4 de jul. de 2009

Classe B1, Desculpa!

Ontem minha amiga P. veio até aqui onde trabalho para almoçar comigo. Decidimos comer no Subway do Shopping e assim o fizemos. Enquanto comíamos o nosso lanche (frango o meu, carne com queijo o dela) uma mulher, educadamente, nos aborda e pergunta se depois de comermos poderíamos responder á sua pesquisa. Eu como trouxa que sou, disse que sim. Ok, imaginamos que seria uma coisa rápida e depois do nosso almoço nos dirigimos até a mesa da moçoila em questão. Pedi pra ela agilizar e começar logo com aquilo. Ela perguntou dados como endereço, telefone e nome completo, que foram sumariamente trocados por qualquer coisa que me veio á mente. Ela fez diversas perguntas sobre lanchonetes (?) e tudo o que eu possuía em casa. Ela ficou escandalizada com o fato de eu não ouvir rádio e nem assistir TV (não gosto, o que eu posso fazer?). Essa enquete me rendeu dezesseis minutos. Sim eu olhei no relógio. No fim do teste ela somou os meus pontos e informou-me que eu era da classe B1 (média alta). E o da P. (que é mais afortunada do que eu) deu B2. Achei estranho, pois eu não omiti nada do que eu tenho (isso foi tudo verdade) e ela também só falou a verdade. Achei bizarro. Alguma coisa errada tem. Eu moro numa casa comum, sem nenhuma frescura, tem um carro comum na minha garagem e eu não tenho milhares de PC's e nem milhares de televisões. E moro na Zona Lost. Bah!

3 de jul. de 2009

Sketch#2



Fiz esse desenho na hora do almoço há dois dias atrás. A mulher gordafoi baseada numa fêmea afobada que devorava um sanduíche de 30cm no Subway do Shopping Light. Dava medo. Ela tava de terninho salmão. Muito brega.

Atrasos em massa

7:10 da madrugada e o maldito celular desperta. Ensandecidamente ao som de The kills (Rodeo Town...passei a odiar essa música porque ela me remete a acordar cedo, o que é uma pena, porque a música é linda...). Percebi que estava relativamente cedo, e decidi dormir mais meia hora. Dormi o que me pareceu cinco minutos (sonhei que estava na casa da minha tia, nesse meio tempo). Mas olhei no display do celular e notei os números: 8:10.
Respirei fundo e pensei: Nessa hora eu já deveria estar dentro do ônibus. Levantei apressadamente e vesti a primeira coisa que eu vi (uma calça jeans e uma camiseta dos rolling stones). Escovei os dentes ultra-rapidamente e corri.
Ao chegar no ônibus, percebi que as pessoas que pegam ônibus comigo todos os dias (sim, eu reparo e já as conheço até por nome...) estavam lá sentados e belos, cada qual em seu banco. Eu de pé.
Pensei: Que estranho...essas pessoas não deveriam estar aqui. Eu estou atrasado. Será que ocorreu um atraso em massa? As pastas de dente de todas as casas acabaram e elas perderam tempo demais espremendo o tubinho? Ou será que houve um assalto em todas as casas e roubado todas as roupas dos respectivos guarda-roupas e elas tiveram que pedir pra mãe, vó, tia e etc? Ou será que os celulares resolveram não acordar seus donos, pura e unicamente por sacanagem?
Depois de pensar em todas essas hipóteses eu me lembrei: Hoje é sexta-feira. As pessoas costumam relaxar de sexta-feira e demoram menos tempo pra chegar em seus devidos destinos, porque o metrô costuma ser mais rápido e vazio. Bah!

Preciso de uma reviravolta na minha vida. Estou até fantasiando aburdos já. Chega dar dó...

Hoje é sexta. Vou pra casa da F. mas antes a gente vai beber na augusta!

2 de jul. de 2009

Nem queria mesmo.

Estou ouvindo uma música que diz isso:

But I said no, no, no,no-no-no
I said no, no, you're not the one for me
No, no, no,no-no-no
I said no, no, you're not the one for me


E isso me faz todo o sentido.
Não era para dar certo e eu não vou mais ficar aqui "chorando".
E sabe porque?
Porque eu gosto do estrago, gosto de bagaceira.
Bagaceira atrai bagaceira.

ps: O trechinho é de uma música FODA da KT Tunstall, chamada Black Horse and the Cherry Tree (Nome legal né?).

