31 de ago. de 2010

Algumas promessas

Publicamente, declaro que pensei, pensei e pensei e resolvi algumas atitudes que eu colocarei em prática. Irei comer, nem que seja, uma quantidade mínima de fibra, proteína e cálcio, todos os dias. Tá, cálcio eu não garanto (não sou muito dependente de leite e não é todo dia que eu tenho um maço de couve à minha disposição). Prometo também diminuir o cigarro, tirando um do almoço (já que costumo fumar dois), e o do ponto de ônibus antes do trabalho (desnecessário, levando em consideração que eu costumo jogar metade dele quando o ônibus chega). Incluirei beterraba na minha dieta. Não sou muito fã de beterraba, mas foda-se. Diminuirei algumas calorias desnecessárias, tipo o bolo que eu como todas as manhãs, trazendo uma maçã para ser comida no lugar do mesmo. Os doces depois do almoço e principalmente o-qualquer-coisa-da-noite que sempre substitui um jantar, no meu caso. Não me chamem mais para comer em lanchonetes toda a semana, porque não irei. Irei em lanchonetes, apenas duas vezes por mês (uma vez a cada quinze dias).

E é isso.

Se tudo correr como esperado, em um tempo eu largo de fumar, perco peso e ganho alguns anos de vida.

29 de ago. de 2010

Quer dizer...

Existem poucas coisas no mundo, que eu aprecie mais do que a boa e velha tranquilidade de espírito. Quer dizer, você acaba de discutir com a sua mãe pela terceira vez em uma única semana, você está segurando um xixi por quase uma hora, por pura preguiça de levantar, daqui a cinco horas você precisa acordar para ir para o seu calvário diário, mas você não está com sono e prefere ficar ouvindo músicas bonitinhas e ainda assim tudo está bonito e em seu devido lugar, mesmo não estando.

Isso não faz sentido. Mas a vida não faz sentido.
E esse é o bom dela :)

Açúcar

Sentado num lugar pouco atraente, um cheiro forte de maconha, algumas pessoas esquisitas em volta - alguns deles, mendigos. Tudo isso não era desagradável exatamente, já que o lugar, querendo ou não, tem uma vista linda e uma companhia ainda melhor. Conseguíamos ver uma parte bonita da cidade, e todas aquelas luzinhas que saiam de dezenas de apartamentos. Alguns abraços, alternados com um silêncio de satisfação, ou alguma coisa do tipo. Geralmente, é aquele estágio que ficamos em silêncio porque nada do que dissermos, será compatível com aquilo que sentimos, então optamos pelo mais cômodo. Eu olhava para o nada, pensando em qualquer coisa bonitinha e me deparo com uma pergunta. Uma pergunta que, confesso, fez eu sentir um tremeliquinho na barriga que eu não sentia há muito tempo. Se é que já tinha sentido algo assim. Daí para frente, eu não me lembro de muita coisa com exatidão. Tenho a terrível mania de me sentir desnorteado diante de emoções mais fortes. No fim, eu disse sim. Sim. Era aquilo mesmo que eu queria e essa seria a única resposta sincera que eu poderia dar. Gosto de tantas coisas e em tão pouco tempo, estou me sentindo seguro. Como se eu tivesse encontrado um refúgio. Pode parecer melodrama adolescente, ou forçado demais. Mas incrivelmente, é isso o que estou sentindo. Gosto quando você me dá a mão e me conduz pra qualquer lugar, sinto que nada pode me atingir. Bizarro.

E agora estou aqui, deitado, na frente de um monitor, com um monte de letrinhas me encarando e mandando eu digitar um monte de coisa açucarada, mas não adianta. Qualquer coisa que eu escrever aqui não vai expressar como eu estou me sentindo.

Talvez tenha valido a pena viver tanto tempo como uma pedra-figurante-de-um-cenário-de-histórias-bonitas.
Mas agora é minha vez, dá licença,

Dormirei com aquele sorriso débil estampado no rosto. :)

Gente, isso não parece ter sido digitado por mim.
Estou com vergonha.
Hahaha!

