12 de jan. de 2011

Pagodão

Hoje saí de casa cedo para ir ao psiquiatra, me arrumei bonitinho e fui. Chegando lá, fui atendido rapidamente e descobri que vou tomar 3 dosagens de antidepressivo por dia, à partir de amanhã. Whatever, saindo de lá encontrei umas amigas e fui prum bar de pagodão. Sambei e cantei. Foi divertido. Imagina um cara barbado, com camiseta do AC/DC, calça preta, piercing na cara, alargador e sambando.

É. Eu não estava bêbado.

10 de jan. de 2011

I am the rain II

1 hora da manhã. Uma música triste ainda rolava e meu humor não estava grande coisa. O barulho da chuva batendo na janela estava me agradando e como um lapso muito rápido de insanidade, me veio a idéia de sair na chuva em plena uma hora da manhã. Quando percebi, estava lá no quintal, tomando banho de chuva. Minha mãe abriu a porta da sala para ver o que estava acontecendo e me encontrou com um sorriso de orelha a orelha. Pude perceber que ela ficou assustada. Mas estava tudo ok. Eu estava bem. A chuva poderia me curar.

...

Alguns minutos depois.
(Estou bem e tomado banho, quentinho na cama. 01:38).

I am the rain

O mundo pode ser um lugar assustador, é verdade. Mas porque não encarar de frente?
Quer dizer, você está ouvindo a chuva lá fora e está se sentindo sozinho. A chuva não te dá medo, mas sim a solidão. Aquela solidão que te pega todas as noites. Aquele sentimento ruim e angustiante. Você deita com os olhos pregados no teto e sente medo de continuar assim, dessa forma. Você tem medo de si próprio e nem consegue chorar por isso. Você só fica ouvindo o barulho da chuva.

É meia noite e 46 minutos. Uma boa hora para levantar e sair na chuva forte que cai lá fora.

28 de dez. de 2010

Disfarce

Sabe quando você tem a sensação de que existe alguma coisa muito errada fora do lugar? Seria como se você tivesse deitado na sala de estar, tomando um delicioso suco, ao mesmo tempo que a sua cozinha está pegando fogo lentamente e você ainda não viu. Por enquanto tá tudo bem. Tô aqui deitado, desfrutando do meu suco gelado, mas sei que alguma coisa está espreitando para tirar meu sono.

Talvez seja alguma coisa da minha cabeça. Mais uma.

Mas acredito que desta vez estou certo. Tem alguma coisa escondida no meu armário, ou debaixo da cama, ou no armarinho do banheiro. Devo procurar ou não?

Fica a dúvida.

Bom dia, são 09:51 da manhã. A manhã que mais tive dificuldade para levantar e vir trabalhar. Peguei um metrô relativamente vazio, vim escutando músicas tranquilas, mas cheguei aqui ouvindo punk rock gritado. Não me aguento por muito tempo. Estou maníaco, vontade de falar. Falar, falar e falar. Mas provavelmente ninguém quer escutar o que eu tenho para falar.

E na real, estou cansado de me sentir cobrado por amigos. Vou continuar fazendo aquilo que tenho vontade e quando tenho vontade. Se isso não te agrada, desculpe. É assim que vai ser. E isso foi só uma pequena observação.

As pessoas são muito chatas e previsíveis, mas ironicamente, estou vendo clipes de bandas bonitinhas que se utilizam de casais nas histórinhas dos vídeos e sentindo invejinha deles. Confesso. Não que eu acredite nessa fantasia utópica de videoclipe, na verdade acho muito ridículo. Mas, ah, deve ser uma carência repentina.

