4 de mai. de 2010

watashi wa nihonjin dewa arimasen

Se eu não tivesse nascido nesse maravilhoso país tropical, com certeza eu gostaria de ter nascido no Japão. Sim, no país do Sol Nascente. Olha, por mais que eu tente expressar meu amor por essa terrinha em algumas linhas de um blog, eu jamais conseguirei. E isso não vem de agora. Desde pequeno sempre vivi rodeado de orientais (há uns anos que isso deu uma sossegada) e sempre adquiri muito conhecimento através deles. Rolava até uns privilégios, tipo conhecer Pokémon antes da galere toda, ou saber xingamentos em japonês e todo mundo ficar boiando. Era bem legal. Isso tudo além do fato de eu ter japoneses legítimos na minha família. Não, não sou descendente direto de japoneses. Na verdade nem indireto. Mas é que eu tenho um tio que se casou com uma japonesa legítima, o nome dela é Fukumi. E ela tinha dois filhos da mesma idade que eu e a minha irmã (o mais velho se suicidou no começo do ano passado), e então cresci junto com eles. Isso contribui bastante para esse contato com a cultura nipônica. E isso sem contar as minhas origens. Nasci num bairro tipo de roça. Parecia uma cidadezinha a parte de São Paulo. Mas não era. Era um bairro de colônia alemã (minha vó tem origem alemã) e colônia japonesa. Mais uma vez tive oportunidade de ter contato direto com a cultura. 

Quando eu estava na sétima série, conheci o mundo dos animes. Ninguém me segurou e lá me joguei de cabeça. Era um vício descomunal, a ponto de eu quase não saber falar mais de outra coisas. Ia em eventos, gastava todo o dinheirinho que eu juntava com mangás, DVDS, revistas e chaveirinhos. Depois de um certo tempo decidi que meu sonho era morar em Tokyo e arrumar um emprego legal lá. Mas com o tempo isso foi passando e eu esqueci tudo isso. 

Semana passada visitei o bairro da Liberdade e relembrei dos velhos tempos, me bateu uma nostalgia e passei o domingo todo assistindo doramas (séries japonesas, parecidas com as novelas que temos aqui). Ontem imprimi uma apostila de curso básico da língua japonesa e pretendo me dedicar pra aprendê-la. Já sei um pouquinho de nada, então querendo ou não, já até tenho uma noçãozinha de escrita e pronúncia.

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