2 de nov. de 2010

Like a cloud

Os dias estão passando rápido demais. Deve ser o fim dos tempos, como diz a minha vó. Só pode. Me lembro como se fosse ontem da festinha de ano novo aqui em casa, da Paula dançando Julian Casablancas na sala, da Mariana vermelha como um peru, bêbada, da Aline me agarrando na cozinha, da Joana fazendo uma farofa rica deliciosa, da Fê me consolando e de todos os presentes. Logo entraremos em mais um fim de ano. E eu ainda nem sei o que farei esse ano...Provavelmente, e ao que tudo indica passarei sozinho como 2008. E isso não é ruim. =)
...
Nesses dias, por mais que eu tenha melhorado da deprê, ainda tem alguma coisa me incomodando. Não sei exatamente até que ponto minha cabeça tem razão, mas acredito que minhas teorias estão corretas. Ainda bem que já sei como agir e o que fazer depois.
...
Ando recebendo muitos elogios. O que é muito bom, já que me animo a continuar. Estou feliz por isso. Me sinto muito mais leve e disposto para encarar os dias. 

Estou me sentindo bem, depois de muito tempo. De verdade. =)




1 de nov. de 2010

Update em tópicos

Hoje é segunda-feira, véspera de feriado. Eu realmente não entendo porque tenho que vir trabalhar, sendo que esse lugar fica um marasmo total em datas como essa. Fora que não faturamos lucro e mal entra dinheiro no caixa para pagar a condução dos funcionários. Ou seja, acho muita burrice. Mas, já que eu sou um mero empregadinho qualquer, estou aqui. Preso, me entupindo de café forte e amargo (do jeitinho que eu gosto).

Acho que a minha bad fucking master deprê está indo embora. Tudo bem, que de uma forma articifial e química se é que me entendem. Mas ainda assim, me sinto melhor e com energia para encarar um dia. E isso me basta, já que eu estava me tornando uma pessoa horrível e descontando a minha tristeza em todos. E não é assim que funciona. Enfim...estou bem!

O remédio que estou tomando está me deixando hiperativo e eu não consigo parar de me mover por um minuto sequer. E meus olhos correm. Correm rápido. E minhas mãos não param e nada para. Não dá para parar. Fico com um sorrisinho cretino durante maior parte do dia, independente do que aconteça. E logo ao ingerir a pilulinha mágica pela manhã, eu me sinto aliviado, extasiado. Ai, eu tinha esquecido como eu gostava de tomar isso.

Descobri que estou viciando em frozen yogurt. Qualquer lugar que eu vou, já logo procuro algum ponto que tenha. Montei um ranking mental do melhor frozen yogurt que já tomei. Viva à popularização do Frozen Yogurt. 

Meu organismo, inexplicavelmente programou-se sozinho para acordar às 4:00 da manhã TODOS OS DIAS. Abro os olhos e vejo o quarto ainda escuro e logo penso: Já sei, são 4:00 da manhã. Inferno.

E é isso. Um beijo, porque eu preciso trabalhar. 

Ou fingir, pelo menos.

Vagalumes existem

A noite estava bonita, meio fria, sem muitas estrelas. Mais ou menos como aquelas noites de inverno.  Tinhas alguns vagalumes em volta e eu estava me sentindo bem com aquele perfume que já estou habituado. Foi bonitinho.

O tempo poderia ter parado ali.

30 de out. de 2010

A falta de sono

São 4:12 da manhã. Acabo de acordar e não faço idéia do que escrever aqui. Eu só preciso escrever. Minha garganta está seca e não estou numa das posições mais confortáveis. Estou me sentindo maníaco e ao mesmo tempo lento por ter acabado de acordar. Não sinto vontade de ligar a televisão e assistir um daqueles filmes pornô de quinta categoria, onde só se mostra peito e bunda. Também não sinto vontade de assistir pregações evangélicas. Para falar a verdade, no momento eu nem queria muita coisa. Só queria assassinar violentamente essa carência estúpida. Odeio me sentir assim.

Acho que vou voltar a dormir.

Assim que eu terminar de ouvir o barulhinho do cigarro queimando.

27 de out. de 2010

Alternativa de emergência

Algumas vezes nos deparamos diante de situações aparentemente impossíveis de serem resolvidas. Deixando como única alternativa o fato de você não existir mais. Ou talvez, você tente yoga, vegetarianismo, evangelismo, catolicismo, auto-ajuda e orações. Para algumas pessoas funciona, para outras não.

É simples assim.

Válvula de escape. Cada um tem a sua. Cada pessoa tem a sua droga. Mesmo que esta não seja necessariamente uma "droga" de fato. Acredito que o ser humano enlouqueceria sem uma válvula de escape. Válvula de escape, subentenda como um ser inanimado, objeto ou atividade. Pessoas não servem como válvula de escape. E nem como apoio, embora alguns usam como tal. Talvez pela minha individualidade misturada com o meu orgulho natural, eu não admito o apoio em alguém. Não sei se isso é certo ou errado. Na verdade, nem sei se existe o certo e o errado. Pra mim não faz tanto mal. Já fez mais, confesso. E para você?

Abraçar pessoas. Conversar com pessoas. VER pessoas. Tudo isso faz parte de uma boa qualidade de vida, acredito eu. Por mais que você seja como eu, que diz para quem quiser ouvir que um humano não necessita de outro, você sabe que no fundo, você precisa sim. Ninguém pode viver sozinho. O ser humano é um ser sociável por natureza, mesmo que você seja anti-social como eu. Irônico demais?

Fuga. A fuga é a coisa mais covarde que existe por aí. E eu não sou o cara mais corajoso que se pode encontrar. Muito pelo contrário. Já fugi de várias coisas, por diversas vezes. E não me arrependo disso. Foi bom na hora que me serviu. Mas a volta da fuga pode ser pior do que a fuga em si. Experiência própria. Olha, você até pode pegar a sua mochila, meia dúzia de roupas e um notebook e sair por aí. Viajar pelo nordeste e morar em cidades do tamanho de bolas de gude. Mas você nunca conseguirá fugir do reflexo que vê no espelho. A sua essência. E por mais que ela te incomode e seja suja, vermelha, sangrenta, machucada e com hematomas, ainda assim ela é você.

E é o que te preenche e te sustenta vivo, com esperanças de que algo se mova. Ora, se você está branco, limpo, sem manchas e hematomas, qual é o sentido de esperar algo da vida, se você já é "completo" "perfeito"?

Como eu disse, por dentro posso ser vermelho, machucado, quente, sangrento, excessivo e carente. Se eu deixar isso à mostra, você vai querer ver?

Sempre escondi. Vou deixar...

Ok, muitas divagações. Talvez amanhã eu releia isso e não concorde com mais nada. Assim que é a vida.



25 de out. de 2010

Uma vida inteirinha feita em pixels

Gosto de jogar The Sims 3. Posso fazer tudo o que tenho vontade, sem levantar da cama.
















Posso comer e matar a minha fome.

















Posso fazer caretas pro Rafa. :P

















Posso até encarar uma faxina, vai.

















Acampar no quintal e assar mashmallows.

















Tocar PANQUE ROQUE  na minha guitarra rosa de oncinha.

















Pular no colo de alguma loira aleatória.

















Posso até fazer coisinhas.

Agora me diz uma coisa...pra que sair de casa?

Ah, vá.

A vida é louca, jão.

Tô aqui me coçando para dar seis e meia para eu sair disparado, numa caça à um pão na chapa por aí e chegar em casa rapidinho para me enfiar na cama e ficar fumando, jogando the sims 3 e ouvindo Adam Green.

Eita!

Me Me - 68 Curiosidades sobre mim

Achei por aí e fiquei com vontade de responder. Faz tempo que não respondo essas merdas, e o clima desse blog anda meio pesado, cheio de coisas tristes, tensas e bestas.

Vamos descontrair.


