo novamente. Acreditei em você. Você me tirou de um buraco vazio enorme. E quando eu estava quase te pedindo em casamento, eu descubro que apenas queria me matar. Não me lembro porque cheguei a essa conclusão, mas eu tinha certeza do que estava pensando. Corri o mais rápido que pude, e você correu atrás, rindo diabolicamente. No caminho encontrei uma amiga que me ajudou a fugir de você e depois foi embora. Mais uma vez eu tinha sido enganado. E mais uma vez eu estava sozinho.

A. Feliz dia das mães

Queria tanto que minha mãe soubesse o quanto a amo. De verdade, sabe? Eu tenho a impressão de que ela acha que eu a odeio, quando na verdade eu não faço nada para isso. Na verdade, ela deve ter os motivos dela para pensar o que quiser, mas eu não faço nada premeditado como ela sempre deixa claro. Sei que eu poderia ser um filho melhor, poderia fazer as coisas um pouco mais calculadas, poderia ser mais responsável. Mas ainda assim eu saí do ventre dela. E por mais que eu diga que não pedi para nascer e toda aquele draminha típico de filhos revoltados, ela também não pediu para nascer. Estamos todos no mesmo barco e nunca chegaremos a um senso comum a respeito desse assunto. Só queria que ela soubesse que quando ela sofre, eu sofro junto, por mais que eu não demonstre. Como minha mãe, ela deveria saber mais do que todos que eu tenho uma enorme dificuldade de mostrar meus sentimentos, e eu a amo. Não sei se acredito em amor incondicional, mas se existe, a única pessoa que eu amo incondicionalmente é a minha mãe. Fico orgulhoso quando dizem que eu pareço com a minha mãe, porque carrego um enorme orgulho dela. É a pessoa mais corajosa que eu conheço. Fico triste quando ela me ignora, fico triste quando não sou convidado a fazer parte da vida dela ou quando sou o último a saber dos planos dela. Fico triste quando abro a porta e não vejo ninguém. Fico triste quando não tem um par de olhos me encarando, tentando me decifrar. Fico triste quando não encontro ninguém para me assustar na porta do quarto. Só queria que ela soubesse que é indispensável na minha vida. Muita coisa mudou. Queria que ela entendesse que eu cresci e a distância sempre entra em cena, mas isso não significa que eu a ame menos. Só queria que ela soubesse.

Feliz dia das mães - mesmo tendo passado em branco para você e para mim, desejo um feliz dia das mães.

Dia das Mães

Talvez ontem tenha sido um dos piores dias de 2010 pra mim. Acordo de manhã, assustado por causa de um maldito sonho, levanto e não vejo ninguém em casa. Corro até o chaveiro de parede e não vejo as chaves do carro. Fico extremamente chateado de perceber que minha própria mãe me excluiu do dia das mães, como se nem filho eu fosse. Tentei me preparar psicologicamente para mais um dia sozinho, aqueles que sempre conseguem acabar comigo, em todos os sentidos. Tentei manter a calma e acendi um cigarro. Ainda estava assustado por causa do sonho. Até sonhos me fazem eu sentir como um lixo e parecia uma sabotagem do meu subconsciente que acertou o meu ponto fraco certeira e devastadoramente. Abri a geladeira e não tinha nada. Absolutamente nada. Decidi pegar meu cartão e correr na padaria pra comprar alguma coisa. Voltei pra casa com uma baguete de quatro queijos, a qual comi inteira em cinco minutos assistindo dorama - novela japonesa - muito triste por sinal. Falava sobre uma garota que tinha 17 anos e era leucêmica. No fim ela morre em decorrência da doença. Esse foi o momento. Não aguentei e passei a manhã inteira chorando. Chorando sozinho. Por tudo...pela soma de todas as coisas que me afligiam. Me senti patético.

Depois disso acabei dormindo de tanto chorar e acordei lá pelas 22:00 da noite. Liguei a TV e fiquei assistindo um filme besta.

Nojo profundo de pessoas - se você é uma pessoa, acredite, eu não gosto de você

Mau humor. Essa palavra que define o meu começo de segunda-feira. Nada deu certo até agora. Acordei dez minutos a mais do que deveria, saí relativamente em cima da hora, chego ao metrô e me deparo com uma multidão, resolvo não encarar a multidão e pego o metrô no sentido ao contrário e volto uma estação, afim de conseguir subir em um singelo vagão, páro na frente de um casal telemarketing (puta, como eu ODEIO casais telemarketing!) e passo o caminho todo sentindo o bafo de MERDA do macho representante desse ridículo casal, que não pára de falar, conversar, se mexer...Enfim, foi um inferno. Um verdadeiro inferno. Minha cara de nojo ficou ligada no modo constante o trajeto todo. Não conseguia nem prestar atenção na música que eu estava ouvindo. Na hora de subir as escadas rolantes, duas piriguetes empatam o meu caminho, e eu que já não estou muito bem só soltei um baixo, porém devastador: 'licença! As duas ficaram assustadas, e uma delas riu. EU ODEIO QUE EMPATEM A ESCADA QUANDO EU ESTOU EXTREMAMENTE ATRASADO. Quando saio da estação, para caminhar até o meu trabalho, olho pra cima e vejo o SOL. O sol mais brilhante que eu já vi na minha vida. Nem fiquei feliz. Não mesmo. ODEIO SERES HUMANOS. ODEIO!!!!!
