Bom, estou há menos de uma semana para entrar de férias e já estou sofrendo antecipadamente pela minha volta ao trabalho, depois de um mês de sombra e água fresca. E como sou um garoto muito chato, eu pretendo ficar em casa as minhas férias todas, sem sair de casa, olhando para o teto e fumando milhares de cigarros. Portando, não contem comigo para muita coisa, é bem provável que eu recuse. Só se você tiver uma proposta muito interessante e que eu julgue divertido. Ah, meu deus. Ajo como se eu fosse popular e querido. Mas enfim, é assim que vai ser. Não, não quero viajar. Só se for sozinho. E não, não estou tendo uma fucking crise de depressão. Só quero ficar quietinho e recluso do mundo, porque cansei de interagir e forçar meus neurônios sendo sociável. Quero economizá-los. 

Quero rosquinhas com leite e uma companhia legal para conversar. Eu até faria um apelo aqui, em rede mudial, mas seria humilhante demais.

Tchau, seus babacas.

24 de dez. de 2010

Feliz Natal

Gente, são 23:36 e eu já tô cheio. Rolou uma degustação aqui agora, com direito a torta de frango.

Estou destruído fisicamente, com sono, dor nas costas e no braço (porque ralei cenoura) e já quero dormir.
Tô me dividindo entre jogar no celular, bate papo uol e fumar um cigarro.

Feliz natal.

21 de dez. de 2010

Fatos 'exóticos' do dia

Hoje aconteceram coisas muito estranhas. Primeiro, descobri que o office boy novo do lugar que eu trabalho tem 16 anos, é travesti (sob a alcunha de Valesca), usa blush e rímel e não tem RG. Normal.

Depois descobri que um amigo de uma amiga bebe saquê com ouro. Quer dizer, eu junto moedinhas para comer um lanche na padaria...Tem algo esquisito.

O banco engoliu meu décimo terceiro salário. :)

Fui para a aula e descobri que estava de férias. Faltei na ultima aula e não fiquei sabendo. Ou seja, perdi viagem.

No caminho de volta, passei por um brechó e achei uma camiseta de cinco reais. Comprei para passar o ano novo.

E isso é só. Mentira, ainda tem algumas horinhas pro fim do dia.

Vou ver o que tem para comer.

20 de dez. de 2010

Ah, essas noites felizes

Eu senti que eu podia fazer qualquer coisa naquela hora. O vento soprava meio forte, para uma noite quente como aquela. A cidade estava lotada de enfeites de natal e as pessoas se aglomeravam entre as ruas para observar as luzes. Andávamos conversando sobre qualquer coisa aleatória, dando risada ocasionalmente, de alguma merda que alguém falava. Eu estava feliz naquela noite. Estava feliz de verdade. Tinha acordado bem naquele dia.

O céu estava de uma cor indefinida. Até agora não sei dizer que cor era aquela. Algo como um rosa meio marrom. Ou cor de "chiclete de morango mastigado há horas" como ele fez questão de observar. Eu, deitado na grama e olhando para aquele monte de prédios espelhados. Um sentado numa extremidade de um banco de contreto e o outro do outro lado. Um deles vestia a minha jaqueta e o outro brincava com o meu fone de ouvidos. E eu só observava os prédios espelhados que refletiam as luzes de enfeites de natal. De repente aquela fonte desligada  acendeu. Esguichos de água iluminada dançavam e eu observava tudo pelo reflexo do prédio que estava à minha frente. A grama estava com uma temperatura fresquinha, o que me obrigou a continuar lá deitado até um guarda me tirar dali. 

Mas não importava. Naquele momento eu estava feliz.

18 de dez. de 2010

A vida e engraçada

É um sábado à noite, o dia mais "badalado" da semana e eu tô aqui desde as 16h da tarde deitado com esse note no colo. Comendo doce e salgadinho. Gastei 30 reais em doces num bomboniere perto do meu trabalho e a minha cama tá cheia de embalagem meio cheia, meio vazia. Um terror.

A cena da derrota.
Agora (são 01:46 da madruga) e eu joguei todas essas embalagens no chão para poder dormir.