68 curiosidades sobre a minha pessoa:

01. Nome: Vinícius.
02. Apelido: Vi, Vini e afins.
03. Cor da calça que está usando agora:  Preta (e eu tenho outra?)
04. Última música que você ouviu: Breaking Locks do Adam Green (meu mais novo vício, amor, whatever)
05. Últimos quatro dígitos do seu telefone: Eu não tenho um telefone. Fui  roubado. É...
06. Última coisa que você comeu:  Uma barrinha de cereais de limão. Sou uma pessoa muy light, minha gente.
07. Se você fosse um lápis, de que cor seria? Marrom. A mais sem graça.
08. Com quem você gostaria de passar o resto da sua vida? Com quem me aguentar até lá.
09. Como está o tempo agora? Um calor infernal que está fazendo a minha pressão cair toda hora.
10. Onde gostaria de ir em sua lua-de-mel? Pra algum canto da Escócia. Adoro a Escócia.
11. Qual é a primeira coisa que você nota em outra pessoa? A unha do dedo mindinho.
12. Você gosta da pessoa que te mandou isso? Ninguém me mandou. Achei por aí.
13. Como você se sente neste momento: Sei lá. Tô evitando pensar em mim. Quero ser uma pessoa menos egoísta.
14. Quem você gostaria que estivesse ao seu lado agora? O Rrrrrrrrrafael.
15. Esporte favorito: Nenhum. Acho cansativo. Prefiro ficar sentado, fumando e ouvindo música boa.
16. O que te faz feliz? Carboidratos.
17. Qual seu próximo CD: Sei lá. Nunca planejo. Quando me dou conta estou com uma sacolinha de CD embaixo do braço, saindo de alguma loja.
18. Qual a cor do seu cabelo? Castanho.
19. Olhos: Castanho.
20. Altura:  1,76m.
21. Você usa óculos e/ou lentes de contato? Nop.
22. Irmãos: Sim. Uma mais nova.
23. Quem você considera seus mais chegados amigos? Quem é, sabe.
24. Quem dos seus amigos vive mais longe? Hum..Joana?
25. O que você gosta de fazer? Comer, fumar, dormir, ouvir música e fazer xixi segurado.
26. Qual o melhor conselho que já te deram? Se joga no trilho do metrô em horário de não-rush. Ainda não segui.
27. Já ganhou algum prêmio? Olha, já ganhei um jogo WAR quando eu tinha 12 anos, num concurso de desenho entre mais de 100 crianças, filhos de funcionários da empresa que meu pai trabalhava.
28. Música/Estilo/Banda favorita: Yeah Yeah Yeahs, babe.
29. Comida favorita: Estou pegando uma fixação quase doentia por hamburhueres.
30. Filmes favoritos: Gosto muito de Traispotting. Clichê, eu sei.
31. Mês favorito: Não gosto de viver, não tenho essa de mês favorito. Todos são ruins igualmente. Mas eu tolero muito o mês do carnaval, porque trabalho menos.
32. Você é tímido para convidar alguém para sair? Claro que sou.
33. Qual foi a coisa mais idiota que você já fez? A última foi desenhar um rostinho na minha coxa, com caneta permanente (ontem à noite).
34. O que você prefere, por telefone ou pessoalmente? Nem gosto de interagir. Sou bicho do mato.
35. Qual é a sua prioridade agora? Descolar um maldito celular.
36. Se fosse um animal, qual você seria? Um peixe pra não precisar fazer nada.
37. Onde está a sua felicidade? Que?
38. Você quer que seus amigos respondam: Eles não vão responder isso.
39. Quantidade de velas no teu último aniversário: Mais de 30, mas eu só fui acender elas uns 15 dias depois, sozinho no meu quarto. Claro, fui surpreendido pela minha mãe, que achou que eu estava fazendo um ritual satânico.
40. Furos na orelha: Alargador.
41. Tatuagem: 3 por enquanto. Um playmobil, um blackbird e um tsuru.
42. Piercing: septo.
43. Defeito: Não tenho. É sério.
44. Cor preferida: Acho que preto. Sou um pouco do mal.
45. Já chorou por amor? Jamás (mentira deslavada). Uma vez só. Talvez, duas. Não mais do que isso.
46. Já sofreu algum acidente de carro? Não.
47. Peixe ou carne: Frango.
48. Restaurante preferido: Atualmente, A Chapa (hamburgueria).
49. Praia ou campo: Praia. Adquiri um gosto genuíno por praia no ultimo ano.
50. Cerveja ou champanhe: Cerveja. Heineken gelada, comprada por R$ 1,80 a garrafa no extra.
51. Cafe ou chá: Café, lógico.
52. Copo meio cheio ou metade vazio: Vá à merda.
53. Lençóis da cama liso ou estampados: Lisos. Azul bebê. Bem meigo.
54. Cor das meias: Agora pretas (tô TODO de preto).
55. Programa de TV: Ai gente, nada.
56. Onde você gosta de receber beijo: Gosto muito de beijo grego.
57. Está ouvindo alguma música agora? Não.
59. Tom ou Jerry: Jerry, óbvio.
60. Disney ou Warner: Disney pra sempre em minha vida e em meu coração.
61. Quando foi sua última visita ao hospital? Da vez que eu tentei tirar um atestado, porque tinha faltado no trabalho. Claro, que chegando lá, o meu convênio não foi aceito, porque eles estavam em manutenção. Voltei pra casa e dormi assim mesmo.
62. Como se chama seu ursinho de pelúcia? E eu tenho cara de que tenho ursinho de pelúcia, rapá?!
63. Reprovado no teste de habilitação? Nunca fiz.
64. Daqui a 10 anos espero… ter morrido ou endireitado a minha vida. Sou sincero.
65. De quem recebeu isso? Já disse que achei por aí, porra.
66. Hora de dormir? 00:00 na teoria.
67. Pior sensação do mundo: Abandono.
68. Melhor sensação do mundo: De se sentir magro, bonito e rico.

24 de out. de 2010

Preciso

Eu preciso escrever agora. Vou me forçar a fazer isso agora. Quero escrever sobre qualquer coisa. Portanto, acredito que dessa brincadeira de "querer escrever" não sairá nada que irá mudar o mundo. Já estou até avisando, contudo se quiser parar de ler, já pare por aqui.

Já é quase segunda feira. Faltam apenas 27 minutos para a bonita entrar em cena e fazer de mim um ser mais triste. Ok, fui dramático agora. Mas não deixa de ser meio verdade. Enfim. Não estou com sono, o que pode ser prejudicial para a minha pessoa, já que provavelmente não acordarei no horário amanhã e nem com o melhor humor do mundo. Tá, eu raramente estou com o melhor do mundo. Em especial nessas ultimas semanas, vale ressaltar. Hoje repensei sobre a vida mais uma vez. E mais uma vez (perdi as contas) decidi que vou assumir uma nova postura diante dos problemas do dia-a-dia. Stress no trabalho, stress no metrô e stress na família. Isso tudo pode ser revertido, vai. Posso ignorar ou tentar mudar. Cabe à mim. 23:41.

Sono, estou te convocando. Vem?

Não, ele não quer vir. Não posso fazer nada e essa será a minha justificativa do mau dia amanhã. Mentira, amanhã não será um dia ruim. Quero que amanhã seja um dia bom. Quero acordar com o som dos passarinhos, ter tempo para fumar um cigarro inteirinho antes de entrar no trabalho, pegar um metrô raozavelmente tolerável, não ter muita coisa para fazer no trabalho, almoçar comida saudável e barata, andar por ai com alguma música feliz na cabeça. Talvez conversar com amigos. Talvez ver amigos. E amanhã será um dia lindo.