27 de ago. de 2010

Lembranças matutinas

Eu estava na segunda série. Era quietinho, mas também não fazia nada na sala de aula. Perto de mim, a apenas algumas carteiras de distãncia, sentava a Elaine. Uma menina gordinha, com cabelos loiros compridos. Nervosa. O apelido dela era Mônica. E mais adiante, ainda perto de mim, sentava um menino com o mesmo nome que eu. Vinícius. Vinícius Brusandim, eu ainda lembro do nome e nem me importo de ele jogar o nome dele no google e cair aqui. Enfim...lembro de que os dois começaram a "namorar". Sabe namorinho besta de criança? Então, NÃO era desses. Até onde eu podia entender na época, eles já faziam sexo e tudo o mais. Lembro de ter me chocado grandemente no dia em que eu vi esta cena: Elainona, toda sentadona lá no auge de sua gordura, fazendo carinho na sua amiga xana, dizendo a seguinte frase (por deus, ainda me lembro exatamente dessa cena): Calma, filhinha...você já vai comer. E nisso olhou para o Vinícius Brusandim e riu. Ele riu de volta.

Outro episódio parecido foi me acontecer alguns anos mais tarde. Mais precisamente na quarta série, quando me mudei para uma escola particular - onde permaneci penosamente até a oitava série. Daí que corriam uns boatos que uma menina chamada Sarah, que estudava na mesma classe que eu e era toda para frentex, havia feito sexo oral num menino chamado Tomas (que não era da minha classe). Ambos tinham 10 anos.

...

Eu tinha catorze anos. Morava com a minha vó por problemas com os meus pais. Passávamos a tarde toda inventando o que fazer. Fazíamos pão, pescávamos, colhíamos amoras na floresta (é sério) e mais uma série de coisas.
Hoje em dia, com a vida "corrida" que tenho, quase não vou lá na casa dela. Fica muito longe.

Já faz quase um ano que não nos vemos.

Sinto falta daquele tempo.
Muita falta mesmo.

Estou sentimental hoje. Me deixa.

Idéia cretina

Estava pensando aqui, será que seria possível eliminar a gordura do abdomen utilizando uma seringa, improvisando tipo uma sonda? Queria tanto fazer. Certa vez assisti um documentário que falava sobre o cotidiano de algumas meninas internadas num centro de recuperação para pessoas com trasntornos alimentares. E pelo que me lembro, uma das garotas tinha uma sonda acoplada na barriga, que a alimentava, já que ela não conseguia comer, resultado de anos e anos de anorexia nervosa. E um dia ela teve a brilhante idéia de sugar a comida ao contrário. Tão mais fácil.

Paguei um pau.

22 de ago. de 2010

Nhoim

Quando alguém faz você sair de casa num domingo de sol forte, tomar banho, pegar metrô e tudo o mais e você aceita e vai feliz, pode apostar que existe algo por trás. Hoje foi um dia bom. Na verdade, um dia muito bom. Dormirei com um sorriso estampado na cara, como há muito tempo eu não fazia. Acordarei daqui a pouco e irei trabalhar feliz, Ouvindo músicas felizes e tendo algo legal para pensar. Não sabia que eu ainda era capaz disso. Achei que o coração estava empedrado. 

Anda falta muito para eu alcançar a vitalidade novamente. Mas algo começou a andar, e isso fez eu me lembrar que ainda sou humano e posso sentir alguma coisa.

Hoje definitivamente foi bom.

Podem julgar agora.
Riam de mim.

Hahahaha!


20 de ago. de 2010

Pena

Ontem estava conversando com uma amiga (Mariana N.) a respeito de como somos esquisitos. Ela anda rebolando de gorda (palavras dela), eu ando me balançando pros lados como uma criançã autista e sem baçançar os braços. 

Quando vamos à baladas, só dançamos sob o efeito de ácool. Danças estranhas.

Certo dia, eu estava feliz. Não aquela felicidade normal, que você apenas sorri. Sim, aquela felicidade louca, doentia e necessitada de loucurinhas. Resolvi que eu seria o rockstar aquela noite. Liguei o som em um volume bem alto para umas 23:00 da noite e me coloquei a fazer performances (tenho tudo gravado no meu celular).

Quando vejo aquilo, sinto pena.

Imagino essa imagem numa balada, cheia de gente descolada, bonita e hypada. 

E essa minha imagem lá no meio. Dançando sozinho.

Inspiro pena.

Prafraseando a Mari N.: "Nessas horas sinto vontade de me abraçar...inspiramos pena".