Humanos desprezíveis.

8 de mai. de 2010

Brincando no Omegle

Entrei no Omegle e resolvi rir de alguém. Deu nisso:

Stranger: hi 
You: hello 
You: searching for rich males 
Stranger: how r you
Stranger: usa
You: i'm fine and u?
Stranger: ok
You: m or f?
Stranger: m
You: yeah
You: great
Stranger: yr age?
You: age?
You: 20
You: and u?
Stranger: 27
You: nice
You: are you rich?
Stranger: do you have bf
You: what's bf?
Stranger: where r you from
You: brazil
Stranger: of course I am rich,I;m boss
You: wow
You: lol
Stranger: bf means boyfriend
You: i'm just kiddind
You: no no
You: i'm single
Stranger: are you horny
You: not
Stranger: are you shy
You: and you?
You: not too
Stranger: of course
You: lol
Stranger: i lke horny
You: i like you
Stranger: why
You: because you give me attention
You: nobody gives me attention
Stranger: are you beautiful
You: yeah
Stranger: great
You: but i'm very bad
Stranger: i am single too
You: nobody likes me
Stranger: how bad
You: nice!
You: bad...
Stranger: how
You: i like hit the boys
You: and i kick
Stranger: stupid chicken

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHHAHA!

6 de mai. de 2010

Nada

Ando tão bem na praça. Hoje TRÊS pessoas diferentes interagiram comigo no almoço.

O primeiro me pediu o isqueiro, o segundo me ofereceu um panfleto de estúdio de tattoo e o terceiro era um cliente de onde eu trabalho, me pedindo desculpa por incomodar o meu almoço, perguntando se dava para converter PDF pra um formato que eu nem me lembro. Na verdade, eu dei uma desligada e nem ouvi. Só respondi que não dava.

5 de mai. de 2010

Flerte em trasportes públicos

Ontem fui desejado por um cara no metrô. Percebi logo que pisei na plataforma. Muito bonito, por sinal. Muito mesmo. Continuei de cara amarrada. Não sabia o que fazer. Fiquei quieto olhando a paisagem, fingindo interesse por qualquer papelzinho de bala no chão ou analisando alguma unha imperfeita. Entrei no vagão e ele se sentou do meu lado. Fiquei quieto e olhei de rabo de olho, para ver se estava olhando para mim. Estava. Fiquei vermelho. Nunca sei como agir quando estão, descaradamente, flertando comigo. Encostou a perna na minha. Aí já era apelação, mas continuei na minha. Passada algumas poucas estações, ele levantou e olhou pra mim. Continuei inexpressivo. Quando a porta abriu, ele me olhou de novo e deu uma piscadela. Até agora não sei se isso foi de fato um flerte ou uma brincadeira de mau gosto para fazer eu me sentir mal.

Tenho a impressão de que foi a segunda opção. Mas é só impressão.

Nada

Sei lá. Hoje o dia está uma grande massa cinzenta e sem graça. Acordei cedo e cheguei atrasado no trabalho. De propósito. Não estava afim de vir trabalhar, ou mesmo levantar da cama. Para falar a verdade, eu não queria nem ter aberto os olhos.

Já passei do tédio, pra insanidade, e agora estou recuperando a sanidade chata aos poucos. Tudo em um período de quatro horas aproximadamente. Já desejei até ser obeso, depois mudei de idéia e desejei pesar 35kg, já desejei comer pão de cebola, saí pra comprar comida e voltei com uma garrafa de água e cheiro de cigarro.