Quem sabe amanhã seja um dia melhor.
Inclusive, tenho show da Mallu Magalhães para ir amanhã. E eu vou. Sozinho mesmo, e não me importo. Digam o que quiser, mas eu acho a Mallu fofa e gosto das músicas dela.

Tchau.

perigo

wishlist: Ebicen de camarão, Pringles de cebola, chocolate Milka, Costela assada, Pão de queijo (mais de um), biscoito de chocolate piraquê (a melhor marca do mundo), um whooper do Burger King (só o lanche), Onion Rings douradinhas, Bife bem suculento, paçoca (amo paçoca e derivados de amendoim) e sorvete de maracujá com cobertura de limão e marshmallow. 

E uma latinha de coca zero, se não engorda. 

Talvez

Talvez um dia, lá na frente...vocês vão se sentir orgulhosos e contentes por terem me conhecido.

Vocês apontarão para alguma foto minha e dirão: Nossa, eu já conheci este garoto.

Pára, vinícius. Você é idiota. Porque você não morre? Você não faz falta no mundo.
Pessoas como você devem ser exterminadas pois não acrescentam nada a ninguém. Seu verme parasita.

Pronto, só fui sincero.

Sem valor

Não devo fazer nada. Essa é a dura e crua realidade. Sinto muito, mas eu me sinto mal. Não sou uma pessoa acostumada com esse negócio de "viver em sociedade" e inevitavelmente sempre penso primeiro em mim. Talvez por acreditar que quase ninguém pensa em mim antes de fazer tais coisas. Não me importo muito com a vida alheia e nunca fui de fofoquinhas. Sempre fui na minha. E assim permanecerei. Alguns detalhes aqui e outros ali, vindo de pessoas queridas, muitas vezes podem me deixar mal como agora. Parabéns, se é isso que você queria. 

Disfarço tristeza com raiva, pois esta é menos humilhante. Só isso.

Tchau.

Letter to God

Dear God, I'm writing this letter to you
Cause I don't have a clue
Can you help me?
I'm sitting here simply trying to figure out
What my life's all about
Can you tell me?

I never wanted to be
The person you see
Can you tell who me I am?
I always wanted to die
But you kept me alive
Can you tell me who I am?

I lie awake conducting this symphony
That you have gifted to me
But I can ever sleep
Don't be mad but I get weak inside
And I start to fall apart
Cause I feel nothing

I never wanted to be
Some kind of comic relief
Please show me who I am
I've been tortured and scorned
Since the day that I was born
But I don't know who I am

And I thank you, man, for everything
Sorry I'm so frightened about all of this
But I wish I could give you more
And all the lights are shining down on me
And I feel intimated by it all

I never wanted to be the person you see
But thank you

Oh, God, please tell me now
Are you disappointed?
Are you proud?
Haven't I done everything, everything?

I'm so sorry I'm so weak
And I'll turn into a freak
But I don't know anything, anything

But I've lost all self esteem
From burying everything
And I feel nothing, nothing

Oh, God, please tell me now
Oh, God, please tell me now
Cause I feel nothing

Oh dear God I'm writing this letter to you
I am coming unglued
Please, help me

17 de dez. de 2010

Nós podemos ler estrelas

Um dia eu vou sentar e te contar tudo. Vou falar,  falar e falar. É, isso pode parecer estranho vindo de mim, já que sou sempre tão calado. Mas eu vou te contar por onde estive, o que eu estava fazendo, com quem estava, vou te contar sobre as auto agressões, vou falar sobre os meus medos, as minhas tristezas mais ocultas, sobre as vontades que tive, dos porres que tomei, dos incontáveis maços de cigarros que fumei neste meio tempo e principalmente como cheguei aqui. Vou te mostrar as minhas cicatrizes nos braços, vou te mostrar os arranhões que sofro todos os dias por aí e só dou conta deles quando vou tomar banho. Vou te mostrar as cicatrizes internas, talvez doa um pouco ao cutucar, mas eu realmente não me importo. Talvez algum dia voce me conheça por dentro de verdade. Talvez eu mostre todo o potencial que escondo. Talvez voce goste. Ou não.

