28 de abr. de 2011

27 de abr. de 2011

Mais essa

Surgiu uns boatos aqui no trabalho, desde ontem, que eu sou drogado. Ok, tudo bem que eu sou meio desajeitado, derrubo tudo à minha volta, tusso mais que uma vaca velha, raramente consigo concluir as minhas idéias decentemente, mas ok. Não sou drogado. E nunca fui.

Daí que eu venho trabalhar de mochila, e como estava frio quando saí de casa, trouxe minha camisa de flanela por precaução. Senti calor dentro do metrô e guardei a mesma, deixando a manga pra fora sem querer. E eu cheguei assim. Um menino viu e disse: Olha! o vini tá com a mochila cheia de roupa pra trocar por droga no Largo do Paissaundu. Fingi rir.

Tudo bem. Eu supero. Mas olha, é complicado ficar com fama de garoto problema quando você mal sai de casa á noite. Mas é isso aí. A vida é irônica mesmo. 

E eu acho engraçado. Resolvi não me importar mais :)

26 de abr. de 2011

Ok

estou bem.

verdade mesmo.

17 de abr. de 2011

E eu vi as estrelas

Minhas pernas doíam de tanto andar. Mas estava tudo bem. Estava cansado, mas estava bom. Sabe quando você se sente relaxado e sem problema algum? Eu deitei naquela grama, que pinicava meus braços. Mas estava tudo bem. O céu estava bonito, e o clima bem agradável. Dali eu podia ver grande parte da cidade, alguns prédios baixos, casinhas simples, casas ricas, prédios imensos e pessoinhas. Estava tudo bem. Logo algumas músicas começaram a dar o ar da graça e tudo aquilo contribuiu para que o clima ficasse ainda melhor. Algumas músicas com clima de praia, que me traziam conforto. Estava tudo bem. O céu escurecia a cada minuto que passava, e logo foi assumindo um tom de roxo escuro, ou alguma cor do tipo que eu nem sei nomear. Eu estava feliz. Ficar contando as estrelas e descobrindo sobre as constelações foi divertido. Secretamente, sempre tive esse desejo de deitar na grama e ficar observando as estrelas.

Um bloco foi colocado entre os espaços e não sobrou nada. E por mais que eu tente chutar esse bloco, ele só fará meu pé doer.

Uma pena.

7 de abr. de 2011

Aquela velha história

Todas as noites, como num ritual, ela se pintava com as mesmas cores, penteava o cabelo da mesma maneira, vestia as mesmas roupas padronizadas, a mesma bolsa de vinil e ia para as ruas. As ruas era a sua casa e onde ela se sentia alguma coisa. Sua casa era o santuário da solidão. O silêncio era tão grande, que podia ser palpável. Então, nas ruas ela encontrou o seu lar. Passou a vender seu corpo não por necessidade. E sim por amor. Ela acreditava que em alguma dessas alucinadas noites da cidade, alguém diria um "eu te amo". Ninguem nunca o fez.

Era noite de natal e solidao batia a porta. Ela estava encostada num muro esperando algum possivel cliente. A rua estava deserta. Exceto por um mendigo do outro lado da praça. Ele contemplava as luzes e fumava algum cigarro barato. Ela se aproximou dele e perguntou se ele queria diversao. Ele respondeu rapidamente que nao poderia pagar. Ela olhou para as luzes enquanto pensava e por fim disse: hoje e por minha conta. Ele ficou incredulo e abriu um sorriso de poucos dentes.

No quarto do love hotel barato ela se preparava para a noite de natal com o mendigo. Ele estava deitado na cama. Ela se despiu completamente. Inclusive de seus adornos e maquiagem. Era a primeira vez que ela se apresentava dessa forma para um cliente. Ele dizia que ela era linda.

Na cama eles conversavam. Ela contou lhe sobre a infancia dificil e sobre a sua solidao. Ele ouvia atentamente e falava pouco. Por fim eles se abraçaram. Ela chorava.

Ele disse: eu te amo.
E naquele momento eles realmente se amavam. Um suprindo a solidao do outro. Ela continuava chorando enquanto estava por cima dele. Ele pressionava o pescoço fino dela sob suas enormes maos. Ela perdia o ar pouco a pouco. Ate que deu um ultimo suspiro e caiu de lado. Em seguida ele tirou do bolso da calça que estava no chao uma navalha e cortou a propria jugular e disse: vamos viver juntos para sempre.

[digitado freneticamente no meu horário de almoço pelo celular, por isso está cheio de erros de português, mas faz parte e eu estou cansado demais pra arrumar tudo].