26 de mar. de 2012

stars

sentado no ônibus, assistindo toda a paisagem urbana sob a chuva fraca que caía, pude repensar em todas as coisas que eu havia feito até o longo desse tempo todo.   Lembrei de cada momento compartilhado, com cada uma daquelas pessoas todas. Lembrei de como era a sensação de encher o cérebro de oxigênio, e dar aquela risadinha sem graça. As coisas nunca foram fáceis, mas eu me divertia. Ah, como me divertia. Levantava a hora que fosse e ia lá encarar o dia, a noite, a tarde ou o que fosse. Lembrei de como era a sensação das gotas caindo sobre a minha pele e de como isso me fazia feliz. Pensei bastante, sabe? E quando era tão alegre pegar o celular, acender um cigarro e ouvir vozes familiares d'outro lado da linha, ah como era bom. Hoje tudo mudou, viramos adultos. Temos contas para pagar, temos responsabilidades com profissões não tão legais assim, ou profissões legais, que seja. Temos filhos para cuidar, mas na verdade ainda somos umas crianças por dentro, daquelas mais insuportáveis que choram por atenção, fazem birras e se jogam no chão, mas ficamos muito bravos quando as nossas próprias crianças fazem o mesmo. É uma exclusividade nossa, ora pois? Aí sentamos numa calçada qualquer e nos lembramos de como era bom o cheiro de bolo, cheiro de mato molhado, de cocô de cachorro e de passar a noite olhando as estrelas. As estrelas assistiam nossas vidas com assiduidade, num nível muito maior do que o que assistíamos seu brilho.

Nos esquecemos de tudo isso.

E você onde esteve esse tempo todo?

Festival do cachorro quente

Nesse domingo pude comparecer ao I Festival Do Cachorro Quente de Osasco. Sim, eu fui até lá para comer um hot dog. 

Acontece que Osasco é a segunda cidade do mundo em consumo de hot dogs, perdendo apenas para Nova York. E até me desloquei para comer o tal do cachorro quente no prato, que se consistia num pão aberto, um monte de salsichas (acho que 4), meio quilo de purê de batata, meio quilo de batata palha, cheddar, vinagrete e etc. Talvz você tenha salivado com essa descrição, mas não. Não é tão gostoso quanto parece. Passei mal a tarde toda por isso (tenho problemas estomacais, mas mesmo assim né? muito carboidrato num prato só).

Aí que teve concurso para ver quem comia mais cachorros quentes, tinha que comer 10 em 3 minutos. Por alguns instantes achei que eu poderia tentar, mas não. Imagina sair em rede nacional com o mérito de ter comido 10 cachorros quentes em 3 minutos. Isso não seria para o meu leve pudor sobre muitas coisas.

E tinha um camarote também. Na verdade era um espaço separado por 4 degraus do chão e uma galera que parecia ser a "high society" de osasco.
A plaquinha que identificava o camarote era uma folha de caderno com os dizeres "CAMAROTE 100 REAIS" escrito com caneta PILOT.

E é só.

20 de mar. de 2012

A boliviana

Hoje quando vinha trabalhar, sentado no metrô, eis que entrou uma moça. Uma moça de aparentemente, uns 20 anos. Era boliviana. Carregava uma enorme mochila e uma bolsinha de mão com os dizeres "un regalo de bolivia".

Fiquei olhando seu rosto por alguns longos minutos, sem conseguir desviar. Ela não era bonita. Ela não estava cheirosa. Ela não estava nem acordada direito. Mas alguma coisa não me deixava desviar do seu olhar.