Isso é o que eu espero. Acho que estou me prendendo á uma ilusãozinha. Mas os humanos são feitos disso. Somos feitos de sonhos e esperanças, por mais que alguns digam o contrário. Caso fosse diferente, não teria necessidade de levantar da cama todos os dias, encarar um dia inteiro e aguentar algumas coisas desagradáveis. Não faria sentido. Fazemos isso porque no fundo, bem no fundo, esperamos ser recompensados de alguma forma com essas atitudes.

Pausa para descansar o braço, que está doendo. Estou digitando deitado e isso pode doer muito se você não encontra a posição certa para ficar na cama.

Pronto. Passou. Momentaneamente, diga-se de passagem.

Hoje o dia se arrastou lentamente. Não sei se isso é bom ou ruim. Só sei que fiquei aqui no quarto a maior parte do tempo, horas sentindo pena de mim mesmo, horas me alegrando, até dançando. Tentei inspirar fundo e expirar. Tentei fazer uns alongamentos (é sério). Tentei mentalizar paisagens verdes. Tentei de um tudo. Foi aí que decidi sentar e parar com isso. Tava feio. Coloquei uma música qualquer e resolvi que seria muito gostoso brincar de starbucks. Pois bem, meu cenário virou a cozinha e eu brinquei de starbucks. Copão grandão de plástico, de uma promoção x da coca-cola, uns 400ml de leite desnatado e um monte de colheres de nescafé. Misturei tudo, bem misturadinho e joguei umas dez pedras de gelo e bebi. Junto com uns 3 cigarros. Ao mesmo tempo que eu desenhava alguns diabinhos.

Tentei assistir os filmes do Harry Potter em ordem cronológica e dormi com 1/3 da pedra filosofal. Acordei duas horas depois com fogos. Não sei o porquê dos fogos. Deve ter tido algum jogo. Sei lá.

Agora estou aqui. Com o braço voltando a doer, 0:05 marcando no reloginho digital. E eu sem sono. Pensando na morte da bezerra. Sabe, eu confesso que gostaria muito de ter com quem conversar nesses ultimos momentinhos do dia. Faria toda a diferença para mim, mas isso já é sonhar demais. Sempre esqueço de reprimir essas coisas, as vezes dá trabalho lembrar de tudo o que você quer reprimir. Enfim. Mas que seria legal, seria.

Fico me perguntando se um dia vou encontrar aquela coisa que falta. Não sei vocês, mas eu sinto que falta alguma coisa essencial na minha vida. Não tenho certeza do que seja, embora eu desconfie. Mentira, não desconfio não. Não sei mais sobre o que estou falando.

Pausa para o braço voltar a ser amigo.
E para um cigarro também.

Pronto, voltei. 
E eu cansei de escrever. O sono está vindo. Talvez eu tente dormir, ou não...
Melhor, vou armar meu plano para a minha fuga. HOHOHOHO!
Não perguntem.

Abraços e boa semana a todos. :)

22 de out. de 2010

Who Knows?

Às vezes você deita a cabeça no travesseiro e fica pensando onde foi exatamente que você errou. Fica pensando em cada detalhinho, cada atitude sua, cada passo torto e você não se lembra de nada tão monstruso que possa ter causado isso que está passando. No momento sinto que todas as áreas da minha vida estão alteradas para pior. Eu não sei o que acontece, só sei que tudo está dando errado e nada está onde deveria estar. Nada.

Estou cansado de verdade.

Algum dia desses eu morro de colapso nervoso.
Preciso de alguma salvação. Alguma religião ou qualquer coisa para me apegar.

Tá foda.

21 de out. de 2010

Quinta do inferno

Odeio quintas-feiras. Curiosamente, percebi que os piores dias das minhas semanas são coincidentemente (ou não, depende da sua crença) as quintas-feiras. 

Odeio sextas também.
As pessoas ficam felizes e exaltadas porque está próximo do fim de semana. E eu detesto pessoas felizes e exaltadas.

Odeio quando meu edredon vira do lado errado do comprimento, como agora, deixando os meus pés descobertos.

E eu poderia fazer uma lista de coisas que eu odeio, nesse exato momento. Porque odiar é mais fácil, como eu mesmo disse agora a pouco numa conversa. Mas a minha dor de cabeça, que está voltando, me impedirá de fazer a lista. E eu preciso acordar daqui a sete horas e meia. E isso é pouco tempo para o tanto que necessito dormir.

Tchau.

(fiz um post automático programado para o meu outro blog, exaltando a sexta-feira...pfff)

Altruísmo

Hoje eu vi uma cena linda no metrô.

Como a plataforma estava cheia de nego desesperado para trabalhar, e eu não estou nessa vibe. Decidi pegar o metrô no sentido contrário, a fim de voltar algumas estações e pegá-lo mais vazio. Pois bem, assim fiz. Sentei num dos muitos bancos vagos, com o livro que estou lendo aberto na frente do rosto e na minha frente tinha uma senhora. Uma senhorinha minúscula, com seu metro e meio, uns 35kg no máximo e o cabelo todo branquinho. Bem velhinha mesmo. Tinha um cara sentado do meu lado, mas não no mesmo banco. Todo maltrapilho e meio fedido. Do nada ele levantou e se abaixou na frente da senhorinha. Fiquei curioso e ergui os olhos do livro, para ver o que ia acontecer. Me surpreendi quando vi ele tirando os dois sapatos da senhorinha e trocando os pés, calçando-os novamente. Sim, ela estava calçando os sapatos invertidos nos pés. Ele arrumou e amarrou os cadarços dela, em silêncio. Depois disso ele sorriu para ela, e ela agradeceu. Ele se levantou e sentou novamente no lugar que estava.

Eu não teria essas manha não.
Mas achei lindo.

20 de out. de 2010

Dancin in the babylon 2

Olha, vou te contar uma coisa: Sabe há quanto tempo eu não me sentia assim? Umas três semanas. Ou quatro, não tenho certeza. A vida é bela. A vida é legal. A vida é UMA DELÍCIA, VEM GENTE!

A vida é engraçada, acima de tudo. Numa hora você está em algum banheiro aleatório por aí, vomitando as tripas de tanto nervoso e querendo se atirar na frente do primeiro carro que passar e numa outra hora você se vê jogando uma bolinha pro alto e pegando, por diversas vezes seguidas, no seu horário de almoço, com a rua cheia de executivos metidos à besta te encarando. Mas você não se importa, afinal você é feliz. Você está feliz e foda-se as pessoas. A vida é legal, minha gente. A vida é MUITO legal.

E não. Não consumi açúcar em demasia.

:)

18 de out. de 2010

Dia simples

Sabe quando você acorda sentindo uma imensa necessidade de ter um dia simples? Bem, dia simples significa não sentir nada muito forte, nenhuma reviravolta, nenhuma emoção e nenhuma notícia bombástica. Se eu conseguir manter o mesmo humor que acordei, ao fim do dia estarei feliz. O dia não começou muito bem, confesso. Acordei no horário bonitinho, embora esteja sentindo muito sono, demorei cerca de dez minutos para conseguir subir no ônibus - que geralmente demora 3 minutos - e não bastando, o mesmo ainda se encontrava lotado, num estado crítico, por assim dizer. Ok, eu não me abalei. Não me abalei também pelo fato de estar sem um fone no meu ouvido. E também não me aabalei com a chuva que caía, fazendo com que o metrô mostrasse a sua lentidão terrível. Me considero um cara vitorioso de ter chego aqui onde estou - na cadeira do trabalho - e ainda não estar de mau humor (eu não disse que estou de bom humor, só não estou com MAU humor, é diferente, veja bem). E tudo o que eu quero é curtir a minha tranquilidade aqui na frente do computador. Bebericando do meu imenso copo de café quentinho.

:)

16 de out. de 2010

Update

Olha como a vida é engraçada, agora mesmo me bateu um amor à vida. Do nada. Uma vontade tão grande de ser feliz, e realizar algo para mim. Sair por aí e ver as luzinhas da cidade e sentir o vento frio no rosto e de subir em algum telhado de prédio e assistir a cidade viver, observar os carros minúsculos. E ficar feliz por estar vivo.