Me causa náusea

Dúvidas que não querem calar (e que certamente me causam náusea só de pensar):
(para ler ouvindo o rock mais pesado e gritado que você tiver na sua playlist. Como não sou adepto de tal estilo, a que eu tenho aqui é ART STAR do yeah yeah yeahs).

• Porque diabos TODA letra de pagodão tem que ter "Olere-lerê" "Digui-Digui-Digui-ô" "Obá-Obá" "Isquindô Isquindô"? Ahhhh pra puta que pariu.

• Porque casaizinhos de adolescentes têm mania de falar como se fossem bebês: "Aiiiin Ti Amuuuu, minhaaaááá namoladááá. SSupa meu pipi, môôô???" Ahhhh caralho na boca de toda essa racinha.

• Porque tem gente que ainda INSISTE em macacão???? Me diga, meu deus do céuuuuu!!!! Ai gente, será que não percebem que já estamos no ano 2009 (DOIS MIL E NOVEEEEEE). Assim, não que eu seja ligado em moda e tal, na verdade acho entediante. Mas macacão??? não dá né? E masculino ainda...pra piorar. Ok, dá pra piorar. Vizualize a cena (eu imagino o estereótipo de quem usa macacão assim): Macacão jeans de boquinha agarrada, BRANCO (não sei porque imaginei branco), sem camiseta por baixo (no máximo uma camisa social em cores cítricas) e uma alça caída, estilo ombro único, saca? O cabelo? sempre MULLETS. Crespo. Na altura do ombro. vale usa uma correntinha de ouro (apenas dourada, na verdade).

• Porque caralhos o DIDI MOCÓ ainda está trabalhando na Televisão Brasileira???? Quem gosta desse homem, meu deus do céu? Me respondam porque eu não conheço. Motivos pelos quais eu DETESTO esse senhor: ele NÃO tem graça alguma, ele está mais velho do que a minha vó e ainda se acha o ENGRAÇADÃO. Rá rá rá. Minha pica pra ele. Juro que se eu o visse eu iria estapeá-lo e gritar: PRESTENÇÃO, CARALHO! e provavelmente viriam meia dúzia de seguranas pra me segurar, antes de cometer um crime. Ok, exagerei. Próximo item.

• Porque tem gente que tem bafo de COCÔ?! Gente, isso não entra na minha cabeça DE JEITO NENHUM. O que essas pessoas fazem? defecam e abaixam na privada e lambem todos os coliformes fecais? Ou escovam os dentes com pasta de dente com aroma de MERDA? ahhh, acho o fim. Não tenho um pingo de paciência e não levo a sério pessoas com bafo de bosta. Quer ter bafo, até tenha...vá lá...mas de COCÔ NÃO. Não perto de mim. Adoraria ter coragem nessas pessoas e falar: - Cálega, gel dental faz bem, sabia? Esse seu hálito fecal não é nada elegante. Nem sensual. Aliás, muito menos. E digo mais, vem cá que eu vou fazer você passar vergonha (vira pra mocinha da farmácia) Ãmiga, me traz uma escova e um tubo de pasta de dente. De menta. (volta a atenção pra vítima) Agora abre essa porra de boca e eu vou escovar até esfolar essa merda que você chama de boca. Caralho.

O pior de tudo é que eu nem estou de mau-humor. Pelo contrário.

1 de jul. de 2009

DESESPERO


Pagode 80's/90's
OUDI ISCUL!!!

30 de jun. de 2009

Sketch#1


Vou começar a postar alguns desenhos do meu caderno preto.

Esse caderno tem historinha.
Comprei numa tarde de sábado, deprimido, sozinho, com dinheiro de sobra e nada pra fazer e sem vontade de ir pra casa.
Comprei um café na Starbucks (só pra poder sentar na mesa) e desenhei a tarde toda. Eu ia escrever um conto, mas eu tava tão amargo que iria sair uma coisa horrosa. A chuva caía lá fora.
Eu fiquei com vontade de desenhar um casalzinho bonito que tinha perto, mas a menina tinha cara de irritada. Vai que ela me batesse!?