18 de ago. de 2010

Tudo o que veio (ou o nada que veio)


No frio tomo menos banhos, Ando demorando cerca de 20 minutos para me arrumar para o trabalho, Pastel tem sido a minha refeição todos os dias, Estou a ouvindo a música cheated hearts pela quarta vez seguida, e não pretendo parar, Comi um bolo de doce de leite e estou pensando seriamente em comer só frutas hoje, Estou seguindo a Geisy Arruda no twitter e não me envergonho disso, Ando dividido em duas coisas (mas eu não conto, porque seria muito chato), Passo 80% do meu tempo pensando em comida, onde comer, o que comer, quanto pagar para comer ou qualquer coisa relacionada á comer, Minha maior ambição de vida é trabalhar no ramo de alimentação, Tem 3 pessoas em volta de mim rindo muito, e eu não faço idéia do porque e nem me interesso em saber, Estou com vontade de fazer a coreografia de Cheated Hearts (eu sei fazer), mas estou no trabalho, Faz umas duas semanas que não penso no Cu - isso é bem legal, Quero uma mochila preta, um cigarro e um caderninho novo, peço muito?

16 de ago. de 2010

Mais do mesmo - como sempre

Minha semana não poderia ter começado melhor. Acordo no horário certinho (com muita relutância), não demoro muito para me arrumar, pois já estou devidamente vestido com calça jeans e camiseta, de modo que em menos de 20 minutos eu estou da cama pro ônibus. Ao chegar no metrô, logo senti uma vibe sinistra no ar. Daí por diante é uma sucessão de dores de cabeça e falta de espaço para pisar no chão do vagão. Resumindo: Cheguei uma hora atrasado no trabalho, sem nem ter acordado tarde. Fico pensando se eu tivesse acordado além da hora certa, provavelmente teria me atrasado duas horas. O que não seria legal.

E o frio parece que chegou para ficar essa semana, em São Paulo. O que seria muito interessante se eu tivesse blusas o suficiente para passar uma semana inteiro de inverno.

Ando sem assunto. É sempre mais do mesmo. E se eu disser tudo o que se passa pela minha cabeça nesse momento, um monte de gente vai me censurar e falar: mas, ai vinícius...não fique assim...a vida é boa e mimimi.

My ass.

12 de ago. de 2010

Ahh!




Ok, faz mais de uma hora que estou enrolando para começar a escrever esse post. Vamos lá, colocar todos os pingos nos "is".

Na verdade não vamos não.

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!

Pronto. Ainda não passou.
Mas vamos fingir que passou.


Ai, sabe aquela coisa presa na garganta?
Aquele monte de mágoa reprimida, um monte de ódio escondido, rancor e mimimi?

Então.

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!

Não sei.
Não sei de nada.
Minha cabeça está uma confusão horrível há meses, mas explodiu agora. Não sei colocar tudo no lugar de novo e ninguém pode me ajudar.

Me procurem daqui a uns dois meses se ainda se lembrarem que eu existo.
Se não se lembrarem, não tem problema também.

Boa vida, galere.

Don't look back

Estamos há quase um ano do dia fatídico que poderia ter sido muito bem evitado se eu escolhesse permanecer dentro daquele apartamento vendo peitos e rindo de meia dúzia de meninas loucas com uma garrafa de coca zero e dois chocolates. Mas não. Escolhi ir até aquele lugar, encontrar aquela pessoa, me iludir, me encher de esperanças de vida e depositar a minha vontade de viver ali. Claro que não valeu a pena e eu voltei com o rabo entre as patas. Fingindo que estava bem, escrevendo textos positivos, me comprando com tatuagens, dvd, comidas gostosas, conversas fiadas. Mas como eu iria saber não é mesmo?

As pessoas filhas da puta existem. E não são poucas. Por esse mesmo motivo resolvi me excluir do mundo. Escolhi viver no lado mais escuro, para não ser visto. Escolhi ficar sozinho.

Desde então, escolhi não me relacionar mais.

