15 de jun. de 2010

Nada

Faz tempinho que não posto aqui. Vamos pra mais um post da série "nada"? Vamos. Hoje acordei bem, apesar de ter chegado 40 minutos atrasado. Eu deveria estar as 8:30 aqui já, saí de casa no horário que eu já deveria estar na metade do caminho. Tudo graças ao meu celular que resolveu desligar sozinho (por falta de bateria) no meio da noite, logo ele não me acordou. Falso, filho da puta. Só porque derrubei ele no chão duas vezes, só ontem. Tenho certeza que foi por isso. Rancoroso de uma figa. Mas voltando ao foco, acordei tranquilo, disposto até, mal imaginando que estava mortalmente atrasado. Fui até a sala, ver no aparelho de som o horário e me choquei. Corri, catando peças de roupas aleatórias pelo quarto (uma calça jeans, all star e camiseta cinza com desenho de uma cabra) e corri. Tudo isso durou dez minutos e quando eu percebi estava dentro de um ônibus com cara de sono (tinha até marca de edredon na cara ainda). Escovei os dentes de uma forma bem meia boca, o que me obrigou a ficar mastigando um trident e desconfio eu que ainda tenha remela nos meus olhos (tenho até medo de olhar e não, não tenho classe). Chegando ao metrô me deparo com meio milhão de pessoas (em barras de ouro) e não me desanimei e me soquei no meio de uma galere e subi no primeiro vagão que passou na minha frente. Fiquei entre os braços de um cara com 2,5m de altura e encoxando uma senhorinha de 1,5m (foi super gostoso pra mim), e isso sem falar no cara com cabelo de miojo que não parava de me encarar e isso sem falar ainda nas três putinhas piriguetes de cabelo loiro blondor, cada qual portando suas devidas VUVUZELAS e assoprando aquelas porras dentro do vagão LOTADO cheio de gente com cara de sofrida e triste (mentira, hoje a galere tá super animada). Então, como tem o jogo do Brasil, hoje sairei as 13:30. Com a glória de deus, chegarei em casa e dormirei a tarde toda, mal me importando pro Brasil. Não sou patriota e não é por causa de duas horinhas de jogo que eu vou ser. Minha intenção é tirar o resto do dia para dedicar aos deleites da minha vida. Escutar música, fumar e comer. Não preciso de mais nada. Mentira, seria bem interessante ter alguém na minha cama. Mas é dispensável, apesar de agradável. Embora, ultimamente ando me sentindo bastante auto-suficiente. Não é aquele papo que os encalhados dizem para não parecer que estão por baixo, mas desta vez e pela primeira vez em minha vida, essas palavras são sinceras (antes era uma mentira deslavada). Nunca achei que o fato de eu estar sozinho, seria recebido com agrado de minha parte. Depois dos 18 anos (quando me abri para o mundo), nunca passei mais do que dois meses solteiro. Nunca, mesmo que estivesse enrolado com alguém, ficando, saindo, dormindo, namorando ou casando. Sempre tinha alguém. Hoje, depois de sete meses que terminei meu traumático e ultimo namoro (te agradeço deus) eu me vi sozinho. completamente sozinho, e quando eu digo que nem beijei ninguém esse ano, as pessoas não acreditam. Mas é verdade. E por mais vergonhoso que pareça dizer isso, eu vou dizer, não foi por opção minha que passei tanto tempo assim sozinho. Meu natural seria sair caçando por aí dois dias depois do namoro acabar. Mas dessa vez não achei nada que me chamasse a atenção, embora estivesse extremamente agoniado por estar sozinho. Dessa vez jurei que seria diferente. Não ficaria co qualquer mané. Eu quero acertar dessa vez e fazer só se valer a pena. E arrisco ainda dizer, que ficar sozinho por tanto tempo só me fez bem, já que conheci boa parte de mim que eu não conhecia. E garanto que a probabilidade de ser um namorado ruim de novo, será bem menor do que da ultima vez. Amadureci bastante e estou satisfeito comigo mesmo. Mudando de assunto, domingo é meu aniversarinho. Pela primeira vez em minha vida não estou deprimido por isso. Talvez por eu ter conseguido fazer tudo o que planejei para o primeiro semestre de 2010. O que geralmente não acontece. Um dia antes de fazer 21 anos, farei mais uma tatuagem. Mais uma das desenhadas por mim mesmo. Sou super contra chegar no tatuador e escolher algum desenho que alguma pessoa tenha igual. Adoro me vangloriar por me diferenciar da massa, deculpe. cof cof. Inclusive, sábado eu estava falando exatamente sobre isso. Como somos diferentes. Quem mais sai pra comer sushi de bandejinha numa praça de bairro nobre de São Paulo? Quem mais, em pleno dia dos namorados, sábado a noite, senta num boteco pra beber café com leite sem açúcar e fumar cigarro de filtro vermelho sem fazer média? Então é isso, pessoal. Planejava escrever tanta coisa, mas eu esqueci de mais da metade. Por fim deixo uma foto da minha mais nova coleção completa e a mais feliz e mais linda e mais amorosa e mais excitante e mais tudo o que há de bom.
joguei a camiseta ali no meio, só pra compor um visual e tal...hahahahahaha!

10 de jun. de 2010

Uma pessoa legal nunca chega no horário certo

Ontem fui informado educadamente que estou devendo 4h10m de trabalho, que somou dos meus atrasos.

Hoje cheguei meia hora mais cedo, com cara de madalena arrependida.
Resumindo: Durante oito dias precisarei entrar meia hora mais cedo pra compensar. Não é obrigatório, mas se eu deixar passar vai acumulando e quando eu for ver não receberei salário algum. Oh céus.

Inverno de 1995

Inverno de 1995. Excursão para o zoológico, eu estava sentado no banco do ônibus, observando a paisagem. Eu vestia uma blusa de moletom da Pakalolo, listrada de verde escuro e vinho. Minha vó ao meu lado, pensando em qualquer coisa. Seus cabelos muito loiros balançando com as curvas que o ônibus fazia. Eu cantarolava baixinho alguma música e agarrava a bolsa de couro da minha vó, ao peito. Apertava delicadamente a alça da bolsa, que era fofinha. Como se fosse preenchida com alguma coisa. Perguntei á minha vó o que preenchia aquilo, apontando para a alça. Minha vó respondeu que tinha lanche ali dentro. Fiquei imaginando como poderia haver lanches dentro daquela alça tão pequenininha. Passei alguns bons minutos refletindo sobre isso, até que cheguei à conclusão de que ela não tinha entendido o que eu queria dizer. Foi ali que tudo começou e eu vi que nem sempre seria compreendido. 

Me lembrei desse episódio hoje no metrô, quando senti o mesmo cheiro da bolsa de couro velho da minha vó.

9 de jun. de 2010

Dica de flerte pra passar o dia dos namorados acompanhado

Tragar o cigarro enquanto olha fixamente alguém nos olhos pode ser fatal. Fica a dica.

Garanto que conseguirá quem quiser até o dia 12.

Um beijo bem gostoso na sua boca.

Com amor,
Praguejento.

Amo a vida! AMO VIVER!!!

Vou passar esse dia dos namorados com a minha namorada. Vamos num restaurante de comida indiana e depois vamos passear bem bonitinho. Talvez eu compre um sorvete, se ela merecer. E talvez eu a leve no motel quando der meia noite. Sou feliz assim. Tenho uma namorada perfeita, uma vida perfeita e um emprego dos sonhos. Peso 35kg e quase não como nada. Parei de fumar recentemente e estou numa fase tão alto-astral. Aquela semana na Ilha de Caras foi demais. Realmente me fez bem. Me bronzeei e estou laranja. Estou lindo de morrer! Amo a VIDA!!!

8 de jun. de 2010

Existencialismo II

Gostava de me sentar em algum gramado qualquer e observar. Era do tipo que fica horas observando um casal tomar 
sorvete numa praça. Como estava sempre sozinho, tinha várias oportunidades para fazer isso. De vez em quando sentava 
em alguma mesa de lanchonete e traçava perfis psicológicos elaborados para cada pessoa. Julgava as expressões e ficava 
imaginando porque fulano estava chorando. Inventava alguma coisa muito coerente para o meu eu interior e até acreditavanisso. Alguns anos depois eu comecei a fazer isso acompanhado, em tom de brincadeira. Mas já não era mais a mesma 
coisa. Eu gostava da seriedade da coisa, gostava de sentir o drama das pesoas na pele. Pra que? se eu ao menos pudesse ajudá-las. Se ao menos tivesse o interesse de ajudá-las. Era como se elas me emprestassem suas feições, seus sentimentos mais profundos para eu passar o tempo. Como se eu realmente pudesse ver o que estavam sentindo. Claro que tudo não passava de suposições, muito bem elaboradas e modéstia à parte, creio que eu acertava montes delas, já que tudo é tão 
previsível. Me pergunto por que eu fazia isso, se não havia intuito algum. Além de que a pessoas mentem e seus rostos 
mentem tão bem quanto os seus lábios.

7 de jun. de 2010

Existencialismo

Desde cedo somos acostumados com o excesso. Usamos o material como uma válvula de escape e nos sentimos preenchido quando empunhamos o cartão de crédito ou o dinheiro que é fruto de nossos trabalhos. Não somos tão filhos da puta como aqueles que se aproveitam da grana que não os provém. Saímos pouco, mas nos vemos bastante. Não fazemos aquilo que a maioria faz. Estamos num patamar acima. Ou não. Prefiro pensar que sim. Alguns de nós tivemos a fase de tomar vinho chapinha e ficar bêbado na calçada, na porta da escola. Outros de nós não fizemos isso e esperamos crescer o suficiente para fazer. A maioria de nós não tem uma vida sexual ativa, o que diminui os riscos de DST, embora alguns de nós já tivemos suspeitas. Não bebemos bebidas alcóolicas, de modo que raramente ficamos bêbados. Comemos muito. Fumamos muito. Somos dessa forma, algumas vezes estamos felizes demais, outras vezes estamos tristes demais. Raramente as emoções são saudáveis. Pensamos muito. Talvez esse seja o motivo de nossa grande infelicidade e descontentamento com o mundo, as pessoas ao redor e as idéias que estas geram. Não choramos, não nos exaltamos e raramente explodimos. Somos seres pacíficos, de certa forma. Não nos envolvemos com coisas erradas e sempre pagamos as contas em dia. Pelo menos, tentamos. E quase sempre conseguimos. Aos fins de semana extravazamos a monotonia da semana. Gastamos muito dinheiro com comidas hipercalóricas em lanchonetes hiperglobalizadas e hiperfaturadas, e não nos importamos com as mulheres da china que doam sua vida inteira para limpar peixe, matar frangos e preparar as gulodices que tanto amamos. Pra falar a verdade, não nos importamos com muita coisa. Muitas vezes não nos importamos nem conosco mesmo. Somos tristes, mas ao mesmo tempo somos felizes por estarmos tristes. Tentamos nos destacar no meio dos medíocres e de certa forma conseguimos. E até arrisco dizer que conseguimos muito mais do que isso. Conseguimos fazer qualquer coisa. E isso já foi provado. Em alguns dias mal nos falamos e não nos vemos. Em outros dias declaramos nosso amor aos quatro ventos, e rimos disso porque achamos extremamente brega. De vez em nunca nos juntamos e sonhamos com alguma coisa, que lá no íntimo, sabemos que jamais irá acontecer. Mas no fundo adoramos nos amargurar com o que quer que seja. Em alguns momentos desejamos profundamente não sermos mais amargos, mas tudo o que fazemos é dizer um "é..." e acender um cigarro atrás do outro, tirando fotos de torres, ruas, pessoas, de mim, de comida ou qualquer coisa que achamos bonitos. Andamos em lugares inesperados, mantendo nossa postura inexpressiva e fazendo aquilo que desejamos. Em outros momentos não sentimos medo de nada. Somos as crianças corajosas para logo em seguida a bola murchar e nos sentirmos losers. Temos um gosto diferente. Gostamos de excentricidade, diversidade e das coisas que a sociedade rejeita. Somos dessa forma e por mais que digam e julguem que somos pobres crianças tristes, ainda assim continuaremos conseguindo grana para gastar em lugares elitistas e hiperfaturados. 