Explicação dos desenhos:
• Desenho de observação - copo da starbucks (a mulher escreveu meu nome errado - vide o desenho).
• Eu com cara de macaco e uma camiseta escrita I ♥ Porn, que eu cedi gentilmente à pramimvocêmorreu.
• Duas meninas se beijando.
• Duas meninas estranhas sem explicação.

29 de jun. de 2009

Programático

Me sinto como um michê.
Isso não é mau.

T-R-O-U-X-A

Alguém pode me xingar de trouxa?

obrigado.

28 de jun. de 2009

F.

Queria que você soubesse que eu sinto falta de como era antes. Por mais breve e sem compromisso que tenha sido o nosso relacionamento, eu ainda assim, sinto muita falta. Sei que seu afastamento foi por culpa minha, eu fui cachorro, confesso. Sei que já perdi (se é que algum dia já tive) qualquer chance de mostrar que eu mudei - ou estou tentando. Talvez isso nunca fosse, realmente, dar certo. Somos diferentes, como óleo é diferente de água. Você tem suas metas, focos. Eu ainda estou sem rumo, e nem sei se um dia terei algum.
Tenho tantas lembranças de você...De quando eu fui trabalhar num sábado virado, só pra passar a noite no cinema com você. De todos os cigarros divididos, das idas à sua casa, das noites vendo filmes cults inocentemente que sempre terminavam em sexo, das nossas constantes neuras por café, dos nossos atrasos, nossas conversas sobre animes e coisas de nerd.
Seu cheiro é o melhor, tenho que admitir. Não faço idéia de qual perfume você usa mas ainda assim, até hoje, meu coração bate mais forte quando sinto que alguém está usando esse mesmo perfume.

Acho que isso era pra acontecer, e já era hora. Já pisei em muita gente nessa vida.

E sim, você tinha razão. Eu preciso mandar meu espírito inquieto ir embora. Mas eu queria que ele fosse embora por você. E por mais ninguém.

Neste momento estou ouvindo aquela música que você me apresentou numa certa vez, ficamos ouvindo ela enquanto nos arrumávamos pra ir tomar café.

Aposto que você nem lembra.

27 de jun. de 2009

Smoking a big cigars


Tava sem internet aqui no trabalho e saiu isso.

Cigarro faz mal.
Mas é tão gostoso.

25 de jun. de 2009

Sorriso Besta

Eu e minha platonice me deixaram com um sorriso besta na cara. A tarde toda.


Ai como eu sou idiota.
Nasci pra isso.

Vinícius?! Mas quem é Vinícius?!















Carência em excesso MATA!
E eu bem sei disso.

Tell me

So tell me something bad you've done
Tell me bout your ghost
Tell me bout the game you won
And the one who lost
Why you say wait
Wait

Estou extremamente sensível e carente hoje, ok.

Adeus, Dona Naná

Hoje de manhã tive uma notícia hiper desagradável. Estava saindo para trabalhar, abrindo o portão de casa, quando olho para casa à frente e avisto uma cartolina com alguns dizeres escritos em preto - com caneta piloto, e uma simples letra de mão, dizia: "Hoje (25-06-09) será velado o corpo de Nair Souza, as 14:00 no local tal tal tal..." Custei a acreditar quando vi aquilo.
Nair foi uma senhora que viveu sua vida inteira naquela casa, e desde que eu me mudei pra minha casa atual, minha família sempre nutriu um carinho especial por aquela senhora - que chamávamos afetivamente de Dona Naná, já de idade, mas que era sempre enérgica e carinhosa com todos. Me lembro dela me chamando carinhosamente de "gordo". Depois que eu cresci e emagreci ela dizia que já não era mais conveniente me chamar assim. Ela sempre ia viajar e trazia queijo pra
gente, não importava onde ia. E sempre ficávamos despreocupados quando íamos viajar, pois ela sempre cuidava das nossas coisas.
Na época em que eu frequentava a casa dela, sempre era super bem tratado. Eu realmente gostava dela.
Na verdade nunca fui muito de ter contato com vizinhos, exceto com a família dela - que eu posso dizer que amo como se fosse a minha.
Fico pensando como deve estar os parentes dela, que eram muito apegados a essa senhora. Percebo que somos todos vulneráveis à morte, a qualquer momento - ao se levantar da cama até a hora de dormir. E que se agora ela (a morte) nos parece tão atraente, quando estamos diante dela, de alguma forma, essa ainda nos pode chocar. Eu não esperava que isso fosse, um dia, me deixar desta forma - desprotegido, indefeso e com medo.
Bom, espero que a família dela fique bem. E que ela tenha ido sem nada pendente nesta terra. Não tenho religião alguma, e posso dizer que sou cético em muitas coisas que essas seitas e religiões pregam por aí, mas independente de qualquer coisa só desejo que ela tenha a paz que merece.
Enquanto caminhava até o ponto de ônibus, lembrei de como ela sempre foi agradável com a minha pessoa, da sua voz e do seu jeitinho peculiar de andar...Quando me dei conta, uma lágrima escorria quente e tímida no meu rosto.
Descanse em paz Dona Naná.

