30 de jul. de 2010

Estilhaços de vidro

Desde criança sempre senti que existia uma parede de vidro entre eu e o mundo. Por algumas vezes cheguei a pensar em quebrá-la. Algumas outras vezes até consegui, com algum esforço. Mas sempre doía. Certa vez, no ano passado, decidi que não mais existiria parede nenhuma entre eu e o exterior. Tamanha determinação fez com que eu fosse com muita sede ao pote. Dei um soco tão forte na parede de vidro, sem proteção alguma nas mãos, que me causaram algumas boas cicatrizes fundas nos braços. Depois disso desisti. Decidi construir novamente o muro de vidro. Desta vez ainda mais forte, blindado. Da próxima vez não irei tentar quebrar. É uma grande bobagem. É frio lá fora.

Um comentário:

Ella? disse...

Quem te disse que é frio? Sei disso não...