Eis que a carta dizia assim:
Vai lá fora e abre a caixa que está sobre a maior pedra da ilha.
Fiquei olhando o bilhete por alguns segundos, como se estivesse tentando decifrar alguma coisa pelas entrelinhas. QUase entrei em transe e finalmente me ocorreu ir até essa pedra e a abrir a bendita caixa. Não foi muito difícil localizar a grande pedra, já que ela era realmente gigante. Subi com alguma dificuldade até o topo e consegui visualizar
uma imensa caixa branca com ornamentos dourados, que faiscavam ao reflexo vindo da luz do sol. Rodeei a caixa umas cinco vezes até encontrar uma resposta à tudo aquilo. Claro que não consegui encontrar e abri assim mesmo. Tive que abaixar a cabeça para conseguir enxergar o conteúdo do recipiente. A luz do sol estava ofuscante e eu tive que apertar os olhos, até que consegui captar a imagem de uma bolinha amarela. Sim, uma pequena e felpuda bolinha amarela. Peguei ela do fundo da caixa e percebi que ela emitia um som baixinho, como se fosse uma respiração e possuía duas fendas, uma em cada lado, como se fossem olhinhos fechados. Concluí que se tratava de um ser vivo e cutuquei devagarzinho com o dedo indicador. Ele abriu os olhinhos e ficou me encarando por alguns milésimos de segundos antes de me atacar. Até hoje, depois de ter vindo para o inferno, me pergunto como aquela bolinha de pelúcia amarela medindo cinco centímetros de altura conseguiu engolir o meu corpo?
Portanto, cuidado com o que deseja.
Considerações Finais: O final era para ser mais elaborado, mas me deu preguiça de pensar. Então considerem esse como sendo um final alternativo.
28 de jan. de 2010
27 de jan. de 2010
A ilha deserta Parte I
Minha vida mudou há exatos dois meses, isso para não dizer que ela foi cessada de vez. Desejei viver em uma ilha deserta, apenas com um PC conectado à internet banda larga e todas as comidas calóricas do mundo. Só. Na verdade, a história não é tão simples assim. Tudo começou numa noite, aparentemente, como qualquer outra. A depressão noturna que me acompanha se fez presente, como sempre. E quando me dei conta estava na cozinha tentando abrir uma garrafa de vinho com os dentes e com os olhos molhados de tanta lágrima. Eu havia levado um fora naquele dia e estava querendo morrer. Profundamente e para nunca mais reencarnar ou qualquer asneira desse tipo. Me irritei com a garrafa e larguei-a lá. Decidi tomar um banho para ver se minha cabeça esfriava um pouco. Ao lado da banheira vi que tinha alguns panfletos de viagem. Tirei a minha roupa, entrei na banheira e fiquei ali imaginando a minha vida em um lugar paradisíaco, sem pessoas desagradáveis (ou melhor, sem pessoas ponto), com toda a mordomia possível. Será que ainda assim eu teria depressão? Pensei nos prós e nos contras, pensei na sobrevivência, pensei em como seriam aquelas coisas todas e acabei adormecendo na banheira de tanto trabalhar o meu órgão pensante.
Acordei no outro dia, logo pela manhã (a julgar pela luz do sol que entrava pelas frestas do meu olho fechado). Tentei me movimentar e percebi que ainda estava na água. Porra! Dormi na banheira, pensei. Abri os olhos, já imaginando a cena ridícula do meu corpo todo enrugado por passar mais de doze horas submerso em uma banheira cheia d'água, mas rapidamente fui tomado por um pânico absurdo quando vi que eu estava deitado em uma orla de praia - lindíssima por sinal - com a água bem rasinha - porém, o suficiente para me molhar. A paisagem era maravilhosa, o clima agradável e não tinha ninguém por perto. Basicamente, o lugar era perfeito para o que eu queria no momento, porém eu não conseguia - por mais que eu forçasse - me lembrar como eu havia chegado até ali. Tentei me lembrar do "antes", mas não houve um antes. Apenas acordei e estava ali. Então forcei a minha memória para a noite anterior e me lembrei da banheira, me lembrei da minha depressão, me lembrei daquela rosto me encarando e dizendo: "Você é muito legal, quero a sua amizade apenas, não gosto quando você confunde as coisas", e como um raio subindo ao céu rapidamente, me veio um pensamento: Eu desejei estar em uma ilha deserta ontem à noite. Respirei fundo. Três vezes. O nervosismo não passou. Comecei a procurar o meu celular, teria que haver algum contato com qualquer coisa que me tirasse dali o mais rápido possível. A minha terapeuta não podia ficar me esperando. O meu trabalho estava todo atrasado e eu deixei o meu gato sem comida! O que eu fazer?! Passei alguns minutos, em vão, procurando o meu celular e desisti. Me conformei e