Lazy Confessions

O horário de verão começou. E eu particularmente, detesto horário de verão. Até eu me acostumar, leva uma semana, em média. Uma semana rendendo atrasos ao trabalho, sono profundo durante o dia e uma série de coisas chatas. Algo como um desconforto causado por fuso horário diferente (numa escala bem menor).

Hoje o dia foi completamente atípico. Fui trabalhar, e ao sair, voltei direto para casa. Não estava na vibe de ver gente, de andar, falar, interagir. O que eu queria era um tempo sozinho. Completamente sozinho. Aproveitei que não tinha ninguém em casa e lavei banheiro, tomei banho, coloquei roupa para lavar, fiz miojo e me deitei.

Fiquei.

Oito horas da noite e eu já queria dormir (sábado à noite, uhul!). Dormi.

Acordei cinco horas depois (na verdade quatro, graças ao horário de verão) com uma sede absurda que me fez levantar correndo e pegar o primeiro copo que vi, colocar um monte de clight e misturar com água gelada. Claro que eu nem olhei a quantidade de suco que coloquei no copo e o fundo ficou todo cheio de pó não diluído.

Queria o meu namorado. Queria ficar olhando para o teto e falar sobre coisas aleatórias, queria ser abraçado e queria que alguém me trouxesse algo para comer. Mas ninguém vai fazer, o que me obriga ir até a cozinha para ver se acho alguma coisa degustável (agora são 3 da manhã).

(vai)

Como esperado, não tem nada de interessante. Vou tomar café puro, fumar um cigarro e calar a minha boca.

Ah, acabei de baixar o album novo da KT Tunstall. Recomendo. Recomendo 100 vezes.
Viciado nessa música aqui, ó:

Estou com vontade de beber alguma coisa gelada, poderia até ser aquelas coisas geladas, doces e cheias de chantilly por cima, que tem na starbucks e tem gosto de xarope de qualquer coisa concentrada, que de vez em quando cai bem. Frapuccinos. Lembrei o nome. Ai, queria...

Nem vou tentar dormir mais. Um beijo, seus pecadores.






15 de out. de 2010

A viagem que fiz pelo mundo

Hoje, sexta-feira, precisamente às 18 horas e alguns muitos minutos dei início à minha viagem ao mundo. Um verdadeiro MUNDO DE SABORES.

Sentei na praça de alimentação e comecei a comer as minhas bolachas piraquê de leite maltado. Todo singelo na mesa com tampo de mármore frio. Enquanto assistia duas amigas comendo Burritos com molho barbecue (México). Lutei alguns segundos contra mim mesmo e quando percebi, eu estava na fila do Mc Donalds pedindo dois hambúrgueres simples - só o lanche, porque é mais barato (Estados Unidos). Ao mesmo tempo (nunca perdemos tempo) as duas amigas estavam na fila de sorvetes do Mc Donalds (Estados Unidos). Dois segundos depois, eu estaria na fila de uma pastelaria da praça de alimentação, pedindo um de dois queijos e outro de carne com queijo (China), ao mesmo tempo que uma das amigas estava na fila de um restaurante japonês, pedindo um Temaki e dois Nigiris (Japão). Logo em seguida, uma das amigas entrou na fila do Rei do Mate e mandou brasa num empanado de carne (Brasil).

Tudo isso em meia hora.

Horas depois, eu estaria feliz por sentir o vento gelado bater na pele do rosto molhado, me sentindo vivo.

Agora estou aqui com um humor esquisito, tendo vários diálogos internos sobre assuntos variados e irrelevantes e nunca chegando a um acordo, esquecendo dos assuntos antes de conclui-los. Meio complicado.

14 de out. de 2010

Calmaria

Respirei. Pensei positivo. Mentalizei paisagens campestres e tudo correu bem.

Agora estou aqui, sentindo a tranquilidade divina e me deleitando com músicas.
Estou há uma hora sem fazer nada no trabalho e isso me assusta.


12 de out. de 2010

Ai

Alguém me ajuda?

Ajuda eu?

É...

Ok. Mais uma vez, eu volto com a língua mordida. Me surpreendi e a minha família foi super agradável comigo. Tenho a impressão de que eles sentem orgulho de mim. E isso é estranho. Não sei lidar com essas coisas.

Ganhei uma camiseta, 3 cuecas e 20 reais da minha vó. Uma caixa de chocolate da minha irmã e 10 trufas da minha tia. Me senti querido, afinal, nem criança eu sou e as pessoas ainda se deram ao trabalho de presentear. Enfim.

Tudo estaria bem, se não fosse eu. Estou realmente cansado disso tudo. E a única vontade que eu tenho é de juntar as minhas coisas e partir para alguma cidade longe, onde ninguém possa me achar. Estou á ponto de sofrer de derrame, infarto, depressão (ops), colapso nervoso de ir parar em hospital e tudo. Minha vida não anda fácil, embora todos digam que é futilidade de minha pessoa. Então, nessas horas eu prefiro me calar e fingir que tudo está bem. Como sempre fiz.

E olha, me sinto sozinho. Por mais que tenha pessoas e pessoas e mais pessoas, eu me sinto sozinho. E eu cansei de escrever. Vou fumar meu cigarro e dormir. Que é a melhor coisa que eu faço, além de ensaiar a máscara de "está tudo bem, e a vida é linda" para usar durante a semana.

Neste momento, eu só queria um ombro para chorar. Gostaria que alguém me abraçasse e dissesse que tudo vai ficar bem, que eu não preciso chorar e que vai me levar pra andar de cavalo na floresta. Mas ninguém vai fazer isso.

Bom, tchau.

11 de out. de 2010

Fuga

Daí que agora eu estou aqui, olhando para o monitor. Encarando essas letrinhas que estão sendo digitadas, olhando para esse monitor monótono que eu tanto aprendi a detestar. Dedesto-o porque é a coisa que mais repousa sob os meus olhos, durantes seis dias da semana, por oito horas diárias, e isso não é tão legal quando se tem um mundo inteiro para ver lá fora. Tudo bem que eu gostaria muito de mais de estar olhando para o teto branco do meu quarto. Sozinho, no silêncio da minha casa - que é outra coisa que eu aprendi a detestar, porém é aquele detestar que a gente se habitua e nem reclama mais. Apenas acostuma. E é lá que eu gostaria de estar. Na solidão da minha casa, onde eu posso escutar uma agulha caindo no chão. Daí que amanhã é feriado, e eu combinei de sair com a minha tia, dormir na minha vó e visitar uma outra tia. Gosto da minha família, mas confesso que é algo que tento evitar ao longo dos últimos anos. Eles fazem eu me lembrar quem sou eu, aquele eu que eu tanto tento apagar silenciosamente. Quando era mais novo, tinha fantasias de sumir e voltar reinventado. Arrancando admiração de todos. Sim, eu sumi e voltei reinventado. Porém não consegui a admiração alheia. Sei que a primeira coisa que a minha vó irá falar quando me ver é sobre o meu corpo. Se ele diminuiu ou se ele aumentou desde a última vez que nos vimos - há aproximadamente uns 8 meses atrás. E ela vai falar. Vai falar de um jeito cruel, que vai me deixar triste. Assim como todos irão. Eles sempre falam. E eles vão falar de como eu mudei, de como eu era e de como eles gostariam que eu fosse. Mas eu não quero ouvir. Não hoje - talvez nunca, admito. Eles irão me cutucar e me causar um estranhamento ao me lembrar de coisas. Coisas bobas, para qualquer pessoa, mas não para mim. Eles irão me lembrar do garoto fraco, loser, triste e mimimi que eu já fui. Não que eu não seja mais, é que eu aprendi a reprimir. Eles irão fazer eu me sentir diminuto diminuto dominuto novamente. E tudo o que eu menos queria hoje é me sentir diminuto. Eles irão falar sobre como sou carente, e tudo que eu não quero passar na minha imagem é essa carência nojenta. Enfim. Desejem me sorte.