6 de ago. de 2010

Fatos curiosos da rotina atual

Não costumo mais viver em função dos sábados como antigamente. Acostumei a viver em função das noites (inclusive as de sábado). É a hora do dia que eu mais estou feliz.
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Ultimamente só tenho estado plenamente feliz quando estou sozinho. Não sei porque, mas ando adquirindo progressivamente um gosto obceno pela solidão.
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Ando comendo muito pão de forma.
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Esse fim de semana pretendo passar com o meu pai. Olha, se eu disser que estou superanimado para ir, estarei mentindo. Pois isso significa dois dias sem fumar e tentando parecer uma pessoa normal, o que está sendo dificílimo para mim atualmente.
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Ontem resolvi cabular a aula de ilustração para...ilustrar! E super rendeu (vide o meu outro blog eat it!). Ando tendo uns lapsos positivos de criatividade. Ontem decidi dar início a uma série de intervenções urbanas, ou seja lá como chamam isso. Vou pintar um personagem que eu criei numas caixas de papelão e espalhar pela cidade e sair tirando fotos delas. Espero que essa idéia saia da cabeça e tome forma.
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Estou com muito fome. Sabe aquela fome que dói tanto o estômago que dependendo do momento, se confunde com aquela dor de saciedade exagerada? Então. E digo mais, meu sonho de consumo nesse momento é comer um pão com maionese. Isso mesmo, um pão francês com umas colheradas de hellmans no meio. Tão simples...
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Estou com a música Hanging on the telephone do Blondie há 3 dias na cabeça. Ou mais. Desde que eu vi um telefone pendurado numa árvore. E agora pouco eu estava ouvindo essa música (pela milésima vez do dia) e atendi um cliente com sotaque alemão, olhos azuis, cabelos loiros e AI. Só essa palavra: AI. Aí ele olhou para mim e perguntou: Isso é Blondí (com acento no i mesmo). Eu disse: É.

Sobre a minha loucura temporária

Hoje saí mais cedo para almoçar. Passei no banco para ver se meu salário já tinha caído, para ver se eu poderia comer algo melhor do que uma coxinha e um suco de laranja, e claro, como até parece que ia dar certo a conta estava vazia. Ok, acendi um cigarro e resolvi dar uma volta para a hora passar mais rápido e eu poder voltar para o trabalho para pesquisar coisa inútil na internet o dia todo. Do nada um espírito de bobeira se apossou de mim e um branco geral me abateu. Comecei a andar, não reconhecendo lugares, sem saber o que eu estava fazendo, para onde ia, atravessando ruas desnecessárias para desatravessar novamente. Um verdadeiro inferno. Fazia tempo que isso não me acontecia.

4 de ago. de 2010

Fiz dó

A pior coisa que pode me ocorrer que seja pior do que sentir vergonha alheia de si mesmo é quando você faz dó para sim mesmo. Ontem um dia típico desses. Estava de bobeira, sem nada para fazer no trabalho e até que bem humorado. Pois então, decidi que seria muito divertido mentir para a minha amiga, dizendo que estava namorando com quem eu sempre quis e que já tinha até feito os diabos e tudo mais. Tudo isso no sábado. O pior de tudo é que ela acreditou, e eu entrando em extase, adorando tudo aquilo. Só que eu não contava com a segunda parte da história. Aquela hora que eu me sentiria muito mal, porque por mais que eu quisesse aquilo tudo que eu estava dizendo, eu sabia que nunca iria acontecer. E para piorar o rebosteio todo, ainda dou de cara com a pessoa mais tarde, fazendo com que eu gastasse 8 reais para ganhar um simples "oi". É muito para minha cabeça. Mentira tem perna curta, mesmo que seja de brincadeira.

A mentira: "Ai porque sábado eu fiz os diabos, fui parar até num apartamento e só fui embora no outro dia de tarde, me levou até o metrô, foi tão bonitinho".

A verdade: Passei o sábado a noite/madrugada dançando com a Joana numa praça da Ana Rosa, sob efeitos de açúcar.

Mais uma vez. Fiz dó.