6 de jun. de 2010

Novo velho ou um velho novo?

Você percebe que está se tornando um velho, quando ficar em casa é muitas vezes mais divertido e emocionante do que sair e ver gente jovem.

Daqui a (olha o calendário) 14 dias eu faço 21 anos. Dá a impressão que vou fazer 40.
Ainda nem sei o que vou fazer no dia (fica a dica pra quem lê). Vou me dar uma tatuagem de presente.

O guardião amarelo

Quando eu era criança eu costumava colocar características animadas à alguns seres inanimados. Eu permitia-os que me protegessem durante a noite. Eu morria de medo de escuro e não conseguia dormir num quarto sozinho. Me pareceu muito natural na época que alguns seres inanimados poderiam me proteger, como se fossem guardiões (ou seriam guardiães hahahaha). Eu tinha dois cachorros de pelúcia. Um era amarelo e outro era azul. Como nunca gostei de azul, o amarelo era superior. Além de que ele era preenchido com mais pelúcia, ou seja, o azul era dois degraus abaixo do amarelo. Isso fazia muito sentido na época. Pensando nisso, resolvi que o cachorro amarelo seria util pra mim. Nomeei-o como o meu guardião oficial. Ele tinha a função de me proteger. Eu dormia abraçado nele e nenhum pesadelo, nem o escuro e nada poderia me atingir.

Odeio cores

Odeio cores. Odeio mais ainda quando elas resolvem invadir a minha cidade cinza. Sabe, eu acho tudo isso muito desnecessário. Sou totalmente a favor de lutarem pelos direitos e fazerem e acontecerem (me incluo nesse grupo). Mas acho completamente desnecessário aquilo que transformaram esse grande evento que serviria para reivindicar por direitos e todas aquelas coisas que pessoas engajadas (não me incluo) adoram fazer. Confesso que tenho preguiça disso tudo. Transformaram tudo num grande carnaval, onde tudo é permitido. Nunca fui em nenhuma das edições e não tenho a menor vontade de ir. Leio a respeito, ouço a respeito e só posso concluir que não é lugar para mim, digo categorigamente sem provar antes. Preconceito? Talvez. Auto-preconceito (já que me incluo nessa classe colorida)? Talvez também. E eu estou rabugento hoje e cansei desse assunto.  Primeiro porque hoje é dia de visitar meu pai, resolvi vir visitá-lo depois de meses e meses (inclusive estou sentado na sale dele, com o notebook dele, belo e folgado). Ele acabou de me perguntar quem fez gol e eu respondi que não faço idéia. Já que nem sei quem está jogando. Neste momento, um cara me add no msn e me perguntou se eu gostava de x-men. Respondi que não. Ele ficou off. Juro que não entendi, mas enfim...Voltando ao assunto, saí de casa cedo e vim atravessar a cidade pra ver o cara que me gerou e ajudou a formar me dentro do corpo da minha mãe, estou enojado de pensar nisso. Preferia ter passado sem esse pensamento. Então, vim de metrô. E tinha muita, mas muita mesmo, bixa louca colorindo os vagões do transporte metropolitano de são paulo. Achei tudo muito espalhafatoso, muito colorido, muito gritado. Como eu disse, não precisa gritar ao mundo a sua orientação sexual. Além de deselegante é broxante. Não curto esses garotos que falam miando, que se vestem muito modernosamente e pintam o cabelo de amarelo. Acho que homem tem que ser homem. Eu mesmo, não saio por aí gritando ao mundo o que eu sou ou deixo de ser, e muitas pessoas se surpreendem quando digo que não sou hétero. É muito mais cômodo, já que tem lugares que não é legal você se expor e eu consigo agir com naturalidade, sem que saibam da minha vida pessoal. E eu não sei mais do que estou falando. Estou cansado, com vontade de fazer cocô (mas eu só faço na minha casa) e estou enjoado com o cheiro dos bolinhos que meu pai está preparando. E estou carente. Queria um abraço. Sempre quero um abraço. E eu não escrevi nada com sentido pra variar. Mas o blog é meu e eu escrevo o que eu quiser. Queria muito fumar um cigarro, mas meu pai não sabe que eu fumo. Minha vida é tão difícil.


31 de mai. de 2010

Tédio

Cliente acaba de me pedir um cigarro. Dei.

Depois ele perguntou pra mim se eu achava engraçado a palavra "enviados". Respondi que não.

Pesadelo envolvendo a quase morte de Karen O

Tive um sonho terrível de sábado para domingo. Sonhei que estava num show do yeah yeah yeahs e em determinado momento que a Karen O fazia as suas performances, que já ão de praxe, ela desmaia sem mais nem menos. Levam ela do palco e retornam uns cinco minutos depois informando a todos os presentes que ela estava doente. Explicaram que era uma doença incurável e a impediria tanto de continuar o show, como de fazer shows futuramente. Um filme se passou na minha cabeça (ainda lembro) e todas as imagens mais loucas, viscerais e agitadas dela vieram à minha mente e eu comecei a chorar no palco. Ainda não sei se eu chorava porque não ia mais existir yeah yeah yeahs ou se eu chorava pela saúde da Karen. Desconfio que tenha sido a primeira opção, mas a segunda caberia fácil também. Acordei assustado e com vontade de chorar. Suado. Era meio dia e fazia sol lá fora.

28 de mai. de 2010

Devaneios sobre a falta de serotonina que me acomete

Estou muito louco de ácido. Mentira, nem estou. Estou muito louco de açúcar com cafeína. Adoro essa sensação. Você já experimentou? Se não experimentou, não faz idéia do que está perdendo. Você fica bêbado sem uma gota de álcool no sangue. Essa é uma estratégia para driblar dois males. O sono e a vontade de ter compulsão com doces e/ou qualquer coisa gordurosa. Eu acho que em algum post desse blog eu já escrevi sobre a minha deficiência de produção de serotonina, bem, se não disse ainda, aqui está. Meu corpo não produz a quantidade de hormônio que eu necessito, logo preciso recorrer sempre á coisas prazerosas para compensar a minha falta. Hoje ao chegar no trabalho, logo assaltei a bolsa térmica da Cátia. A menina nova que trabalha aqui. A mãe dela faz os melhores bolos do universo e ela traz para vender pela bagatela de R$2,75. Ataquei um de prestígio. E depois ainda não satisfeito mandei trazer uma torta de frango. Comi. Tudo em cima do teclado (tive que bater o teclado depois, porque entrou um monte coco). Ainda não feliz o bastante, fui lá e enchi dois copos de 200ml de café puro. Bebi. Ainda não contente saí pra almoçar e mandei fazer um café de meio litro, com chantilly. Bebi. Depois disso tudo, fiquei com dor de cabeça e com um sono terrível. Passou dez minutos e fiquei ligado. Chapado de cafeína até o toba. Tão gostoso. Queria viver assim. Quando estou assim, sempre fico mais belo, mais simpático, mais insano. Inclusive, eu descobri uma brincadeira tão legal. Sempre ando com fones de ouvido, eles me isolam do mundo real e eu posso criar um mundinho só pra mim. Daí que eu estava ouvindo uma música bem dançantezinha. E a guitarra dava umas "rajadas" nervosas (adoro músicas que tenham isso) e era bem ritmado. E a cada rajada, eu tinha que pisar bem fundo no chão, mesmo que me atrapalhasse todo. Adorei brincar disso. Me fez andar do Anhangabaú até a República assim, sorrindo. Gosto de aproveitar esses momentos porque sei que não duram. Até esqueci que eu estava me sentindo triste, solitário, carente e todos esses mimimis infernais. Aí que agora, neste exato momento, o efeito está acabando. Tenho duas opções: Tomar mais café e comer mais doces (e engordar, consequentemente) ou então voltar pra casa e me deitar em pose fetal, ouvindo qualquer coisa melancólica da década de 80 e pensar na minha vida. Escolha difícil.

27 de mai. de 2010

Encheção de linguiça

Domingo eu vi um cara dentro do metrô com uma blusa de moletom amarelo limão. Até aí o fato já seria atípica, porque juntamente com a blusa, ele estava usando uma bermuda laranja. No meio da viagem, o vagão meio vazio, ele saca um gilette de dentro do bolso. Pensei: Pronto, o que esse cara vai aprontar com esse gilette em mãos? Resolvi ficar olhando de rabo de olho. Passado um tempinho ele começa a tirar todas a bolinhas que tinha na blusa dele. Claro, que isso começou a atrair olhares e rapidamente todo mundo começou a soltar risinhos. Ele parecia não se importar muito. Pelo menos foi o que imaginei. Do jeito dele é feliz...Talvez seja mais feliz do que eu, que ainda mantenho um pouquinho de sanidade.

Segunda feira prendi meus dedos da mão direita na porta do busão. As portas de hoje em dia estão muito violentas. Realmente doeu e muito me admira que eu ainda tenha unhas. Embora estejam um pouco roxas e com sangue pisado. Nunca entendi o porquê de ser sangue pisado a expressão usada para esses casos.

Terça feira fui pra aula e fiquei enrolando o tempo todo, fazendo auto retratos detalhados na folha de lição. Toda hora que o professor passava na minha mesa, lá ia eu apagar tudo, pra assim que ele virar as costas, tornar a fazer. Foi uma peleja travada, mas no fim consegui. Tentei escanear, mas como o lápis tá clarinho não saiu quase nada. Mas valeu o sacrifício, porque ficou bem legal.