E eu ainda continuo querendo estar na solidão do meu quarto e no silêncio estrangulador da minha casa.

Update geral

Bom dia. Faz um tempinho que não passo aqui. E não é por falta de acontecimentos, é por pura preguiça mesmo, confesso. São 12:02 ainda. De uma segunda-feira, e que se eu fosse um cara mais sortudo, não estaria aqui trabalhando. Fui lá fora fumar agorinha e me deprimi porque vi várias famílias passeando. E eu estou aqui, preso na frente de um computador sem ter nenhum tipo de visão externa. Eu adoraria ter um tipo de visão externa. As pessoas me divertem só pelo fato de elas existirem. Gosto de ver senhoras vestidas com túnicas floridas, de ver brigas de mulher e os loucos do centro. Ah, os loucos do centro. Me divirto com eles. Enfim. Eis que meu humor não está lá grandes coisas, justamente por eu estar aqui preso. E sem visão externa, acrescento. Tentei me distrair com um livro, tentei entrar em sites de tatuagem, tentei pedir a deus, tentei de um tudo para fazer com que o dia passasse rápido. Mas ainda são 12:08, o que me faz concluir que não funcionou.

(me viro para o menino que trabalha aqui do lado, e vejo que ele está procurando desmanches pela cidade, através do google street view, ignoro).

Bom, agora vamos aos acontecimentos recentes. A semana foi trash trash trash. Passei por todos os extremos que um ser humano pode passar, sentimentalmente falando. Cogitei o suicídio, acho que na quinta-feira, e no sábado eu estaria no meu quarto , arrumando o guarda-roupa e dançando valsa sozinho, feliz como um pinto no lixo. E é isso que você pode saber sobre os meus sentimentos, mais do que isso seria expor-me demais.

Um fato desagradável, porém não menos marcante, foi o fato do meu salário ter caído na quinta-feira (é, o dia do suicídio) e eu todo bonitão, fui até o banco a fim de tirar dinheiro para cometer algumas extravagâncias (afinal, eu iria me permitir, como sempre me permito erroneamente) e qual foi a minha surpresa ao olhar uns dígitos negativos. Ou seja, meu salário foi consumido TOTALMENTE pelo banco, deixando ainda alguns bons 3 dígitos pendentes. Fudeu - pensei comigo mesmo. Voltei ao trabalho, com o rabo entre as patas, coloquei a mão na testa e quis chorar. Quis chorar, quis a minha mãe, quis a sopa de ervilha da minha vó e eu quis MUITO uma barra de chocolate bem grande. É, açúcar é a minha droga. E para piorar o rebosteio todo, eu fui me lembrar que eu tenho a mensalidade do meu curso para pagar, o notebook para pagar e um celular para comprar. Porque não bastando tudo isso, eu ainda tive o meu celular roubado na semana passada. Com direito a arma encostada no peito e tudo. Enfim, no dia do suicídio eu combinei de encontrar a Fernanda, depois do trampo. Eu precisava falar, precisava chorar, precisava de uma companhia para me amparar. Uma pobre alma. Precisava de uma redençãozinha. Precisava de qualquer coisa. Peguei minhas coisinhas e segui até o trabalho dela - debaixo de garoa - e sem antes comprar uma barra de chocolate vagabundo, porque era o que o meu dinheiro podia comprar. Andei. Humilhado. Debaixo de garoa. Triste, triste. Com as meias molhadas. Chegando lá, atrasado porque me perdi por aí, imerso em minha tristeza e a minha surpresa foi: A fernanda já saiu. Porra, pensei.

Andei a esmo. Sem saber pra onde ir. Fui na FNAC ver livros, passar vontade das coisas, ouvir alguma música triste. Eu precisava de uma música triste. Achei um CD da Feist na prateleira e coloquei no player da loja e ouvi. Ouvi e para meu desapontamento, não me causou nada. Decidi voltar para casa. Ainda me sentindo humilhado.

No outro dia acordei bem. E permaneci bem até hoje. 
Estou de mau-humor e sem nada no bolso. NADA. Nenhum mísero centavo. E com um celular do tamanho do meu isqueiro, que tem apenas 3 funções no menu. Game, Horário (sim, horário conta como uma "função") e alarme - que foi cedido caridosamente pela Paula. Obrigado, Paula. 

Preciso comprar um novo.
Ah, e o resto eu não vou contar, porque é íntimo demais. Rá rá rá.
Curto muito uma auto-depreciação na internet. De verdade. MUAH!

4 de out. de 2010

Impressão da impressão

Ele pelo trabalho: Nossa, quem será esse garoto estranho? Porque ele usa essas calças apertadas e vive sério? Acho que não quero me aproximar dele, serei cauteloso. Ele gosta de metal, preto e provavelmente é mebro de alguma igreja satanista. Pensando bem, ele até tem um jeitinho educado e delicado, chega a ser contrastante com a imagem dele, cheia de piercings e tatuagens. Será que ele é gay? Se for, talvez seja um daqueles caras com mais de vinte anos que ainda é virgem. Porque ele é tão fechado! Acho que ele não gosta da gente, ele realmente só pode ser satanista que não gosta de mulher. Ele fuma demais e é baladeiro, aposto que toma todas no bar. 

Ele pelos amigos: Sinto pena dele. Só isso. Um menino que vive triste por aí, mas até que é gente boa. Serei cauteloso com ele, porque sei que ele se machuca fácil. Não posso dizer qualquer coisa pra ele. Ultimamente ele tem adquirido um gosto terrível pela solidão e é difícil vê-lo. Gostaria de saber o que se passa na cabeça dele. Ele come demais para preencher o vazio e se entrega para bandas desconhecidas, se veste diferente das pessoas do bairro dele, porque ele não quer se sentir normal. Ele está chato. De vez em quando age de forma insuportável, é frio e depois vem pedir desculpas. Não vou mais procurá-lo. Quero que ele se foda sozinho, já que ele procurou isso. Mas sinto até falta de quando ele era mais vivo.

Ele pela família: Eu ainda não sei o que aconteceu. Até ontem ele era o garoto padrão, não gosto do que ele se tornou. Parece que se fechou ainda mais. Queria poder ajudar, mas não sei o que fazer. Ele não tem amigos, vida social, não sai, não bebe, não fuma e não usa drogas. Ele só pensa em ficar em casa lendo. E sei que ele tem queda por coisas japonesas. Sua vida se resume à isso. Não gosto desses desenhos que ele tatuou no corpo e tampouco dos furos que ele tem. Não acho legal. A mãe dele deveria muito fazer algo para parar com isso. Porque ele nunca apareceu com garotas? Acho que ele é gay.

30 de set. de 2010

Cantarolando

Eu quis ser eu mesmo
Eu quis ser alguém
Mas sou como os outros
Que não são ninguém


Pato Fu

28 de set. de 2010

Do tempo despretencioso e triste

Gostava do tempo que eu sentia prazer em sair com as pessoas, que ninguém precisava insistir pela minha presença. Gostava de andar por aí, sem sentido, sozinho. Gostava de fazer minhas loucurinhas e sentir que eu tinha meus segredinhos. Gostava de ousar e desafiar a mim mesmo. Gostava de passar as noites acordados por aí. Gostava de conversar com desconhecidos em cafés, de madrugada. Gostava de fazer tatuagens por impulso. Gostava de aparecer com piercings a cada mês. Gostava de voltar para casa no fim de tudo isso.

Eu gostava de ter mais vida.

Isso tudo me veio na cabeça graças à uma música.

Silêncio

Não gosto do silêncio dessa casa. Me perturba. Me deixa mal. Ele se confunde com o meu silêncio particular, e qualquer ruído interno é capaz de quebrar esse maldito silêncio e me ensurdecer. E leva alguns segundos até eu me recompor e conseguir me acostumar novamente com aquela ausência total. Aquele buraco que fica.