Mergulhei dentro dos olhos dela e visualizei solidãom, preconceito e muito sofrimento. Fiquei imaginando como é difícil ser diferente em uma multidão de pessoas pré-moldadas. Nós, brancos, classe média, empregados, e etc não podemos imaginar o que ela aquela garota passou até estar ali, de pé com olhar perdido dentro daquele vagão de metrô, precisamente às 8h30 da manhã. Desceu no Belém, grande concentração de fábricas onde trabalham bolivianos. Senti uma pontada de tristeza ao pesar que o destino dela, provavelmente seria um lugar desses. Onde ela passaria seu dia, e de noite retornaria ao mesmo lugar de onde veio. Alguma casa perdida na periferia.

Eu não sei porque isso me tocou. Não sei direito porque pensei tudo isso.
E provavelmente isso não deve nem fazer tanto sentido.

12 de mar. de 2012

dialogos

1 - você sabe dirigir?
2  - tenho uma noção, porque?
1 - não sei, você não parece fazer essas coisas.
2 - ... [?]
1 - é, essas coisas. você tem cara de que vive no computador o tempo todo.
3 - você fica?
2 - o que? no computador o dia todo?
3 - é
2 - não ué. e vocês. sabem dirigir?
1/3 - não...

9 de mar. de 2012

Esteja bem

Estava sentadinho no metrô, vindo pro trabalho e em uma das estações por quais o metrô pára, eu pude ver um senhorzinho agonizando. Tinha aparencia frágil, cabeça branquinha, magro e carregava uma bengalinha. Estava sozinho, provavelmente indo para algum hospital da vida. Ele estava sentado do lado de fora do vagão, sendo reanimado por umas 3 pessoas diferentes, ao que nenhum deles parecia ser parente dele. Por isso presumo que ele estava sozinho.

Enfim, demoraram uns bons 3 minutos (o que é muito, nesses casos) para socorrer o senhor. E aí o metrô voltou a andar e eu não sei o que aconteceu.

Só sei que fiquei repetindo mentalmente "força, continue vivo" por alguns minutinhos até a rotina massacrante vir me abraçar com força.

Não sei porque, mas me veio ele na cabeça.

Espero que ele realmente esteja bem.

2 de mar. de 2012

algumas coisas

confesso que estes ultimos dias tem sido dificeis e tristes. meio dificil de enxergar algo de bom que possivelmente aconteça.

bom, como algumas pessoas sabem, eu faço análise. não faço porque gosto. não faço porque tenho dinheiro sobrando. faço porque preciso.

sempre achei que precisava. não me considero uma pessoa equilibrada mentalmente, embora tenha melhorado muito nos ultimos anos. já vivi pelo absurdo da insegurança, por um transtorno alimentar, por ódio a mim mesmo, por sindrome do ninguém-me-ama-ninguém-me-quer.

Hoje estou anos luz melhor do que eu estava há uns 3 anos atrás. Outra pessoa.
As pessoas dizem isso e eu noto.

Ainda não estou curado de nada. Ainda transito entra a insegurança, um transtorno alimentar, ódio a mim mesmo e a tão chata sindrome do ninguém-me-ama-ninguém-me-quer.

Daí que hoje na analise eu finalmente percebi que ainda tenho muito trabalho pela frente.
Eu tenho alguns traumas de infancia. Algumas coisas relacionadas com familia e que geraram um padrão no meu comportamento, ainda que no dia-a-dia eu não faça essa ligação imediatamente (geralmente, sequer lembro da minha infancia e afins).

Mas ainda carrego algumas coisas dessa época, coisas que eu sempre julguei sem cura. E por alguns momentos acreditei que eu estivesse condenado a ser uma pessoa triste para o resto da minha vida.

Em outros momentos me sinto culpado por me sentir triste, já que existem traumas piores, como abuso sexual e afins. Mas a minha história é outra. E ela só tem o devido peso porque quem viveu fui eu.

Ainda tenho muito trabalho pela frente, até me tornar uma pessoa boa. Até o momento que vou parar de me cobrar e achar que não tenho valor. Eu tenho o meu valor sim. E não preciso me cobrar. Ninguém vai notar. E isso não vai fazer meus pais mais felizes ou infelizes. Eu estou numa jornada longa e que preciso agir sozinho.