Mas um dia eu vou te mostrar e vou perceber que perdi muito tempo em não ter feito isso antes. No fim voce vai me dar um abraço, um lencinho e vai dizer que tudo vai ficar bem. Voce vai me entender, vai rir de mim, me xingar de babaca e vai me mostrar o seu mundo também. E as cicatrizes já não doerão mais. Eu sequer lembrarei que elas existem.

E quando a noite chegar, nós vamos contar histórias, vamos esquecer da vida exterior e por alguns instantes seremos apenas duas crianças carentes fugindo da dor existencial. Vamos procurar formas de objetos nas estrelas. Nós saberemos ler as estrelas. Apareceremos na televisão fazendo previsões de astros e famosos. Ficaremos ricos e sabemos que é questão de tempo. Não precisamos correr. Está tudo lá. E continuará.

É nosso. É tudo nosso.

15 de dez. de 2010

Rá!


















Vou matar tudo as pessoa

Auto-crítico

Sempre fui muito crítico comigo mesmo. Me cobro muito, exijo a perfeição (a perfeição dos meus padrões não é necessariamente a perfeição do senso comum). E como nunca consigo alcançar esse padrão, acabo por me frustrar. Gosto de me testar, mesmo que eu perca no fim. Gosto de competir com a minha mente. É meio que aquela coisa, o corpo diz uma coisa e a mente diz outra. Tento passar dias sem comer, mas o corpo nunca permite. Tento passar algumas horinhas sem falar, mas os fatores externos sempre me obrigam. Tento sair num dia frio sem blusa, mas sempre acabo me vestindo no fim. Talvez eu seja alguma espécie de masoquista e sádico ao mesmo tempo. Auto punição é algo que conheço de longa data.

Então eu te pergunto: se eu me cobro tanto, se eu me auto deprecio sempre, porque diabos devo me importar com o que vem de fora? Meus próprios xingamentos são suficientes. E eles são os mais pesados.

Não, nada aconteceu para eu escrever isso. Ninguém me fez nada. Só andei pensando nisso em alguma dessas noites ociosas.

Não me importo mais com o que vem de fora.

Não me importo - mas só por escrever sobre, significa que apenas estou querendo me enganar

Me perdi naquela noite. Ainda me lembro de como tudo foi. Vestia uma calça preta justa ao corpo e uma camiseta de alguma banda qualquer. De longe eu pude te ver sorrindo para mim. Meu cigarro queimava pendurado na minha boca. Uma leve brisa corria por mim, apesar do calor que fazia. Eu estava triste naquela noite. De verdade.  Eu ainda não sei o que eu fazia ali e nem porque fui te ver. Talvez fosse apenas parar preencher o vazio que eu sentia. Meu semblante não estava animado como o seu. Mas eu não estava exatamente arrependido de estar ali. Na verdade tanto fazia. Eu só queria fugir dos fantasmas da minha casa. A casa estava vazia naquela noite. Voce me convidou para jantar. Eu aceitei meio a contra gosto,  ja que o meu antidepressivo me privava de fome física e ainda acabava por me deixar extremamente enjoado. Pedi um sanduíche de frango apenas para te acompanhar, pois se tem algo que detesto é observar pessoas comerem. Nunca sei o que fazer e o que dizer enquanto as mesmas desfrutam de suas refeições. Pois bem, joguei metade do lanche no lixo e sugeri sair para tomar um ar. O que foi uma desculpa pois eu só queria fumar um cigarro e esfriar a cabeça. Eu estava triste de verdade e eufórico fisicamente. voce pergunta se quero subir no seu apartamento. Dou de ombros e quando percebo, estou vendo a paisagem urbana mais bonita da cidade e acendo um cigarro na sua varanda e fico ali alguns instantes contemplando a cidade. Voce me abraça e eu finjo nao me importar. Finjo que gosto e estou acostumado com toque. Eu ja não estou mais tão triste.