sentei no chão ao lado de um coqueiro. Minha cabeça explodia e eu só queria voltar para o meu mundo. Acabei adormecendo novamente e acordei com alguns barulhos de trovão. Decidi procurar algum lugar decente para poder me abrigar, segui caminhando uma trilha que saía da areia e dava para uma floresta mais para o meio da ilha. Andei pelo que me pareceu uns trinta minutos e consegui avistar uma casa pequena - e bem luxuosa - no meio do nada. Entrei, sem a mínima cerimônia - já não existia pudor algum - e chamei algum possível proprietário daquela pequena construção. Não obtendo resposta, julguei que seria interessante explorar aquela casa. Tinha uma cozinha pequena, toda adornada e com muitos eletrodomésticos de ultima geração - tudo em inox e nada de casas bahia. Mais à esquerda tinha uma despensa enorme e entulhada de "comidas calóricas e não perecíveis" - mais do que depressa furtei uma batata frita. Voltei à sala de entrada e subi a escadinha que dava para o andar de cima. Encontrei um quarto grande e com uma cama enorme, e mais á direita, uma escrivaninha com um envelope estampado com o meu nome - O QUE??? - pensei. Abri, rapidamente e rasgando-o completamente. Eis que a carta dizia assim:
(continua amanhã)
Acordei no outro dia, logo pela manhã (a julgar pela luz do sol que entrava pelas frestas do meu olho fechado). Tentei me movimentar e percebi que ainda estava na água. Porra! Dormi na banheira, pensei. Abri os olhos, já imaginando a cena ridícula do meu corpo todo enrugado por passar mais de doze horas submerso em uma banheira cheia d'água, mas rapidamente fui tomado por um pânico absurdo quando vi que eu estava deitado em uma orla de praia - lindíssima por sinal - com a água bem rasinha - porém, o suficiente para me molhar. A paisagem era maravilhosa, o clima agradável e não tinha ninguém por perto. Basicamente, o lugar era perfeito para o que eu queria no momento, porém eu não conseguia - por mais que eu forçasse - me lembrar como eu havia chegado até ali. Tentei me lembrar do "antes", mas não houve um antes. Apenas acordei e estava ali. Então forcei a minha memória para a noite anterior e me lembrei da banheira, me lembrei da minha depressão, me lembrei daquela rosto me encarando e dizendo: "Você é muito legal, quero a sua amizade apenas, não gosto quando você confunde as coisas", e como um raio subindo ao céu rapidamente, me veio um pensamento: Eu desejei estar em uma ilha deserta ontem à noite. Respirei fundo. Três vezes. O nervosismo não passou. Comecei a procurar o meu celular, teria que haver algum contato com qualquer coisa que me tirasse dali o mais rápido possível. A minha terapeuta não podia ficar me esperando. O meu trabalho estava todo atrasado e eu deixei o meu gato sem comida! O que eu fazer?! Passei alguns minutos, em vão, procurando o meu celular e desisti. Me conformei e sentei no chão ao lado de um coqueiro. Minha cabeça explodia e eu só queria voltar para o meu mundo. Acabei adormecendo novamente e acordei com alguns barulhos de trovão. Decidi procurar algum lugar decente para poder me abrigar, segui caminhando uma trilha que saía da areia e dava para uma floresta mais para o meio da ilha. Andei pelo que me pareceu uns trinta minutos e consegui avistar uma casa pequena - e bem luxuosa - no meio do nada. Entrei, sem a mínima cerimônia - já não existia pudor algum - e chamei algum possível proprietário daquela pequena construção. Não obtendo resposta, julguei que seria interessante explorar aquela casa. Tinha uma cozinha pequena, toda adornada e com muitos eletrodomésticos de ultima geração - tudo em inox e nada de casas bahia. Mais à esquerda tinha uma despensa enorme e entulhada de "comidas calóricas e não perecíveis" - mais do que depressa furtei uma batata frita. Voltei à sala de entrada e subi a escadinha que dava para o andar de cima. Encontrei um quarto grande e com uma cama enorme, e mais á direita, uma escrivaninha com um envelope estampado com o meu nome - O QUE??? - pensei. Abri, rapidamente e rasgando-o completamente. Eis que a carta dizia assim:
(continua amanhã)
Up
Resolvi passar aqui só para dar uma atualizada. Não tem muita coisa acontecendo na minha vida. Na verdade até tem, mas eu ando com tanta preguiça de postar aqui. Só posso dizer que estou completamente ansioso pra que meu curso de ilustração comece logo. No sábado passado comprei os meus materiais e ganhei um presente bem legal da Joana. Pude sentir na pele novamente, como é carregar uma pasta A3 a tira colo o tempo todo. E na chuva!