E estou disposto neste momento.

29 de fev. de 2012

Dylan

Tudo começou em 2008. Nem faz tanto tempo assim.
Mas me lembro como ontem, a forma que ouvi a primeira música do Bob Dylan. It Ain't me Babe.
Nessa canção ele canta despretenciosamente, ao mesmo tempo que se utiliza de uma pequena dose de drama, sobre o fato de não ser a pessoa que "ela" procura.

Lembro de ter ouvido e pensado "hum, isso é bom" - "isso é muito bom".
Algum tempo depois e eu estava viciado nas músicas daquele cara de Minnesota, com voz rouca e pouca técnica na gaita.

"Ele é demais" pensei comigo mesmo.

Poudo tempo depois descobri que além de fazer músicas boas e compor bem, ele ainda pintava quadros e escrevia poesias. "Quero um décimo desse talento pra ficar feliz".

Quatro anos depois de ter me apaixonado pelo folk de protesto desse engimático cantor, eu vou vê-lo ao vivo. O ingresso tá comprado. :)

27 de fev. de 2012

A calça

Sábado fui a uma festa de aniversário. Antes de sair de casa coloquei minha calça jeans e uma camiseta. Ok, normal. A calça estava inteira.

Cheguei na festa, bebi, fumei, conversei e fiz tudo o que uma pessoa em uma festa faz. Ok.

Lá pela meia noite, resolvemos voltar pra casa (sugar e eu), me despedi de algumas pessoas e fomos rumo à casa. Como estava tarde, decidimos pegar um taxi. Até aí tudo ok.

Daí que chegamos meio altos e fomos dormir. Tirei a calça e vesti uma bermuda pra deitar. Guardei a calça. Ok.

Ontem não usei a calça.

Hoje quando saía pra trabalhar, peguei a calça e vi que estava rasgada de fora a fora, começando na região anal, seguindo até a parte superior da bunda. Fora um outro rasgo perto do bolso traseiro.

NÃO ME PERGUNTE O QUE ACONTECEU PORQUE EU NÃO SEI.

Suponho que seja coisa de gordo. Gordo que usa muito uma calça até ela se desintegrar no próprio corpo.

Agora a questão é: será que fiquei assim a festa inteira sem perceber?

Mistério.

Não me surpreenderia se em breve começar a surgir uns memes com alguma foto minha com a calça rasgada na região anal. HAHAHAHAHA!

22 de fev. de 2012

ladroagem

Quando eu tinha doze anos de idade eu costumava roubar dinheiro do meu pai. Ele deixava sua carteira todos as noites em cima do rack, do lado da tevê. E lá ia eu sorrateiramente na calada da noite, e abria o velcro da carteira bem devagarzinho pra não fazer barulho. Em meio a muitas notas de 50 reais, 100 reais, 10 reais (meu pai sempre andou com bastante dinheiro físico na carteira), eu catava algumas de 5 pra não dar muito na cara. O suficiente para eu gastar com doces e revistas do pokémon. O que eu não sabia, naquela época, é que meu pai sabia quanto tinha e deixava as notas disponibilizadas de uma forma que só ele sabia. Resultado: Certo dia, ele me pegou no flagra e me levou até a lojinha onde eu costumava gastar aquele dinheiro e disse pro vendedor que eu era um ladrão e que ele não podia vender nada para mim. O pior de tudo é que eu sabia que se eu quisesse e pedisse, meu pai me daria o dinheiro.

Pois é, minha gente. A vida não tá fácil. Cá estou eu com 2 dígitos de dinheiro para sobreviver até o quintodia útil do mês (algo em torno de daqui a duas semanas). Não estou contente e juro que se eu soubesse fazer, iria praticar uns golpes pela praça.

