30 de jun. de 2011

Derrame

Daí que hoje parece que só existe eu aqui. Trabalhei, trabalhei, trabalhei e trabalhei como nunca antes. Mentira, já tive dias muito piores. Mas acontece que eu estava tão desacostumado com isso, era sempre a mesma coisa. Aquela rotina de Blogger-Twitter-Facebook-Gtalk-Stumble Upon e afins, atualizando cada um, esperando alguma coisa sair da rotina. Hoje foi diferente. De manhã nem sinal de nada pra fazer, quando DO NADA, MEU DEUS DO CÉU, VAMOS ACABAR COM O VINÍCIUS E FAZÊ-LO AGONIZAR, DEIXÁ-LO SEM AR, MANDAR UM MONTE DE ARTE PARA ELE FAZER E VER SE ELE TOMA ALGUMA RUMO NESSA VIDA GORDA DELE!

Isso sem falar que a água do bebedouro acabou, ninguém se manifestou em pegar o telefone e mandar trazerem outro. E eu tô aqui sem nem conseguir mais olhar pra café, porque eu passei o dia todo com café.

Agora tô aqui, com dor nas costas, quase tendo um derrame. Essa é a minha vida.

26 de jun. de 2011

36º

Estou vivo. Você também está vivo, suponho eu. Coloque as mãos no seu coração, sinta as batidas. O meu está quase inaudível. Isso não basta. Estar vivo não depende apenas de um coração bombeando o sangue para todas as veias do corpo, nem de um cérebro trabalhando. Estar vivo depende do que habita na alma, na cabeça e nas atitudes. Já morri algumas vezes nessa vida, confesso. Pelas minhas contas, umas seis vezes. Sendo que duas delas foram realmente longas e duradouras. Mas como tudo na vida, a gente cansa de estar morto. Assim como a gente se cansa de viver.

Estou vivo.

E aí você simplesmente desencana da vida, em geral. Cansa dos sábados solitários, da ausencia das pessoas, da sobra de dívidas, dos problemas, do silêncio que te segue o dia todo, daquela cara fingida e pseudo sorridente que você usa e decide viver ignorando tudo isso. Quase como uma alienação forçada. Mas, ora, quem disse que a alienação é de todo ruim?

Viver. REVIV. Seria algo como "Revivi". E eu posso dizer que revivi. Eu já nasci algumas boas vezes. E não sei se essa é a minha última vida e nem sei se será duradoura. Talvez eu morra semana que vem e reviva somente no ano que vem. Ou não. Talvez eu nunca mais morra e me torne um ser imortal.

21 de jun. de 2011

22

Ontem eu fiz 22. Não teve nenhuma grande comemoração da minha parte. Sempre gosto de dizer que aniversário é um dia comum, um dia que você apenas fica um ano mais velho. E de fato, é. Fiquei feliz pelas mensagens de parabenização que recebi, e pelo carinho que me foi direcionado. Obrigado a todos.

Eu estava feliz. E eu ainda estou feliz. Atravessei o Viaduto do Chá, as 19h sozinho, com fones e ouvindo "I am the Walrus" dos Beatles e foi o momento mais mágico que vivi nos últimos tempos. Com direito a corinho de "uuuuuu" depois do verso "i am the eggman - uuuuuu".

Depois, cheguei em casa e a minha mãe tinha comprado um bolo de chocolate branco só pra mim, numa confeitaria chiquetê. Life is good. :)~

19 de jun. de 2011

Mau-me-quer

A rua estava toda escura, exceto por um farol de um automóvel se aproximando. O único som que se ouvia era o da respiração de duas pessoas. Um gato saltou de um muro e correu. O frio estava congelante e um clima tenso pairava pelo ar, tão tenso que podia ser visto a olho nu. Ela estava de partida. Tivera a chance de escolher entre um amor e as oportunidades de emprego, fama e riqueza em alguma metrópole. Era do tipo temerosa, mas ao mesmo tempo tentava parecer segura de si. Até que, por fim, o rapaz disse, cortando o silêncio absoluto:
- Não quero que vá, fique comigo?
- Já conversamos sobre isso, não é mesmo?
- ...
Abraçou-a, quase em lágrimas. A rua já completamente escura, o carro já tinha saído de cena.
- Eu acho que eu te amo de verdade, disse ele, agora em lágrimas.
- Eu sei, eu sei...Eu também acho que te amo, mas não posso simplesmente largar essas oportunidades. Nós ainda podemos ser amigos.
- Não quero ser seu amigo.
- E porque?
- Porque és a minha mulher, oras.
- Eu nunca fui de ninguém, não confunda as coisas.
- Vou sentir sua falta.
- Eu também.
- Posso te acompanhar até o areporto?
- Prefiro que não vá.
- Mas...
- Fique.