4 de mai. de 2010

A grande massa e seus tesouros

Estava conversando com uma amiga sobre assistir ou não o filme da Alice. Confesso que diante de todo esse burburinho, todo esse hype que criaram em volta do filme, não senti absolutamente vontade alguma de ir até o cinema ver aquilo. É sempre assim, as pessoas falam falam falam, eu fico curioso, assisto e vejo que não é nada demais. Não supre nem metade das expectativas. Depois que percebi isso, raramente me aproximei de filmes e bandas que todo mundo falam. Geralmente, até é uma coisa legal. Aquele "legal - ponto". Nada demais a ponto de ficarem um ano falando do mesmo filme, ou mesma banda. Até hoje nenhum filme exageradamente comentado superou as minhas expectativas. Juro, não me lembro de nenhum agora. Lembro quando há alguns anos atrás a moda era o filme da Amélie Poulain. De tanto falarem, fiquei morrendo de vontade de assistir. Quando vi, até achei a história bonitinha, porém nem comparava com aquela OBRA PRIMA que todo mundo falava. Laranja Mecânica foi a mesma coisa. De tanto falarem, acabei assistindo. Não achei nada de TÃO EXTRAORDINÁRIO, como todos diziam. Achei um filme inteligente apenas. Depois disso me traumatizei. Hoje em dia me pedem pra ouvir os singles novos da Madonna, ler Crepúsculo, Guia dos Mochileiros de não sei o que, filme novo do Harry Potter e mais um monte de coisa que eu não quero. 

Vou falar uma coisa muito preconceituosa agora, mas sei que tenho razão. Tudo o que a massa gosta me entedia. Sei que isso soou muito preconceituoso, que muitos irão me julgar, mas é apenas a minha singela opinião. E não, não estou querendo pagar de indie xiita. É realmente a minha opinião.

Teoria dos dedos

Tenho uma teoria que se baseia na grossura dos dedos das pessoas. Quase sempre funciona. É o seguinte:

Pessoas com dedos grossos são mais práticas, funcionais, espalhafatosas, extrovertidas e possuem um carisma fora do comum.

Pessoas com dedos finos são mais introvertidas, inteligentes, sagazes, perfeccionistas e mais habilidosas em trabalhos manuais.

Não me pergunte porque e nem como eu criei essa teoria. 

Coisas que eu odeio - parte já perdi a conta

Garçom que fica balançando a latinha de refri para ver se tem coisa ainda. E quando tem, pega e despeja o conteúdo no copo para poder levar a latinha embora. Isso me enerva de uma forma que poucas coisas conseguem.

Odeio pessoas dobradas. Pessoas que possuem duas cabeças, quatro braços, e tudo de dois. Talvez eu que seja muito chato ou velho, mas nunca suportei isso. Prezo muito pela individualidade, mas quem sou eu pra criticar ou julgar pessoas que gostam de ser dobradas. Se é que me entendem.

Roupa social larga. Fica parecendo um pastor da Deus é amor.

Mulher com rabo de cavalo na altura da nuca (nunca confie em uma dessas).

Odeio a minha falta do que fazer (ou falta de vontade de fazer o que tem que se fazer), sempre resulta nessas listas bestas, mas que eu me divirto horrores fazendo e só eu dou risada no fim.

watashi wa nihonjin dewa arimasen

Se eu não tivesse nascido nesse maravilhoso país tropical, com certeza eu gostaria de ter nascido no Japão. Sim, no país do Sol Nascente. Olha, por mais que eu tente expressar meu amor por essa terrinha em algumas linhas de um blog, eu jamais conseguirei. E isso não vem de agora. Desde pequeno sempre vivi rodeado de orientais (há uns anos que isso deu uma sossegada) e sempre adquiri muito conhecimento através deles. Rolava até uns privilégios, tipo conhecer Pokémon antes da galere toda, ou saber xingamentos em japonês e todo mundo ficar boiando. Era bem legal. Isso tudo além do fato de eu ter japoneses legítimos na minha família. Não, não sou descendente direto de japoneses. Na verdade nem indireto. Mas é que eu tenho um tio que se casou com uma japonesa legítima, o nome dela é Fukumi. E ela tinha dois filhos da mesma idade que eu e a minha irmã (o mais velho se suicidou no começo do ano passado), e então cresci junto com eles. Isso contribui bastante para esse contato com a cultura nipônica. E isso sem contar as minhas origens. Nasci num bairro tipo de roça. Parecia uma cidadezinha a parte de São Paulo. Mas não era. Era um bairro de colônia alemã (minha vó tem origem alemã) e colônia japonesa. Mais uma vez tive oportunidade de ter contato direto com a cultura. 

Quando eu estava na sétima série, conheci o mundo dos animes. Ninguém me segurou e lá me joguei de cabeça. Era um vício descomunal, a ponto de eu quase não saber falar mais de outra coisas. Ia em eventos, gastava todo o dinheirinho que eu juntava com mangás, DVDS, revistas e chaveirinhos. Depois de um certo tempo decidi que meu sonho era morar em Tokyo e arrumar um emprego legal lá. Mas com o tempo isso foi passando e eu esqueci tudo isso. 

Semana passada visitei o bairro da Liberdade e relembrei dos velhos tempos, me bateu uma nostalgia e passei o domingo todo assistindo doramas (séries japonesas, parecidas com as novelas que temos aqui). Ontem imprimi uma apostila de curso básico da língua japonesa e pretendo me dedicar pra aprendê-la. Já sei um pouquinho de nada, então querendo ou não, já até tenho uma noçãozinha de escrita e pronúncia.