Brincadeira.
Para me doar 5 reais, mande um torpedo para 0800 555
Para me doar 10 reais, mande um torpedo para 0800 1010
Para me doar 15 reais, mande um torpedo para 0800 1515
Para me doar mais do que 15 reais, mande um torpedo para 0800 202020

Aguardo uma atitude, amigos.

sistema excretor

Nunca fui de muitos amigos. Nunca fui de turmas. Sempre fui acostumado a viver por mim mesmo. Por mais que isso doesse às vezes, era assim que eu sabia viver.

Hoje me pego feliz com alguém, vivendo junto, rindo junto, falando sobre cocô e tendo um tipo de intimidade que nunca tinha atingido até então.

Não acho assustador. Acho muito bom.

Dia desses estava conversando sobre a aparência do cocô quando se come muita fibra, quando se come muito carboidrato e trocando experiencias sobre o sistema excretor.

Isso me deixa muito satisfeito, ao contrário de pudorado, como outrora.

15 de fev. de 2012

esse cara chamado eu

Poucas coisas conseguem me fazer feliz. Mas quando conseguem, é verdadeiro.
Não sou um cara carismático, mas me acham engraçado. Não sei se gosto que me achem engraçado. Não faço nada pra isso. Logo, meu jeito é engraçado. O que é engraçado é cômico, necessariamente. O que é cômico é esquisito, ridículo, tão ridículo que é engraçado. Acho que eu sou isso. Não sei. Não respondam.

Daí que quase nunca sorrio pra ninguém. Prefiro o espontaneo.
Sorrio quando me convem, exclusivamente. E quando vem, claro. Vem natural.
Você sabe a diferença entre um sorriso natural e o não natural?
Eu sei. O natural automaticamente aperta seus olhos, repuxa a sua pele e forma pé de galinha e dura poucos segundos.
O não natural só estica a boca, mostrando os dentes ou não.

Outra coisa que andei reparando é que num geral, eu sei mais das pessoas do que elas sabem de mim. Pensei, pensei e pensei e qual é o problema? O problema é que pra mim o passado já não tem importância. E o que sou também não importa tanto. Palavras não significam nada além de umas letras jogadas de qualquer jeito. Aí eu penso, novamente: porque preciso falar coisas sobre mim? Se eu sou aquilo que eu mostro ser. Não sou do tipo de esconder defeitos, personalidade e etc. Sou isso e pronto. Goste ou não. Quando mais novo eu mentia muito. Toda hora e em qualquer lugar. Para amigos, meus pais, família e etc. As mentiras saiam como se fossem verdades, e sem motivo algum. Apenas porque era divertido. É divertido você criar personagens. É legal você assumir uma personalidade em cada ambiente que frequenta. Mas isso já não serve mais pra mim. Hoje sou o que sou. Sem me importar com maiores consequencias. Embora, pelo menos umas 2 vezes por semana eu reclame do meu jeito de ser. 

O meu jeito de ser/viver/estar ainda é um paradoxo pra muita gente. E por vezes, é para mim também.
Não tenho medo de muitas coisas no mundo. Aprendi que nada é maior do que a minha capacidade e vontade de resolver problemas.
Isso funciona muito bem quando se trata da vida dos outros. Não na minha, não na prática. Ainda me assusta muito o que eu sou. Ainda nem tenho certeza do que sou. Só sei que tendo a julgar como "bom" ou "ruim". Típico da ocidental criação baseada nos preceitos cristãos. Por mais que você não seja cristão, seus comportamentos tem relação íntima com essa doutrina, querendo você ou não. Nessas horas entro em parafuso. Sem saber o que fazer.
E por mais que eu seja a pessoa que mais conhece a minha própria pessoa, nesse mundo todo, sou a que mais tem dificuldade em lidar com tal.
Isso é complexo pra você?

Pois pra mim também. 

Daí que o problema é que eu penso de mais. Eu penso muito. Sobretudo, durantes as noites. Cara, eu odeio noites. Não sei se já falei sobre o meu ódio pelas noites. Sou um ser totalmente diurno. A noite me deixa em contato comigo mesmo. O que por dias, pode ser totalmente construtivo ou destrutivo. Depende do humor.
Geralmente é destrutivo.