Aprendi a desgostar do silêncio.
Silêncio me remete à solidão.

27 de set. de 2010

Luzes e gotas

Através do vidro do metrô, eu podia ver as luzes da cidade que formavam um lindo borrão, misturadas comas gotas da chuva que caía. Não era uma chuva forte, mas era o suficiente para molhar alguém descuidado que passasse mais de 10 minutos parado debaixo dela. Eu estava feliz. Estava feliz de verdade. Um sentimento que eu nem me lembrava mais. Há muito tempo não experimentava daquela sensação inebriante. Pela primeira vez depois de muito tempo, eu estava feliz. Sentia que tudo estava exatamente onde eu sempre quis que estivera. Naquele momento, olhei para o meu lado, e vi que tinha uma menininha. Ela me olhou. Sorriu para mim. Sorri de volta.

É, as coisas estão bem.

25 de set. de 2010

Gente, minha amiga sumiu!!!!

Estou escrevendo esse post com muita tristeza. Minha amiga sumiu!!!
Ela tem alguns distúrbios psicológicos e desapareceu faz sete dias. A família dela está desesperada atrás dela, gostaria muito que, caso, alguém a encontre, entrar em contato imediatamente, pode ser por aqui pelo blog mesmo. Não se sabe se ela ainda está em São Paulo, ou se partiu para alguma outra cidade.

Abaixo segue uma foto dela:





















No dia em que sumiu, ela vestia essa mesma roupa. Agradecido!!!

23 de set. de 2010

Citação - Ayanami Rei


"Penso, logo existo". Ou penso, pois existo? O que existe, nós ou nossos pensamentos? Talvez nós não estejamos aqui, apenas nossas mentes criando um mundo irreal para o nosso entretenimento, talvez eu seja fruto de sua imaginação, ou talvez você e eu sejamos um fruto da imaginação alheia. Nos questionamos o tempo todo sobre diversas coisas, mas raramente paramos para pensar por que estamos aqui e por que vivemos e sofrendo... Devemos nos perguntar? Não sei, mas mesmo assim eu pergunto, mesmo sem obter as respostas. Eu pergunto, e mesmo sem saber o porquê das perguntas, me pergunto, por que? Eu não sei, não sei..."
Rei Ayanami

Dia de merda

Estou me tornando um ser detestável, irritável, vulnerável, emocional demais, insuportável e um nojo.

Bolão: Quanto tempo vai levar para eu perder todas as pessoas que eu gosto?

Ahhhhhhhhhh!

21 de set. de 2010

As coisas que não contarei aos netos que não terei

Tive o primeiro porre da minha vida aos três anos de idade. E não foi uma única vez. Já fiz cocô numa árvore, quando eu tinha 7 anos de idade, porque todos os banheiros da casa da minha vó estavam ocupados. Costumava cortar os cabelos de todas as bonecas da minha irmã, certo dia eu molhei elas e guardei dentro de um baú, quando acharam só subiu o cheiro de fungos. Já escrevi todos os palavrões possíveis no muro de uma vizinha minha, porque estava com raiva dela. Lambi o peito da minha amiga, em plena praça pública à luz do dia. Costumava roubar comida da geladeira da escola. Cabulava aulas do ensino médio para perambular pela PENHA. Ajudei a organizar uma decoração do PT na sala de um professor do PCO. Já saí muito louco por aí, conhecendo pessoas, ficando com elas para conseguir bebida e acordei na frente do Glória, desmaiado, com a minha amiga do lado (desmaiada também). Nadei pelado na praia. Cortei o cabelo da minha amiga e deixei-a com 4cm de franja (medido na régua). Tive coma alcóolico no dia do meu aniversário de 20 anos. Fui em um puteiro de cinco reais (ainda ganhava um drink) e fiquei horrorizado com o que vi ali dentro, confesso. Perdi 25kg em menos de meio ano. Já tive compulsão alimentar na Rua Augusta de madrugada, depois de ser chutado por alguém que eu gostava, juntamente com uma amiga, sentado na calçada. Já dormi no motel com duas amigas e não fizemos nada (fomos apenas para dormir). Já beijei TODAS as meninas do meu círculo de amizade. Já corri pela paulista e caí num tablado de madeira, com todo mundo me olhando. Já escorreguei da escada de uma balada, fazendo todos cairem também (efeito dominó). Costumo reconhecer atores e atrizes pornô na rua. Nunca briguei na escola. Sei fazer o melhor macarrão alho e óleo do mundo. Já fui emo. Já dancei sozinho na rua. Já tive cabelo azul, loiro xuxa, verde e roxo. Passei trote na casa de amigos. Já fiz pessoas se masturbarem na cam pra mim, fingindo ser uma garota gostosa (me divertia muito às custas daqueles moleques babacas). Costumava pegar a extensão do telefone e ficava ouvindo conversas de "gente grande". Já fiz uma garota mudar de escola por minha causa, porque inventei que ela ficava falando sobre sexo para mim. Já comi um bolo inteiro, em menos de uma hora.
E isso é o que eu me lembro agora.

20 de set. de 2010

O Morcego


Meia-noite. Ao meu quarto me recolho.
Meu Deus! E este morcego! E, agora, vede:
Na bruta ardência orgânica da sede,
Morde-me a goela ígneo e escaldante molho.

“Vou mandar levantar outra parede…”
- Digo. Ergo-me a tremer. Fecho o ferrolho
E olho o teto. E vejo-o ainda, igual a um olho,
Circularmente sobre a minha rede!

Pego de um pau. Esforços faço. Chego
A tocá-lo. Minh’alma se concentra.
Que ventre produziu tão feio parto?!

A Consciência Humana é este morcego!
Por mais que a gente faça, á noite, ele entra
Imperceptivelmente em nosso quarto!

Augusto dos Anjos

19 de set. de 2010

De uma lembrança

Era um dia frio, assim como está hoje, se a minha memória não falha. O que tem a chance de 50% de acontecer, já que me recordo absurdamente de algumas coisas e sou deixado para trás pela minha memória em outras tantas vezes. Mas isso não importa. Estávamos sentados na frente de uma pastelaria bacana, conversando sobre os nossos planos. Eu com aquele e você com aquela. Ficamos naqueles "oun" por alguns minutos. Eu olhando para você, você ficando vermelha e mandando eu parar. Eu não parava. E assim passou aquele dia. Você louca para chegar em casa e descarregar suas fotos e mostrar para a pessoa que você queria impressionar e eu torcendo, mentalmente, para que o meu também fosse arranjado.

Depois de um tempo surgiu a resposta: não deu certo.

Assumimos aquela condição e voltamos ao ponto zero. Vegetal. Pedra. Porta. Ou o que queira chamar.
...
Em uma outra noite, estaríamos fora de um restaurante com uma decoração bonita e um pessoal que não conhecíamos, fumando. Usamos isso como desculpa para falarmos de nossa satisfação sem ninguém escutar. E em partes para poder respirar, já que lugares como aqueles não nos agradam, embora a companhia não podia ser melhor. Eu contava, pela primeira vez com tanta dose de açúcar, sobre a minha felicidade atual. Você contava a sua, já com seu habitual açúcar, que eu novamente me acostumei. Gosto da sua cara de boba, devo dizer. E eu com o meu típico sorrisinho insinuado no canto do lábio, que você tanto conhece. Isso foi o suficiente para percebemos em que condição estamos.

Mas a vida é muito irônica, devo admitir. Ou talvez a nossa hora tenha chegado.