Uma hora e meia depois, ela estaria dentro de um avião com algum destino absurdo. Sem saber direito que direção tomaria. A oportunidade de emprego nunca existira. Foi usada apenas como fuga. Ela chorou o voo inteiro. O amava de verdade. Só estava com medo.

Fuga.

Não tinha medo de arriscar todo o seu conforto na terra natal, o seu emprego, a sua vida, mas tinha medo do amor.

Show do The Cribs em São Paulo

Ontem foi realizado o show do The Cribs aqui em São Paulo, mais especificamente, no Beco 203, na Augusta. Pra quem não conhece, The Cribs é uma banda inglesa de pós punk formada em meados de 2003. Estouraram algum tempo depois, quando lançaram o segunde CD e ganharam espaço na mídia e na NME, aquela revista hype inglesa (zzzzz).Enfim, vou postar um video pra quem não conhece e tem curiosidade:
Fui sozinho mesmo. Cheguei lá na porta do lugar por volta das 21:40. A casa iria abrir as 22h. Como bom fã, eu não queria correr o risco de encontrar uma fila gigantesca e pegar um lugar ruim. A minha surpresa foi quando cheguei lá e vi que a fila estava pequena. Em poucos minutos ela praticamente dobrou de tamanho e foi se formando um pequeno aglomerado. A casa atrasou pelo menos meia hora para abrir.

Eles entraram no palco, por volta de meia noite, eu consegui ficar bem de frente pro vocalista. Tipo, a meio metro de distância. Juro. O show foi bem enérgico e performático, como todo bom show de rock. Enfim, valeu a pena. Foi legal.

De quebra, ainda ganhei uma das baquetas do Ross Jarman (baterista da banda). Foi engraçado. No final do show, quando estavam se despedindo, o baterista praticamente entregou a baqueta na minha mão, enquanto eu panguava. Aí eu fiz aquela cara de "uau...ok" e guardei dentro da jaqueta.

16 de jun. de 2011

2008 em um dia

Hoje não fui trabalhar. Fiquei em casa o dia todo. Isso me fez lembrar lá de 2008, época que eu ainda nem trabalhava e podia viver o dia todo dentro de casa olhando o movimento da rua, deitado olhando pro teto ou assistindo Cátia Fonseca de tarde. Sentei um pouquinho na escadinha do quintal, e fiquei alguns minutinhos fazendo o papel de fofoqueira da rua e registrando cada movimento externo. Tinha me esquecido como isso era tão bom. Minha única preocupação na adolescencia, era tirar notas boas, já que meus pais sempre priorizaram a questão da boa educação e dos estudos, pela minha parte. Claro, eu nunca supri isso, porque estava mais preocupado em me divertir do que decorar números, palavras e outras coisas chatas e desnecessárias para a vida. Mas hoje me arrependo de não ter feito tudo direitinho. Não tenho tanta certeza se esse descaso com a escola me fez bem como ser humano. Mas enfim. Comecei falando de algo e terminei falando de outro.

13 de jun. de 2011

O pouco

Naquele momento eu estava tranquilo. Fingi um piripaque qualquer, algum surto emocional apenas para chamar a atenção toda para mim. Ego. Não queria nada, talvez nunca quisera. Só queria uma cama quentinha para me encostar, algo macio para repousar. Só isso. E continuei ali naquela mania louca de falar, falar, falar e falar sobre nada e sobre sentimentos que nunca existiram. Ninguém escutava. Às vezes, quando fazia sentido ou quando alguém se identificava, soltava algum comentário curto. Não que aquilo fizesse diferença, não, veja bem, eu só queria algo que fosse "meu". Algo que eu olhasse e dissesse: fruto do meu sentimento, pensamento e criação.

Não me foi entregue e jamais seria, se continuasse naquele ritmo lento-quase-parando.

O cheiro das flores cítricas inundou aquele ambiente. Eu ali com aquela cara enfiada naquele monitor, esperando sabe lá o que ou que sinal. Eles nunca existiram, obviamente. Eu estava louco.

Eu estou louco. E assim vivo a respirar, apenas, por aí. Mantendo a minha presença, ou não presença. A presença que se chama "pouco". A presença com traços de ausência. Eu mantive. Eu mantenho. Andando por aí, catando folhas de diferentes tamanhos e juntando-as para fomar um painel em forma de coração. OU juntando argila marrom para montar aquela casinha. Lembra da casinha? Lembra das estrelas coloridas?