E é por isso que eu faço análise. É por isso que pago dinheiros para alguém me ouvir falar coisas e coisas e coisas uma vez por semana.
A vida é simples né?

10 de fev. de 2012

conquista do dia

Porta de correr. Aberta só um pouquinho.

Um cara gordão entra de lado.

Pensei: o que aconteceria se eu passasse?

Fiz o teste e passei.
De frente.

O dia começou bem.

Medianeras

Fazia tempo que eu não assistia um filme que me tocasse tanto assim, como este filme argentino. Ontem tive a oportunidade de assistir, já que ganhei um par de ingressos do perfil oficial do twitter. E lá fui eu para Reserva Cultural, assistir um filme, que poderia mudar a minha noite. Fui com algumas expectativas, pois ouvi muito sobre ele no ano passado. E ouvi muito bem.


A fórmula da história pode ser batida sim, pode ser clichê ou qualquer coisa que o valha, mas o diretor trasnformou todo esse clichê em algo diferente. Algo visualmente bonito, interessante e que foge do clichê, sendo clichê. Entende?

O filma trata dos conflitos que estamos sujeitos, vivendo numa cidade grande. Se passa em Buenos Aires, mas pode ser facilmente incorporado em qualquer grande metrópole do mundo. Ele trata daquelas angústias que nos acomete em grandes cidades. Nos coloca questões de como a internet pode afastar e unir ao mesmo tempo. Os fios que ligam um no outro. Eles unem mesmo? Ou separam a gente?

Além disso tudo, o filme me tocou de maneira especial, porque me identifiquei muito com a Mariana (uma das personagens protagonistas). Ela é uma arquiteta frustrada, que passa o tempo estourando plástico bolha, ou fazendo sexo com um manequim. Tenho muito dela em mim. Uma apatia grande que quase se torna dor.


Não quero me prolongar muito na história do filme, já que muitos devem ainda não ter assistido. Só recomendo que assistam. É muito bom. Traz diversas questões à mente. Além de a trilha sonora ser ótima.

O filme, creio eu, já sairá de cartaz por esses dias, mas o DVD acaba de ser lançado. Fica a dica.

Recomendadíssimo.

8 de fev. de 2012

algo sobre calorias, negócios e amor

Sugar e eu estamos pensando em abrir uma lanchonete. Desde sempre fazemos lanches bonitos e gostosos. Somos pessoas que gostam muito de comer bem. E bastante.

Daí que um certo dia fizemos cheddar mc melt adaptado. Com hamburguer de calabresa.

Neste dia a frigideira pegou fogo, comigo no fogão. E eu juro que quase senti queimando a pontinha da minha franja. Não foi legal.

Aí que há alguns dias atrás, inventamos brincar de lanchonete de novo. Estrogolanche. E tava eu lá fritando hamburguer novamente. Quando de repente, não mais que de repente, a frigideira pega fogo de novo. Só comigo.

Então resolvemos que ele fica na chapa. E eu fico no comando das coisas. Gosto de ficar observando as pessoas trabalharem, pra poder criticar e apontar erros. :)


Esse é o Estrogolanche. 
Tinha resto de estrogonofe na panela, e usamos pra criar um "molho especial".
Dois pra cada um. Após comer, cada um queria mais dois.

Achamos exagero e fomos dormir.

3 de fev. de 2012

sexta feira e a trilha sonora da minha vida

Finalzinho de expediente, sem nada pra fazer. Achei isso por aí, e resolvi fazer.
Vamos lá.