24 de jun. de 2009

Diálogo Familiar

- Você anda estranho...
- Eu sou estranho.
- ...
- Mas espere, defina o estranho...
- Estranho. Você passa mais tempo na rua e tem se afastado da gente, aqui em casa.
- Eu não estou bem.
- O que você tem?
- O de sempre.
- Hum...eu cansei e não falo mais nada. Cada um, cada um. Vou dormir.
- Eu também.

23 de jun. de 2009

Duvet


Estava me lembrando dessa música agora...e resolvi postar. Essa música me lembra quando eu estava no primeiro colegial...

And you don't seem to understand
A shame you seemed an honest man
And all the fears you hold so dear
Will turn to whisper in your ear
And you know what they say might hurt you
And you know that it means so much
And you don't even feel a thing

I am falling, I am fading
I have lost it all

And you don't seem the lying kind
A shame then I can read your mind
And all the things that I read there
Candle lit smile that we both share

22 de jun. de 2009

Aniversário From Hell Part II

Chegando lá, na Funhouse, olhei em volta e decidi: "quero ir embora". Mas resolvi ficar quieto, já que àquela altura do campeonato, todos estavam irritados comigo. O lugar cheirava a coisa temperada, a luz era ligeiramente amarelada, havia diversos pôsteres espalhados pelas paredes e as pessoas eram exóticas.
Prometi a mim mesmo que iria chegar, discretamente, sentar e talvez dormir um pouquinho. E o fiz. Não antes de entrar na banheira do banheiro e fazer gracinhas. E não antes de ser abordado, muito por acaso, por uma conhecida (aquela que tem 16 cânceres espalhados pelo corpo e ainda insiste em fumar). Eu não lembrava dela, e foi uma surpresa ela ter lembrado de mim. Ela perguntou como eu estava e todo aquele lenga-lenga de semi-conhecidos.
Depois disso sentei e dormi. Dormi pelo que me pareceram horas.

...

