29 de fev. de 2012

Dylan

Tudo começou em 2008. Nem faz tanto tempo assim.
Mas me lembro como ontem, a forma que ouvi a primeira música do Bob Dylan. It Ain't me Babe.
Nessa canção ele canta despretenciosamente, ao mesmo tempo que se utiliza de uma pequena dose de drama, sobre o fato de não ser a pessoa que "ela" procura.

Lembro de ter ouvido e pensado "hum, isso é bom" - "isso é muito bom".
Algum tempo depois e eu estava viciado nas músicas daquele cara de Minnesota, com voz rouca e pouca técnica na gaita.

"Ele é demais" pensei comigo mesmo.

Poudo tempo depois descobri que além de fazer músicas boas e compor bem, ele ainda pintava quadros e escrevia poesias. "Quero um décimo desse talento pra ficar feliz".

Quatro anos depois de ter me apaixonado pelo folk de protesto desse engimático cantor, eu vou vê-lo ao vivo. O ingresso tá comprado. :)

27 de fev. de 2012

A calça

Sábado fui a uma festa de aniversário. Antes de sair de casa coloquei minha calça jeans e uma camiseta. Ok, normal. A calça estava inteira.

Cheguei na festa, bebi, fumei, conversei e fiz tudo o que uma pessoa em uma festa faz. Ok.

Lá pela meia noite, resolvemos voltar pra casa (sugar e eu), me despedi de algumas pessoas e fomos rumo à casa. Como estava tarde, decidimos pegar um taxi. Até aí tudo ok.

Daí que chegamos meio altos e fomos dormir. Tirei a calça e vesti uma bermuda pra deitar. Guardei a calça. Ok.

Ontem não usei a calça.

Hoje quando saía pra trabalhar, peguei a calça e vi que estava rasgada de fora a fora, começando na região anal, seguindo até a parte superior da bunda. Fora um outro rasgo perto do bolso traseiro.

NÃO ME PERGUNTE O QUE ACONTECEU PORQUE EU NÃO SEI.

Suponho que seja coisa de gordo. Gordo que usa muito uma calça até ela se desintegrar no próprio corpo.

Agora a questão é: será que fiquei assim a festa inteira sem perceber?

Mistério.

Não me surpreenderia se em breve começar a surgir uns memes com alguma foto minha com a calça rasgada na região anal. HAHAHAHAHA!

22 de fev. de 2012

ladroagem

Quando eu tinha doze anos de idade eu costumava roubar dinheiro do meu pai. Ele deixava sua carteira todos as noites em cima do rack, do lado da tevê. E lá ia eu sorrateiramente na calada da noite, e abria o velcro da carteira bem devagarzinho pra não fazer barulho. Em meio a muitas notas de 50 reais, 100 reais, 10 reais (meu pai sempre andou com bastante dinheiro físico na carteira), eu catava algumas de 5 pra não dar muito na cara. O suficiente para eu gastar com doces e revistas do pokémon. O que eu não sabia, naquela época, é que meu pai sabia quanto tinha e deixava as notas disponibilizadas de uma forma que só ele sabia. Resultado: Certo dia, ele me pegou no flagra e me levou até a lojinha onde eu costumava gastar aquele dinheiro e disse pro vendedor que eu era um ladrão e que ele não podia vender nada para mim. O pior de tudo é que eu sabia que se eu quisesse e pedisse, meu pai me daria o dinheiro.

Pois é, minha gente. A vida não tá fácil. Cá estou eu com 2 dígitos de dinheiro para sobreviver até o quintodia útil do mês (algo em torno de daqui a duas semanas). Não estou contente e juro que se eu soubesse fazer, iria praticar uns golpes pela praça.

Brincadeira.
Para me doar 5 reais, mande um torpedo para 0800 555
Para me doar 10 reais, mande um torpedo para 0800 1010
Para me doar 15 reais, mande um torpedo para 0800 1515
Para me doar mais do que 15 reais, mande um torpedo para 0800 202020

Aguardo uma atitude, amigos.

sistema excretor

Nunca fui de muitos amigos. Nunca fui de turmas. Sempre fui acostumado a viver por mim mesmo. Por mais que isso doesse às vezes, era assim que eu sabia viver.