Quarta feira, mais conhecido como ontem, foi o dia mais triste da semana. Sem dúvida alguma um dos dias mais solitários da minha vida. Nada de diferente aconteceu, nada mudou...mas eu acordei me sentindo carente. Necessitado de um abraço, alguma palavra de fé, mesmo que fosse do Luís Moreno. Daí cheguei em casa planejando dormir e não consegui. Minha cabeça viajou por mil lugares, mil planos diferentes. Daí eu me deprimi de novo porque percebi que estou numa direção estranha. Não ando seguindo nada. Meio que estou largado num mar de massa sem vida, usando uma metáfora. Não que algum dia eu tenha tido alguma direção pra qualquer coisa, mas agora, mais do que nunca sinto necessidade disso. Gostaria muito de ter algum tipo de estabilidade na vidam, qualquer área que fosse. Minha vida é tão inconstante que tudo pode mudar em questão horas. Sempre foi assim.

Hoje no horário de almoço me deu crise consumista. Sabe quando você tem NECESSIDADE de comprar alguma coisa? Mesmo que seja uma bala...Resolvi me dar um limite e gastar somente aquilo. Decidi ir até a galeria do rock procurar algum CD legal. Coloquei na cabeça que eu queria comprar o Is Is do Yeah yeah yeahs, porém é EP difícil de ser encontrado aqui no Brasil. Entrei em uma loja, já não esperando muita coisa e perguntei se eles tinham o tal EP. O balconista, metaleiro até o cu, me vem com o álbum It's Blitz (o álbum mais recente da banda) e eu educadamente disse que não era aquele, eu queria mesmo o EP chamado Is Is. O cara me mediu de cima a baixo e me informou que o tal EP não existia, que eu devia estar enganado, já que ele tinha tudo da banda no estoque e esse EP não constava na mesma. Tentei explicar que é um EP meio difícil de encontrar, que não era muito conhecido, que foi lançado em 2007 e mimimi e ele não quis me ouvir. Disse que simplesmente não existia. Ou seja, insinuou que eu seja retardado. Tudo bem, eu não esperava que ele soubesse. Saí sem discutir e desisti de comprar qualquer coisa. Virei a esquina e comprei um maço cigarros e calei a minha boca.

Bem, é isso. Não anda acontecendo muita coisa na minha vida.
Sem mais.

25 de mai. de 2010

Meu deus

meu ultimo post debaixo não fez sentido algum, nem pra mim.
me recuso a arrumar...tá cheio de erro e cheio de idéias tortas.
ando com a síndrome do dedo gordo atacada.

Bipolaridade, maratona sexy time e o fim de tarde agradável

Bipolaridade existe e se chama Vinícius. O dia começou como um grande cocô fedido e disforme e está mais agradável agora de tarde. Logo que acordei eu quis morrer ou voltar pra cama, como nenhuma das duas opções cabiam às minhas tarefas me obriguei a levantar e colocar uma cara de cu no rosto e tentar encarar mais um dia, não de frente claro...mas daquele jeito meia boca que a gente faz quando o que mais quer é voltar pra cama e ficar assistindo ana maria braga, ou deitar e assistir a maratona sexy time inteirinha (fiz isso ontem). Inclusive, ontem foi uma boite muito esquisita. Como meu PC pifou, cheguei e me coloquei a limpar aquela porcaria por dentro. Claro que não deu certo e não consegui fazer ele voltar a funcionar. Irritado que estava, decidi dormir. Eram 21:00. E assim fiz. Dormi deliciosamente por duas horas. Acordei as 23:00 achando que já era de manhã (sério, pareceu MUITO tempo). Só me convenci que ainda era noite, quando levantei e olhei no celular a hora. Ok, já estava sem sono novamente e incrivelmente com fome. Abri o armário e a única coisa atrativa era um saco com milho de pipoca. Lá fui eu procurar panela, derrubar a casa toda, espremer a garrafa de óleo pra ver se saía umas gotículas para a minha pipoca e ahá! consegui. Ok, feito isso coloquei tudo num pote e joguei sal. Muito sal. Sem querer. Tirei a parte de cima e joguei no lixo imaginando que a parte de baixo estaria ótima. Engano meu. Provei duas pipocas e minha boca quase desidratou completamente, só de tocar uma partícula de sal minúscula na língua. Deitei e comecei a assistir um filme japonês guei. Mas me irritei rapidinho porque eu já tinha assistido três vezes. Desisti e coloquei no multishow, estava passando a tal da maratona sexy time. Acho que nunca vi nada tão idiota na minha vida. Aquilo não é nem de longe filme pornô. Só mostra peito e bunda. Coisa mais sem graça. Depois desisti e dormi de novo. Defitivamente e acordei só de manhã. Com uma tristeza enorme. Do tamanho de meus braços aberto. Daí o resto eu expliquei no começo. Depois fui ficando menos triste. Mas eu não conto porque. :)

24 de mai. de 2010

1,2,3... Atualizando

São cinco horas da tarde e eu estou esperando ansiosamente pelas seis e meia. Sabe quando você quer ir pra casa rapidinho, se jogr na cama e ficar todo embrulhado dentro de um edredon fumando e olhando para o teto, ouvindo uma música boa? Pois bem. Estou tão feliz hoje, mas diferente da maioria das vezes eu quero sossego. Mudando de assunto, só porque eu consegui configurar a internet wireless na minha casa, o meu PC resolve não ligar mais. Hoje quando chegar em casa, abrirei-o, pegharei um pincel e limparei tudo delicadamente. Se ainda assim não funcionar, eu jogo no lixo e compro outro. Mentira, nem compro. Mas eu vou ficar muito chateado se der errado. Ah!

Sábado realizei minha fantasia orgística alimentar, que me tentava a pelo menos duas semanas. Se alguém quiser, eu deixo a receita no fim do post. Mas de qualquuer forma, o fim de semana foi legal. Levei minha irmã pra passear. Sei que isso é importante pra ela. E é pra mim também. Já que sinto falta dela e tal. Espero que ela esteja bem agora. Me dói ver ela chorando ao sae despedir de mim no metrô. Segundo ela, vai voltar pra casa ainda este ano. Só está esperando acabar o ano letivo, porque a escola já está paga. Bem, espero que ela tome a decisão certa.

No mais, anda tudo na mesma. Só escrevi isso para atualizar mesmo.
Vou ficando por aqui.

Abaixo segue a minha receitinha marota.
Vá até o Mc Donald's mais próximo e compre:

Um chicken Americano, ele será a base do lanche, já que vem mais "incrementado". Compre também dois chicken mc junior. Tire todas as partes de cima dos pães (reserve só um para colocar no topo do sanduíche). Descarte o que sobrar (no meu caso, eu comi o que sobrou, puro mesmo). Vá colocando um a um, encima do outro. No fim você terá algo parecido com isso.




E mais no fim ainda, sua cara vai ficar assim:

21 de mai. de 2010

HELL

Hoje é sexta e toda sexta é um inferno na terra. Pelo menos, se você vier aqui no meu trabalho você vai sentir o drama, meu amigo. Minhas costas estão TRAVADAS de nervoso, os computadores estão PEGANDO FOGO, as meninas atendentes estão todas NO CHÃO, tem senhoras chorando para tudo quanto é lado, um monte de macaco correndo pra lá e pra cá e tem um cavalo bem ali na porta, me encarando e um monte de anéis de fogo voando pra lá e pra cá, um Bowser que não pára de jogar cascos de tartaruga espinhados pra todo lado e pasmem: TEM UMA MULHER MORTA NO CHÃO CHEIA DE LESMAS E VERMES E ESTÁ FEDENDO E ESTÁ COM O CRÂNIO EXPOSTO E ESTÁ CHORANDO E EU NÃO SEI DE MAIS NADA.
tchau.

estou mais louco do que o mario kart rodado na banana.

17 de mai. de 2010

Mensagens Instantâneas

Meu mais novo blog, juntamente com Priscilla.
mensagens instantâneas


Não, nós realmente não temos o que fazer.

Cartas de amor

Uma de minhas maiores frustrações é não ter recebido cartas de amor. Eu sei, isso é tão cretino, mas ainda assim eu queria ter ganhado mais. Me sinto tão sem valor quando penso nisso. Em toda a minha vida, eu recebi três cartas. Todas mentirosas. Uma delas eu tive que pedir para ganhar. Todas possuem em comum os dizeres: Você é fundamental na minha vida. Mas engraçado que uma semana depois, cada uma dessas pessoas já tinham me esquecido. É sempre assim. Não sei se voltarei a permitir isso na minha vida novamwente.

Catando lixo por aí

Hoje o dia será bom. Estou sentindo isso. Acordei no horário habitual e saí para trabalhar. Me lembrei que hoje é o dia do lixeiro passar e reparei que o meu vizinho jogou um espelho grande no lixo. Não pensei duas vezes. Olhei pros dois lados em volta, para me certificar que não existia nenhum vizinho fuxiqueiro olhando e peguei o bendito espelho. Abri o portão rapidinho e deixei ele lá no quintal. Tá rachadinho na ponta, mas é grandão e serve para substituir o meu que quebrou inteiro (agora tá explicado né? não tenho espelho em casa, literalmente). 

Só espero que minha mãe não o recoloque na rua para o lixeiro pegar.
Estou feliz por ter espelho em casa de novo. O único ruim é que agora não tenho mais desculpa pra ser feio.

Agora pronto. Dei de catar lixo por aí. Era só o que me faltava.

ps: tô com a música da Branca de Neve na cabeça.

Fim de semana ocioso, a tecnologia e a criança

Esse fim de semana foi, talvez o mais tranquilo que eu tive nesse ano. Passei mais de 48 horas com a mesma roupa, deitado e embaixo das cobertas. Fazia muito tempo que eu não passava um fim de semana inteiro em casa, tinha até me esquecido como era. Fiz tudo o que não fazia há tempos, tipo arrumar meu guarda roupa, estudar japonês, desenhar, assistir meus animes/doramas e até cozinhei. Fiz uma gelatina, que claro, até parece que ia dar certo e não endureceu. Depois fui olhar a validade, e vi que estava vencida há um ano. É. Fora isso foi ótimo.

Daí que eu estava há dois meses numa peleja travada com o wireless na minha casa. Tinha até desistido de voltar a ter internet. Até que ontem, minha irmã de 14 anos foi em casa, olhou o PC, fez alguma coisa com dois cliques e uma teclada só e PÃ! a internet estava funcionando perfeitamente. Por isso que eu digo que tenho medo dessas crianças de hoje em dia. Eu em dois meses, tentando diariamente configurar aquela coisa não consegui resolver o problema e chega uma criança de 14 anos e em dois minutos arruma tudo.

14 de mai. de 2010

Fez dó...









Seria motivo de piada, se eu não estivesse na mesma situação.

