Adoro meu trabalho. Me sinto um assassino diariamente. Sim, eu assassino o Design todos os dias. Sou induzido a fazer isso e por vezes, meu coração até chora com tudo isso. Tudo o que eu estudei, pesquisei, realizei trabalhos e todos os conhecimentos de design em geral que eu adquiri ao longo da minha vida, caem por terra aqui no meu trabalho. Hoje de manhã, por exemplo, um cliente antigo que trabalha numa produtora de música me pediu para fazer um logo fuleira de grupo de pagode. Eu, particularmente, tenho até medo de ouvir qualquer música desse grupo.
Cliente X diz:
opa vinicius, bza
vc pode fazer um logotipo
Grupo de pagode
algumas letras legais
modernas
coloridas
letras arredondadas
poderia fazer algum
perae
Vinicius diz:
ok
Cliente X diz:
um pandeiro
faz um com imagem e outro sem imagem
rssssssssssss
ai eu vejo
Vinícius:
ok, sem problemas
pra quando vc precisa?
Cliente X diz:
hoje pode ser
a tarde
Vinicius diz:
tá bom...
Daí que o resultado foi isso.
A coisa mais decente que consegui bolar. Sim, eu sei, mais uma vez assassinei o pobre Design. O design deve me odiar, mas o que posso fazer? Preciso me mostrar um designer ruim para manter meu emprego. Isso é bem irônico. Fora que os prazos sempre são apertados, geralmente para o mesmo dia, algumas vezes apenas uma hora para criar um logotipo. Isso sem nem saber nada sobre a empresa, público alvo. Me entregam o nome da empresa e dizem: Cria aí pra mim...é pra daqui a uma hora, beijos.
Aí realmente, não teria como sair alguma coisa legal.
É com muito pesar que eu coloco mais esse logo no mercado. Com muita tristeza nos olhos, no coração, na alma...Sério, tenho vontade de chorar quando vejo essas coisas que saem de MIM!!! É como um filho, porra! Hahahaha!
Deixando o chororô de lado, meu, fala sério...que porra é essa que eu fiz?! Ficou uma bosta.
Mas eu ganho meu dinheiro assim e sei muito bem que o cliente vai a-d-o-r-a-r!!!
E eu vou ficar satisfeito de ver o cliente satisfeito (e minha reputação indo para o olho do cu...hahaha!).
Um comentário:
o nome do grupo já não ajuda, né?
ai, gente.
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