Hoje me pego feliz com alguém, vivendo junto, rindo junto, falando sobre cocô e tendo um tipo de intimidade que nunca tinha atingido até então.

Não acho assustador. Acho muito bom.

Dia desses estava conversando sobre a aparência do cocô quando se come muita fibra, quando se come muito carboidrato e trocando experiencias sobre o sistema excretor.

Isso me deixa muito satisfeito, ao contrário de pudorado, como outrora.

15 de fev. de 2012

esse cara chamado eu

Poucas coisas conseguem me fazer feliz. Mas quando conseguem, é verdadeiro.
Não sou um cara carismático, mas me acham engraçado. Não sei se gosto que me achem engraçado. Não faço nada pra isso. Logo, meu jeito é engraçado. O que é engraçado é cômico, necessariamente. O que é cômico é esquisito, ridículo, tão ridículo que é engraçado. Acho que eu sou isso. Não sei. Não respondam.

Daí que quase nunca sorrio pra ninguém. Prefiro o espontaneo.
Sorrio quando me convem, exclusivamente. E quando vem, claro. Vem natural.
Você sabe a diferença entre um sorriso natural e o não natural?
Eu sei. O natural automaticamente aperta seus olhos, repuxa a sua pele e forma pé de galinha e dura poucos segundos.
O não natural só estica a boca, mostrando os dentes ou não.

Outra coisa que andei reparando é que num geral, eu sei mais das pessoas do que elas sabem de mim. Pensei, pensei e pensei e qual é o problema? O problema é que pra mim o passado já não tem importância. E o que sou também não importa tanto. Palavras não significam nada além de umas letras jogadas de qualquer jeito. Aí eu penso, novamente: porque preciso falar coisas sobre mim? Se eu sou aquilo que eu mostro ser. Não sou do tipo de esconder defeitos, personalidade e etc. Sou isso e pronto. Goste ou não. Quando mais novo eu mentia muito. Toda hora e em qualquer lugar. Para amigos, meus pais, família e etc. As mentiras saiam como se fossem verdades, e sem motivo algum. Apenas porque era divertido. É divertido você criar personagens. É legal você assumir uma personalidade em cada ambiente que frequenta. Mas isso já não serve mais pra mim. Hoje sou o que sou. Sem me importar com maiores consequencias. Embora, pelo menos umas 2 vezes por semana eu reclame do meu jeito de ser. 

O meu jeito de ser/viver/estar ainda é um paradoxo pra muita gente. E por vezes, é para mim também.
Não tenho medo de muitas coisas no mundo. Aprendi que nada é maior do que a minha capacidade e vontade de resolver problemas.
Isso funciona muito bem quando se trata da vida dos outros. Não na minha, não na prática. Ainda me assusta muito o que eu sou. Ainda nem tenho certeza do que sou. Só sei que tendo a julgar como "bom" ou "ruim". Típico da ocidental criação baseada nos preceitos cristãos. Por mais que você não seja cristão, seus comportamentos tem relação íntima com essa doutrina, querendo você ou não. Nessas horas entro em parafuso. Sem saber o que fazer.
E por mais que eu seja a pessoa que mais conhece a minha própria pessoa, nesse mundo todo, sou a que mais tem dificuldade em lidar com tal.
Isso é complexo pra você?

Pois pra mim também. 

Daí que o problema é que eu penso de mais. Eu penso muito. Sobretudo, durantes as noites. Cara, eu odeio noites. Não sei se já falei sobre o meu ódio pelas noites. Sou um ser totalmente diurno. A noite me deixa em contato comigo mesmo. O que por dias, pode ser totalmente construtivo ou destrutivo. Depende do humor.
Geralmente é destrutivo.

E é por isso que eu faço análise. É por isso que pago dinheiros para alguém me ouvir falar coisas e coisas e coisas uma vez por semana.
A vida é simples né?