13 de mai. de 2010

HEVO DE CU É ROLA

Tem uma porra de banda chamada HEVO sei lá o que aqui no mesmo lugar que eu trabalho. Estão distribuindo autógrafos para uma galere, e a galere está super em polvorosa. Eu não conheço essa banda e nunca sequer ouvi uma música da tal. O que sei é o que vejo em fotos e ouço falar, que é uma banda colorida, mais uma igual às milhões de bandas dessa nova safra de "emo" colorido. Não faz meu estilo, não gosto. Acho adolescente demais e colorido demais pro meu gosto. Acontece que aqui onde eu trabalho, as pessoas costumam me rotular de emo. Tudo porque eu uso piercing e alargador. Ok, até aí nunca reclamei. Agora vem nego me tirar, me chamando de HEVO sei lá o que e dizendo para eu ir correndo pegar autógrafo dessa banda, que é o meu lugar, já é demais.

#1

Com certeza se promovessem um concurso de beleza aqui no meu trabalho, eu seria o grande ganhador. Assim, disparado.

É...pra você ver.

12 de mai. de 2010

Do que eu mais sinto falta

Sinto falta das tardes despretenciosas que eu tinha há uns dois anos atrás. Minha vida se resumia numa sucessão de acordar, preparar um café da manhã saudável com granola e frutas, arrumar meu quarto, ficar algum tempinho no msn, cuidar dos cachorros (eu tinha dois na época), preparar um almoço - que se resumia em arroz, almôndega de soja e abobrinha com cenoura, quase todos  os dias, e ficar esperando a hora de dormir. Passava tardes e tardes sem conversar, sem sair. E eu gostava disso. Já disse que sou meio bicho do mato?

10 de mai. de 2010

Anexo - Search your heart

Eu estava parado na estação com mais alguma pessoa que eu não recordo quem era. Você caminhou na minha direção e eu pude ver o rosto mais lindo do mundo. Uma beleza fora do comum que eu tinha receio de estar sendo confundindo por outra pessoa. Trocamos muitas palavras e quando me dei conta já éramos melhores amigos e estávamos dentro de um shopping enorme, que eu nunca tinha estado antes. O carinho e a gentileza que você dispensou a mim, de certa forma conseguiram me comover e pouco tempo depois eu não imaginaria mais a minha vida sem você. Ri tanto, como nunca tinha rido. Além de tudo você era uma pessoa divertida. Pouco tempo depois você veio e me beijou. Assim do nada. Não que eu não quisesse, mas foi muito repentino mesmo. Naquele momento eu me apaixonei de verdade e eu queria que todo mundo soubesse. Um sentimento que eu nunca tinha sentido antes. Olhei o relógio e vi que eram seis da manhã, você viu e disse que precisava ir, pois tinha um filho pequeno. Eu fiquei triste, mas tive que aceitar. Você me pediu dinheiro para voltar para casa. Peguei meu cartão na mochila e fui até o banco com você, me arrependendo de ter dito que tinha dinheiro. Não queria dar, afinal o que tinha era muito pouco. Saquei vinte reais e entreguei na sua mão. Você guardou com cuidado no bolso e resolveu ficar comigo mais um pouco, me senti importante para alguém pela primeira vez na vida. Deitamos na grama da entrada do shopping e ficamos filosofando sobre a vida, relocionamentos interpessoais e várias coisas que eu não me recordo. Senti que a vida fazia sentido novamente e me perguntei como passei 20 anos sem te conhecer? Eu ficava apenas olhando para o seu rosto, e cheguei á conclusão de que realmente era o rosto mais lindo que eu já tinha visto, sem dúvida alguma. Me senti vivo novamente. Acreditei em você. Você me tirou de um buraco vazio enorme. E quando eu estava quase te pedindo em casamento, eu descubro que apenas queria me matar. Não me lembro porque cheguei a essa conclusão, mas eu tinha certeza do que estava pensando. Corri o mais rápido que pude, e você correu atrás, rindo diabolicamente. No caminho encontrei uma amiga que me ajudou a fugir de você e depois foi embora. Mais uma vez eu tinha sido enganado. E mais uma vez eu estava sozinho.

A. Feliz dia das mães

Queria tanto que minha mãe soubesse o quanto a amo. De verdade, sabe? Eu tenho a impressão de que ela acha que eu a odeio, quando na verdade eu não faço nada para isso. Na verdade, ela deve ter os motivos dela para pensar o que quiser, mas eu não faço nada premeditado como ela sempre deixa claro. Sei que eu poderia ser um filho melhor, poderia fazer as coisas um pouco mais calculadas, poderia ser mais responsável. Mas ainda assim eu saí do ventre dela. E por mais que eu diga que não pedi para nascer e toda aquele draminha típico de filhos revoltados, ela também não pediu para nascer. Estamos todos no mesmo barco e nunca chegaremos a um senso comum a respeito desse assunto. Só queria que ela soubesse que quando ela sofre, eu sofro junto, por mais que eu não demonstre. Como minha mãe, ela deveria saber mais do que todos que eu tenho uma enorme dificuldade de mostrar meus sentimentos, e eu a amo. Não sei se acredito em amor incondicional, mas se existe, a única pessoa que eu amo incondicionalmente é a minha mãe. Fico orgulhoso quando dizem que eu pareço com a minha mãe, porque carrego um enorme orgulho dela. É a pessoa mais corajosa que eu conheço. Fico triste quando ela me ignora, fico triste quando não sou convidado a fazer parte da vida dela ou quando sou o último a saber dos planos dela. Fico triste quando abro a porta e não vejo ninguém. Fico triste quando não tem um par de olhos me encarando, tentando me decifrar. Fico triste quando não encontro ninguém para me assustar na porta do quarto. Só queria que ela soubesse que é indispensável na minha vida. Muita coisa mudou. Queria que ela entendesse que eu cresci e a distância sempre entra em cena, mas isso não significa que eu a ame menos. Só queria que ela soubesse.

Feliz dia das mães - mesmo tendo passado em branco para você e para mim, desejo um feliz dia das mães.

Dia das Mães

Talvez ontem tenha sido um dos piores dias de 2010 pra mim. Acordo de manhã, assustado por causa de um maldito sonho, levanto e não vejo ninguém em casa. Corro até o chaveiro de parede e não vejo as chaves do carro. Fico extremamente chateado de perceber que minha própria mãe me excluiu do dia das mães, como se nem filho eu fosse. Tentei me preparar psicologicamente para mais um dia sozinho, aqueles que sempre conseguem acabar comigo, em todos os sentidos. Tentei manter a calma e acendi um cigarro. Ainda estava assustado por causa do sonho. Até sonhos me fazem eu sentir como um lixo e parecia uma sabotagem do meu subconsciente que acertou o meu ponto fraco certeira e devastadoramente. Abri a geladeira e não tinha nada. Absolutamente nada. Decidi pegar meu cartão e correr na padaria pra comprar alguma coisa. Voltei pra casa com uma baguete de quatro queijos, a qual comi inteira em cinco minutos assistindo dorama - novela japonesa - muito triste por sinal. Falava sobre uma garota que tinha 17 anos e era leucêmica. No fim ela morre em decorrência da doença. Esse foi o momento. Não aguentei e passei a manhã inteira chorando. Chorando sozinho. Por tudo...pela soma de todas as coisas que me afligiam. Me senti patético.

Depois disso acabei dormindo de tanto chorar e acordei lá pelas 22:00 da noite. Liguei a TV e fiquei assistindo um filme besta.

Nojo profundo de pessoas - se você é uma pessoa, acredite, eu não gosto de você

Mau humor. Essa palavra que define o meu começo de segunda-feira. Nada deu certo até agora. Acordei dez minutos a mais do que deveria, saí relativamente em cima da hora, chego ao metrô e me deparo com uma multidão, resolvo não encarar a multidão e pego o metrô no sentido ao contrário e volto uma estação, afim de conseguir subir em um singelo vagão, páro na frente de um casal telemarketing (puta, como eu ODEIO casais telemarketing!) e passo o caminho todo sentindo o bafo de MERDA do macho representante desse ridículo casal, que não pára de falar, conversar, se mexer...Enfim, foi um inferno. Um verdadeiro inferno. Minha cara de nojo ficou ligada no modo constante o trajeto todo. Não conseguia nem prestar atenção na música que eu estava ouvindo. Na hora de subir as escadas rolantes, duas piriguetes empatam o meu caminho, e eu que já não estou muito bem só soltei um baixo, porém devastador: 'licença! As duas ficaram assustadas, e uma delas riu. EU ODEIO QUE EMPATEM A ESCADA QUANDO EU ESTOU EXTREMAMENTE ATRASADO. Quando saio da estação, para caminhar até o meu trabalho, olho pra cima e vejo o SOL. O sol mais brilhante que eu já vi na minha vida. Nem fiquei feliz. Não mesmo. ODEIO SERES HUMANOS. ODEIO!!!!!
















Humanos desprezíveis.

8 de mai. de 2010

Brincando no Omegle

Entrei no Omegle e resolvi rir de alguém. Deu nisso:

Stranger: hi 
You: hello 
You: searching for rich males 
Stranger: how r you
Stranger: usa
You: i'm fine and u?
Stranger: ok
You: m or f?
Stranger: m
You: yeah
You: great
Stranger: yr age?
You: age?
You: 20
You: and u?
Stranger: 27
You: nice
You: are you rich?
Stranger: do you have bf
You: what's bf?
Stranger: where r you from
You: brazil
Stranger: of course I am rich,I;m boss
You: wow
You: lol
Stranger: bf means boyfriend
You: i'm just kiddind
You: no no
You: i'm single
Stranger: are you horny
You: not
Stranger: are you shy
You: and you?
You: not too
Stranger: of course
You: lol
Stranger: i lke horny
You: i like you
Stranger: why
You: because you give me attention
You: nobody gives me attention
Stranger: are you beautiful
You: yeah
Stranger: great
You: but i'm very bad
Stranger: i am single too
You: nobody likes me
Stranger: how bad
You: nice!
You: bad...
Stranger: how
You: i like hit the boys
You: and i kick
Stranger: stupid chicken

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHHAHA!

6 de mai. de 2010

Nada

Ando tão bem na praça. Hoje TRÊS pessoas diferentes interagiram comigo no almoço.

O primeiro me pediu o isqueiro, o segundo me ofereceu um panfleto de estúdio de tattoo e o terceiro era um cliente de onde eu trabalho, me pedindo desculpa por incomodar o meu almoço, perguntando se dava para converter PDF pra um formato que eu nem me lembro. Na verdade, eu dei uma desligada e nem ouvi. Só respondi que não dava.

5 de mai. de 2010

Flerte em trasportes públicos

Ontem fui desejado por um cara no metrô. Percebi logo que pisei na plataforma. Muito bonito, por sinal. Muito mesmo. Continuei de cara amarrada. Não sabia o que fazer. Fiquei quieto olhando a paisagem, fingindo interesse por qualquer papelzinho de bala no chão ou analisando alguma unha imperfeita. Entrei no vagão e ele se sentou do meu lado. Fiquei quieto e olhei de rabo de olho, para ver se estava olhando para mim. Estava. Fiquei vermelho. Nunca sei como agir quando estão, descaradamente, flertando comigo. Encostou a perna na minha. Aí já era apelação, mas continuei na minha. Passada algumas poucas estações, ele levantou e olhou pra mim. Continuei inexpressivo. Quando a porta abriu, ele me olhou de novo e deu uma piscadela. Até agora não sei se isso foi de fato um flerte ou uma brincadeira de mau gosto para fazer eu me sentir mal.