Eu achei que tivesse esquecido, mas elas ainda estão frescas aqui na memória. A casinha verde com bolinhas amarelas. O brasil afundado e doentio, assim como o meu e o seu coração. O pouco, a vida, a subvida e o coração. Todos estão interligados. E eu sei exatamente em que ponto.

7 de jun. de 2011

O DIA

Ok. Depois da epifania de ontem, de achar que o mundo estava ao meu favor, de ignorar a solidão que me acomete nos ultimos dias, de me sentir até bonito e confiante, CLARO, que teria que vir um dia como hoje logo em sequência. Acordei atrasado pro trabalho (na verdade, eu acordei no horario, mas o friozinho me fez economizar energia para levantar na hora certa). O metrô estava aquele inferno de sempre, o sinal da internet do celular não estava funcionando (me distraio no metrô lendo tweets alheios e rindo alto). Cheguei tarde e o café do trampo já estava morno, tinha milhares de coisas para serem feitas e o outro garoto que me ajuda, já estava completamente ocupado com outro mundo de coisas, deixando grande parte das coisas para eu fazer. O isqueiro parou de funcionar, e claro, quando isso acontece você nunca encontra ninguém na rua fumando pra te fazer alguma caridade. Tive que almoçar um cup noodles ruim pra caramba, porque eu só tinha TRÊS REAIS. Tive que aguentar um menino do meu trabalho me irritando O DIA TODO, dizendo que uma menina feia amiga dele tá afim de mim. Começou a chover bem na hora de eu vir pra casa. Passei no banco pra ver se tinha caído o meu salário, e sim tinha caído a porcaria do salario, mas no mesmo intante o mesmo foi engolido pelo banco. Me deixando numa situação completamente desesperadora a ponto de eu querer vender meu corpo por dez reais em qualquer boca de lixo. Desistir dos meus planos de aniversário porque eu não vou ter grana nem pra tomar um café, me obrigado a não ir mais no show que eu queria e ficar em casa na internet me deprimindo. Não ter ninguém pra conversar sobre nada da minha vida, tendo que engolir tudo sozinho. Sendo que a única pessoa que foi compreensiva e gentil comigo, foi a ultima pessoa que imaginei que seria. Aliás, obrigado. Caso leia isso daqui. Você vai saber que é vocÊ. Estou me sentindo mal, porque minha mãe me emprestou dinheiro e eu prometi a mim mesmo que isso jamais aconteceria novamente e pra piorar tudo acabei de bater o joelho na quina da cama, abriu um buraco e tá sangrando.

E o meu quarto está com a luz queimada. O que falta? Cair uma bigorna na minha cabeça?

Ok. Vou engolir tudo sozinho e continuar.

5 de jun. de 2011

cinza

Os dias tem se arrastado lentamente. Por dentro milhares de coisas acontecem, pensamentos que se queimam sozinhos, outros que borbulham, transbordam, secam, congelam e qualquer coisa que possa ser considerada excessiva. Falo pouco. Observo bastante. Tudo continua sempre a mesma coisa. Tenho muitas coisas na cabeça, muitas palavras para serem ditas. Mas isso não importa. Nunca importou. Talvez nem pra mim. São só palavras.

Não tem ninguém.

A única coisa que posso fazer é escrever para algum ser invisível, sem forma, sem corpo, sem som.
E assim eu tento ficar bem. As coisas fingem que se amenizam. E eu finjo estar bem.

3 de jun. de 2011

Imagens que dizem por elas mesmas














E por fim...


tô na vibe imagens.

2 de jun. de 2011

Quando eu crescer...
















...quero essa riqueza na minha vida.

1 de jun. de 2011

...






















O Vital que tirou essa foto. No dia do aniversarinho da Mariana / Pri. Eu estava meio alegrinho de cerveja neste momento. Nem faz tanto tempo assim, vai...

Ele está em Nova York neste momento. Desfrutando dos prazeres deste mundo.
Saudade do Vital. Saudade de ser alegre.

Daí que hoje saí do trabalho e fui até o CCSP comprar meu ingresso pro show do fim de semana. Me deu loucurinha e comprei dois, talvez por alguma esperança idiota de achar que alguém iria comigo. Nem sei a quem eu queria enganar. Mas é um fato que um dos dois ingressos será inutilizado. No fim das contas, vou acabar indo sozinho mesmo.

:(

Preciso de amigos novos. Mandar curriculo com pretensão salarial para o e-mail que está no meu perfil.

Some things