10 de fev. de 2012

conquista do dia

Porta de correr. Aberta só um pouquinho.

Um cara gordão entra de lado.

Pensei: o que aconteceria se eu passasse?

Fiz o teste e passei.
De frente.

O dia começou bem.

Medianeras

Fazia tempo que eu não assistia um filme que me tocasse tanto assim, como este filme argentino. Ontem tive a oportunidade de assistir, já que ganhei um par de ingressos do perfil oficial do twitter. E lá fui eu para Reserva Cultural, assistir um filme, que poderia mudar a minha noite. Fui com algumas expectativas, pois ouvi muito sobre ele no ano passado. E ouvi muito bem.


A fórmula da história pode ser batida sim, pode ser clichê ou qualquer coisa que o valha, mas o diretor trasnformou todo esse clichê em algo diferente. Algo visualmente bonito, interessante e que foge do clichê, sendo clichê. Entende?

O filma trata dos conflitos que estamos sujeitos, vivendo numa cidade grande. Se passa em Buenos Aires, mas pode ser facilmente incorporado em qualquer grande metrópole do mundo. Ele trata daquelas angústias que nos acomete em grandes cidades. Nos coloca questões de como a internet pode afastar e unir ao mesmo tempo. Os fios que ligam um no outro. Eles unem mesmo? Ou separam a gente?

Além disso tudo, o filme me tocou de maneira especial, porque me identifiquei muito com a Mariana (uma das personagens protagonistas). Ela é uma arquiteta frustrada, que passa o tempo estourando plástico bolha, ou fazendo sexo com um manequim. Tenho muito dela em mim. Uma apatia grande que quase se torna dor.


Não quero me prolongar muito na história do filme, já que muitos devem ainda não ter assistido. Só recomendo que assistam. É muito bom. Traz diversas questões à mente. Além de a trilha sonora ser ótima.

O filme, creio eu, já sairá de cartaz por esses dias, mas o DVD acaba de ser lançado. Fica a dica.

Recomendadíssimo.

8 de fev. de 2012

algo sobre calorias, negócios e amor

Sugar e eu estamos pensando em abrir uma lanchonete. Desde sempre fazemos lanches bonitos e gostosos. Somos pessoas que gostam muito de comer bem. E bastante.

Daí que um certo dia fizemos cheddar mc melt adaptado. Com hamburguer de calabresa.

Neste dia a frigideira pegou fogo, comigo no fogão. E eu juro que quase senti queimando a pontinha da minha franja. Não foi legal.

Aí que há alguns dias atrás, inventamos brincar de lanchonete de novo. Estrogolanche. E tava eu lá fritando hamburguer novamente. Quando de repente, não mais que de repente, a frigideira pega fogo de novo. Só comigo.

Então resolvemos que ele fica na chapa. E eu fico no comando das coisas. Gosto de ficar observando as pessoas trabalharem, pra poder criticar e apontar erros. :)


Esse é o Estrogolanche. 
Tinha resto de estrogonofe na panela, e usamos pra criar um "molho especial".
Dois pra cada um. Após comer, cada um queria mais dois.

Achamos exagero e fomos dormir.

3 de fev. de 2012

sexta feira e a trilha sonora da minha vida

Finalzinho de expediente, sem nada pra fazer. Achei isso por aí, e resolvi fazer.
Vamos lá.

1. Abra seu player (iTunes, Media Player, iPod, etc)
2. Coloque no shuffle
3. Dê play
4. Para cada pergunta, escreva música que toca
5. Depois de responder cada pergunta, dê Next



Opening Credits: All is Love – Karen O and The Kids
Acordando: Todo El Oro – Deborah de Corral
Primeiro dia na escola: Potion Approaching - Arctic Monkeys
Primeiro amor: Lovesong - Alina Orlova (bateu certinho)
Cena de Luta: FYR - Le Tigre
Formatura: The Sprawl - Sonic Youth
Vida: Chin Chin & Muck Muck - Devendra Banhart
Mental Breakdown: Don't you look back - Mallu Magalhães
Dirigindo: Music Is My Hot Sex - CSS
Flashback: Miss My Lion - Scout Niblett
Juntos novamente: Palace Of Bone - Peter Doherty
Perdendo a virgindade: China Nights (Shina No Yoru) - Kyu Sakamoto
Casamento: The Search for the Cherry Red - The Kills
Nascimento do primeiro filho: Our Singer - Pavement
Batalha Final: Sweet Rose - Matt Costa
Cena de morte: Tangled Up in Blue - Bob Dylan
Funeral: Sunday Morning Comin' Down - Johnny Cash
End Credits: All Tomorrow's Parties - Velvet Underground

Tcharam.


