20 de dez. de 2010

Ah, essas noites felizes

Eu senti que eu podia fazer qualquer coisa naquela hora. O vento soprava meio forte, para uma noite quente como aquela. A cidade estava lotada de enfeites de natal e as pessoas se aglomeravam entre as ruas para observar as luzes. Andávamos conversando sobre qualquer coisa aleatória, dando risada ocasionalmente, de alguma merda que alguém falava. Eu estava feliz naquela noite. Estava feliz de verdade. Tinha acordado bem naquele dia.

O céu estava de uma cor indefinida. Até agora não sei dizer que cor era aquela. Algo como um rosa meio marrom. Ou cor de "chiclete de morango mastigado há horas" como ele fez questão de observar. Eu, deitado na grama e olhando para aquele monte de prédios espelhados. Um sentado numa extremidade de um banco de contreto e o outro do outro lado. Um deles vestia a minha jaqueta e o outro brincava com o meu fone de ouvidos. E eu só observava os prédios espelhados que refletiam as luzes de enfeites de natal. De repente aquela fonte desligada  acendeu. Esguichos de água iluminada dançavam e eu observava tudo pelo reflexo do prédio que estava à minha frente. A grama estava com uma temperatura fresquinha, o que me obrigou a continuar lá deitado até um guarda me tirar dali. 

Mas não importava. Naquele momento eu estava feliz.

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