Algumas horas depois eu estou num carro, ouvindo algum rock pesado e observando as luzes do semáforo. Dou um tchau e agradeço a carona.

Eu não me importo.

14 de dez. de 2010

Chamada perdida

Fim de tarde e eu não sei o que fazer. Tô aqui, perguntando para algumas pessoas se devo ou não devo. Apenas isso, claro. Sem especificar o que é. A maioria respondeu que sim, eu devo. Mas eu não devo. Meu orgulho é maior. Por outro lado é engraçado confundir as pessoas. Nesse exato momento tem meia dúzia de pessoas me perguntando o que é. Mas eu não vou responder. Merda.

Porque eu faço essas coisas? Merda...aquilo era nosso! você mesmo tinha dito! Você era o futuro.

Mas deixe estar...

13 de dez. de 2010

Quando tudo tiver terminado

Quando tudo terminar eu vou ver o mar. Vou num dia nublado, quando a praia estiver vazia. Vou me sentar na areia, ouvindo alguma música alegre. Eu vou estar feliz. Vou estar vestindo uma roupa com cores e vou estar sorrindo de verdade. A chuva vai começar a cair, mas eu vou continuar sentado ali, olhando os casais correndo pra lá e pra cá, recolhendo todos os seus pertences.
Quando tudo terminar, eu estarei olhando o vizinho pela janela. Ele vai olhar para mim e acenar. Eu faço o mesmo com um sorriso de verdade.
Quando tudo terminar eu vou partir, vou poder estar só. Não correrei riscos de amanhecer com raiva do mundo e querer tomar todos os meus comprimidos.Vou sentir vontade de ver pessoas, de me sentar numa praça e conversar com algum velhinho.
Quando tudo terminar, eu vou me sentar num restaurante qualquer e me sujar inteiro com um mousse de chocolate e não vou me preocupar se meu corpo estará ou não maior depois das colheradas do doce. Eu estarei bem. Meu corpo não será mais tão excessivo.
Quando tudo terminar, eu vou atender o telefone e conversar horas com a minha mãe. Vou contar para ela como meu dia foi bom e como eu fico feliz em estar aqui. Vou contar-lhe sobre os meus últimos trabalhos e sobre as pessoas geniais que conheci naquele evento legal.
Quando tudo terminar, eu vou levantar da cama feliz por estar vivo. Vou abrir a porta de casa e conseguir encarar o dia com afinco, vou olhar para o céu e não irei achar o sol tão assustador assim. E a noite não será mais tão terrível. Os demônios estarão presos e ninguém mais vai me tocar.
Quando tudo tiver terminado, eu vou me sentar numa cadeira de bar, vou pedir o meu martini e conversar com os outros clientes do lugar. Vou trocar experiências, encostar neles sem tremer de medo. E vou conseguir olhar nos seus olhos. Porque eles não me assustarão mais.
Quando tudo tiver terminado, talvez eu volte a fazer alguma coisa. Talvez eu faça algum curso importante, talvez eu me direcione a alguma meta.
Quando tudo terminar, eu talvez me apaixone novamente. Talvez eu possa me sentir como um adolescente bobo, meio tímido por tocar no braço da amada, sem querer. Talvez eu junte as minhas coisas e me mude para uma casa na colina com a pessoa amada. Vou receber ligações no fim da noite, apenas dizendo que sou importante e eu direi o mesmo, e melhor ainda, serei sincero ao dizer. Andarei por aí e tomarei um sorvete, sentado num banquinho de ponto de taxi e pensarei na pessoa. Pensarei e pensarei.
Quando tudo terminar, o sol vai voltar. Os dias serão mais quentes em sua essência e eu voltarei a ter cor. Voltarei a ser um humano e segurarei nas mãos alheias, sem medo de ser traído, pisado e massacrado. Acreditarei que as pessoas realmente querem o meu bem.