16 de set. de 2010

Aleatório

Me empolguei de verdade naquele momento. Um copo atrás do outro. Alguns flashes de beleza, riqueza, poder e tudo de lindo desse mundo me passaram diante dos olhos. Bebo, fico rico, sensual e poderoso. É sempre assim. Levantei, fiquei de pé. Não dava mais para continuar sentado. Tinha que fazer alguma coisa. Ninguém notou. Sentei novamente e a minha cabeça girou. O estômago embrulhou e depois de cinco segundos eu estaria praticamente deitado no chão de um banheiro, me apoiando na privada e colocando tudo para fora. Uma mistura ácida, com gosto industrializado e uns pedaços de massa.

14 de set. de 2010

I want expensive sadness

Bem legal, colegue





















Ficou tudo muito mais fácil agora. Nada de esperar séculos por um vestido de algum estilista X, ou fazer arrombos na sua conta bancária na hora de comprar roupas.

Passa no açougue, pede meio quilinho de bife e pronto.
Você tem um belo vestido de festa.

13 de set. de 2010

TPM Masculina

Hoje ao acordar notei um ar diferente, no fundo eu já sabia do que se tratava, mas resolvi ficar quieto e reprimir esse ar. Ok, ao chegar no trabalho, tive que vestir a porcaria do uniforme (uma camiseta 10 números maior do que o meu normal) e isso já me fez ficar levemente enervado.

Comecei uma dieta, o que fez com que eu não pudesse comer metade das coisas que eu queria ter comido. Ainda estou na fissura por uma coxinha, e se eu deixar essa vontade "des-saciada" eu entrarei em cold turkey, como um drogado em abstinência. E isso somou para a minha revolta crescer.

No trabalho, passei a maior parte do tempo trabalhando, o que eu acho um absurdo. Como assim, as pessoas me obrigam a trabalhar? Isso NÃO existe. Não sou pago para trabalhar, sou pago para ficar sentado, fazendo figuração sem fala na vida de meia dúzia de pessoas. Somente para isso sou pago. Enfim, me revoltei novamente.

A cereja do bolo foi agora, antes de chegar em casa, aqui na rua já, quase no meu portão. Vi um cachorro vira-lata, com cara de abandonado, com a patinha quebrada. Eu olhei para ele horrorizado, ele me olhou triste. Nunca vi olhos mais tristes. Ele me pediu ajuda (eu senti tudo isso pelo olhar), a propósito, ele pedia ajuda à TODAS as pessoas da rua, mas ninguém atendia. Eu também não podia atender, estava debilitado por demais, para fazer algo. Olhei para ele, pedi desculpas mentalmente e segui para a minha casa. Senti vontade de chorar.

Só agora eu posso concluir. Estou na TPM masculina e não sei quatos dias demorará para passar. Pelo que eu me conheço, isso levará em média, uns 3 dias.

Ainda quero chorar.

11 de set. de 2010

Do dia que eu fui JULGADO no metrô, por uma criança e uma velha

Ontem, depois de ter saído para jantar com o meu namorado e encontrar as garotas no bar, resolvemos voltar de metrô. Entrei no vagão, meio lotadinho e me encostei em qualquer canto. Notei que tinha um menino me olhando, de aproximadamente uns 5 anos. Conitinuei na minha, afinal nem é incomum uma criança ficar me encarando maravilhada com as tatuagens, piercing, alargador e etc. Me distraio por alguns instantes, olhando aqueles banners de propagando do metrô, e volto o olhar para a criança, que para a minha surpresa estava CHORANDO de lágrimas sentidas, olhando para mim, com uma mulher consolando ele e me encarando ao mesmo tempo. Olhei para as pessoas em volta, para tentar entender, e o que obtive em resposta foi o olhar de uma velha me julgando.

10 de set. de 2010

Oixuxacoimovai? Voubembrigada.

Estamos num sexta feira. A tão desejada sexta feira. Mas de acordo com a minha lógica, hoje seria quarta feira. Sim, tivemos um feriado que deixou a quarta feira (a verdadeira) com cara de segunda. O que é bem legal. Mas enfim, minha vida anda agitada ultimamente (pros meus padrões sim) e eu mal me lembro que tenho esse blog. Pra quem gosta de ler essas coisas, prometo voltar á ativa. Hoje me brotou uma vontade de escrever absurda. Vontade de escrever sobre qualquer coisa, e sobre nada. Ao mesmo tempo e num texto só.

Só para dar um update sobre os fatos dos últimos dias: Estou bem. A vida está sendo legal comigo. Estou namorando, como já devem ter percebido pelos posts açucarados dos últimos dias e estou feliz como há um tempo não estava. Confesso que ainda não me acostumei 100% com o fato de gostar de alguém. Isso está sendo algo "novo" para mim. Mas estou gostando. Está legal. Legal até demais para quem, até um mês atrás, dizia para quem quisesse ouvir que NUNCA MAIS iria gostar de ninguém. Como eu suponho que você irá ler isso, eu resolvi listar as coisas que eu gosto em você. Estou me permitindo ser brega publicamente. Gosto da sua calma. Gosto da sua inteligência. Gosto da forma que você pega na minha mão e me guia por aí afora. Gosto do fato de você sempre ouvir o que eu tenho a dizer, mesmo que isso seja besteira. Gosto de como você me respeita, como pessoa. Gosto da sua barba. Gosto da sua jaqueta preta. E gosto do seu gosto musical também. Entre muitas outras coisas. Mas eu prefiro não listar tudo, porque se não ficaria um post hiperglicêmico e isso não é legal. O resto eu falo pessoalmente.

A cota de açúcar já deu. Chega.

Voltando à programação normal...Daí que hoje é sexta. Irei jantar com o meu namorado e provavelmente encontrarei uma galere no bar. Cara, há quanto tempo eu não fazia isso. Realmente. Estava sentindo falta de dias relaxados, como esses. Geralmente, eu sou o tipo de pessoa tensa. Completamente tensa. Vivo alerta em tudo, ao mesmo tempo distraído com o mundo exterior. Sempre vivi dentro de mim mesmo, por mais surreal que isso possa soar à algumas pessoas.

Enfim, acho que estou bem. Tudo está onde deveria estar (menos o dinheiro da minha conta bancária).

4 de set. de 2010

Solidão

Dentro daquelas paredes azuis eu me sinto bem. Continuo tendo meus medos, minhas tristezas e aflições, mas mesmo assim me sinto protegido. Como se a dor não fosse tão intensa assim. Gosto da minha solidão, ela me machuca, mas ao mesmo tempo faz eu me sentir mais forte. Como se eu não precisasse de nada e nem de ninguém. Gosto de me sentar perto da janela, em algumas noites, acender um cigarro e ficar ali. Apenas observando a fumaça contra o escuro do céu. Me sinto protegido, ao mesmo tempo de estar quebrado por dentro. Gosto de andar pela casa e me sentir livre de qualquer coisa. Gosto de usar minhas roupas velhas dentro de casa. Gosto de observar o jeito como as toalhas se movem com o vento.

Desde criança estou acostumado a viver só. E sempre gostei, de alguma maneira. Lembro de quando meus pais resolviam de ultima hora que iriam sair e me deixavam sozinho num sábado a noite. Era a minha maior alegria. O ápice da minha semana.

Não sei porque estou escrevendo isso. Só me veio à cabeça.
Porque será que eu gosto tanto de complicar as coisas?

É tudo tão simples, poxa.

2 de set. de 2010

Popstar - fez dó

Horário de almoço. Andando por aí, pra fazer o tempo passar. Me lembrei de uma loja que vende barras de cereais e fui caminhando até lá. Meio distraído. Do nada me surge uma mulher com prancheta. Odeio pessoas com prancheta na rua. Significa que elas só querem atrasar sua vida e fazer você perder 15 minutos da mesma, respondendo uma pesquisa que não serve para nada. Fechei a minha cara e olhei pra ela feio. Acenei um "não" com a mão.

Ela me olhou, com sorriso de deboche. E por alguns instantes eu me senti o tal, quase um popstar dispensando paparazzis. Olhei para mim mesmo. Senti pena.