Em relação ao meu plano stalker, eu meio que estacionei. Acho que é melhor eu dar um tempo nessa loucura toda, é bem aquela coisa: o que você deseja, você consegue. E eu não tenho tanta certeza assim se eu quero. Eu quero, mas não quero. Esse é o Vinícius que eu conheço! Enfim...sei lá. Talvez eu faça alguma coisa nesse sentido. Ou não.
Estou há duas semanas sem ir à psicóloga. Isso é um probleminha.
Em relação ao meu plano stalker, eu meio que estacionei. Acho que é melhor eu dar um tempo nessa loucura toda, é bem aquela coisa: o que você deseja, você consegue. E eu não tenho tanta certeza assim se eu quero. Eu quero, mas não quero. Esse é o Vinícius que eu conheço! Enfim...sei lá. Talvez eu faça alguma coisa nesse sentido. Ou não.
Estou há duas semanas sem ir à psicóloga. Isso é um probleminha.
20 de jan. de 2010
Cinza
Não me considero uma pessoa boa, mas também não me considero mau. Talvez eu seja aquilo que quase todo o ser humano é. Bom quando o convém e muito mau quando, igualmente, o convém. Não sou do tipo Madre Teresa de Calcutá, não daria a minha vida por ninguém e penso sempre primeiro em mim. Sempre. Não me subestime, pois não sou tão bondoso e burro assim, não se sinta especial se eu faço alguma coisa por você. Tudo o que faço é para me sentir bem e quando me fazem eu sentir bem, eu ajudo de coração. Raramente faço algo sem querer nada em troca. Costumo agir com bastante crueza quando se trata de sentimentos, mesmo sendo contorcido por milhões de sentimentos por dentro. Prefiro esconder as minhas necessidades, e aquelas que são pouco sentidas eu tento diminuí-las mais ainda. Não ouso subestimar ninguém, pois mesmo eu, que muitos consideram bonzinho e doce, não sou nada do que aparento ser e possivelmente, sou uma das pessoas mais dissimuladas que eu já conheci. Sim, mesmo as pessoas que mais me conhecem não fazem idéia desse meu lado. Você pode estar pensando que isso tudo seja uma falsidade da minha parte. Talvez. Ainda não encontrei a resposta a esse meu jeito de viver. As vezes me considero frio demais, e as vezes me considero excessivo demais. Acredito que eu seja um pouco de tudo. Um mix de sentimentos e pesonalidades, afinal meu signo é gêmeos. O signo mais cheio de mimimis do astral, embora eu tente não acreditar tanto nessas coisas.
Apesar de ter esse lado escuro, digamos assim, posso ser muito melhor do que eu imagino. Isso eu tenho plena consciência, posso me determinar a fazer o que eu quiser, embora eu nunca queira, de fato. Não tenho um bom coração, não sou do tipo que se compadece de outros e raramente me ponho a ajudar alguém, mas ainda assim sempre me coloco no lugar de outros antes de praticar alguma ação. Meio contraditório, mas eu nunca disse que fazia sentido algum. Não tenho a capacidade de amar facilmente, mas tenho o dom de amar, perdoar e assumir meus erros. Se eu fosse uma cor, com certeza eu seria cinza. O preto que quer ser branco e o branco que quer ser preto. Por vezes a mistura de todas as cores e por outras, a ausência total de cores.
Apesar de ter esse lado escuro, digamos assim, posso ser muito melhor do que eu imagino. Isso eu tenho plena consciência, posso me determinar a fazer o que eu quiser, embora eu nunca queira, de fato. Não tenho um bom coração, não sou do tipo que se compadece de outros e raramente me ponho a ajudar alguém, mas ainda assim sempre me coloco no lugar de outros antes de praticar alguma ação. Meio contraditório, mas eu nunca disse que fazia sentido algum. Não tenho a capacidade de amar facilmente, mas tenho o dom de amar, perdoar e assumir meus erros. Se eu fosse uma cor, com certeza eu seria cinza. O preto que quer ser branco e o branco que quer ser preto. Por vezes a mistura de todas as cores e por outras, a ausência total de cores.