Acordei depois de um certo tempo e olhei em volta, procurando alguém conhecido e em especial para saber se ele ainda estava lá. Percebi que do meu lado havia um amigo meio desfalecido. E minha mochila jogada no chão. Ele não estava mais lá. Será que se irritou comigo e foi pra casa? Meus olhos insistiam em continuar fechados e eu ainda sentia uma forte tontura. Do meu lado direito um garoto colocava uma ficha na jukebox e uma música do The Smiths começou a tocar, numa altura considerável. Lembrei da minha amiga que teve coma alcóolico e ficou horas deitada comigo no chão. Será que ela estava bem? Ou melhor, será que ainda estava VIVA? Esses pensamentos se espalharam pela cabeça de uma forma confusa e eu já não sabia onde estava e o que fazia ali. Pensei: estou ficando louco. O meu amigo do lado se mexeu e eu decidi levantar e fazer alguma coisa, pra passar o tempo. Já que ainda era 2 horas e alguma coisa da manhã. Joguei a mochila nas costas e desci para a pista, com os olhos semi-cerrados de sono. Pessoas me olhavam com alguma coisa no olhar que eu não saberia dizer.
Entrei na pista pequena, não me lembro o que tocava lá neste momento, adoraria lembrar. Mais do que depressa o avistei ali no canto e fui caminhando lentamente em sua direção. Ele me informou que iria embora. Eu não pude relutar e nem insistir para ficar. Embora fosse a única coisa que eu queria naquele momento.
Não seria justo, depois do trabalho todo que eu dei a ele. A noite toda. Me conformei e dei um tchau, intensionalmente caloroso.
Passado isso fui pra frente da pista e encontrei o pessoal todo amontoado ali, sentado. Na pista. Começou a tocar The Cure e eu enlouqueci. Coloquei a minha amiga no palco e subi logo em seguida. Umas vinte pessoas dividiam o palco, ensandecidos. Comecei a fazer dancinhas absurdas lá em cima, as luzes me excitavam. E eu ainda, ligeiramente, bêbado me mexia freneticamente ao ritmo da música. Do meu lado tinha um garoto dançando sozinho. De olhos fechados. Imaginei que ele estivesse numa brisa do inferno.
Fiquei ali dançando por horas com a minha amiga. Depois de um certo tempo, todos sairam da pista. Eu não. Não queria sair dali tão cedo, e não saí. Fiquei sozinho no palco, enquanto algumas pessoas dividiam a pista. A cada minuto que se passava, músicas mais legais iam tocando. Crash! uma garota acaba de quebrar uma garrafa de cerveja no palco. Me incomodei e continuei dançando. Depois do que me pareceu meia hora, mais ou menos, vi meu amigo entrando na pista e caminhando na minha direçãol (depois descobri que não foi meia hora, e sim no mínimo umas TRÊS HORAS). Ele disse que estava todo mundo embora e me ameaçando deixar lá sozinho. Fiquei irritado, mas fui. Lá no caixa enquanto todos pagavam a sua respectiva conta, eu escutei You Only Live Once dos Strkes tocando na pista. Sem nem pensar corri até a pista de volta e continuei, enlouquecido, a dançar. Como se não houvesse mais nada a se fazer no mundo, a não ser se jogar no ritmo da música. Cobicei, grandemente uma garota trajando vestido de avó e cabelinho curto de indie, que dançava na minha frente. Eu percebi que era a mesma menina que tinha me dado mole no palco, algumas horas antes. "Oi, minha amiga tá chavecando um cara, posso dançar com você?" Pode - respondi arrogantemente. Ok, fui idiota e mais tarde vi ela se esfregando em uma garota. Tsc tsc. Tudo bem, já que eu estava super de boa em relação a pessoas, eu estava realizado, já que ele havia estado lá comigo por um bom tempo. E cuidou de mim, mesmo bêbado e sujo.
Passado um tempo, a música ainda nem tinha acabado e lá estava meu amigo novamente me chamando. Perguntei que horas eram. Cinco horas da manhã. Ok, vai, vamos...
Passei minha comanda no caixa e não paguei absolutamente nada (Aniversariante é vip e ainda ganha um drink. Eu achei melhor não beber o drink, por motivos óbvios).

...

Saímos e fomos para um bar.
Chegando lá, cada um pediu um salgado. Eu não. Pedi duas garrafas de água (a sede estava me matando). E bebi uma em um gole só, e gentilmente cedi a segunda pra minha amiga.

...

Cheguei em casa sujo de vômito até as meias, com a dignidade perdida, um sorriso idiota no rosto, uma fome do cão - que me fez comer uma pizza velha que encontrei no microondas - e com uma dor irritante nas costas e nas pernas.
Tirei os tênis e caí na cama. Sem tomar banho mesmo.
Dormi até as três da tarde com uma ressaca dos infernos e um mau humor desgraçado. Passei a tarde toda vendo DVD's de novelas japonesas...