E quando tudo tiver terminado, eu ficarei confuso, achando que me perdi por aí. Que eu não sou mais eu. Mas eu estarei enganado. Porque este será o "eu" que eu sempre quis achar. E eu vou poder dizer que finalmente o encontrei.

:)

10 de dez. de 2010

No samba ela me diz que rala

Sabe, no samba eu já vi ela quebrar.

Então, sexta sexta sexta! Um dia sem muito sentido, não sei o que acontece. Tô meio doidinho, mas acho que isso é normal quando não estou triste. E tudo que eu não estou é triste. Me perdoem pela falta de sentido de tudo. Nada tem sentido.

Só sei que ontem dei a minha reviravolta pessoal. Ontem tive o melhor momento do ano, sozinho na passarela do metrô vila matilde. Tava ouvindo "Oh Paris!" do Dent May e uma brisinha muito doida batia no meu rosto. Tava bem calor e eu me sentia arrepiado. Arrepio de vida. Eu hein. Daí que eu não lembro de muita coisa do que aconteceu. Só me lembro de estar sentado no banco do ônibus tentando encostar o braço no braço da mulher bonita do lado. Pois é de praxe, eu sentir vontade de seduzir e sensualizar estranhos quando estou hipomaníaco. Fico num estado sensual.

Vixe, sei lá. Chega.

Só pra dizer que minha cabeça ainda tá presa no pescoço e meu coração ainda bate.

3 de dez. de 2010

corda bamba

Cansado. Essa palavra define a minha pessoa no momento. Eu ando, ando e ando por aí e não me canso. Mas a um simples olhar torto contra a minha pessoa, eu me machuco e me canso. Me canso de tentar, me canso de seguir em frente e penso nas minhas bolinhas de felicidade. Penso como seria se eu tomasse todos eles de uma vez. Um a um.

Ingerir um...dois..três...quatro...cinco...seis...hora de ir pra cama. Com sorte amanhã eu não acordo.

Seis não foram suficiente. Eu já deveria imaginar que vaso ruim não quebra.

Lixo, parasita, sem utilidade, deficiente, que dá trabalho demais, carente demais, machucado demais.

Eu não quero isso. Mas não sei mais o que fazer. Não sei mais de onde tirar forças. Me sinto como um cachorro recém atropelado que desconfia de todos, vive com medo. É assim que me sinto, embora um pouquinho melhor do que ontem. Graças aos amigos que tenho e me fazem bem. Nos ultimos tempos, fiz dois amigos. Eles se tornaram pessoas importantes para mim. E eu fico feliz em saber que posso contar com eles. 

Ainda dói, confesso. Não consigo esquecer aquelas palavras. Lixo, parasita...porque você não se mata? Quer uma faca?

Talvez eu deveria ter tomado mais comprimidos. Eu iria descansar, mas consequentemente eu deixaria de viver mais coisas. Confesso, que no momento não tenho muita vontade de viver mais nada. Só gostaria de ficar deitado num lugar fresquinho, sozinho e sem falar. Olhando o sol.

Lembro de quando era criança. Me lembro de estar no supermercado dentro do carrinho, olhando para todas as embalagens coloridas. Lembro de ser repreendido pelos meus pais por querer abrir as embalagens ainda dentro do lugar.

Lembro de estar na casa da minha vó, olhando as árvores. Sentadinho num campo cheio de dentes de leão.

Ah, sei lá. Só queria descansar. Queria que a minha mãe gostasse de mim ainda. Me sinto deficiente. Doente. Minha mãe não merecia um filho fraco, doente. Eu não sou um bom filho.

Eu vou ficar bem. Acho que estou melhorando. Tive muitas conversas hoje, e todas elas me ajudaram de alguma forma. Gostaria de agradecer a todas as pessoas que estão tentando me ajudar e eu não quero e nem vou desapontar ninguém. 

Só estou fraco, tentando me equilibrar para não cair. Só isso. Estou bem.