Tenho a impressão de que foi a segunda opção. Mas é só impressão.

Nada

Sei lá. Hoje o dia está uma grande massa cinzenta e sem graça. Acordei cedo e cheguei atrasado no trabalho. De propósito. Não estava afim de vir trabalhar, ou mesmo levantar da cama. Para falar a verdade, eu não queria nem ter aberto os olhos.

Já passei do tédio, pra insanidade, e agora estou recuperando a sanidade chata aos poucos. Tudo em um período de quatro horas aproximadamente. Já desejei até ser obeso, depois mudei de idéia e desejei pesar 35kg, já desejei comer pão de cebola, saí pra comprar comida e voltei com uma garrafa de água e cheiro de cigarro.

4 de mai. de 2010

A grande massa e seus tesouros

Estava conversando com uma amiga sobre assistir ou não o filme da Alice. Confesso que diante de todo esse burburinho, todo esse hype que criaram em volta do filme, não senti absolutamente vontade alguma de ir até o cinema ver aquilo. É sempre assim, as pessoas falam falam falam, eu fico curioso, assisto e vejo que não é nada demais. Não supre nem metade das expectativas. Depois que percebi isso, raramente me aproximei de filmes e bandas que todo mundo falam. Geralmente, até é uma coisa legal. Aquele "legal - ponto". Nada demais a ponto de ficarem um ano falando do mesmo filme, ou mesma banda. Até hoje nenhum filme exageradamente comentado superou as minhas expectativas. Juro, não me lembro de nenhum agora. Lembro quando há alguns anos atrás a moda era o filme da Amélie Poulain. De tanto falarem, fiquei morrendo de vontade de assistir. Quando vi, até achei a história bonitinha, porém nem comparava com aquela OBRA PRIMA que todo mundo falava. Laranja Mecânica foi a mesma coisa. De tanto falarem, acabei assistindo. Não achei nada de TÃO EXTRAORDINÁRIO, como todos diziam. Achei um filme inteligente apenas. Depois disso me traumatizei. Hoje em dia me pedem pra ouvir os singles novos da Madonna, ler Crepúsculo, Guia dos Mochileiros de não sei o que, filme novo do Harry Potter e mais um monte de coisa que eu não quero. 

Vou falar uma coisa muito preconceituosa agora, mas sei que tenho razão. Tudo o que a massa gosta me entedia. Sei que isso soou muito preconceituoso, que muitos irão me julgar, mas é apenas a minha singela opinião. E não, não estou querendo pagar de indie xiita. É realmente a minha opinião.

Teoria dos dedos

Tenho uma teoria que se baseia na grossura dos dedos das pessoas. Quase sempre funciona. É o seguinte:

Pessoas com dedos grossos são mais práticas, funcionais, espalhafatosas, extrovertidas e possuem um carisma fora do comum.

Pessoas com dedos finos são mais introvertidas, inteligentes, sagazes, perfeccionistas e mais habilidosas em trabalhos manuais.

Não me pergunte porque e nem como eu criei essa teoria. 

Coisas que eu odeio - parte já perdi a conta

Garçom que fica balançando a latinha de refri para ver se tem coisa ainda. E quando tem, pega e despeja o conteúdo no copo para poder levar a latinha embora. Isso me enerva de uma forma que poucas coisas conseguem.

Odeio pessoas dobradas. Pessoas que possuem duas cabeças, quatro braços, e tudo de dois. Talvez eu que seja muito chato ou velho, mas nunca suportei isso. Prezo muito pela individualidade, mas quem sou eu pra criticar ou julgar pessoas que gostam de ser dobradas. Se é que me entendem.

Roupa social larga. Fica parecendo um pastor da Deus é amor.

Mulher com rabo de cavalo na altura da nuca (nunca confie em uma dessas).

Odeio a minha falta do que fazer (ou falta de vontade de fazer o que tem que se fazer), sempre resulta nessas listas bestas, mas que eu me divirto horrores fazendo e só eu dou risada no fim.

watashi wa nihonjin dewa arimasen

Se eu não tivesse nascido nesse maravilhoso país tropical, com certeza eu gostaria de ter nascido no Japão. Sim, no país do Sol Nascente. Olha, por mais que eu tente expressar meu amor por essa terrinha em algumas linhas de um blog, eu jamais conseguirei. E isso não vem de agora. Desde pequeno sempre vivi rodeado de orientais (há uns anos que isso deu uma sossegada) e sempre adquiri muito conhecimento através deles. Rolava até uns privilégios, tipo conhecer Pokémon antes da galere toda, ou saber xingamentos em japonês e todo mundo ficar boiando. Era bem legal. Isso tudo além do fato de eu ter japoneses legítimos na minha família. Não, não sou descendente direto de japoneses. Na verdade nem indireto. Mas é que eu tenho um tio que se casou com uma japonesa legítima, o nome dela é Fukumi. E ela tinha dois filhos da mesma idade que eu e a minha irmã (o mais velho se suicidou no começo do ano passado), e então cresci junto com eles. Isso contribui bastante para esse contato com a cultura nipônica. E isso sem contar as minhas origens. Nasci num bairro tipo de roça. Parecia uma cidadezinha a parte de São Paulo. Mas não era. Era um bairro de colônia alemã (minha vó tem origem alemã) e colônia japonesa. Mais uma vez tive oportunidade de ter contato direto com a cultura. 

Quando eu estava na sétima série, conheci o mundo dos animes. Ninguém me segurou e lá me joguei de cabeça. Era um vício descomunal, a ponto de eu quase não saber falar mais de outra coisas. Ia em eventos, gastava todo o dinheirinho que eu juntava com mangás, DVDS, revistas e chaveirinhos. Depois de um certo tempo decidi que meu sonho era morar em Tokyo e arrumar um emprego legal lá. Mas com o tempo isso foi passando e eu esqueci tudo isso. 

Semana passada visitei o bairro da Liberdade e relembrei dos velhos tempos, me bateu uma nostalgia e passei o domingo todo assistindo doramas (séries japonesas, parecidas com as novelas que temos aqui). Ontem imprimi uma apostila de curso básico da língua japonesa e pretendo me dedicar pra aprendê-la. Já sei um pouquinho de nada, então querendo ou não, já até tenho uma noçãozinha de escrita e pronúncia.

30 de abr. de 2010

Why you say wait?

As vezes tudo o que você quer é alguém que diga para você parar de chorar, que tudo vai ficar bem. É alguém que lhe dê um travesseiro de pena de ganso, um copo de água e lhe faça um chá quente. Só isso.

É pedir muito?

29 de abr. de 2010

Cleptomania e mente ociosas

Vivíamos duros e ociosos. Mais do que qualquer coisa no mundo. Estudávamos juntos e raramente fazíamos alguma coisa que prestasse. A minha vida, particularmente, se resumia a ir à escola, ficar sentado fazendo cara de conteúdo ou desenhando mangás eróticos nas carteiras, ou passando bilhetinhos pela aula e dependendo do professor, conversava alto na sala de aula e ria alto também. Chegava em casa e lia meus mangás, ou assistia pornografia na internet, ou comia várias coisas ao mesmo tempo ou então dormia. Era sempre a mesma coisa. Precisávamos de emoções novas. Descobrimos isso no dia em que decidimos roubar. Roubávamos qualquer coisa que desse bobeira, independente do valor que essa coisa tivesse. Tudo começou (lembro-me exatamente da ocasião) num almoço na escola (levávamos comida, porque estudávamos em outra escola de tarde) e a Aline é diabética, o que a obrigava a tomar insulina todos os dias. E como não é comum uma pessoa se picando no meio do pátio da escola, íamos até a cozinha das faxineiras e ficávamos lá sentados, assistindo ela se picando. Gostávamos quando ela enfiava a agulha na barriga e deixava ela pendurada. Era quase uma sessão de sadomasoquismo. Mas enfim...ela guardava a insulina na geladeira. Nesse dia ela pediu para eu pegar pra ela. Obedeci e quando abri a geladeira vi um pacote de leite em pó moscando, pela metade e estava louco para comer um doce. Sem hesitar, peguei o pacote (estávamos sozinhos na cozinha) e guardei embaixo da minha blusa. Rapidamente, saimos dali e levamos dois copos descartáveis junto, para poder fazer a mistura de leite em pó. Ainda colocamos adoçante para não engordar. Saímos pela escola desfilando com o nosso leite em pó. No outro dia achamos um bolo pullman e foi a mesma história. Isso tornara-se rapidamente um hábito. 

Certa vez, na empolgação do momento, decidimos abrir as marmitas da galere que estavam boiando na água quente do marmiteiro. Abrimos várias delas, e ocasionalmente ríamos quando encontrávamos algo bizarro. Foi nessas que um dia encontramos uma marmita com ARROZ FEIJÃO E COXINHA. Rimos tanto, mas tanto, MAS TANTO da coxinha na comida que na empolgação furtei uma. Tinha três. Ficou um buraco no arroz, como se alguém tivesse afundado as costas da colher na comida. Lembro de naquele dia ter rido O DIA INTEIRO disso.

Teve um outro dia que na nossa ronda diária pela geladeira encontramos uma peça de provolone inteirinha. Olhamos um para a cara do outro e pensamos: Pega! Pegamos a mochila e jogamos ele lá dentro, solto, sem plástico sem nada. Uma única peça de provolone solto no fundo da mochila, cheia de raspinha de apontador, tampa de caneta e outras tranqueiras. Comemos tudo no caminho da outra escola, no ônibus mesmo. Uns dias depois a Faxineira da escola, que utilizava a cozinha chamou a Aline de canto, já que ela era uma das alunas que usava a cozinha, e disse: Menina, preciso falar um negócio muito sério com você. Eu estava do lado da Aline e nem ousei olhar para a cara dela, já prevendo o que aconteceria. A tia nos contou que ela comprara uma peça de provolone (doze reais, ressaltou ela!) e nem tinha pago ainda, e mesmo assim alguém fora lá e roubara da geladeira. Disse assim que sabia que não foi a gente, mas de qualquer forma iria começar a trancar a cozinha e que quando quiséssemos usar, era só pedir a chave pra ela. Logo, precisamos parar de roubar coisas da geladeira, porque aí descobririam que era a gente, era só somar dois mais dois. Porém, não muito tempo depois, uns amigos nossos foram fazer uma festinha de aniversário para uma conhecida nossa. Compraram um bolo, uns pães e essas cachorradas todas e utilizaram a cozinha para cantar parabéns. Pra variar, estava eu e Aline lá, participando da festa. Mais cedo, quando Aline estava tomando sua insulina diária, vimos uma garrafa de coca cola na geladeira. Mas não pegamos. Planejamos pegá-la mais tarde aproveitando o aniversário como desculpa, já que entraria um monte de gente diferente na cozinha. Ao apagar as luzes na hora do parabéns, fiz um sinal para a Aline, que logo entendeu tudo e veio de mochila para a geladeira. Como era uma geladeira velha, não acendia a luz, então não corríamos o risco de ser vistos. Enfiei a garrafa na mochila (já vazia) dela e voltamos à posição do parabéns. Acenderam as luzes, e lá estávamos nós com a maior cara lavada do mundo, sorrindo e comendo as coisas da festa. Saímos antes de sentirem falta da coca.