Retrato bem humorado do diálogo de um casal x.

- Oi, docinho de coco.
- Oi. O que é que você quer?
- Só liguei pra dizer que eu te amo. E que você é a mulher da minha vida.
- Olha, eu não tenho dinheiro para te emprestar novamente.
- Eu não quero dinheiro.
- Tá, chega de rodeios. Diga logo o que você quer.
- Quero o seu amor. Isso é possível?
- Estou começando a ficar irritada. Se não disser o que quer logo, vou desligar.
- Quero dizer que te amo e que quero o seu amor. 
- Pra que?
- ...
- ...
- Isso está constrangedor. Me dá licença.
- Você é difícil, garota.
- Sou mais fácil do que você pensa. Ou quero, ou não quero.
- E o que você quer?
- Quero terminar de ler a minha revista.
- Você não me quer?
- Talvez.
- Ontem você disse que me ama...
- Eu estava bêbada.
- Sim, você estava bêbada. Mas palavras não voltam.
- Isso não quer dizer que eu te ame.
- E porque você ainda está aí parada, com o telefone encostado na orelha e ouvindo as minhas palavras de amor? Você poderia ter desligado.
- ...
- Te peguei.
- Não. Não me pegou.
- Então diga alguma coisa...
- Alguma coisa.
- Eu falo sério.
- Eu também falo sério.
- Eu te amo.
- E eu preciso cortar as unhas e tirar esse esmalte descascado.
- Não vai dizer que me ama também? Todos sabem disso, não sei porque esconde.
- Tá. Você venceu. Eu te amo.
- Viu só? Eu sabia disso. Não estou surpreso.
- ...
- Você é demais, sabia?
- Sabia sim.
- ...e pretenciosa.
- Disso eu também sei. Agora me conte uma novidade.
- Eu te amo.
- *ligação cai*
- Eu também te amo e quero viver pra sempre com você. Quero que seja o pai dos meus filhos. E gosto das suas camisas, gosto do seu jeito de andar, do seu sorriso e do jeito como você pisca pra mim quando fazemos besteirinhas. Promete nunca partir e ficar sempre do meu lado e aguentar as minhas TPMs e ficar caladinho e apenas me dar chocolate? Enfim. Eu te amo. Está satisfeito?
- ... ... ... ... ...
- Alô? Você está aí?
- *tu tu tu tu tu....*

xxx

- Alô? A ligação caiu...
- Eu percebi.
- Você tinha falado alguma coisa?
- Não.

2 de fev. de 2012

O transtorno que procedeu o sono.

Hoje tive um sonho esquisito. Sonhei que estava na casa de uma amiga, juntamente com sua família. Mas estes não podiam me ver e nem me ouvir. Eu estava andando pela casa e apareci num banheiro, onde podia escutar tudo o que eles falavam (obviamente não me lembro de nada do que foi dito), passei algum tempo lá dentro e resolvi sair da casa. Subi uma escadaria imensa e com degraus muito largos, azuis e repletos de enfeites infantis. Algo como decoração de festa de criança. Ao chegar no topo da escadaria, eu vi uma praça muito grande. Tinha muitos jovens praticando esportes, fumando e sentados conversando. Lembro de ter falado com alguma menina, mas também não me recordo o quê.

