25 de out. de 2011

Cronica de um homem amarelo

Acordou no horário habitual, às sete horas da manhã. Pronto para o trabalho, deu uma rápida conferida em sua aparencia e pensou "amarelo" - sem saber exatamente do porquê disso. Ignorando o fato, foi trabalhar. Pegou o mesmo vagão do metrô habitual, sempre no mesmo cantinho da porta. Estava apinhado de pessoas, como sempre. Todos olhavam para ele. Alguns desviavam o olhar e voltavam a olhar. Intrigado e sem saber o que acontecia, olhou para baixo e deu uma rápida verificada em sua roupa, sapato e gravata. Nada. Tudo impecável.

O dia correu como de costume, exceto com a única diferença dos olhares a mais. Não era um cara feio e nem bonito. Logo, daquele tipo que não chama a atenção numa multidão, então porque?

Foi quando o dia deu uma reviravolta, ao adentrar o banheiro da empresa e reparar que ele estava amarelo. Sim, meus caros amigos, amarelo. Se perguntou desde quando estava assim. E o porquê disso, claro. Não sabia com precisão, ignorou e pensou que o próximo passo seria seus olhos esbugalharem, seus cabelos cairem, sua barriga crescer alguns centímetros, começar a beber cerveja duffy e contar piadas sem graça. Isso ele já fazia, aliás.

Qualquer semelhança com a realidade é coincidência. Ou não.

Um comentário:

Ciça Criatura disse...

Eu ia gostar de ficar amarela! Mas do tipo grafite dos Gemeos. Acho chique. Ou então do tipo Pikatchu, em ômenagi ao meu dignissimo marido. Boa semana menino!