Teve um outro dia na outra escola, que achamos um estojo jogado no pátio vazio. Pegamos e quando abrimos apareceram cifrões nos nosso olhos. Tinha MUITO dinheiro dentro. Tipo, muito mesmo. Mais dinheiro do que o meu bolso de estudante e não trabalhador já tinha visto. Resolvemos guardar o estojo dentro da mochila da Aline enquanto decidíamos se iríamos pegar a grana ou não. Afinal, era MUITO dinheiro. Mais tarde a coordenadora passou de sala em sala perguntando se alguém tinha visto um estojo marrom. Suei frio quando ouvi aquilo. Estava louco para sair de lá logo e ver o que ia fazer com aquela grana. Na saída, decidimos roubar uns apetrechos de desenho que tinha no estojo e decidimos pegar 30 reais cada um, seria muita cachorrada roubar tudo. Largamos o estojo embaixo do banco do pátio. Com 60 reais a menos.

Comprei a primeira parte da coleção do mangá de Sakura Card Captors.

Os espertões e os brigadeiros

Digitando o ultimo post, me lembrei de uma cachorrada que eu, a Aline e a Renata fazíamos. Deixe-me contar (adoro quando não tenho nada para fazer no trabalho), estudávamos os três juntos. Fazíamos Design Gráfico e mais vadiávamos do que qualquer outra coisa, ainda assim tirávamos notas boas (digo po mim, desculpe). Aline conhecia uma mulher que fazia lanches naturais e brigadeiros, e como a mulher pediu para que vendesse na escola, Aline resolveu ajudá-la e de quebra faturar uns trocos. Pois bem, mortos de fome que éramos sempre babávamos nos brigadeiros da menina e pra variar nunca tínhamos dinheiro para comprar nada. Um dia tivemos a genial idéia de pedir para a Aline deixar a gente comer os brigadeiros. Claro que ela não deixou, pois como explicaria para a mulher isso. Então, pensamos mais e mais. Até que chegamos ao absurdo de pedir pra ela deixar a gente morder as beiradinhas dos brigadeiros e enrolar de novo, assim ninguém notaria. O pior de tudo é que ela deixou. E as pessoas continuavam comprando. Todos os dias quando ela chegava, lá iam os três pro cantinho para morder todas as beiradinhas, de fora-a-fora. Renata já carregava até um saco de granulado na bolsa, para o caso de se ficar buraco no brigadeiro a gente enrolava de novo e jogava uns granulados por cima. Curiosamente, todos os dias um menino que eu não me lembro o nome, mas carinhosamente o chamávamos de Diferente (meu, ele era MUITO diferente de tudo nesse mundo) sempre escolhia os brigadeiros comidos (a gente sabia quais eram).

Ahhh...bons tempos.
Se der tempo, mais tarde eu faço um post sobre a nossa fase cleptomaníaca.

O espertão

Quando eu era criança eu tinha muitas idéias bizarras, pra não dizer maliciosas. No auge dos anos 90, aquela moda de tererê na cabeça, pochete virada para trás e elástico nos cadernos. Em meio a tudo isso, surgiu a moda dos piercings de pressão. Eu tinha um que eu colocava parte superior da orelha (AI GENTE) e ia todo feliz para a escola daquele jeito. Certo dia um garoto que eu gostava muito (era muito meu amigo) viu e quis um igual. Eu disse que na lojinha da minha mãe vendia aquilo (mentira, minha mãe nunca teve uma lojinha na vida) e que no dia seguinte eu levaria um pra ele em troca de três reais. Na minha cabeça eu ia comprar um novo (que era um real) e lucrar dois reais. Mas como, desde aquela época, até parece que ia dar certo, fui na lojinha (que não era da minha mãe) e não tinha mais nenhum piercing de pressão. Tinha que arrumar um, não importasse o jeito que fosse. Já que eu queria muito ganhar dois reais (AI GENTE) e de certa forma, eu tinha prometido para o menino. Cheguei em casa e fui inundado por uma brilhante idéia. Peguei um clip, abri e deixei o no formato (toscamente) de uma argolinha de piercing e vendi. Ganhei dois reais e o menino ficou com um pedaço de clip pendurado na orelha.

Mais uma mania estranha - Como se já não me bastassem as que tenho

Depois que você começa a desenhar anatomia humana, fica difícil explicar que você está encarando alguém, não por encarar, mas na verdade você está analisando o relevo da orelha da pessoa, ou a curvatura do maxilar, ou mesmo o formato da sobrancelha.

As pessoas podem se incomodar, mas eu juro que não é por mal. Desculpa, gente. De coração. Um dia eu faço uma caricatura super linda para cada um.

28 de abr. de 2010

A peleja travada das parafernálias tecnológicas

Estou há duas semanas numa peleja travada para configurar a internet wireless no meu quarto. Conecta, recebe o sinal bonitinho, tudo verdinho, porém não abre nenhuma página.

Me ajuda?

Por favor...

Como se livrar de semi-conhecidos?

Você vai estar parado na fila do ônibus e vai reparar, lá longinho ainda, que tem um semi-conhecido caminhando em direção á fila que você está. Dependendo do seu grau de conhecimento sobre a pessoa, você vai saber que ela irá pegar o mesmo ônibus que você. Você desesperadamente, não quer o mínimo de contato com essa pessoa, já que não tem o menor assunto para trocar. Daí você tem a brilhante idéia de abrir a mochila e procurar loucamente alguma coisa que não existe, tipo um CD ou qualquer tranqueira. Você mete a cabeça lá dentro, evitando olhar pra qualquer coisa à sua volta. A essa altura a pessoa está a apenas algumas posições atrás. Você não olha para trás por nada nesse mundo, porque caso a pessoa te veja e venha falar com você depois, você pode dar a desculpa de não ter visto e se ela não falar, melhor ainda. Se ela ver você olhando-a, mesmo que de relance, isso vai ficar muito constrangedor se não se falarem depois. Então é melhor fingir que não viu nada. Quando entrar no ônibus, escolha um lugar no fundo para o caso de ela não te ver quando passar a catraca. Ela vai entrar e sentar na frente (porque foi só o que restou) e abrirá um livro. Você dá graças a deus que ela adora ler e se desliga fácil do mundo exterior quando está com um livro na mão. Quando tiver próximo ao ponto que a pessoa for descer (você já sabe de cor), finja que está dormindo, porque invevitavelmente ela irá passar por você e te ver. Feche os olhos e não abra até ter certeza de que ela desceu e já passou um ponto do dela.

Pronto, você se livrou de um semi-conhecido no ônibus.
Agora já pode continuar sua vida normalmente.

Isso aconteceu comigo ontem.
Vi a écs#1 da Mariana N.

Gente, que cabelo é aquele?

27 de abr. de 2010

black horse and the cherry tree

São quase seis horas da tarde. Quase fim de expediente e minha cabeça ainda continua latejando, porém não posso me dar ao luxo de faltar na aula de ilustração hoje. Já faltei quinta-feira passada sem motivo. Trabalhei bastante hoje, mas percebo que isso é bom pra mim. Quanto mais mantenho a minha mente trabalhando, mais longe fico dos meus fantasmas. Antes desse post, eu tinha escrito um post enorme que demorei quase três horas para concluir, mas quando estava quase no fim, o meu computador travou e tive que reiniciar sem salvar. Até parece que ia dar certo. Mas tudo bem, foi melhor assim. Tinha escrito coisas que eu me arrependeria depois. Coisas que dizem respeito somente a mim.

De manhã senti saudade de uma pessoa em especial. Isso não é necessariamente uma coisa boa. Na verdade, definitivamente não é uma coisa boa. Não que a pessoa não mereça. Quem não merece sou eu. Caguei diversas vezes e estraguei tudo o que tentei construir. Mas isso ficou pra trás. Então o que tenho que fazer é seguir em frente.

Hoje foi um dia tão esquisito, fazia tempos que eu não tinha um dia tão estranho como hoje. Não tive contato com quase ninguém hoje. Não conversei muito. Passei maior parte do dia sem falar com ninguém. Não estou de mau humor, porém não estou feliz. Sabe aqueles dias meio "x"? Em que você chega ao fim dele e olha pra trás e não faz idéia se foi uma coisa boa ou se foi ruim? Então.

Ando meio sentimental demais durante esses dias. Sei que essas minhas fases não duram, mas de qualquer forma elas sempre mudam o curso da minha vida, mesmo que temporariamente. Domingo por exemplo, chorei assistindo ao especial do festival do chaves que o Pânico na Tv exibiu. Nas ultimas semanas não tenho tido dificuldades para chorar, já é a segunda vez em duas semanas. Isso é um grande avanço para quem passou 6 meses sem chorar nenhuma lagriminha.

Olho para trás e vejo que deixei muito do menino tímido e inseguro para trás. Ele não me acompanha mais. Avancei demais em pouco tempo e isso é bom. De vez em quando me pego em algumas situações que eu jamais encararia há um ano atrás. Isso é o que chamam de amadurecer?

Ontem de tarde, num momento de ócio resolvi que seria muito legal riscar a minha tatuagem com caneta bic. Assim fiz e saí assim. Esqueci. Daí que ontem cheguei em casa com tanto sono que decidi não tomar banho. E deitei do jeito que estava e esqueci completamente da tatuagem toda riscada. Hoje de manhã levantei correndo, atrasado como sempre e novamente me esqueci que a tatuagem estava toda riscada e saí pra trabalhar. No metrô reparei que estava com o braço completamente riscado, nem achei graça. Fiquei extremamente constrangido pelo fato de chegar ao trabalho com o braço daquele estado. Pra amenizar um pouco resolvi esfregar aquilo com os dedos para ver se saía. Saiu uma parte.

Ontem de tarde, li uma matéria que falava sobre uma menina que era viciada em beijar putas. Ela beijava toda e qualquer puta que cruzasse o seu caminho, não se importando com herpes ou qualquer doença que exista. Logo depois de seus "atos pecaminosos" ela se surrava por inteiro. Achei engraçado.

Sábado foi o sábado mais bizarro que eu tive nesse ano, até agora.
Tanta cachorrada que eu nem sei mais de nada...
Só sei que achei essa foto no meu celular (que não fui eu quem tirou) que alguém tirou enquanto eu dormia na mesa do bar (não tenho mais suporte para virar a noite por aí, estou velho). Como diz a ilustríssima Joana, "dormir no bar é vanguarda".




