Passado esse momento, eu não sei se foi real ou se foi continuação do sonho. Mas a verdade é que eu estava deitado na minha cama, usando as mesmas roupas que eu estava na ocasião e era tudo muito real. Lembro do calor também, pois estava coberto até a cabeça, como sempre faço quando vou dormir. E em determinado momento, eu senti um peso (ao que me parecia um humano) sobre mim. Como se alguém tivesse sentado sobre o meu corpo deitado na cama. Lembro de ter tentado gritar, mas a voz não saía. Lembro de ter tentado abrir os olhos, ou me movimentar, mas não podia fazer isso. Eu estava consciente de tudo, porém sem movimento algum. Neste momento (juro), me vieram algumas músicas religiosas, destas que todos conhecem, na cabeça. E aos poucos os movimentos foram voltando ao normal e o peso saiu sobre mim.

Estranho.

Bem, eu não acredito em coisas sobrenaturais e não tenho religião. Mas que foi estranho, foi. Talvez parte da criação religiosa que tive, ainda sobreviva aqui dentro inconscientemente. Isso explica o fato de ter vindo à minha mente coisas religiosas.

Mas acordei intrigado (e bem assustado). Daí que encontrei uma explicação muito lógica e científica para o que aconteceu. Chama-se "paralisia do sono". Abaixo segue um trexo do que encontrei aqui.

"O que é?
A Paralisia do Sono é caracterizada por uma paralisia temporária do corpo imediatamente após o despertar ou, com menos freqüência, imediatamente antes de adormecer. Também é conhecida como Atonia REM por estar diretamente relacionada à paralisia que ocorre como uma parte natural do nosso sono REM, a fase do sono em que ocorrem nossos sonhos mais vívidos. Durante esta fase os olhos movem-se rapidamente (em Inglês, rapid eye movement) e a atividade cerebral é similar àquela que se passa nas horas em que se está acordado.
Como é sabido, nosso cérebro paralisa os músculos durante essa fase do sono para prevenir possíveis lesões pelo fato de algumas partes do corpo poderem se mover durante o sonho (principalmente ao sonharmos que estamos caindo ou quando damos uma porrada na parede). Quando acordamos subitamente o cérebro pode “não perceber” e o estado de paralisia não é desativado.
O resultado vocês já devem prever: a pessoa fica consciente mas incapaz de se mover. Para piorar o cenário de desespero esse estado pode ser acompanhado pelas chamadas alucinações hipnagógicas, que envolvem imagens e sons, características dessa condição."
E vocês? Já tiveram isso?

27 de jan. de 2012

Na volta das férias, me elogiaram. Disseram que estou mais magro.
Mas preste atenção como funciona o lance:

Em casa eu não comia. E porque? Primeiro porque eu acordava relativamente mais tarde (entre café e almoço). Segundo que eu tinha muita preguiça de sair pra comprar coisas pra comer. E terceiro porque eu mal sentia fome.

Agora que voltei a trabalhar, já acordo com fome. Como tudo. O dia todo.


Um grande amém


Uma coisa que me deixa muito bodeado é cobrança. Em qualquer sentido. Mas a pior delas é a cobrança como ser humano. Aquela coisa de exigirem que eu seja de alfuma forma pré-moldada e que não diga certas coisas, não fale com certas pessoas e etc.

Isso não deu certo com os meus pais. Obviamente, não dará certo com terceiros.

Eu respeito as pessoas. Acho que isso basta.

26 de jan. de 2012

Notinhas de férias









Rotininha

Aí que hoje voltei à minha velha rotininha de acordar precisamente às 7h45, entrar no trabalho as 9h, fazer uma figuração básica durante o dia todo, fingindo que faço alguma coisa útil (com 500 abas abertas no safari - sobre diversos assuntos), almoçar em algum lugarzinho singelo e sair de tarde, ir pra casa curtir uma depressão.

E tá todo mundo me perguntando da Argentina aqui. Realmente não ligo de falar, mas dá saudade. Muita.

Acabou vida boa de acordar meio dia, ficar o dia todo deitado e fazendo viagem internacional. 

Realidade, oi!

17 de jan. de 2012

Buenos Aires 2

Continuarei o post não acabado ontem, sobre a viagem à Buenos Aires.