Aniversário From Hell Part I

Caralho! E agora?! Eu morri...no dia do meu aniversário de 20 anos. Meu Deus, espero que ninguém ligue pra minha mãe! Imagine a reação daquela jovem mulher quando descobrir que o filho perfeitinho dela teve um coma alcóolico. No dia do aniversário.
O corpo jazia ali na calçada. O alvoroço era grande em volta, um corre-corre, uma gritaria, um tal de comprar chocolate pra bêbado comer. Mexi as mãos. Percebi que não estava morto.
Me lembrei que havia deitado ali. Simplesmente, porque estava cansado demais. Meus tênis cheiravam a vômito. Minha mão estava pingando com ácido, que saiu diretamente do meu estômago.
Fiquei envergonhado. Me despedi mentalmente das pessoas que alegraram minha vida. Já que eu IRIA morrer. Tudo estava certo, meu chamado havia chego e eu ão tinha como escapar. Eu não queria isso!!! Caralho! ELE estava lá!!! Comigo! Por mim!
Decidi que não ia morrer! Levantei, ele me pegou e me apoiou em seu ombro e caminhamos. Eu ria ainda. De tudo. Sentia aquele cheiro de álccol saindo da minha boca, cada vez que eu a abria.
Continuei apoiado em seu ombro e caminhei, com muito frio. Muito frio mesmo. Talvez o maior frio que já senti na minha vida. Os queixos batendo levemente. Mas ele estava ali, ccomigo. O que mais iria importar?!

19 de jun. de 2009

Melô do Praguejento (Mas que abundância, meu irmão!)


Pega

Pega Pega Pega Eu

Dance Dance Dance

D.A.N.C.E!

o

AXÉ!

E joga joga joga a mão pro ar
Bate Bate Bate

Bate uma (Dá uma?)
Bate duas (Dá duas?)
Bate três (Dá três?)

Agora pára!
com a mão na cinturi-nhá!

pára pára pára
pede pra pará?

PARÔ!

(REFRÃO)
Bate uma (Dá uma?)
Bate duas (Dá duas?)
Bate três (Dá três?)


REPETE TUDO.

***

Alguém aí toca cavaquinho?

Duas Décadas (Shit!)


Amanhã eu faço vinte anos. Não estou tão deprimido como todas as outras vésperas-de-aniversários por quais já passei. Vinte anos não é pouco tempo. Mas também não é muito.
Fico pensando que este dia era pra acontecer. Cada dia - penoso - que eu vivo é pra acontecer. Mesmo contra a minha vontade.
Sempre fui um menino inseguro ao extremo, sempre esperando a aprovação de outros. Em outras palavras, uma criança chata e as vezes grudenta.
Eu ainda sou todas essas coisas, o tempo não mudou-as. Mas eu aprendi a lidar com tudo isso. E me aceito desta forma. Pois essas coisas são "eu". Essas coisas são minhas e eu não sei viver sem elas. Me apoiei nisso por muito tempo. E já não sofro mais por isso. Não choro mais. Chorar é algo complicado na minha vida. Há um bom tempo eu não sei o que é chorar. Coisa que eu fazia quase todos os dias. Deve ser por isso, de tanto chorar na infância/adolescência todas as minhas lágrimas secaram. E com isso só me restou o meu orgulho bobo e a minha amargura.
Já desejei, muitas vezes (muitíssimas vezes) não estar mais neste mundo. Hoje em dia tanto faz. Não tenho anseios, não tenho metas, não tenho direção ou referência alguma para seguir. Tenho só as minhas vontades e os meus sentimentos. Desde pequeno, sempre sonhei alto, sempre tive anseios de ser alguém, de fazer e acontecer. Sempre quis ter alguma coisa minha. Alguma coisa que todos reconhececem. Hoje tanto faz. Tudo tanto faz - Tudo foda-se.
Vivo cada dia separadamente - como se fossem vidas independentes e desconhecidas. Não me preocupo com o amanhã. Tatuarei o meu corpo, furarei a minha carne sem me importar com alguma profissão. Não tenho meta de criar família alguma, não tenho mais sonhos de ser designer famoso. Não me restou nada. Só as minhas aflições - que sem elas não consigo ter base pra nada. A tristeza me faz eu me sentir mais vivo do que a alegria. Me sinto humano de verdade nessas horas.

Se sou triste?
Não.

Estou exatamente onde eu queria estar.

Amanhã beberei com os meus amigos, farei dancinhas absurdas, me jogarei na noite e serei feliz. Momentâneamente.
E no outro dia terei o mesmo tratamento que as outras pessoas.