19 de jan. de 2010
Destruição em plena segunda feira
O ócio depois do trabalho sempre é um chamariz para qualquer coisa que surja para se fazer. Ontem não foi diferente. Decidimos ir até o tatuapé comer alguma coisa e beber alguma coisinha. Quando me dei conta, estava sentado numa mesa com uma porção de polenta frita e três litros de chopp na minha frente, tudo dividido por duas pessoas. Dei uma golada do copo de chopp e senti uma pequena fisgada, como se um peixinho tivesse se movido dentro de mim, em decorrência do estômago vazio. Poucos minutos depois e eu estava falando "engrolado". Decidimos ir para a rua (para eu poder fumar) e eu enchi o copo de chopp para poder sair bebendo e não precisar jogar o resto fora. Saí caminhando torto e rindo de tudo que cruzava o meu caminho, o conteúdo do copo formando um rastro por onde eu passava. Descemos até a área externa e começamos a rodar como pião do baú e passamos uns bons minutos rindo da palavra "perua" (que pronunciávamos PIRUA) e quando eu me dei conta, estava sentado numa mesa cheia de gente alegre e eu comecei (do nada) a ser sociável, joguei rodelas de limão na cara de um menino de dezesseis anos que estava na mesa, inventei que a aline era crente de coque (?!), mordi o braço da aline bem forte (ela acabou de me mandar um email dizendo que está machucado), encanei com uma tal de amanda que se apresentou pra gente. A sapatão mais caminhão que eu já vi na minha vida. Depois que ela foi embora, toda as meninas que passavam pela gente eu perguntava: Essa daí que é a amanda?
Enfim, fiquei realmente muito bêbado. Muito mesmo. Quando me dei conta novamente, eu estava sem camiseta no meio da rua, todo molhado de vômito, e com um monte de sapatão tentando segurar a minha cabeça para vomitar, até que do nada me surge um copo de água com açúcar na minha frente e eu cuspi todinho em cima de mim mesmo, vomitei na calçada, acabei de receber um e-mail da aline dizendo que eu pedi pra fumar, me deram o cigarro e eu molhei ele com não sei o quê e continuei "fumando" o cigarro apagado, molhado. Fui carregado até o metrô, não me lembro como e nem por quem. Ocasionalmente eu me jogava no chão e chamava todo mundo de "amanda". Caí na escada rolante e me machuquei todinho, desmaiei na lotação, fui carregado até a minha casa, morrendo de frio. Deitei e fiquei uns trinta minutos olhando para o teto até que tomei coragem e fui, cambaleante até o banheiro e tomei um banho bem meia boca e deitei na cama pelado. Acordei hoje para ir trabalhar, me vesti rapidinho e saí com MUITA dor de cabeça e tontura. Parece que eu levei uma surra. Não, isso não é engraçado e eu me sinto muito envergonhado e com catorze anos.
Porque meu Deus?!
PORQUE?!?!
Enfim, fiquei realmente muito bêbado. Muito mesmo. Quando me dei conta novamente, eu estava sem camiseta no meio da rua, todo molhado de vômito, e com um monte de sapatão tentando segurar a minha cabeça para vomitar, até que do nada me surge um copo de água com açúcar na minha frente e eu cuspi todinho em cima de mim mesmo, vomitei na calçada, acabei de receber um e-mail da aline dizendo que eu pedi pra fumar, me deram o cigarro e eu molhei ele com não sei o quê e continuei "fumando" o cigarro apagado, molhado. Fui carregado até o metrô, não me lembro como e nem por quem. Ocasionalmente eu me jogava no chão e chamava todo mundo de "amanda". Caí na escada rolante e me machuquei todinho, desmaiei na lotação, fui carregado até a minha casa, morrendo de frio. Deitei e fiquei uns trinta minutos olhando para o teto até que tomei coragem e fui, cambaleante até o banheiro e tomei um banho bem meia boca e deitei na cama pelado. Acordei hoje para ir trabalhar, me vesti rapidinho e saí com MUITA dor de cabeça e tontura. Parece que eu levei uma surra. Não, isso não é engraçado e eu me sinto muito envergonhado e com catorze anos.
Porque meu Deus?!
PORQUE?!?!
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15 de jan. de 2010
Love is a Battlefield
Acordei de mau humor em plena sexta-feira. Não me perguntem o que aconteceu, porque eu não tenho resposta para isso. Estou com preguiça, irritado, com dor de cabeça e me sentindo feio, carente e gordo.
Acho que eu preciso me apegar em alguma coisa. Alguma coisa palpável, por assim dizer...acho que não faz sentido eu continuar alimentando as minhas fantasias ridículas. Talvez nada daquilo que eu imagino exista. Talvez uma piscadela não significa necessariamente que alguém está afim de você.