Galeria Bond Street. É tipo a galeria do rock de Buenos Aires. Não consegui tirar uma foto decente da fachada, então essas são algumas coisas que me chamaram a atenção lá (dentre todas). Num geral, ela é bem sem graça. Tipo essa daqui de São Paulo. Mesma coisa.



No bairro da Recoleta, encontrei o Hard Rock de Buenos Aires. Nunca tinha ido em nenhum, graças a São Paulo que não possui nenhum (ainda não entendi porque). Ambiente ótimo, atendimento impecável, a mocinha foi super simpática comigo e até escreveu um "Obrigado!!!" na notinha fiscal. Pena que não consegui fotografar, pois joguei no lixo antes :P Ele fica dentro de um shopping de Design, na parte de cima. Em frente ao cemitério da Recoleta (onde tem o tumulo da Eva Peron). O preço é mediano, não chega a ser exatamente barato, mas não é inacessível. Eu comi um veggie burger de lentilha, com pimentão vermelho, abobrinha grelhada e salada (podendo ser trocada por batatas fritas, mas optei pela salada). Valeu muito a pena. Super recomendo pra quem estiver na região.



Esse é o Puerto Madero. O lado moderno da cidade, contornando um porto. Achei lind'mais. Tem restaurantes em toda a margem do porto, a coisa mais gostosa do mundo. Tudo bem que não comi porque já tinha ido almoçado. Mas achei super legal e tal. Traz uma calmaria. Ah, e os restaurantes são mais caros também! Vá preparado. É nesse lugar que estão concentrados os prédios coorporativos, inclusive eu estava utilizando o wi-fi do prédio do google, durante a minha estadia lá. Eles tinham um sinal fechado e outro aberto, o qual fui lá e surrupiei. 



Daí que no ultimo dia, depois de comer tanta salada (eles comem muita salada), eu decidi comer a tal Parrilla. Que é algo como o nosso churrasco. Só que o bife tem dois dedos de altura e é mal passado. Eu particularmente não sou fã de carne mal passada, mas como dizem "tá no inferno, abraça o capeta". Fui lá e pedi. Fui no shopping mesmo, já que não queria ir muito longe neste dia e escolhi o lugar com as fotos mais bonitas (não sei porque ainda boto fé nessas fotos). A mulher muito mal humorada me atendeu e disse que aceitava real. Melhor ainda, já que não era um lugar muito barato. Fui lá e pedi o que mais me apetecia. Não tem arroz e feijão, como estamos acostumados, eles não comem essas coisas. Tinha 3 opções de acompanhamento: batata frita, purê de batata / cenoura / arroz (sim, eles comem purê de arroz) ou salada (com 3 ingredientes a escolher). E eu escolhi a salada. E recebi essa bandeja com pratinhos DESCARTÁVEIS e copo de papel (aqueles da coca). E pior, recebi talheres DESCARTÁVEIS também. Foi um parto comer esse bife de dois dedos de altura com garfinho descartável. E nem é gostoso. Pouco tempero. Enfim, não valeu a pena ter gastado tanta grana nesse almoço.

Ultimos momentos em solo hermano, esperando o carro da agencia me buscar pra levar até o aeroporto. Eles combinaram comigo as 21h15. Eles chegaram 19h30. Bem que me avisaram que eles são apressados. A sorte que eu estava lá no horário. 

Enfim, gostei muito do lugar. A qualidade de vida que eles tem é muito superior à nossa. As ruas são arborizadas, espaçosas. Um lugar muito gostoso para estar. A arquitetura é toda em estilo européia. Não gostei das pessoas. Achei os argentinos em geral, muito mal educados e grossos. Fui bem recebido por pouquissimas pessoas. Aconteceu um caso num restaurante, que eu achei muito chato (e curioso). Entrei num determinado estabelecimento, a fim de comer alguma coisinha, já que estava com um pouco de fome, e entrei num restaurante que tinha na frente do hotel. La Leyenda, o nome do lugar. Um ambiente bem familiar, com cara de dinner americano. Sentei numa mesa e peguei o cardápio para olhar, olhei e achei tudo muito caro e pouco atraente. Decidi pedir apenas empanadas e refrigerante. O garçom educadamente me pediu para que trocasse de mesa na hora. Me apontou uma mesa sem toalha. A única do estabelecimento. Tudo porque eu pedi coisa barata. Daí eu saí e chorei.