1. Abra seu player (iTunes, Media Player, iPod, etc)
2. Coloque no shuffle
3. Dê play
4. Para cada pergunta, escreva música que toca
5. Depois de responder cada pergunta, dê Next



Opening Credits: All is Love – Karen O and The Kids
Acordando: Todo El Oro – Deborah de Corral
Primeiro dia na escola: Potion Approaching - Arctic Monkeys
Primeiro amor: Lovesong - Alina Orlova (bateu certinho)
Cena de Luta: FYR - Le Tigre
Formatura: The Sprawl - Sonic Youth
Vida: Chin Chin & Muck Muck - Devendra Banhart
Mental Breakdown: Don't you look back - Mallu Magalhães
Dirigindo: Music Is My Hot Sex - CSS
Flashback: Miss My Lion - Scout Niblett
Juntos novamente: Palace Of Bone - Peter Doherty
Perdendo a virgindade: China Nights (Shina No Yoru) - Kyu Sakamoto
Casamento: The Search for the Cherry Red - The Kills
Nascimento do primeiro filho: Our Singer - Pavement
Batalha Final: Sweet Rose - Matt Costa
Cena de morte: Tangled Up in Blue - Bob Dylan
Funeral: Sunday Morning Comin' Down - Johnny Cash
End Credits: All Tomorrow's Parties - Velvet Underground

Tcharam.


Retrato bem humorado do diálogo de um casal x.

- Oi, docinho de coco.
- Oi. O que é que você quer?
- Só liguei pra dizer que eu te amo. E que você é a mulher da minha vida.
- Olha, eu não tenho dinheiro para te emprestar novamente.
- Eu não quero dinheiro.
- Tá, chega de rodeios. Diga logo o que você quer.
- Quero o seu amor. Isso é possível?
- Estou começando a ficar irritada. Se não disser o que quer logo, vou desligar.
- Quero dizer que te amo e que quero o seu amor. 
- Pra que?
- ...
- ...
- Isso está constrangedor. Me dá licença.
- Você é difícil, garota.
- Sou mais fácil do que você pensa. Ou quero, ou não quero.
- E o que você quer?
- Quero terminar de ler a minha revista.
- Você não me quer?
- Talvez.
- Ontem você disse que me ama...
- Eu estava bêbada.
- Sim, você estava bêbada. Mas palavras não voltam.
- Isso não quer dizer que eu te ame.
- E porque você ainda está aí parada, com o telefone encostado na orelha e ouvindo as minhas palavras de amor? Você poderia ter desligado.
- ...
- Te peguei.
- Não. Não me pegou.
- Então diga alguma coisa...
- Alguma coisa.
- Eu falo sério.
- Eu também falo sério.
- Eu te amo.
- E eu preciso cortar as unhas e tirar esse esmalte descascado.
- Não vai dizer que me ama também? Todos sabem disso, não sei porque esconde.
- Tá. Você venceu. Eu te amo.
- Viu só? Eu sabia disso. Não estou surpreso.
- ...
- Você é demais, sabia?
- Sabia sim.
- ...e pretenciosa.
- Disso eu também sei. Agora me conte uma novidade.
- Eu te amo.
- *ligação cai*
- Eu também te amo e quero viver pra sempre com você. Quero que seja o pai dos meus filhos. E gosto das suas camisas, gosto do seu jeito de andar, do seu sorriso e do jeito como você pisca pra mim quando fazemos besteirinhas. Promete nunca partir e ficar sempre do meu lado e aguentar as minhas TPMs e ficar caladinho e apenas me dar chocolate? Enfim. Eu te amo. Está satisfeito?
- ... ... ... ... ...
- Alô? Você está aí?
- *tu tu tu tu tu....*

xxx

- Alô? A ligação caiu...
- Eu percebi.
- Você tinha falado alguma coisa?
- Não.

2 de fev. de 2012

O transtorno que procedeu o sono.