3 de ago. de 2010

Canetas Permanentes

Acho que decidi o que quero fazer pro resto da minha vida. Sei que, geralmente, isso não é tão levado a sério quando a pessoa em questão tem apenas 21 anos e é o garoto mais inconstante da face da terra. Mas mesmo assim eu decidi, pelo menos por agora. Vou abrir um site na internet e vender peças feitas por mim. O divisor de águas dessa brincadeira foi uma simples caneta permanente que pega em tudo e não apaga por nada, ganhada de uma amiga, a Damaris. Tudo bem que rolou uma barganha para essa caneta estar em minhas posses, mas ainda assim são minhas, e mesmo se ela não me desse eu mesmo compraria uma para mim. Sim, eu fiquei completamente maravilhado com aquilo e me perguntei pelo menos umas oitenta e sete vezes porque diabos eu passei vinte e um anos sem ter uma dessas. Em menos de uma hora eu já tinha "artificado" meu celular (que é branquinho), meu isqueiro, a bolsa de couro da damaris (que ficou muito foda, e valeria uns 100 reais), um pedacinho de pedacinho de parede e o meu bilhete único, que também ficou legal. Ainda não contente, cheguei em casa e artifiquei uma caneca branca que eu tinha ganhado de presente da Joana. Que por falar nela me deu presente ontem também, um estojo muito foda com 48 crayons pastel oleosos importados do Japão. Obrigado gente. Quando eu tiver minha marca de coisas feitas por mim, citarei os seus respectivos nomes. Inclusive, Damaris propôs que eu fosse o seu prostituto da arte, vende arte em troca de materiais legais. Eu aceitei.
...
Cheguei em casa e mostrei meu celular pra minha mãe e logo perguntei, posso desenhar na geladeira? Não. Ok, eu risco minha caneca.


















Foto ruim, tirada do meu celular. Que eu só não tiro foto dele customizado porque estou usando a camera do próprio celular, então isso é fisicamente impossível.

30 de jul. de 2010

Estilhaços de vidro

Desde criança sempre senti que existia uma parede de vidro entre eu e o mundo. Por algumas vezes cheguei a pensar em quebrá-la. Algumas outras vezes até consegui, com algum esforço. Mas sempre doía. Certa vez, no ano passado, decidi que não mais existiria parede nenhuma entre eu e o exterior. Tamanha determinação fez com que eu fosse com muita sede ao pote. Dei um soco tão forte na parede de vidro, sem proteção alguma nas mãos, que me causaram algumas boas cicatrizes fundas nos braços. Depois disso desisti. Decidi construir novamente o muro de vidro. Desta vez ainda mais forte, blindado. Da próxima vez não irei tentar quebrar. É uma grande bobagem. É frio lá fora.

27 de jul. de 2010

Claudia, o que você vai cantar?

Abri aqui pra postar alguma coisa, mas eu não me lembro o que eu ia escrever.

Então depois eu me lembro.

...

Apesar de tudo estou num misto de felicidade contida e pequena com uma leve tristeza, diria que até gostosinha.

Quero fumar um cigarro. Ainda não fumei meu cigarro da manhã.

Cheated hearts could be beautiful

Me sinto enganado cada vez que penso nessas coisas aparentemente sem importância. Tudo parece tão mais fácil do que realmente é, mas quando caio na realidade vejo que não existe facilidade alguma. De repente me vejo na frente de uma televisão, me perguntando incessantemente se vou ter um final feliz como aqueles dos seriados japoneses que assisto. Uma resposta com uma voz já tão familiar me responde um simples: não. Olho para algum desconhecido qualquer e me imagino num castelo alto, bonito, com criados e com qualquer pessoa me dando atenção, um chá quente e fazendo carinho na minha cabeça, como se eu fosse um cachorro feio e abandonado que deu sorte encontrando um dono tranquilo. Me sinto envergonhado de pensar isso e no mesmo momento a voz só me diz: não seja ridículo e se coloque no seu lugar. Tento me aprumar e levanto a cabeça o máximo que posso, meio que tentando fingir uma arrogãncia que não faz parte de mim.

not fine

Ontem acordei no horário certinho, me olhei no espelho, não gostei do que vi e eu realmente não estava contente com nada e com um mau humor absurdo. Resolvi não vir trabalhar, me auto-justificando com uma dorzinhainhainha de cabeça que me assolava.

Passei o dia todo assistindo a um dorama chamado SMILE, gastei e 30 reais de besteira no mercado e fiquei sentindo pena de mim mesmo por tudo e por nada, o dia inteiro. 

Hoje cheguei com a maior cara lavada esperando alguém perguntar porque eu faltei ontem. Mas ninguém perguntou e eu estou aqui sem nada para fazer.