Mentira, mas pedi que embrulhasse pra viagem. Não ia passar pela humilhação de comer na unica mesa sem toalha do restaurante. Peguei as empanadas, paguei e levei pro quarto do hotel. Comi com cara de depressão. Empanada sabor amargura.

Pois é, amigos. Se um dia, resolverem viajar pra lá, pensem nisso. Pensem em mim. Pense no La Leyenda. Mas fora isso, lá é muito legal. Muito mesmo. 

Quero voltar lá um dia.

16 de jan. de 2012

Buenos Aires

Neste fim de semana voltei de Buenos Aires. Foi incrível, aliás. Já estou morrendo de saudades de lá.

A viagem foi sem transtornos, exceto o meu medo absurdo de avião, que eu contornei fechando a janelinha, de modo que não veria o céu. Demorei cerca de 2h30 daqui de São Paulo até lá, o aeroporto Ezeiza. Chegando lá, o carro da agencia estava me esperando e juro que nem fiquei surpreso quando o cara tava cantando Michel Teló, sim os argentinos estão viciados nisso! 

Mas num geral, a cidade é linda! Qualidade de vida melhor do que aqui em São Paulo, certamente. Gostei muito e pretendo um dia voltar. Fui com todos os preconceitos e voltei saudoso daquele lugar já.

Vista do quarto do hotel.

No dia seguinte ao que cheguei, estava marcando quase 40º nos termometros, um calor que eu nunca tinha visto na minha vida, sério. Visto que aqui em São Paulo o máximo que chega é 33º. Daí fui obrigado a me abastacer com os - deliciosos - refrigerantes locais. E água (que lá custa mais caro que coca-cola).

Meu refrigerante preferido dos que eu provei de lá. Uma fanta sabor pomelo, algo como um grapefruit. Eu achei delicioso. E pelo jeito, eles gostam bastante também, visto o tanto de produtos nesse sabor que existem disponiveis.

Daí decidi ver como era o Mc Donalds dos hermanos, e a minha decepção foi que era a mesma coisa. Só alguns lanches diferentes, um ou outro. Tipo esse que eu provei, aliás. Um Big Mac com três carnes. Delicioso, mas nada diferente do que eu conhecia. Aliás, os lanches lá são mais baratos. Algo como 15 ou 14 reais aqui. Só achei ruim do fato do combo vir com um copinho mixuruco desses de suco (aquela loja estava com refrigerante em falta) - o que foi um crime, porque estava mega calor.

Achei engraçado o fato de lá, os anuncios de garotas de programa que espalham pela rua, funciona como um cartãozinho de visita. O cara arranca um dos que estão colados nos lugares, leva e liga para a mulher, de modo que ele pode guardar o cartãozinho. Sem stress de anotar o numero no celular. Aqui em São Paulo não é assim, é?

Meu pé num fim de tarde, num dia que decidi andar o centro inteiro de Buenos Aires usando um chinelo, porque estava muito calor pra usar tenis e meia.

Buscame.






Subte é o metrô deles. Achei podre, mas funciona direitinho. Bem melhor que o nosso. E olha que andei em horário de pico, hein. Achei bem funcional.


Esta é a Avenida mais importante da cidade. Ela tem a largura de umas 2 ou 3 Avenidas Paulistas, juro. E no meio dela tem o obelisco, uma espécie de marco da cidade.


Um dos cruzamentos mais movimentados. Avenida Corrientes com Florida - se pronuncia "flôrida" e não "flórida" como eu achei. Essa era a rua mais frequentada pelos turistas (tinha muitos), pelo motivo de lá se concentrar as maiores outlets de grifes famosas. Eu particularmente não achei barato, achei quase equivalente aos preços daqui de São Paulo. Pessoalmente falando, acho que não compensa tanto.