Tenho dois lados coabitando o meu cérebro nesse momento. Metade do meu cérebro está ocupado por um ser racional, prático e frio...ele me fala que não existe romance e que ninguém está afim de mim, nem mesmo de fazer sexo comigo. A outra metade me manda, ordena fazer um orkut novo, stalkear até não poder mais, add e fazer amizade e se jogar nos romances modernos.
Ontem eu estava delirando. Literalmente e em todos os sentidos...comecei a falar sobre o meu alvo de romance para a minha amiga e coloquei N situações que eu sei que não irão acontecer, brinquei de agir como se fosse a própria pessoa, fantasiei e cheguei a falar que para isso dar certo eu teria até coragem de rodar na paulista. Ai gente...estou desequilibrado.
E para piorar tudo isso...meu pai descobriu que eu fumo e viu a situação que eu estou vivendo. Vamos lá, eu tinha uma panela de macarrão com carne azeda no fogão, inúmeras louças sujas, umas 20 contas para pagar na mesinha de centro, uim cinzeiro cheio no sofá, uma garrafa vazia de martini na pia, um monte de dvd pornô de quinta categoria espalhados pela sala, roupas pelo chão do meu quarto, um balde cheio de vômito e a dignidade escondida dentro do armário.
Minha vida está uma bagunça e ela foi descoberta.
Acabei de receber um email da minha tia tentando me empurrar pra uma japonesinha do trabalho dela. Ai gente...
Ontem depois que saí do trabalho, encontrei uma galere e fomos para um boteco na consolação. Chegando lá eu pedi um martini (3 reais a doseeee!!!) e bebi. Depois pedi um lanche de frango e comi. Depois não satisfeito pedi um salgado de queijo e presunto (o qual eu usei para bater na cara da mariana) e depois eu peguei o salgado e fiz uma bolona com a mão e enfiei todinho na boca. Depois eu chupei catchup. Direto da bisnaga.
Ok, ontem eu não estava no meu estado normal...quem me conhece sabe muito bem. Logo eu que sou um garoto contido, educado, gentil, amável (tá, nem tanto...), enfim...alguma coisa estava diferente. E eu sei o que é. Tenho visto aquela pessoa quase sempre, e isso tem feito meu humor ir às alturas, meus olhinhos ficam brilhando todos os dias...será que verei essa pessoa hoje? espero que sim.
então que depois de sair desse bar, encontramos mais uma galere e fomos para outro bar...chegando lá eu tomei cerveja. Muita cerveja e fiquei tonto e com tesão por qualquer coisa, desde uma torneira a um copo, por exemplo. Tudo anda muito estranho...será que essa pessoa imagina o poder que tem sobre mim?
Eu tenho certeza que não.
Acho que eu preciso me apegar em alguma coisa. Alguma coisa palpável, por assim dizer...acho que não faz sentido eu continuar alimentando as minhas fantasias ridículas. Talvez nada daquilo que eu imagino exista. Talvez uma piscadela não significa necessariamente que alguém está afim de você.
Tenho dois lados coabitando o meu cérebro nesse momento. Metade do meu cérebro está ocupado por um ser racional, prático e frio...ele me fala que não existe romance e que ninguém está afim de mim, nem mesmo de fazer sexo comigo. A outra metade me manda, ordena fazer um orkut novo, stalkear até não poder mais, add e fazer amizade e se jogar nos romances modernos.
Ontem eu estava delirando. Literalmente e em todos os sentidos...comecei a falar sobre o meu alvo de romance para a minha amiga e coloquei N situações que eu sei que não irão acontecer, brinquei de agir como se fosse a própria pessoa, fantasiei e cheguei a falar que para isso dar certo eu teria até coragem de rodar na paulista. Ai gente...estou desequilibrado.
E para piorar tudo isso...meu pai descobriu que eu fumo e viu a situação que eu estou vivendo. Vamos lá, eu tinha uma panela de macarrão com carne azeda no fogão, inúmeras louças sujas, umas 20 contas para pagar na mesinha de centro, uim cinzeiro cheio no sofá, uma garrafa vazia de martini na pia, um monte de dvd pornô de quinta categoria espalhados pela sala, roupas pelo chão do meu quarto, um balde cheio de vômito e a dignidade escondida dentro do armário.
Minha vida está uma bagunça e ela foi descoberta.
Acabei de receber um email da minha tia tentando me empurrar pra uma japonesinha do trabalho dela. Ai gente...