Praguejos

Hoje é quinta-feira. Um dia muito chato. Primeiro porque é quase fim de semana e eu tenho aula, o que me obriga a chegar tarde em casa. E quando é "quase fim de semana" eu gosto de descansar, para estar relaxado no tal fim de semana. Mas tudo bem, isso a gente releva. O problema é quando é uma quinta feira e na véspera você foi dormir pra lá da 1:00h da manhã, porque era muito mais divertido ficar baixando música e jogando no facebook. Ok, tudo bem, isso a gente também releva. Porém, o problema fica ainda maior quando você coloca o celular para despertar as 6h da manhã, para poder ter uma margem de cochilo, e você realmente tem esse cochilo (que parece durar 20 minutos no máximo, mas na verdade ele dura uma hora quarenta minutos). Ok, mas isso a gente releva também. O problema fica um tantinho maior quando você percebe que além de atrasado, ainda tem aula (ai, aula! aula! aula!) e precisa juntar um monte de material para levar, inclusive o seu bloco de canson carííííssimo que você nem se lembra onde está. Ok, mas isso passa. O problema agrava quando você está se sentindo feio, sujo, mal-humorado e desinteressante. E com uma afta na língua. Aí a gente não releva.

31 de ago. de 2010

Algumas promessas

Publicamente, declaro que pensei, pensei e pensei e resolvi algumas atitudes que eu colocarei em prática. Irei comer, nem que seja, uma quantidade mínima de fibra, proteína e cálcio, todos os dias. Tá, cálcio eu não garanto (não sou muito dependente de leite e não é todo dia que eu tenho um maço de couve à minha disposição). Prometo também diminuir o cigarro, tirando um do almoço (já que costumo fumar dois), e o do ponto de ônibus antes do trabalho (desnecessário, levando em consideração que eu costumo jogar metade dele quando o ônibus chega). Incluirei beterraba na minha dieta. Não sou muito fã de beterraba, mas foda-se. Diminuirei algumas calorias desnecessárias, tipo o bolo que eu como todas as manhãs, trazendo uma maçã para ser comida no lugar do mesmo. Os doces depois do almoço e principalmente o-qualquer-coisa-da-noite que sempre substitui um jantar, no meu caso. Não me chamem mais para comer em lanchonetes toda a semana, porque não irei. Irei em lanchonetes, apenas duas vezes por mês (uma vez a cada quinze dias).

E é isso.

Se tudo correr como esperado, em um tempo eu largo de fumar, perco peso e ganho alguns anos de vida.

29 de ago. de 2010

Quer dizer...

Existem poucas coisas no mundo, que eu aprecie mais do que a boa e velha tranquilidade de espírito. Quer dizer, você acaba de discutir com a sua mãe pela terceira vez em uma única semana, você está segurando um xixi por quase uma hora, por pura preguiça de levantar, daqui a cinco horas você precisa acordar para ir para o seu calvário diário, mas você não está com sono e prefere ficar ouvindo músicas bonitinhas e ainda assim tudo está bonito e em seu devido lugar, mesmo não estando.

Isso não faz sentido. Mas a vida não faz sentido.
E esse é o bom dela :)

Açúcar

Sentado num lugar pouco atraente, um cheiro forte de maconha, algumas pessoas esquisitas em volta - alguns deles, mendigos. Tudo isso não era desagradável exatamente, já que o lugar, querendo ou não, tem uma vista linda e uma companhia ainda melhor. Conseguíamos ver uma parte bonita da cidade, e todas aquelas luzinhas que saiam de dezenas de apartamentos. Alguns abraços, alternados com um silêncio de satisfação, ou alguma coisa do tipo. Geralmente, é aquele estágio que ficamos em silêncio porque nada do que dissermos, será compatível com aquilo que sentimos, então optamos pelo mais cômodo. Eu olhava para o nada, pensando em qualquer coisa bonitinha e me deparo com uma pergunta. Uma pergunta que, confesso, fez eu sentir um tremeliquinho na barriga que eu não sentia há muito tempo. Se é que já tinha sentido algo assim. Daí para frente, eu não me lembro de muita coisa com exatidão. Tenho a terrível mania de me sentir desnorteado diante de emoções mais fortes. No fim, eu disse sim. Sim. Era aquilo mesmo que eu queria e essa seria a única resposta sincera que eu poderia dar. Gosto de tantas coisas e em tão pouco tempo, estou me sentindo seguro. Como se eu tivesse encontrado um refúgio. Pode parecer melodrama adolescente, ou forçado demais. Mas incrivelmente, é isso o que estou sentindo. Gosto quando você me dá a mão e me conduz pra qualquer lugar, sinto que nada pode me atingir. Bizarro.

E agora estou aqui, deitado, na frente de um monitor, com um monte de letrinhas me encarando e mandando eu digitar um monte de coisa açucarada, mas não adianta. Qualquer coisa que eu escrever aqui não vai expressar como eu estou me sentindo.

Talvez tenha valido a pena viver tanto tempo como uma pedra-figurante-de-um-cenário-de-histórias-bonitas.
Mas agora é minha vez, dá licença,

Dormirei com aquele sorriso débil estampado no rosto. :)

Gente, isso não parece ter sido digitado por mim.
Estou com vergonha.
Hahaha!

27 de ago. de 2010

Lembranças matutinas

Eu estava na segunda série. Era quietinho, mas também não fazia nada na sala de aula. Perto de mim, a apenas algumas carteiras de distãncia, sentava a Elaine. Uma menina gordinha, com cabelos loiros compridos. Nervosa. O apelido dela era Mônica. E mais adiante, ainda perto de mim, sentava um menino com o mesmo nome que eu. Vinícius. Vinícius Brusandim, eu ainda lembro do nome e nem me importo de ele jogar o nome dele no google e cair aqui. Enfim...lembro de que os dois começaram a "namorar". Sabe namorinho besta de criança? Então, NÃO era desses. Até onde eu podia entender na época, eles já faziam sexo e tudo o mais. Lembro de ter me chocado grandemente no dia em que eu vi esta cena: Elainona, toda sentadona lá no auge de sua gordura, fazendo carinho na sua amiga xana, dizendo a seguinte frase (por deus, ainda me lembro exatamente dessa cena): Calma, filhinha...você já vai comer. E nisso olhou para o Vinícius Brusandim e riu. Ele riu de volta.

Outro episódio parecido foi me acontecer alguns anos mais tarde. Mais precisamente na quarta série, quando me mudei para uma escola particular - onde permaneci penosamente até a oitava série. Daí que corriam uns boatos que uma menina chamada Sarah, que estudava na mesma classe que eu e era toda para frentex, havia feito sexo oral num menino chamado Tomas (que não era da minha classe). Ambos tinham 10 anos.

...

Eu tinha catorze anos. Morava com a minha vó por problemas com os meus pais. Passávamos a tarde toda inventando o que fazer. Fazíamos pão, pescávamos, colhíamos amoras na floresta (é sério) e mais uma série de coisas.
Hoje em dia, com a vida "corrida" que tenho, quase não vou lá na casa dela. Fica muito longe.

Já faz quase um ano que não nos vemos.

Sinto falta daquele tempo.
Muita falta mesmo.

Estou sentimental hoje. Me deixa.

Idéia cretina

Estava pensando aqui, será que seria possível eliminar a gordura do abdomen utilizando uma seringa, improvisando tipo uma sonda? Queria tanto fazer. Certa vez assisti um documentário que falava sobre o cotidiano de algumas meninas internadas num centro de recuperação para pessoas com trasntornos alimentares. E pelo que me lembro, uma das garotas tinha uma sonda acoplada na barriga, que a alimentava, já que ela não conseguia comer, resultado de anos e anos de anorexia nervosa. E um dia ela teve a brilhante idéia de sugar a comida ao contrário. Tão mais fácil.

Paguei um pau.