Duas coisas que você precisa comer quando vai na Argentina: Medialunas (cima) e as famosas empanadas (baixo), eu particularmente achei medialunas sem graça. É uma espécie de croissant sem recheio, que eles comem muito no café da manhã. E as empanas eu adorei. É tipo um pastelzinho assado no forno, com recheio de frango, carne ou presunto e queijo (essas são as tradicionais, mas tem restaurantes que possuem um cardápio bem maior de sabores de empanadas). E são super baratinhas, custam algo em torno de 2 reais.

Esse é o meu amado, idolatrado, salve salve, sorvete FREDDO! O melhor sorvete que já provei na minha vida, e que quem for pra Argentina precisa provar!!! O melhor é o de doce de leite, aliás. É de outro mundo. Pra quem tiver vontade, aqui em São Paulo tem em alguns lugares, mas custa caro. Tipo, bem caro para um sorvete. Mas vale a pena, pra quem tiver disposto a desembolsar uns 20 ou 30 reais num copinho de sorvete (mas lembre-se que é O SORVETE), deixando Haagen Dazs no chinelo.



Esse é o Jardim Japonês. Fica no bairro da Recoleta e é lindo. Paga 16 pesos pra entrar (ou seria 12?), não lembro. Mas vale a pena. É muito bonito e tranquilo.

Esse é o sorvete Nicolo. Um concorrente do Freddo, tão gostoso quanto e mais barato. Mas não tem em todo canto como o concorrente. Só vi uma loja.

[continua]

6 de jan. de 2012

M. H.

"Minha lembrança do começo da vida vai e vem do concreto à separação do corpo e da mente, de uma lembrança do cheiro do perfume da minha avó à outra de bater em meu próprio rosto por me achar gorda e feia, vendo a marca avermelhada da minha mão, mas não sentindo a dor. Não me lembro de muitas coisas de dentro para fora. Não lembro de como era a sensação de tocar em coisas, ou de como a água do banho passeava pela minha pele. Eu não gostava de ser tocada, mas era um desgostar estranho. Eu não gostava de ser tocada por querer muito ser tocada. Queria ser abraçada bem apertado para não despedaçar. Mesmo hoje, quando as pessoas se aproximam para me tocar ou me abraçar ou pôr uma mão no meu ombro, eu prendo a respiração. Viro o rosto. Tenho vontade de chorar."

4 de jan. de 2012

proteção

Era uma quarta feira, talvez. Ou uma quinta, não me recordo. Era algum dia desses comuns, em que não esperamos nada demais. Eu estava acompanhado por duas ou três pessoas.Chovia demais. Um pequeno transito se formava na avenida mais famosa dessa cidade. Guarda chuvas de todas as cores e modelos desfilavam em volta de mim, eu não pude notar nenhum deles. Não sei que horas eram. Tampouco ouvia as palavras dirigidas a mim. Eu nem sabia se eu estava, de fato, ali.

Só me senti nu. Exposto. Alguma coisa meio sem pele. Apenas a essencia aparente para quem quisesse ver. E não era nada bonito. Sangrava.

o muito (já não sou mais homem sem saudade)

Tinha um cara perdido por aí, ouvindo "Willow weep for me" do Frank Sinatra em algum canto da cidade. Sozinho, com o coração palpitante e sem noção do que faltava, mas sabendo que faltava.

xxx

Ele tinha tudo nas mãos. Mas achava tudo muito óbvio e sem graça. Preferia viver dentro de uma fantasia sombria. Era tudo mais sensitivo. Não sentir era absurdo. Moeda de morte.

xxx

Parado, observando o reflexo no metrô. Inexpressivo. Sem nada no peito. Sem dó, sem amor, sem alegria. Apenas um pensamento: "não quero mais."

xxx

Não era mais desses por aí, que não tinham razão pra nada. Era um homem comum. Que vivia da sua forma, saía, comprava pão, respirava, fumava seu cigarro, ouvia canções de romance e existencialismo. Carregava amor em seu peito. Direcionado a alguém especial.

xxx

Está tudo bem.