Ontem depois que saí do trabalho, encontrei uma galere e fomos para um boteco na consolação. Chegando lá eu pedi um martini (3 reais a doseeee!!!) e bebi. Depois pedi um lanche de frango e comi. Depois não satisfeito pedi um salgado de queijo e presunto (o qual eu usei para bater na cara da mariana) e depois eu peguei o salgado e fiz uma bolona com a mão e enfiei todinho na boca. Depois eu chupei catchup. Direto da bisnaga.
Ok, ontem eu não estava no meu estado normal...quem me conhece sabe muito bem. Logo eu que sou um garoto contido, educado, gentil, amável (tá, nem tanto...), enfim...alguma coisa estava diferente. E eu sei o que é. Tenho visto aquela pessoa quase sempre, e isso tem feito meu humor ir às alturas, meus olhinhos ficam brilhando todos os dias...será que verei essa pessoa hoje? espero que sim.
então que depois de sair desse bar, encontramos mais uma galere e fomos para outro bar...chegando lá eu tomei cerveja. Muita cerveja e fiquei tonto e com tesão por qualquer coisa, desde uma torneira a um copo, por exemplo. Tudo anda muito estranho...será que essa pessoa imagina o poder que tem sobre mim?
Eu tenho certeza que não.
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8 de jan. de 2010
Até que a morte os SEPARE!
Tem uma menina aqui no meu trabalho, que há quase um ano e meio, desde que eu comecei a trabalhar nesse lugar, que NÃO PÁRA de falar na porra do casamento dela. Ok, eu aguentei isso por um ano, ininterrupto. Mas agora o casamento dela passou (eu não fiz a mínima questão de ir porque ela é o ser mais detestável que eu já conheci na minha vida inteira. Agora a pouco, por exemplo, eu estava aqui no meu PC quietinho ouvindo The Donnas em um volume não muito alto e nem muito baixo, quando do nada ela chega e abaixa o meu volume sem dizer nada. Eu fiquei parado olhando para o monitor e pensei: vou colocar a minha música mais barulhenta que eu tiver aqui e colocar em um volume um pouco mais alto. Mas aí outro pensamento rebateu a minha mente: Não, não vou fazer isso porque eu sou melhor do que ela (sem dúvida alguma, e olha que eu tenho complexo de inferioridade). Então, mas voltando ao assunto que me levou a postar isso aqui...ela já se casou faz umas duas semanas. E ela parou de falar no casamento? Não! E desconfio secretamente que ela não vai parar de falar nisso nunca mais. Agora há pouco ela estava mostrando (pela centésima vez) as fotos da maldita lua de mel dela. Ai que raiva!!!
Como eu disse, eu não fui à esse casamento. Mas eu dei uma olhada nas fotos (e nos modelitos) e me senti enojado com tamanha pobreza. Não digo pobreza de dinheiro e sim pobreza de idéias. Imagina um casamento com temática batidérrima e com pessoas vestindo roupas cafonas. Homens magros vestindo roupas com dez números a mais do que o ideal, mulheres gordas vestindo vestidos com dez números a menos do que o ideal, com gorduras marcando os culotes e usando sandálias da rede galinha morta. Logo após a cerimonia, que foi ministrada por um cara evangélico que não parou de falar (eu vi o vídeo depois) teve um "jantar". Pelo comentário da galere aqui, foi servido um macarrão de sei lá o quê, que quase ninguém comeu. Ai gente, tudo muito brega. Aposto que a trilha sonora da festa foi "I'm yours" ou alguma coisa da Celine Dion. Ou pior, qualquer pagode romântico que esteja na moda. Detalhe que a maquiagem dela estava tão mal feita que o rosto e o colo tinham cores diferentes.
E eu espero que essa porra de casamento dê certo. E eu só digo isso porque eu sei que a vida é filha da puta e devolve todas as nossas maldições.
Hunf.
O meu casamento vai ser diferente (isso se um dia eu me casar). Vai ter muitas taças de Dry Martini, a trilha da festa vai ser punk rock e eu vou entrar no altar ao som de Maps do meu amado YYY's e eu vou vestir roupa normal. E o buffet só vai ter canapés de frango com azeitona e ou frango com requeijão. E aposto que as pessoas se divertirão muito mais.