Hoje tive um sonho esquisito. Sonhei que estava na casa de uma amiga, juntamente com sua família. Mas estes não podiam me ver e nem me ouvir. Eu estava andando pela casa e apareci num banheiro, onde podia escutar tudo o que eles falavam (obviamente não me lembro de nada do que foi dito), passei algum tempo lá dentro e resolvi sair da casa. Subi uma escadaria imensa e com degraus muito largos, azuis e repletos de enfeites infantis. Algo como decoração de festa de criança. Ao chegar no topo da escadaria, eu vi uma praça muito grande. Tinha muitos jovens praticando esportes, fumando e sentados conversando. Lembro de ter falado com alguma menina, mas também não me recordo o quê.

Passado esse momento, eu não sei se foi real ou se foi continuação do sonho. Mas a verdade é que eu estava deitado na minha cama, usando as mesmas roupas que eu estava na ocasião e era tudo muito real. Lembro do calor também, pois estava coberto até a cabeça, como sempre faço quando vou dormir. E em determinado momento, eu senti um peso (ao que me parecia um humano) sobre mim. Como se alguém tivesse sentado sobre o meu corpo deitado na cama. Lembro de ter tentado gritar, mas a voz não saía. Lembro de ter tentado abrir os olhos, ou me movimentar, mas não podia fazer isso. Eu estava consciente de tudo, porém sem movimento algum. Neste momento (juro), me vieram algumas músicas religiosas, destas que todos conhecem, na cabeça. E aos poucos os movimentos foram voltando ao normal e o peso saiu sobre mim.

Estranho.

Bem, eu não acredito em coisas sobrenaturais e não tenho religião. Mas que foi estranho, foi. Talvez parte da criação religiosa que tive, ainda sobreviva aqui dentro inconscientemente. Isso explica o fato de ter vindo à minha mente coisas religiosas.

Mas acordei intrigado (e bem assustado). Daí que encontrei uma explicação muito lógica e científica para o que aconteceu. Chama-se "paralisia do sono". Abaixo segue um trexo do que encontrei aqui.

"O que é?
A Paralisia do Sono é caracterizada por uma paralisia temporária do corpo imediatamente após o despertar ou, com menos freqüência, imediatamente antes de adormecer. Também é conhecida como Atonia REM por estar diretamente relacionada à paralisia que ocorre como uma parte natural do nosso sono REM, a fase do sono em que ocorrem nossos sonhos mais vívidos. Durante esta fase os olhos movem-se rapidamente (em Inglês, rapid eye movement) e a atividade cerebral é similar àquela que se passa nas horas em que se está acordado.
Como é sabido, nosso cérebro paralisa os músculos durante essa fase do sono para prevenir possíveis lesões pelo fato de algumas partes do corpo poderem se mover durante o sonho (principalmente ao sonharmos que estamos caindo ou quando damos uma porrada na parede). Quando acordamos subitamente o cérebro pode “não perceber” e o estado de paralisia não é desativado.
O resultado vocês já devem prever: a pessoa fica consciente mas incapaz de se mover. Para piorar o cenário de desespero esse estado pode ser acompanhado pelas chamadas alucinações hipnagógicas, que envolvem imagens e sons, características dessa condição."
E vocês? Já tiveram isso?

27 de jan. de 2012

Na volta das férias, me elogiaram. Disseram que estou mais magro.
Mas preste atenção como funciona o lance:

Em casa eu não comia. E porque? Primeiro porque eu acordava relativamente mais tarde (entre café e almoço). Segundo que eu tinha muita preguiça de sair pra comprar coisas pra comer. E terceiro porque eu mal sentia fome.

Agora que voltei a trabalhar, já acordo com fome. Como tudo. O dia todo.


Um grande amém


Uma coisa que me deixa muito bodeado é cobrança. Em qualquer sentido. Mas a pior delas é a cobrança como ser humano. Aquela coisa de exigirem que eu seja de alfuma forma pré-moldada e que não diga certas coisas, não fale com certas pessoas e etc.

Isso não deu certo com os meus pais. Obviamente, não dará certo com terceiros.

Eu respeito as pessoas. Acho que isso basta.