(Reparem que eu dormi com um leve sorriso no rosto, eu não sei porque já que queria muito a minha cama).

Sem mais.
[Daqui a 16 minutos eu saio daqui]
Beijos e bom fim de terça. (hoje é terça?)

23 de abr. de 2010

Despedida - Y Control

Trabalho aqui no mesmo lugar há um ano e meio, aproximadamente. E existe um menino aqui que eu peguei certa amizade. Ele sempre livrava a minha cara quando precisava e eu sempre livrava a cara dele quando necessário. Atingimos um certo nível de cumplicidade. Por incrível que pareça, ele sabia quando eu estava com raiva e sabia quando eu tava triste através das minhas microexpressões. E isso não é qualquer um que sabe. Ele aprendeu a cantar todas as músicas do Yeah Yeah Yeahs de cor, de tanto que eu ouço. Sua preferida é Y Control. Hoje ele saiu daqui. E não vai mais voltar.

Boa Sorte. Espero que tudo dê certo para você.

ps: na despedida, tive que contar a vontadezinha de chorar que eu tive (ando sentimental demais).

nada

As vezes eu me sinto um simples menino perdido na vida, outras vezes me sinto como uma puta suja. Minha vida parece ser uma enorme antítese sem fim, onde uma idéia logo puxa outra contrária a esta. Não que isso seja anormal, nada disso. E nem que isso seja destrutivo a mim mesmo. Porque não é. Ajo de acordo com a necessidade do momento e quando isso acontece, não costumo pensar em ninguém. Me desculpe quem idealiza a minha pessoa (se é que alguém o faz). Funciona mais ou menos naquele "doa a quem doer, mas prefiro me manter imune". É meio contraditório isso. Tenho uma forte tendência a me auto-criticar, auto-punir, as vezes até me auto-destruir mesmo e ainda assim me encho de super proteção. Faço o que posso para não me machucar. As vezes me privo de relacionamentos humanos com medo de me machucar. O ser humano é tão chato que me dá asco.

20 de abr. de 2010

Be safe - Lagostas

Lagostas parecem ter sido criadas por designers. É verdade...São bem bonitas mesmo. ...Cara, essas pinças dela são perfeitas. Também acho. Você já comeu lagosta? Não...Ah tá, porque a gente só come essa parte aqui, traseira. Nunca experimentei mesmo.  Eu fui na praia comer uma vez. Hum...que bacana.

SORRISO.

Sol à pino

Ando meio sem rumo, esperando passar uma hora e poder voltar ao trabalho. Caminho, caminho e caminho. O sol está bem forte, mas eu não sinto tanto calor assim. Apenas a minha visão é afetada pelo brilho do sol refletindo nas barraquinhas multicoloridas. Muito barulho, muitos sons diferentes. Fico por dentro de todas as "músicas do momento". Tudo aquilo que a massa gosta. É sempre a mesma coisa, eles surgem, invadem o rádio e depois de dois meses somem. Essa história sempre se repetirá. Por isso ainda sou adepto do bom e velho fone de ouvido. Crio um mundo só meu e continuo ouvindo as minhas músicas estranhas e assim eu vivo bem, ou pelo menos consigo atenuar um pouco o tédio que a vida traz junto com ela. O cenário é sempre o mesmo, as pessoas talvez eu já até conheça-as de vista, o que me incomoda um pouco, já que odeio a rotina. Where are your friends tonight? diz a música. Tento não pensar nisso, fico olhando uma banquinha de CDs e até consigo me distrair. Ando mais um pouco e as pessoas não me encaram, nem me notam. Eu olho para a maioria delas, e eu percebo que não faço idéia do intuito de eu fazer isso, apenas continuo.

Double Shot - Hiperfagia e a falta de grana - de novo.

Ontem fui buscar Fernandi e Mariana no trabalho. Portava um pacote de Club Social, meio maço de cigarros, 30 reais da minha condução semanal, um cartão VR da minha amiga e o meu cartão de débito com duzentos reais negativos. Pois bem, sentamos na Starbucks (estava com saudade, fazia MUITO tempo que eu não pisava naquele lugar) e ficamos fumando cigarros, enquanto assistia ao Denis beber um frappuccino base café de doce de leite MUITO DOCE e Mariana desfrutando tropicalmente de seu suco de laranja concentrado e com gosto de coisa industrial, mas que não é exatamente ruim. Todos se serviram dos meus cigarros, mas eu estava felizinho e até ofereci, então tudo bonito. Depois que o casal foi embora, eu e Fernandi paramos na frente de um boteco, para esperar o ônibus, e assim voltar para casa. Ao que os olhos correram rapidamente para dentro do bar, pude visualizar a estufa cheia de coisas na cor dourado-fritura. Tenho uma teoria em que todas as coisas nessa cor são gostosas, menos damasco (uma amiga minha corrompeu a minha teoria, me lembrando que existe essa maldita fruta). Mas pense nos bolinhos, batatas fritas, croquetes, risoles, pães, bolos, bolachas, pastéis e por aí vai. Tudo tem essa cor. Enfim, olhamos um para a cara do outro, já sabendo o que se seguiria dali em diante. O que se seguiu? Uma bela e deliciosa orgia alimentar, pra variar. Pedi um Bauru, ela pediu um hamburgão de carne, rapidamente enquanto um abria a geladeira, outro já puxava uma garrafa de refrigerante, enquanto outro engolia pedaços do lanche, enquanto a outra já olhava a estufa escolhendo o próximo item dessa farra alimentar, enquanto o outro já pedia o próximo bolinho de carne, ao mesmo tempo que a outra já cobiaçava um bolinho igual ao dele, enquanto já cobiçava os chocolates do caixa, enquanto pedia um pedaço de bolo. Sim, tudo muito rápido. Toda essa brincadeira durou uns 10 minutos no máximo. Hora de pagar. Lembramos do cartão mercado da minha amiga, que estava na minha mochila. Olhamos com um sorriso cúmplice e perguntamos se aceitava no local. Aceitava. Ótimo, porque eu não tinha um puto no bolso. Decidimos pegar um maço de cigarros para cada um, parecendo duas crianças bobas e felizes dentro de uma loja de brinquedos com um calhamaço de dinheiro achado na rua. O sorrisão não saía da cara. Ah, depois a gente repõe o dinheiro dela, no sábado mesmo, repetíamos toda hora, meio que tentando se justificar para si mesmo. O cara pegou o cartão e passou na maquininha. O sorriso ainda estampava os rostos. Não autorizado. Droga, o sorriso sumiu. E agora? Tenta de novo. Não autorizado. Tenta de novo. Não autorizado (e ficamos nessa brincadeira por uns 10 minutos). Até Fernanda ter a brilhante idéia de reiniciar a maquininha. Tenta de novo. Não autorizado. Pego meu cartão da mochila, com um olhar triste e entrego na mão no cara do boteco. Crédito. Fazer o quê? O que é uma queda, pra quem já está no chão?

Depois que saímos do boteco, já não tão felizes mais, pensamos no dinheiro que eu gasto com comida por mês. Ficamos assustados quando chegamos à conclusão de que com a grana que eu gasto só em comida, por um mês, eu consigo alimentar uma família de 4 ou 5 pessoas, todos comendo bem, e com besteira na compra - tipo danone, chocolate e afins. 

Agora mesmo estou aqui na frente computador, com cara de madalena arrependida, abrindo o excel e começando a montar uma planilha de controle de gastos.

19 de abr. de 2010

xx:xxx

Dizem que quando você olha algum horário com números repetidos (tipo: 10:10), por um acaso, significa que existe alguém pensando em você. Não acredito nisso, mas de qualquer forma isso se tornou uma mania e obsessão na minha vida. Hoje especialmente, olhei de 13:13 até 18:18. Todos os horários.

Se isso for verdade, tem alguém realmente pensando em mim.

Deprimido, sem dinheiro, sem amor próprio e sem amor à vida

Saí para almoçar sem nenhum puto no bolso, crente que meu pagamento cairia até a hora do almoço. Claro, como até parece que ia dar certo, o dinheiro não caiu. Sem cigarros. Sem comida. Sem alegria. Assim começou uma belíssima segunda-feira ensolarada, porém não muito quente. Exatamente do jeito que eu gosto. Parecia um prêmio de consolação da vida, sobre a minha desgraça e total falta de alegria. Na minha mochila estava repousando tranquilamente, o cartão de alimentação da minha amiga que ficara comigo, até pensei em gastar alguns trocados e depois repor para ela. Mas eu não queria fazer isso, mamãe me ensinou a nunca pegar o que é dos outros sem estar autorizado - nem sempre eu sigo essa orientação. Enfim, decidi pedir cinco reais emprestado para o menino que trabalha comigo, assim poderia pelo menos comprar um maço de cigarro e calar a minha boca. Assim fiz, comprei um maço e me sobrou R$1,25. Com o restante comprei um salgado. Almocei um único salgado, humilhado e ouvindo João Brasil pelo player do celular. Fumei uns três cigarros e resolvi visitar a Paula no serviço dela, que é pertinho do meu. Chegando lá, fiquei conversando com ela e descolei algumas bolachinhas salgadas e suco de maracujá. Quase na hora de eu voltar para o trabalho, desço a escadaria do local e me deparo com um cara com uma câmera apontada pra minha direção e uma mulher dando entrevista. Ok, era só o que me faltava. Aparecer na televisão com essa cara de cu. Nem vi de que emissora era. E nem quero saber.

Saindo de lá, enconstei aqui na frente de onde trabalho, acendi um cigarro e fiquei vendo o movimento. Um bando de lésbicas passaram por mim e me mediram dos pés à cabeça. Não dei importância ao fato. Reparei que tinha um boliviano distribuindo panfletos de eu estúdio de tatuagem. Em cinco minutos tracei seu perfil de mulher ideal. As magrelas. Todas as mulheres magrelas que passavam por ele, entregava um papel, dava um sorriso e olhava para suas respectivas bundas. Nojento.

Só sei que o dia está tão desinteressante hoje que eu estou morrendo de preguiça até de respirar. Adoraria que a vida tivesse algum controle remoto onde eu poderia pausar ou avançar esse ponto. Avançaria uns dois anos. Não mais do que isso.

17 de abr. de 2010

Nada

Sábado de manhã. Acordo na hora que eu já deveria estar chegando ao trabalho. Ok, mantenha a calma. Mantive. Foda-se. É sábado. Quem vai procurar meus serviços num sábado de manhã? Ok, pior que existem essas pessoas que procuram. O que me deixa deveras putíssimo da vida. Sabe gente, eu realmente detesto ter que levantar cedo, sair da minha cama quentinha todas as manhãs, encarar um metrô lotado, ficar com o rabão o dia todo pregado na frente de uma bosta de computador, comer mal porque não se acha lugares decentes para comer alguma coisa que não faça você morrer de hipertensão em dez anos e, o principal, ODEIO CONTATO COM CLIENTES. Multiplique todo esse inferno por cinco. Agora você sabe como me sinto levantando para trabalhar aos sábados.
Pronto. Passou a minha fúria.