Como eu disse, eu não fui à esse casamento. Mas eu dei uma olhada nas fotos (e nos modelitos) e me senti enojado com tamanha pobreza. Não digo pobreza de dinheiro e sim pobreza de idéias. Imagina um casamento com temática batidérrima e com pessoas vestindo roupas cafonas. Homens magros vestindo roupas com dez números a mais do que o ideal, mulheres gordas vestindo vestidos com dez números a menos do que o ideal, com gorduras marcando os culotes e usando sandálias da rede galinha morta. Logo após a cerimonia, que foi ministrada por um cara evangélico que não parou de falar (eu vi o vídeo depois) teve um "jantar". Pelo comentário da galere aqui, foi servido um macarrão de sei lá o quê, que quase ninguém comeu. Ai gente, tudo muito brega. Aposto que a trilha sonora da festa foi "I'm yours" ou alguma coisa da Celine Dion. Ou pior, qualquer pagode romântico que esteja na moda. Detalhe que a maquiagem dela estava tão mal feita que o rosto e o colo tinham cores diferentes.
E eu espero que essa porra de casamento dê certo. E eu só digo isso porque eu sei que a vida é filha da puta e devolve todas as nossas maldições.
Hunf.
O meu casamento vai ser diferente (isso se um dia eu me casar). Vai ter muitas taças de Dry Martini, a trilha da festa vai ser punk rock e eu vou entrar no altar ao som de Maps do meu amado YYY's e eu vou vestir roupa normal. E o buffet só vai ter canapés de frango com azeitona e ou frango com requeijão. E aposto que as pessoas se divertirão muito mais.
Aleatoriedades
Hoje o dia está tão insonso. Perfeito para ficar em casa dormindo. Custei a acordar, isso porque o meu coleguinha aqui do trabalho voltou e consequentemente eu pude dormir mais meia hora. Fiquei até tarde da noite ontem vendo Superpop (muito me admirei que eu ainda me lembrava como se ligava uma televisão). Isso sem contar a faxina dos diabos que eu tive que fazer naquela casa ontem a noite, depois que voltei do trabalho. Estava impossível conviver naquela bagunça, latinhas de cerveja para todo o lado, bolos de poeira nos cantos, TODAS as louças da casa na pia suja, quinhentas embalagens de hamburguer congelado em cima da mesa e da pia e um abacaxi destroçado em jogado no canto. Enfim, estava um pandemônio! Consegui limpar metade, o resto eu limpo hoje quando eu chegar em casa.
Enquanto estava vindo pro trabalho hoje de manhã, eu vi uma pessoa tão linda, mas tão linda que chega doía. Era como uma chicotada na cara, tamanha a beleza. Pois é.
Então, gente alguém me diz...qual é a daquele mion apresentando aquela coisa chamada quinta categoria?! Acho que foi-se o tempo que o Mion era engraçado. O repertório de gracinhas dele está tão ridículo que ele conseguiria fácil fácil uma vaga no zorra total ou na praça é nossa. Ai gente...olhei aquilo e senti desgosto e vergonha alheia.
Cada dia que passa eu confirmo a minha teoria de que TV é desnecessária. A não ser que seja para dar risada.
De repente me bateu uma vontade do inferno de comer um BIFE DE FÍGADO enorme e cheio de cebola. Peguei e vou rodar esse centro de SP atrás de algum lugar que tenha. Mentira, nem vou. Não tenho dinheiro.
Tenho três reais para almoçar. Isso se traduz em dois salgados e um copo de suco da refresqueira.
Enquanto estava vindo pro trabalho hoje de manhã, eu vi uma pessoa tão linda, mas tão linda que chega doía. Era como uma chicotada na cara, tamanha a beleza. Pois é.
Então, gente alguém me diz...qual é a daquele mion apresentando aquela coisa chamada quinta categoria?! Acho que foi-se o tempo que o Mion era engraçado. O repertório de gracinhas dele está tão ridículo que ele conseguiria fácil fácil uma vaga no zorra total ou na praça é nossa. Ai gente...olhei aquilo e senti desgosto e vergonha alheia.
Cada dia que passa eu confirmo a minha teoria de que TV é desnecessária. A não ser que seja para dar risada.
De repente me bateu uma vontade do inferno de comer um BIFE DE FÍGADO enorme e cheio de cebola. Peguei e vou rodar esse centro de SP atrás de algum lugar que tenha. Mentira, nem vou. Não tenho dinheiro.
Tenho três reais para almoçar. Isso se traduz em dois salgados e um copo de suco da refresqueira.
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7 de jan. de 2010
Desprotegido
Eu estava caminhando lentamente, segurando um guarda-chuva e tentando equilibrar a alça da mochila no ombro. Estava com duas amigas conversando sobre qualquer coisa e reparei em uma coisa que me deixou aterrorizado. Eu estava nu. Em plena luz da tarde e com centenas de pessoas indo e vindo. Me senti desprotegido, completamente frágil e louco para me esconder em qualquer canto. Tudo parecia assustador, até a própria luz e os olhares das pessoas.
