Poucas coisas conseguem me fazer feliz. Mas quando conseguem, é verdadeiro.
Não sou um cara carismático, mas me acham engraçado. Não sei se gosto que me achem engraçado. Não faço nada pra isso. Logo, meu jeito é engraçado. O que é engraçado é cômico, necessariamente. O que é cômico é esquisito, ridículo, tão ridículo que é engraçado. Acho que eu sou isso. Não sei. Não respondam.
Daí que quase nunca sorrio pra ninguém. Prefiro o espontaneo.
Sorrio quando me convem, exclusivamente. E quando vem, claro. Vem natural.
Você sabe a diferença entre um sorriso natural e o não natural?
Eu sei. O natural automaticamente aperta seus olhos, repuxa a sua pele e forma pé de galinha e dura poucos segundos.
O não natural só estica a boca, mostrando os dentes ou não.
Outra coisa que andei reparando é que num geral, eu sei mais das pessoas do que elas sabem de mim. Pensei, pensei e pensei e qual é o problema? O problema é que pra mim o passado já não tem importância. E o que sou também não importa tanto. Palavras não significam nada além de umas letras jogadas de qualquer jeito. Aí eu penso, novamente: porque preciso falar coisas sobre mim? Se eu sou aquilo que eu mostro ser. Não sou do tipo de esconder defeitos, personalidade e etc. Sou isso e pronto. Goste ou não. Quando mais novo eu mentia muito. Toda hora e em qualquer lugar. Para amigos, meus pais, família e etc. As mentiras saiam como se fossem verdades, e sem motivo algum. Apenas porque era divertido. É divertido você criar personagens. É legal você assumir uma personalidade em cada ambiente que frequenta. Mas isso já não serve mais pra mim. Hoje sou o que sou. Sem me importar com maiores consequencias. Embora, pelo menos umas 2 vezes por semana eu reclame do meu jeito de ser.
O meu jeito de ser/viver/estar ainda é um paradoxo pra muita gente. E por vezes, é para mim também.
Não tenho medo de muitas coisas no mundo. Aprendi que nada é maior do que a minha capacidade e vontade de resolver problemas.
Isso funciona muito bem quando se trata da vida dos outros. Não na minha, não na prática. Ainda me assusta muito o que eu sou. Ainda nem tenho certeza do que sou. Só sei que tendo a julgar como "bom" ou "ruim". Típico da ocidental criação baseada nos preceitos cristãos. Por mais que você não seja cristão, seus comportamentos tem relação íntima com essa doutrina, querendo você ou não. Nessas horas entro em parafuso. Sem saber o que fazer.
E por mais que eu seja a pessoa que mais conhece a minha própria pessoa, nesse mundo todo, sou a que mais tem dificuldade em lidar com tal.
Isso é complexo pra você?
Pois pra mim também.
Daí que o problema é que eu penso de mais. Eu penso muito. Sobretudo, durantes as noites. Cara, eu odeio noites. Não sei se já falei sobre o meu ódio pelas noites. Sou um ser totalmente diurno. A noite me deixa em contato comigo mesmo. O que por dias, pode ser totalmente construtivo ou destrutivo. Depende do humor.
Geralmente é destrutivo.
E é por isso que eu faço análise. É por isso que pago dinheiros para alguém me ouvir falar coisas e coisas e coisas uma vez por semana.
A vida é simples né?