E vocês? Qual é a do fim de semana? Descolado que sou, sairei daqui, passarei em alguma loja chiquérrima, comprarei roupas muito descolados que eu não sei como se usam, pararei em algum restaurante de hotel, fumarei longos cigarros importados, discutirei com os meus amigos sobre a revolução francesa, mais tarde irei a alguma balada hiper mega hiper master descolada, conversarei com estranhos, usarei droguinhas felizes, beberei muitas bebidas de todas as cores possíveis e serei o mais descolado de todos. NOT. Isso é muito chato, na boa.

Preguiça de gente assim. Se você é desses, eu já aviso que eu não gosto de você. Pra comerçar, gente de balada me irrita e me cansa de uma tal maneira que eu nem sei descrever. Não gosto nem de pensar. Assim, eu não gosto de balada. Não gosto mesmo. Já fui bastante vezes o suficiente para afirmar isso com todas as letras. Daí você me pergunta: Mas você nunca se divertiu numa balada/ Já sim. Mas foram raras as vezes. E eu não gosto e pronto. Os motivos são: Falta de pessoas com cérebro, não generalizando, mas é a impressão que me passam. Bebida cara - se em um boteco normal eu pago 8 reais numa dose de martini, em balada eu pago 15 reais. A música sempre é alta. Não aquele alto que você escuta no seu quarto (óbvio), sim aquele alto de estourar os tímpanos. E quase sempre são músicas que eu não gosto. Não pode fumar. Eu não gosto de ficar sem fumar, definitivamente. Ou seja, não tem nada para eu fazer dentro de uma balada. Esqueci de dizer que eu não danço. Só em ocasiões especiais, dentro de casa de amigos e bêbado. Sou velho?

Na verdade verdadeira. O que eu farei no fim de semana? O de sempre. Sair do trabalho, encontrar a minha amiga, comer feito uma porca louca, ficar me lamuriando por ter comido demais, ficar devaneando sobre porcarias qualquer e depois ir os três, bonitos e felizes para um bar qualquer, onde pedirimos, eu uma água, a minha amiga uma H2oh! e a outra uma coca zero. Ficar sentado ali por horas, falando mal dos pedestres que passam por nós ou então nos lamentando por não termos um relacionamento fixo.

Sempre assim. Mas eu gosto.

Galere, seguinte.
Mentira, nem tem seguinte.
Eu ia escrever alguma coisa, mas não quero mais.
Ia lançar uma campanha, mas deixa quieto.

16 de abr. de 2010

Wait! They don't love you like i love you

O que você pensaria se entrasse num quanto e se deparasse com um garoto alto, barbado, tatuado, alargadores e piercings, bêbado como um gambá, sozinho e com um vidro de desodorante em punho, cantando e fazendo uma performanc especial - junto com a música do pc - Maps do yeah yeah yeahs?

M. - we can be heroes

As coisas mudam. É a regra do universo. Nada fica parado, por mais que tenhamos a impressão de que estão, de fato, paradas. Quando te vi e me aproximei, acreditei que fosse durar. Não está durando. Na verdade, não durou, como você insiste em me lembrar. As coisas ficaram difíceis e as paredes se estreitaram. Ainda assim, desejo-lhe sorte no seu caminho. Siga em paz. E digo mais, se eu puder evitar te machucar de alguma forma, eu farei isso. Afinal, pra que desejar o mal de alguém se não ganharei nada com isso. Nem prazer próprio, porque na minha opinião isso é burrice. Não sou desses de parar alguém para me sentir mais veloz. Foda-se. Lembrarei com carinho de todas as coisas que passamos juntos. Das nossas compulsões no mc donalds as 10:00 da manhã. Dos nossos desenhos em conjunto. Dos nossos diálogos nonsenses. De quando eu ia até a penha a pé com você, para te acompanhar até metade do caminho da sua casa e você não ir sozinha. De quando eu fazia desenhos anuais da galere e você sempre demonstrava mais empolgação do que as outras. De quando eu te dava aulas de desenhos pornográficos. De quando a gente se juntava para rir da cara da Aline. De quando eu falava no feminino só para você dar risada. De quando você me ajudou a subir as escadas da minha casa com um armário pesado nas costas. De quando você me ajudou a vender muambas no ferro velho para conseguir grana. De quando eu fiz uma limpeza no meu guarda roupa e você estava ali do meu lado, olhando com cara de cachorro pidão, louca pelas minhas camisetas velhas. De quando a gente encanou que perderíamos a virgindade juntos, marcamos dia e hora e no fim acabamos assistindo borat e não fazendo nada, de tão tensos. De quando eu fui parar em um motel com você e a sua namorada da época. Das vezes que eu fiz você bêbado. Das vezes em que você chorou na minha frente. De quando decidimos que design era a nossa vocação, e eu continuei no caminho e você desistiu. De quando ficamos um ano sem nos falar, graças aos caprichos de uma única pessoa. De quando eu digo que você tem 13 anos. De quando eu digo que você tem 65 anos. De quando ficamos com óculos escuros no metrô de noite. De quando a gente vivia enfurnado dentro de comitês do PT, pra juntar material e enfeitar a sala do professor Edson, que era do PCO e anti-petista até o rabo. Do ultimo dia de aula, em que fomos os que mais choraram. Foi a única vez que você me viu chorar. Eu te vi chorar incontáveis vezes. Fluorescent Adolescent. Sabia que essa música me faz lembrar de você? E sabia que é o meu toque de celular? Lembra quando a gente passou a tarde toda juntos e eu estava louco para comprar aquela maldita mandioca e você me ajudar a encontrar uma pessoa que eu sequer sabia onde trabalhava? Também vou lembrar com carinho do nosso infundável problema com peso, quando na verdade sabemos que não somos gordos e que mesmo assim adoramos sofrer com isso e ficar nos encarando no espelho e dando tapas fortes nos braços e nas coxas, só para ver a pele balançar todinha. Vou lembrar dos seus peitos, que você sempre mostra quando está bêbada. De quando eu fui com você para fazer o piercing. De quando a gente sempre tentou se entender, mesmo aos trancos e barrancos. De quando a gente sempre ficava mais próximo depois de muito tempo de cara virada. Acho que não somos mais os mesmos. Tudo mudou, como eu disse no começo. Você sempre acreditou que as coisas durariam para sempre incondicionalmente. Eu não.

15 de abr. de 2010

P.

Não saquei seu jeito no começo. Para mim você era só uma menina louca e que queria chamar a atenção a qualquer custo. Afinal, não é normal uma garota abaixar as calças no meio da sala de aula, no primeiro dia em uma escola nova. Definitivamente isso não é normal. Só mais tarde percebi que esse era realmente o seu jeito, o que me fez baixar as guardas e tentar me aproximar de você. Ainda lembro do nosso primeiro diálogo: Oi, você gosta de animes? Disse você apontando para um desenho que tinha na minha mochila. Depois desse momento a parede que exstia do meu lado e do seu lado se romperam, não totalmente, mas uma pequena parte dela. Eu ainda não te conhecia nessa época, apenas gostava muito. Fui te conhecer de verdade há uns dois anos atrás, quando você já não era mais aquela menina louca de cabelos pretos, unhas pretas e coleira no pescoço. Tivemos a oportunidade de trocar horas de papo juntamente um ao outro e assim nos desarmamos cada vez mais e por fim nos vimos completamente expostos um para o outro e isso não me assustou. Gosto tanto das conversas superficiais quanto das mais profundas que temos. Gosto de compartilhar bandas que só nós dois conhecemos e gosto de ver você rodar. A menina que vive a rodar. Sempre muito louca. Sempre muito excessiva. Muito tudo. Você é incrível. Aishiteru, Miaka Shinoda (lembra disso? hahaha).

Devolva a minha vida

Sinto falta de algumas coisas que ficaram para trás. Por mais que eu saiba que essas coisas jamais serão como antes, eu ainda assim quero. E me sinto desconfortável com essa sensação. Sinto falta das tardes de sábado, que eu saía do trabalho e caminhava sem rumo pela Av. Paulista ouvindo Ring of Fire do Johnny Cash e me sentindo a pessoa mais brilhante da terra, tudo isso enquanto esperava a minha amiga sair do trabalho. As vezes eu sentava e tomava um café gelado, fumava uns quatro cigarros, sacava o caderno da mochila e desenhava qualquer porcaria que me viesse à mente e ficava feliz, mesmo sozinho. As vezes eu saía do trabalho e ia até o apartamento de outra amiga, bebíamos, comíamos frango e lá eu ficava até que anoitecesse. Não mudou muita coisa nos acontecimentos em si. Talvez o fato de que minha amiga não mora mais naquele apartamento e eu já não espero a outra amiga como antes. Mas sei lá...alguma coisa mudou. Acho que foi dentro de mim. Ou não. Sei lá...não entendo. Ou não quero entender.

14 de abr. de 2010

O almoço light e a paz de espírito [bonus: tempo de vida restante]

Estou aqui agora no trabalho, curtindo uma deliciosa paz de espírito causada por um almoço light. Lanche Natural com meia baguete e um copo de corpus light com granola. Posso até sentir a saúde correndo em minhas veias. Ahhhh...

Decidi tomar um rumo na minha vida. Mentira, amanhã eu mudo de idéia. Mas deixa eu fingir que serei saudável. Por outro lado seria bom se eu cuidasse mais da minha saúde, tenho todos os requisitos básicos para viver somente por mais uns 15 anos. Fumo bastante, como carne vermelha com bastante gordura (e me orgulho disso), bebo bastante álcool ocasionalmente (não bebo sempre, mas quando bebo é para destruir de vez),  vivo a base de lanches (NUNCA como comida), não pratico esportes e sou completamente sedentário.

Quantos anos ainda acha que eu vivo?

12 de abr. de 2010

Fechando a série

Ok, atendendo a pedidos, vou fechar a sessão posts maníacos e sem sentido de hoje.

Tenho que manter a minha fama de mau

Acho tão engraçado a imagem que as pessoas fazem de mim à primeira vista. Sempre me falam a mesma coisa, quase unânime, eu diria. Segundo quem não me conhece sou: Indiferente, apático, blasé, tímido e arrisco até um malvado. Acho muito engraçado isso, sempre dou risada por dentro. Aqui no trabalho, por exemplo algumas pessoas chegam meio cautelosas do meu lado, nunca me incluem em brincadeiras e jamais falam alto comigo. O que eu acho muito bom. Pode ser útil manter uma fama de mau.

Mas quem me conhece, sabe que não sou nada disso. Muito pelo contrário. Sou louco, demente, carente, bonzinho (naquelas), como toda a minha comida e nunca deixo no prato. Sou tão legal.

Sério.
Podem vir comigo, não mordo não.
(Só se pedirem)