Me senti assim ontem, não no sentido literal, claro. Eu vestia as mesmas roupas de sempre, caminhei como sempre caminho, com as mesmas companhias...mas alguma coisa estava diferente e fez com que eu me sentisse nu. Eu não faço idéia do que tenha causado isso.
Sei lá...sou estranho as vezes e eu me assusto comigo mesmo.
Me senti assim ontem, não no sentido literal, claro. Eu vestia as mesmas roupas de sempre, caminhei como sempre caminho, com as mesmas companhias...mas alguma coisa estava diferente e fez com que eu me sentisse nu. Eu não faço idéia do que tenha causado isso.
Sei lá...sou estranho as vezes e eu me assusto comigo mesmo.
4 de jan. de 2010
Olhe mais de perto
Trabalho há mais de um ano no mesmo lugar. Passo todos os dias pelos mesmo prédios e como estou sempre apressado nunca reparo em nada ao meu redor. Hoje na hora do almoço reparei em uns prédios que tem algumas árvores brotando entre eles. Achei aquilo lindo, e com certeza daria uma bela fotografia. O prédio caindo aos pedaços, cinza e sujo...e as árvores lindas e cheias de vida, verdinhas.
Muitas vezes não prestamos atenção em coisas simples da vida. Ficamos tanto tempo perdidos em nós mesmos que esquecemos que existe muita coisa bonita no nosso exterior. A beleza está em tantas coisas, implicitamente, só esperando alguém reparar. Você nunca reparou na beleza de uma mãe amamentando um bebê? Ou numa criança sorrindo? Ou na chuva caindo pela janela do metrô? Ou nas luzes que se acendem na cidade, quando escurece? Ou nos cachorrinhos de rua que andam atrás de comida?
Em tudo há beleza.
Só não está explícita para qualquer um.
Muitas vezes não prestamos atenção em coisas simples da vida. Ficamos tanto tempo perdidos em nós mesmos que esquecemos que existe muita coisa bonita no nosso exterior. A beleza está em tantas coisas, implicitamente, só esperando alguém reparar. Você nunca reparou na beleza de uma mãe amamentando um bebê? Ou numa criança sorrindo? Ou na chuva caindo pela janela do metrô? Ou nas luzes que se acendem na cidade, quando escurece? Ou nos cachorrinhos de rua que andam atrás de comida?
Em tudo há beleza.
Só não está explícita para qualquer um.
I Black Metal Reveillon's Party
Graças a Deus as festas de fim de ano se passaram. Essas festas, confesso, não foram traumáticas. Mas ainda assim, não deixam de ser festas de fim de ano. No reveillon, fiz uma festinha em casa. Tinha bastante comida e bastante bebida. Não aproveitei tanto quanto quis porque eu estava a maior parte do tempo tentando segurar a galere para não destruirem o meu sofá, a minha cama, a minha gaveta (teve uma hora que alguém roubou a minha gaveta e eu passei tempos procurando ela pela casa), enfim, tive que tentar conter a galere para não acabar com a minha casa. O dia estava muito quente e abafado, em decorrência disso todos acharam que seria bem divertido tirar as roupas, e quando eu percebi estava no meio de um monte de mulher seminua e um garoto sem camisa. Claro, que eu me mantive vestido. Em alguns momentos até tentei beber algum drinquezinho, mas o diabo não fazia efeito. Eu até estava afim de ficar um pouco bêbado, mas eu estava tão amargurado na minha própria amargura que nem deu barato. Fim de ano sempre é um saco, me faz pensar na vida. Eu estava tão melancólico que todo mundo reparou. Se eu estivesse no meu estado menos triste eu teria tirado a roupa e ficado só de cueca. A comida deu tudo certo, apesar de todos ajudarem a cozinhar e ficarem colocando o bedelho nas panelas, tudo deu certo e ficou delicioso. Ainda assim eu não conseguia ficar feliz. Felicidade era algo distante de mim naquele momento. Eu queria estar com aquela pessoa. Idiota eu sou, pode admitir.
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Sobrou um monte de frango (o qual eu desfiei e fiz um mexidão depois) e sobrou quase uma caixa de cerveja (a qual bebi algumas antes de sair pro trabalho, hoje de manhã).
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Sobrou um monte de frango (o qual eu desfiei e fiz um mexidão depois) e sobrou quase uma caixa de cerveja (a qual bebi algumas antes de sair pro trabalho, hoje de manhã).
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